PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 16 de agosto de 2018
Quinta da XIX
semana do tempo comum
Salt. III
QUINTA-FEIRA da semana XIX
S. Estêvão da Hungria – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
L 1 Ez 12, 1-12; Sal 77 (78), 56-57. 58-59. 61-62
Ev Mt 18, 21 – 19, 1
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Maria Sacrário de S. Luís Gonzaga, virgem e mártir – MF
* Na Ordem da Imaculada Conceição – I Vésp. de S. Beatriz da Silva.
MISSA
ANTÍFONA DE
ENTRADA Salmo 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.
ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente,
a quem podemos chamar nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ez 12, 1-12
«Parte para o exílio em pleno dia, de modo que eles vejam»
Ezequiel é o profeta do exílio do povo de Deus para Babilónia. Os pecados de Jerusalém a tanto obrigam Deus diante de um povo que não sabe arrepender-se. Hoje o profeta, em lugar de lhes dizer muitas palavras, fala-lhes por meio de uma acção simbólica: toma o aspecto de um emigrante, que sai da sua terra e parte para o exílio. Talvez os gestos falem mais do que as palavras. Mas nem assim eles se deixaram impressionar. E, dentro em breve, todo o povo, a começar pelos seus chefes, foi levado, desterrado, para Babilónia.
Leitura da Profecia de Ezequiel
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.
ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente,
a quem podemos chamar nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ez 12, 1-12
«Parte para o exílio em pleno dia, de modo que eles vejam»
Ezequiel é o profeta do exílio do povo de Deus para Babilónia. Os pecados de Jerusalém a tanto obrigam Deus diante de um povo que não sabe arrepender-se. Hoje o profeta, em lugar de lhes dizer muitas palavras, fala-lhes por meio de uma acção simbólica: toma o aspecto de um emigrante, que sai da sua terra e parte para o exílio. Talvez os gestos falem mais do que as palavras. Mas nem assim eles se deixaram impressionar. E, dentro em breve, todo o povo, a começar pelos seus chefes, foi levado, desterrado, para Babilónia.
Leitura da Profecia de Ezequiel
O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, tu habitas no meio desta gente rebelde. Eles têm olhos para ver e não veem, têm ouvidos para ouvir e não ouvem: é uma geração de rebeldes. Tu, filho do homem, prepara a tua bagagem de exilado e parte para o exílio em pleno dia, à vista deles. Sairás deste lugar para outro, à vista deles. Talvez assim reconheçam que são gente rebelde. Prepararás a tua bagagem como bagagem de um exilado, em pleno dia, à vista deles, e sairás à tarde, à vista deles, como quem vai para o exílio. À vista deles, faz uma abertura na muralha e sai através dela. Põe a trouxa aos ombros à vista deles e sai ao escurecer, cobrindo o rosto para não veres o país, porque eu faço de ti um símbolo para a casa de Israel». Eu procedi conforme a ordem que recebi. Preparei a minha bagagem de dia, como bagagem de exilado. À tarde fiz com a mão uma abertura na muralha e saí ao escurecer; saí com a bagagem às costas, à vista deles. Na manhã seguinte, o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, a casa de Israel, essa gente rebelde, não te perguntou: ‘Que fazes?’. Então responde-lhes: Assim fala o Senhor Deus: Este oráculo dirige-se a quem governa Jerusalém e a toda a casa de Israel que nela vive. Fala-lhes assim: ‘Eu sou para vós um símbolo. Como Eu fiz, assim vos será feito: ireis deportados para o exílio. Aquele que vos governa terá de pôr aos ombros a sua bagagem e ao escurecer passará através da muralha, na qual farão uma abertura para ele sair; cobrirá o rosto para não ver com os seus olhos o país’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 77 (78), 56-57.58-59.61-62 (R. cf. 7c)
Refrão: Não esqueçais as obras do Senhor. Repete-se
Eles tentaram e ofenderam o Altíssimo
e não observaram os seus mandamentos.
