quinta-feira, 16 de agosto de 2018






PARÓQUIAS DE NISA




Sexta, 17 de agosto de 2018












Sexta da XIX semana do tempo comum

Salt. III






SEXTA-FEIRA da semana XIX

S. Beatriz da Silva, virgem – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.


(Missal Romano: dia 1 de Setembro, p. 924)

L 1 Ez 16, 1-15. 60. 63 ou Ez 16, 59-63; Sal Is 12, 2-3. 4bcd. 5-6
Ev Mt 19, 3-12


* Na Ordem Agostiniana – S. Clara da Cruz de Montefalco, virgem – FESTA
* Na Ordem Carmelita – B. Ângelo Mazzinghi, presbítero – MF
* Na Ordem Franciscana – S. Beatriz da Silva, virgem – MO
* Na Ordem da Imaculada Conceição – S. Beatriz da Silva, virgem, Fundadora da Ordem – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos – S. Jacinto da Polónia, presbítero – MO
.
S. BEATRIZ DA SILVA, virgem

Nota Histórica
Filha de pais portugueses, nasceu em Ceuta (África Setentrional) por volta de 1426. Ainda jovem, veio para Campo Maior (Portugal) e daqui passou à corte de Castela em 1447 como dama de honor da Infanta D. Isabel de Portugal. Para se poder dedicar a uma vida cristã mais perfeita, retirou se da corte para um mosteiro de Toledo, onde permaneceu mais de 30 anos. Em 1484 fundou o Instituto que mais tarde tomou o título da Imaculada Conceição de Nossa Senhora (Concepcionistas) e que foi aprovado pelo papa Inocêncio VIII em 1489. Pouco depois de fazer profissão religiosa, faleceu com fama de santidade. Foi canonizada por Paulo VI a 3 de Outubro de 1976.

MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Ap 19, 7
Exultemos de alegria no Senhor,
que chamou ao seu amor divino esta virgem santa e gloriosa.


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que fizestes resplandecer na virgem Santa Beatriz o altíssimo dom da contemplação e a adornastes com a singular devoção à Imaculada Conceição da Virgem Maria, concedei-nos que, seguindo o seu exemplo, busquemos na terra a verdadeira sabedoria para merecermos contemplar no Céu a glória do vosso rosto. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Ez 16, 1-15.60.63
«Confiaste na tua formosura, que era perfeita, graças ao esplendor com que Eu te tinha revestido, para te prostituires»


Propõem-se hoje duas passagens para a primeira leitura, dado o realismo, um tanto cru, da primeira. Em ambas, porém, se faz um apelo ao regresso à fidelidade à aliança que Deus estabeleceu com o seu povo. De origem tão pobre e humilde, Deus faz do seu povo o mais querido para Ele, enriquecido de todos os dons e graças, que só o recordá-lo é um apelo ao regresso e à conversão. Deus ama; em vez de castigar lembra os seus dons, para que essa recordação, além de ser causa de vergonha e humilhação, seja convite ao regresso à fidelidade à aliança, que Deus nunca quebrará.

