quarta-feira, 15 de agosto de 2018






PARÓQUIAS DE NISA




Quinta, 16 de agosto de 2018












Quinta da XIX semana do tempo comum

Salt. III







QUINTA-FEIRA da semana XIX
S. Estêvão da Hungria – MF

Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.

L 1 Ez 12, 1-12; Sal 77 (78), 56-57. 58-59. 61-62
Ev Mt 18, 21 – 19, 1


* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Maria Sacrário de S. Luís Gonzaga, virgem e mártir – MF
* Na Ordem da Imaculada Conceição – I Vésp. de S. Beatriz da Silva.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.


ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente,
a quem podemos chamar nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Ez 12, 1-12
«Parte para o exílio em pleno dia, de modo que eles vejam»


Ezequiel é o profeta do exílio do povo de Deus para Babilónia. Os pecados de Jerusalém a tanto obrigam Deus diante de um povo que não sabe arrepender-se. Hoje o profeta, em lugar de lhes dizer muitas palavras, fala-lhes por meio de uma acção simbólica: toma o aspecto de um emigrante, que sai da sua terra e parte para o exílio. Talvez os gestos falem mais do que as palavras. Mas nem assim eles se deixaram impressionar. E, dentro em breve, todo o povo, a começar pelos seus chefes, foi levado, desterrado, para Babilónia.

Leitura da Profecia de Ezequiel

O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, tu habitas no meio desta gente rebelde. Eles têm olhos para ver e não veem, têm ouvidos para ouvir e não ouvem: é uma geração de rebeldes. Tu, filho do homem, prepara a tua bagagem de exilado e parte para o exílio em pleno dia, à vista deles. Sairás deste lugar para outro, à vista deles. Talvez assim reconheçam que são gente rebelde. Prepararás a tua bagagem como bagagem de um exilado, em pleno dia, à vista deles, e sairás à tarde, à vista deles, como quem vai para o exílio. À vista deles, faz uma abertura na muralha e sai através dela. Põe a trouxa aos ombros à vista deles e sai ao escurecer, cobrindo o rosto para não veres o país, porque eu faço de ti um símbolo para a casa de Israel». Eu procedi conforme a ordem que recebi. Preparei a minha bagagem de dia, como bagagem de exilado. À tarde fiz com a mão uma abertura na muralha e saí ao escurecer; saí com a bagagem às costas, à vista deles. Na manhã seguinte, o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, a casa de Israel, essa gente rebelde, não te perguntou: ‘Que fazes?’. Então responde-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Este oráculo dirige-se a quem governa Jerusalém e a toda a casa de Israel que nela vive. Fala-lhes assim: ‘Eu sou para vós um símbolo. Como Eu fiz, assim vos será feito: ireis deportados para o exílio. Aquele que vos governa terá de pôr aos ombros a sua bagagem e ao escurecer passará através da muralha, na qual farão uma abertura para ele sair; cobrirá o rosto para não ver com os seus olhos o país’».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 77 (78), 56-57.58-59.61-62 (R. cf. 7c)
Refrão: Não esqueçais as obras do Senhor. Repete-se

Eles tentaram e ofenderam o Altíssimo
e não observaram os seus mandamentos.
Foram infiéis e renegados como seus pais,
como flecha errante, desviaram-se do caminho. Refrão

Ofenderam-n’O no alto dos montes,
provocaram-n’O com seus ídolos.
Deus ouviu e inflamou-Se em cólera
e repudiou com veemência Israel. Refrão

Deixou cair os seus heróis em cativeiro
e a sua glória nas mãos de inimigos;
e entregou o seu povo à espada,
irritou-Se contra a sua herança. Refrão


ALELUIA Salmo 118 (119), 135
Refrão: Aleluia Repete-se

Fazei brilhar sobre mim a vossa face
e dai-me a conhecer os vossos decretos. Refrão


EVANGELHO Mt 18, 21 – 19, 1
«Não te digo que perdoes até sete vezes,
mas até setenta vezes sete»


O perdão é das atitudes mais significativas do cristianismo. O discípulo de Jesus Cristo deve imitar, em relação aos outros homens, o que Deus faz em relação a cada um de nós. E tanto mais quanto não há proporção entre o que os outros possam ter de culpa em relação a nós e o que nós temos em relação a Deus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te, porque me pediste. Não devias, também tu, compa- decer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’. E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor,
que te saciou com a flor da farinha.

Ou Jo 6, 52
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a comunhão do vosso sacramento nos salve
e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








« A Virgem Mãe de Deus foi elevada à glória do Céu. Ela é a aurora e a imagem da Igreja triunfante».

PREFÁCIO DA MISSA






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA

ORAÇÃO: - Senhor, dá-nos a graça de nos parecermos como a mulher cananeia. Que saibamos procurar-Te, seguir-Te e ajoelharmo-nos diante de Ti em cada momento.