Foram infiéis e renegados como seus pais,
como flecha errante, desviaram-se do caminho. Refrão
Ofenderam-n’O no alto dos montes,
provocaram-n’O com seus ídolos.
Deus ouviu e inflamou-Se em cólera
e repudiou com veemência Israel. Refrão
Deixou cair os seus heróis em cativeiro
e a sua glória nas mãos de inimigos;
e entregou o seu povo à espada,
irritou-Se contra a sua herança. Refrão
ALELUIA Salmo 118 (119), 135
Refrão: Aleluia Repete-se
Fazei brilhar sobre mim a vossa face
e dai-me a conhecer os vossos decretos. Refrão
EVANGELHO Mt 18, 21 – 19, 1
«Não te digo que perdoes até sete vezes,
mas até setenta vezes sete»
O perdão é das atitudes mais significativas do cristianismo. O discípulo de Jesus Cristo deve imitar, em relação aos outros homens, o que Deus faz em relação a cada um de nós. E tanto mais quanto não há proporção entre o que os outros possam ter de culpa em relação a nós e o que nós temos em relação a Deus.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te, porque me pediste. Não devias, também tu, compa- decer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’. E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração». Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor,
que te saciou com a flor da farinha.
Ou Jo 6, 52
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a comunhão do vosso sacramento nos salve
e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« A Virgem Mãe de
Deus foi elevada à glória do Céu. Ela é a aurora e a imagem da Igreja
triunfante».
PREFÁCIO DA MISSA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA
ORAÇÃO: -
Senhor, dá-nos a graça de nos parecermos como a mulher cananeia. Que saibamos
procurar-Te, seguir-Te e ajoelharmo-nos diante de Ti em cada momento.
AGENDA
18.00 horas: Missa em
Nisa
A VOZ DO PASTOR
RIBATEJO VENCEU PARIS E
SCHOENSTATT
Há semanas,
aqui, falei de um importante e muito querido Movimento familiar nascido em
Schoenstatt: o Movimento de Schoenstatt. Mais para cá, falei de um outro
nascido em Paris, também muito conhecido e muito frequentado: o Movimento das
Equipas de Nossa Senhora. Esta semana, porém, quem venceu este espaço, aqui, no
meu facebook, foi um outro Movimento não menos interessante. Nasceu no Ribatejo
e pede para ser mais conhecido e amado: é o Movimento dos Casais de Santa
Maria. Tudo o que é nacional é
bom, costumam publicitar os patriotas que sentem o dever de dar o peito às
balas. Mesmo que haja exceções, aquilo que é bom só o será, digo eu, se não se
estragar, se não o banalizarmos, se for útil e aproveitado para construir algo
de novo e de bem-estar social. É o caso do Movimento familiar «Casais de Santa
Maria», fundado em 1957, na região do Ribatejo, e que tanto bem tem feito a
tantas famílias. Foi seu fundador o Cónego José Mendes Serrazina, sacerdote do
Patriarcado de Lisboa, muito dedicado à pastoral familiar e falecido em maio de
2010. O Movimento teve, ao início, ligação com a Ação Católica, sobretudo nos
meios rurais e no meio operário e independente. No entanto, manteve-se sempre
como Movimento autónomo. As primeiras bases do Movimento foram aprovadas pelo
Episcopado Português em 1963. É um Movimento de Igreja, constitui-se em grupos
de casais amigos que, apoiados pelo Assistente Eclesiástico, procuram a
entreajuda em ordem à espiritualidade conjugal, ao apostolado de família a
família, à consciencialização e ajuda na missão educativa, à promoção de
iniciativas de preparação para o matrimónio, e ainda com particular atenção aos
problemas sociais. “Através da espiritualidade mariana e a vida em casal, o
movimento visa fortalecer os laços matrimoniais, sobretudo através da
entreajuda, com vista à educação dos filhos segundo a vontade de Deus e com
vista à difusão dos valores cristãos junto de outros casais e famílias”.