Leitura da Profecia de Ezequiel

O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, mostra a Jerusalém as suas acções abomináveis e diz-lhe: Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: Pela tua origem e nascimento, és da terra de Canaã. O teu pai era amorreu e a tua mãe hitita. Quando nasceste, no dia em que vieste ao mundo, não te cortaram o cordão, nem te banharam para seres purificada; não te fizeram as fricções de sal, nem te envolveram em panos. Ninguém lançou sobre ti um olhar compassivo; ninguém te prestou esses cuidados, nem teve pena de ti. No dia em que nasceste, foste deixada no meio do campo, pela repugnância que inspiravas. Quando passei junto de ti, vi que te revolvias no teu sangue. E, vendo-te ensanguentada, Eu disse-te: ‘Quero que vivas’; e fiz-te crescer como a erva dos campos. Cresceste, ganhaste corpo e chegaste à idade florida. Formaram-se os teus seios, cresceram os teus cabelos, mas estavas nua. Passei de novo junto de ti e vi que tinhas chegado à idade dos amores. Estendi sobre ti a aba do meu manto e escondi a tua nudez. Fiz então um juramento e estabeleci uma aliança contigo, – diz o Senhor Deus – e ficaste a pertencer-Me. Lavei-te com água, limpei-te do sangue que te cobria e ungi-te com óleo. Vesti-te com roupas bordadas, calcei-te sandálias de fino cabedal, dei-te uma faixa de linho e um manto de seda. Adornei-te com jóias, coloquei braceletes nos teus pulsos e um colar ao teu pescoço. Pus-te um anel no nariz, brincos nas orelhas e um precioso diadema na cabeça. Tinhas adornos de ouro e de prata, os teus vestidos eram de linho fino, de seda e tecidos bordados, e o teu alimento era a flor da farinha, mel e azeite. Tornaste-te cada vez mais bela e chegaste a ser rainha. A tua fama divulgou-se entre as nações, por causa da tua formosura, que era perfeita, graças ao esplendor com que Eu te tinha revestido, – diz o Senhor Deus –. Mas tu confiaste na tua beleza e aproveitaste a tua fama para te prostituíres com todos os que passavam. Eu, porém, lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo nos dias da tua juventude e estabelecerei contigo uma aliança eterna, de modo que te lembres do passado e te humilhes e não voltes a abrir a boca de vergonha, quando Eu te perdoar o que fizeste – diz o Senhor Deus».

Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:


LEITURA I (anos pares) Ez 16, 59-63
«Lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo
e tu sentirás vergonha»

Leitura da Profecia de Ezequiel

Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: «Procederei contigo como tu procedeste, pois faltaste ao juramento e quebraste a aliança. Mas lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo nos dias da tua juventude e estabelecerei contigo uma aliança eterna. Tu recordarás o teu comportamento e sentirás vergonha, quando Eu te der como filhas as tuas irmãs, as mais velhas e as mais novas do que tu, mas não em virtude da tua aliança. Porque Eu restabelecerei a minha aliança contigo e então reconhecerás que Eu sou o Senhor, de modo que te lembres do passado e te humilhes e não voltes a abrir a boca de vergonha, quando Eu te perdoar o que fizeste – diz o Senhor Deus».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 1c)
Refrão: Passou a vossa ira e Vós me consolastes, Senhor. Repete-se


Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação. Refrão

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo. Refrão

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. Refrão


ALELUIA cf. 1 Tes 2, 13
Refrão: Aleluia. Repete-se.

Escutai o que diz o Senhor,
não como palavra dos homens,
mas como palavra de Deus. Refrão


EVANGELHO Mt 19, 3-12
«Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar as vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim»


Jesus afirma a indissolubilidade do matrimónio e exalta o celibato escolhido por amor do reino de Deus, e que é dom do mesmo Deus. O campo onde tão frequentemente se afirma o egoísmo humano, o das opções do coração, é também aquele onde mais se hão de mostrar as atitudes da fé e do verdadeiro amor, que vencerá toda a espécie de divórcios.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus para O porem à prova e disseram-Lhe: «É permitido ao homem repudiar a sua esposa por qualquer motivo?». Jesus respondeu: «Não lestes que o Criador, no princípio, os fez homem e mulher e disse: ‘Por isso o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e serão os dois uma só carne?’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Eles objetaram: «Porque ordenou então Moisés que se desse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher?». Jesus respondeu-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar as vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim. E Eu digo-vos: Quem repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, e casar com outra, comete adultério». Disseram-Lhe os discípulos: Se é esta a situação do homem em relação à mulher, não é conveniente casar-se». Jesus respondeu-lhes: «Nem todos compreendem esta linguagem, senão aquele a quem é concedido. Na verdade, há eunucos que nasceram assim do seio materno, outros que foram feitos pelos homens e outros que se tornaram eunucos por causa do reino dos Céus. Quem puder compreender, compreenda».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, estes dons que humildemente Vos apresentamos e concedei, por intercessão de Santa Beatriz, que, oferecendo-nos a Vós de todo o coração, também nós, neste sacrifício, nos transformemos numa oblação viva, santa e agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Ap 3, 20
Eu estou à porta e chamo, diz o Senhor.
Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta,
entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Alimentados pela participação neste divino sacramento, humildemente Vos pedimos, Senhor nosso Deus, que, por intercessão de Santa Beatriz, sintamos neste mundo a suavidade da vossa sabedoria e nos saciemos com as delícias eternas na pátria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