AGENDA

18.00 horas: Missa em Nisa




A VOZ DO PASTOR


RIBATEJO VENCEU PARIS E SCHOENSTATT

Há semanas, aqui, falei de um importante e muito querido Movimento familiar nascido em Schoenstatt: o Movimento de Schoenstatt. Mais para cá, falei de um outro nascido em Paris, também muito conhecido e muito frequentado: o Movimento das Equipas de Nossa Senhora. Esta semana, porém, quem venceu este espaço, aqui, no meu facebook, foi um outro Movimento não menos interessante. Nasceu no Ribatejo e pede para ser mais conhecido e amado: é o Movimento dos Casais de Santa Maria. Tudo o que é nacional é bom, costumam publicitar os patriotas que sentem o dever de dar o peito às balas. Mesmo que haja exceções, aquilo que é bom só o será, digo eu, se não se estragar, se não o banalizarmos, se for útil e aproveitado para construir algo de novo e de bem-estar social. É o caso do Movimento familiar «Casais de Santa Maria», fundado em 1957, na região do Ribatejo, e que tanto bem tem feito a tantas famílias. Foi seu fundador o Cónego José Mendes Serrazina, sacerdote do Patriarcado de Lisboa, muito dedicado à pastoral familiar e falecido em maio de 2010. O Movimento teve, ao início, ligação com a Ação Católica, sobretudo nos meios rurais e no meio operário e independente. No entanto, manteve-se sempre como Movimento autónomo. As primeiras bases do Movimento foram aprovadas pelo Episcopado Português em 1963. É um Movimento de Igreja, constitui-se em grupos de casais amigos que, apoiados pelo Assistente Eclesiástico, procuram a entreajuda em ordem à espiritualidade conjugal, ao apostolado de família a família, à consciencialização e ajuda na missão educativa, à promoção de iniciativas de preparação para o matrimónio, e ainda com particular atenção aos problemas sociais. “Através da espiritualidade mariana e a vida em casal, o movimento visa fortalecer os laços matrimoniais, sobretudo através da entreajuda, com vista à educação dos filhos segundo a vontade de Deus e com vista à difusão dos valores cristãos junto de outros casais e famílias”.
Independente em cada diocese, o Movimento depende apenas do Bispo diocesano que aprova os Estatutos. A nível Nacional, o Movimento é uma Federação e é coordenado e apoiado por uma Equipa Interdiocesana com Estatutos próprios. Em Portugal, está presente em nove Dioceses: Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Lisboa, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Setúbal e Viana do Castelo, envolvendo 62 grupos, cerca de 400 casais. Por ocasião dos 60 anos deste Movimento dos Casais de Santa Maria, em 2017, o Papa Francisco enviou-lhe a sua Bênção Apostólica. 
Regra geral, os grupos dos Casais de Santa Maria são constituídos por seis casais e um assistente. “Alguns grupos terão sete ou oito casais, outros cinco, mas a norma são os seis casais e um assistente, que preferencialmente será o pároco, mas pode ser um outro sacerdote, um diácono, um religioso ou uma religiosa. Mas cada grupo de casais terá que ter um assistente”.
O esquema da reunião mensal é comum a todos os grupos. O encontro “começa com a leitura do Evangelho do Domingo seguinte à reunião. É uma reflexão sobre o que aquela Palavra nos diz nos dias de hoje. E aqui, cada um, cada casal, conforme achar bem, com a espontaneidade que entender, vai pondo as suas dúvidas, as suas questões. No final deste pequeno diálogo, o papel do assistente é crucial para centrar na mensagem do Evangelho. Referem os responsáveis: “Para nós, casais cristãos, a presença assídua do assistente nas nossas reuniões, a sua orientação espiritual, o seu testemunho como homens, como padres, como pastores da Igreja, são estímulo para a nossa caminhada com eles e em Igreja”. Segue-se um tema de trabalho, preparado antecipadamente a partir de um caderno comum de temas para todas as reuniões do ano. Cada casal prepara, reflete entre si o tema e depois partilha na reunião o que entendeu sobre o referido tema. Há ainda um espaço para os casais, um espaço a que se vai chamando o espaço de entreajuda, de partilha de situações mais pessoais. A reunião termina com a oração final, de petição e ação de graças.
O Movimento tem uma raiz muito paroquial. Os grupos são constituídos preferencialmente por casais da mesma paróquia e quem participa também testemunha: “A nossa vida cristã seria completamente diferente se não fosse o grupo de casais. E a nossa vida como cidadãos, como pessoas, como casal, também era muito diferente, porque efetivamente, cria-se um grupo de amigos que está connosco em todos os momentos, nas alegrias e nas tristezas, nas dificuldades e nas coisas boas. E isso é imprescindível, criando-se ali quase que uma segunda família”.
Alguns grupos têm na sua constituição casais que não celebraram o sacramento do matrimónio. O facto de receberem e poderem partilhar, com naturalidade, todas as alegrias e dificuldades da vida à luz do Evangelho, muitas vezes permite-lhes fazer uma caminhada cristã no sentido de, percebendo a verdadeira riqueza do matrimónio cristão, virem a desejar celebrar o sacramento do matrimónio. É uma característica do Movimento estar aberto a casais em situação conjugal diferente da do matrimónio cristão. Sendo cristãos, pretendam fazer uma caminhada, com outros casais, no crescimento da fé e na partilha da vida a dois.
Os responsáveis nacionais, apelando aos responsáveis diocesanos, afirmam que “o movimento precisa de crescer”. Precisa de “partilhar com mais famílias a graça que é fazer a caminhada cristã desta forma, em casal, em família”. Mas estou ciente de que o Movimento só crescerá quando houver casais que o procurem conhecer e, como protagonistas da evangelização, abracem a sua implementação com empatia e convicção contagiante. Sendo nacional, podem crer, é bom!
Fundada no sacramento do Matrimónio, a família é atuação particular da Igreja, comunidade salvada e salvadora, evangelizada e evangelizadora. É chamada a acolher, irradiar e manifestar no mundo o amor e a presença de Cristo, como afirmava Bento XVI.

Antonino Dias
Monção, 10-08-2018.




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