Independente
em cada diocese, o Movimento depende apenas do Bispo diocesano que aprova os
Estatutos. A nível Nacional, o Movimento é uma Federação e é coordenado e
apoiado por uma Equipa Interdiocesana com Estatutos próprios. Em Portugal, está
presente em nove Dioceses: Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Lisboa,
Portalegre-Castelo Branco, Porto, Setúbal e Viana do Castelo, envolvendo 62
grupos, cerca de 400 casais. Por ocasião dos 60 anos deste Movimento dos Casais
de Santa Maria, em 2017, o Papa Francisco enviou-lhe a sua Bênção Apostólica.
Regra geral,
os grupos dos Casais de Santa Maria são constituídos por seis casais e um
assistente. “Alguns grupos terão sete ou oito casais, outros cinco, mas a norma
são os seis casais e um assistente, que preferencialmente será o pároco, mas
pode ser um outro sacerdote, um diácono, um religioso ou uma religiosa. Mas
cada grupo de casais terá que ter um assistente”.
O esquema da
reunião mensal é comum a todos os grupos. O encontro “começa com a leitura do
Evangelho do Domingo seguinte à reunião. É uma reflexão sobre o que aquela
Palavra nos diz nos dias de hoje. E aqui, cada um, cada casal, conforme achar
bem, com a espontaneidade que entender, vai pondo as suas dúvidas, as suas
questões. No final deste pequeno diálogo, o papel do assistente é crucial para
centrar na mensagem do Evangelho. Referem os responsáveis: “Para nós, casais
cristãos, a presença assídua do assistente nas nossas reuniões, a sua
orientação espiritual, o seu testemunho como homens, como padres, como pastores
da Igreja, são estímulo para a nossa caminhada com eles e em Igreja”. Segue-se
um tema de trabalho, preparado antecipadamente a partir de um caderno comum de
temas para todas as reuniões do ano. Cada casal prepara, reflete entre si o
tema e depois partilha na reunião o que entendeu sobre o referido tema. Há
ainda um espaço para os casais, um espaço a que se vai chamando o espaço de
entreajuda, de partilha de situações mais pessoais. A reunião termina com a
oração final, de petição e ação de graças.
O Movimento
tem uma raiz muito paroquial. Os grupos são constituídos preferencialmente por
casais da mesma paróquia e quem participa também testemunha: “A nossa vida
cristã seria completamente diferente se não fosse o grupo de casais. E a nossa
vida como cidadãos, como pessoas, como casal, também era muito diferente,
porque efetivamente, cria-se um grupo de amigos que está connosco em todos os
momentos, nas alegrias e nas tristezas, nas dificuldades e nas coisas boas. E
isso é imprescindível, criando-se ali quase que uma segunda família”.
Alguns grupos
têm na sua constituição casais que não celebraram o sacramento do matrimónio. O
facto de receberem e poderem partilhar, com naturalidade, todas as alegrias e dificuldades
da vida à luz do Evangelho, muitas vezes permite-lhes fazer uma caminhada
cristã no sentido de, percebendo a verdadeira riqueza do matrimónio cristão,
virem a desejar celebrar o sacramento do matrimónio. É uma característica do
Movimento estar aberto a casais em situação conjugal diferente da do matrimónio
cristão. Sendo cristãos, pretendam fazer uma caminhada, com outros casais, no
crescimento da fé e na partilha da vida a dois.
Os
responsáveis nacionais, apelando aos responsáveis diocesanos, afirmam que “o
movimento precisa de crescer”. Precisa de “partilhar com mais famílias a graça
que é fazer a caminhada cristã desta forma, em casal, em família”. Mas estou
ciente de que o Movimento só crescerá quando houver casais que o procurem
conhecer e, como protagonistas da evangelização, abracem a sua implementação
com empatia e convicção contagiante. Sendo nacional, podem crer, é bom!
Fundada no
sacramento do Matrimónio, a família é atuação particular da Igreja, comunidade
salvada e salvadora, evangelizada e evangelizadora. É chamada a acolher,
irradiar e manifestar no mundo o amor e a presença de Cristo, como afirmava
Bento XVI.
Antonino Dias
Monção,
10-08-2018.
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