« O amor que não comportar sofrimento, não merece esse nome».

SANTA CLARA DE ASSIS






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA: Os fariseus querem comprovar a fidelidade de Jesus à lei de Moisés. Para isso perguntam-Lhe se os maridos podem ou não repudiar as esposas por qualquer motivo. Jesus responde-lhes apontando para um bem maior do que a própria lei: homem e mulher formam uma só carne.

MEDITAÇÃO - Este evangelho é uma denúncia perante a futilidade com que se desfaziam os casamentos. Jesus recorda o significado do casamento: deixar tudo para construir um projeto comum e em igualdade de condições. A nova família será produto da união de ambos. Um só corpo na afetividade, nos critérios, na dor e na alegria. Portanto não é possível romper essa unidade por qualquer motivo.

ORAÇÃO: - Jesus, ajuda-nos a entender os teus critérios. Ajuda-nos a olhar o mundo e a viver nele como Tu o fizeste.






AGENDA

18.00 horas: Missa em Nisa
17.30 horas: Funeral em Monte Claro




A VOZ DO PASTOR


RIBATEJO VENCEU PARIS E SCHOENSTATT

Há semanas, aqui, falei de um importante e muito querido Movimento familiar nascido em Schoenstatt: o Movimento de Schoenstatt. Mais para cá, falei de um outro nascido em Paris, também muito conhecido e muito frequentado: o Movimento das Equipas de Nossa Senhora. Esta semana, porém, quem venceu este espaço, aqui, no meu facebook, foi um outro Movimento não menos interessante. Nasceu no Ribatejo e pede para ser mais conhecido e amado: é o Movimento dos Casais de Santa Maria. Tudo o que é nacional é bom, costumam publicitar os patriotas que sentem o dever de dar o peito às balas. Mesmo que haja exceções, aquilo que é bom só o será, digo eu, se não se estragar, se não o banalizarmos, se for útil e aproveitado para construir algo de novo e de bem-estar social. É o caso do Movimento familiar «Casais de Santa Maria», fundado em 1957, na região do Ribatejo, e que tanto bem tem feito a tantas famílias. Foi seu fundador o Cónego José Mendes Serrazina, sacerdote do Patriarcado de Lisboa, muito dedicado à pastoral familiar e falecido em maio de 2010. O Movimento teve, ao início, ligação com a Ação Católica, sobretudo nos meios rurais e no meio operário e independente. No entanto, manteve-se sempre como Movimento autónomo. As primeiras bases do Movimento foram aprovadas pelo Episcopado Português em 1963. É um Movimento de Igreja, constitui-se em grupos de casais amigos que, apoiados pelo Assistente Eclesiástico, procuram a entreajuda em ordem à espiritualidade conjugal, ao apostolado de família a família, à consciencialização e ajuda na missão educativa, à promoção de iniciativas de preparação para o matrimónio, e ainda com particular atenção aos problemas sociais. “Através da espiritualidade mariana e a vida em casal, o movimento visa fortalecer os laços matrimoniais, sobretudo através da entreajuda, com vista à educação dos filhos segundo a vontade de Deus e com vista à difusão dos valores cristãos junto de outros casais e famílias”.
Independente em cada diocese, o Movimento depende apenas do Bispo diocesano que aprova os Estatutos. A nível Nacional, o Movimento é uma Federação e é coordenado e apoiado por uma Equipa Interdiocesana com Estatutos próprios. Em Portugal, está presente em nove Dioceses: Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Lisboa, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Setúbal e Viana do Castelo, envolvendo 62 grupos, cerca de 400 casais. Por ocasião dos 60 anos deste Movimento dos Casais de Santa Maria, em 2017, o Papa Francisco enviou-lhe a sua Bênção Apostólica. 
Regra geral, os grupos dos Casais de Santa Maria são constituídos por seis casais e um assistente. “Alguns grupos terão sete ou oito casais, outros cinco, mas a norma são os seis casais e um assistente, que preferencialmente será o pároco, mas pode ser um outro sacerdote, um diácono, um religioso ou uma religiosa. Mas cada grupo de casais terá que ter um assistente”.
O esquema da reunião mensal é comum a todos os grupos. O encontro “começa com a leitura do Evangelho do Domingo seguinte à reunião. É uma reflexão sobre o que aquela Palavra nos diz nos dias de hoje. E aqui, cada um, cada casal, conforme achar bem, com a espontaneidade que entender, vai pondo as suas dúvidas, as suas questões. No final deste pequeno diálogo, o papel do assistente é crucial para centrar na mensagem do Evangelho. Referem os responsáveis: “Para nós, casais cristãos, a presença assídua do assistente nas nossas reuniões, a sua orientação espiritual, o seu testemunho como homens, como padres, como pastores da Igreja, são estímulo para a nossa caminhada com eles e em Igreja”. Segue-se um tema de trabalho, preparado antecipadamente a partir de um caderno comum de temas para todas as reuniões do ano. Cada casal prepara, reflete entre si o tema e depois partilha na reunião o que entendeu sobre o referido tema. Há ainda um espaço para os casais, um espaço a que se vai chamando o espaço de entreajuda, de partilha de situações mais pessoais. A reunião termina com a oração final, de petição e ação de graças.
O Movimento tem uma raiz muito paroquial. Os grupos são constituídos preferencialmente por casais da mesma paróquia e quem participa também testemunha: “A nossa vida cristã seria completamente diferente se não fosse o grupo de casais. E a nossa vida como cidadãos, como pessoas, como casal, também era muito diferente, porque efetivamente, cria-se um grupo de amigos que está connosco em todos os momentos, nas alegrias e nas tristezas, nas dificuldades e nas coisas boas. E isso é imprescindível, criando-se ali quase que uma segunda família”.
Alguns grupos têm na sua constituição casais que não celebraram o sacramento do matrimónio. O facto de receberem e poderem partilhar, com naturalidade, todas as alegrias e dificuldades da vida à luz do Evangelho, muitas vezes permite-lhes fazer uma caminhada cristã no sentido de, percebendo a verdadeira riqueza do matrimónio cristão, virem a desejar celebrar o sacramento do matrimónio. É uma característica do Movimento estar aberto a casais em situação conjugal diferente da do matrimónio cristão. Sendo cristãos, pretendam fazer uma caminhada, com outros casais, no crescimento da fé e na partilha da vida a dois.
Os responsáveis nacionais, apelando aos responsáveis diocesanos, afirmam que “o movimento precisa de crescer”. Precisa de “partilhar com mais famílias a graça que é fazer a caminhada cristã desta forma, em casal, em família”. Mas estou ciente de que o Movimento só crescerá quando houver casais que o procurem conhecer e, como protagonistas da evangelização, abracem a sua implementação com empatia e convicção contagiante. Sendo nacional, podem crer, é bom!
Fundada no sacramento do Matrimónio, a família é atuação particular da Igreja, comunidade salvada e salvadora, evangelizada e evangelizadora. É chamada a acolher, irradiar e manifestar no mundo o amor e a presença de Cristo, como afirmava Bento XVI.

Antonino Dias
Monção, 10-08-2018.





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