PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 24 de agosto de 2018
Sexta da XX semana do tempo comum
Salt. IV
SEXTA-FEIRA
da semana XX
S.
Bartolomeu, Apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 Ap 21, 9b-14; Sal 144 (145), 10-11. 12-13. 17-18
Ev Jo 1, 45-51
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
S. BARTOLOMEU, Apóstolo
Nota
Histórica
Nasceu
em Caná. O apóstolo Filipe conduziu o a Jesus. Diz a tradição que depois da
ascensão do Senhor pregou o Evangelho na Índia e aí recebeu a coroa do
martírio.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 95,
2.3
Anunciai em toda a terra a salvação de Deus,
proclamai entre os povos a sua glória.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO
Senhor, fortalecei em nós a fé
pela qual o apóstolo São Bartolomeu
se consagrou de coração sincero a Cristo vosso Filho
e concedei, por sua intercessão, que a vossa Igreja
seja o sacramento de salvação para todos os povos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ap 21, 9b-14
«Na muralha da cidade estavam escritos os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro»
Leitura do Apocalipse de São João
Anunciai em toda a terra a salvação de Deus,
proclamai entre os povos a sua glória.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO
Senhor, fortalecei em nós a fé
pela qual o apóstolo São Bartolomeu
se consagrou de coração sincero a Cristo vosso Filho
e concedei, por sua intercessão, que a vossa Igreja
seja o sacramento de salvação para todos os povos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ap 21, 9b-14
«Na muralha da cidade estavam escritos os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro»
Leitura do Apocalipse de São João
O Anjo falou-me, dizendo:
«Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro».
Transportou-me em espírito
ao cimo de uma alta montanha
e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém,
que descia do Céu, da presença de Deus,
resplandecente da glória de Deus.
O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima,
como uma pedra de jaspe cristalino.
Tinha uma grande e alta muralha,
com doze portas e, junto delas, doze Anjos;
tinha também nomes gravados,
os nomes das doze tribos dos filhos de Israel:
três portas ao oriente, três portas ao norte,
três portas ao sul e três portas ao ocidente.
A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes
e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 10-11.12-13.17-18 (R. cf. 12a)
Refrão: Aqueles que Vos amam, Senhor,
proclamem a glória do vosso reino.
Graças Vos deem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;
Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.
O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.
ALELUIA cf. Jo 1, 49b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Senhor, Vós sois o Filho de Deus,
Vós sois o Rei de Israel. Refrão
EVANGELHO Jo 1, 45-51
«Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Filipe encontrou Natanael e disse-lhe:
«Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés
e nos Profetas.
É Jesus de Nazaré, filho de José».
Disse-lhe Natanael:
«De Nazaré pode vir alguma coisa boa?».
Filipe respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse:
«Eis um verdadeiro israelita,
em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?».
Jesus respondeu-lhe:
«Antes que Filipe te chamasse,
Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael:
«Mestre, Tu és o Filho de Deus,
Tu és o Rei de Israel!».
Jesus respondeu:
«Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas.
Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Vereis o Céu aberto
e os Anjos de Deus subindo e descendo
sobre o Filho do homem».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, este sacrifício de louvor,
ao celebrarmos a festa do apóstolo São Bartolomeu,
e concedei-nos, por sua intercessão, o auxílio da vossa graça.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Apóstolos I ou II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 22, 29-30
Preparei para vós um reino, diz o Senhor,
como o Pai o preparou para Mim:
comereis e bebereis à minha mesa no meu reino.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos suplicamos, Senhor,
que o penhor de salvação eterna
que recebemos neste sacramento
ao celebrar a festa do apóstolo São Bartolomeu,
nos fortaleça na vida presente e nos conduza à glória futura.
Por Nosso Senhor.
« Não és importante porque te louvam, nem
desprezível porque te criticam. Aquilo que és diante de Deus, é realmente o que
és».
Tomás Kempis
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: Filipe, que já conhecia Jesus, fala com
Natanael a seu respeito. Quando se encontraram com Ele, Jesus já o conhecia
porque o vira primeiro. Natanael surpreendido, trata-O por Filho de Deus.
MEDITAÇÃO: A fé começa porque se ouviu algo sobre Jesus.
Mas não chega. É preciso procurá-l’O para nos darmos conta que é Ele quem nos
procura primeiro. Só no encontro com o Senhor experimentamos que somos amados,
conhecidos e vistos por Ele desde sempre. O seu olhar amoroso é que nos abre os
olhos para vermos coisas maiores, antes nunca imaginadas. O que é que Jesus viu
em mim?
AGENDA
08.30 horas: Funeral
no Arneiro
10.30 horas: Funeral
em Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa.
A VOZ DO PASTOR
FAMÍLIAS DE CANÁ EM MOGOFORES,
ANADIA, AVEIRO
Tendo
já falado do Movimento de Shonestatt, do Movimento das Equipas de Nossa Senhora
e do Movimento dos Casais de Santa Maria, hoje vou tornar presente um outro
Movimento eclesial de espiritualidade familiar. Um Movimento que tem vontade e
pernas para andar. Nasceu em Portugal, em 2013, em Mogofores, Anadia, Aveiro,
no seio de uma família cristã, a família Power: é o Movimento Famílias de Caná.
Nall
Power, irlandês de Waterford, e Teresa, portuguesa de Lisboa crescida em
Castelo Branco, conheceram-se na Alemanha, em 1992, quando, universitários, ali
faziam “Erasmus”. Ele é o sétimo duma família de dez irmãos. Ela, a mais velha
de três irmãs. Ele foi escuteiro e participou, desde sempre, na vida paroquial,
em família. Ela, integrada também na vida paroquial, fez parte dos Convívios
Fraternos, participou em muitos encontros do Renovamento Carismático Católico e
peregrinou a lugares de relevo, inclusive no estrangeiro. Ele, hoje, Professor
na Universidade de Aveiro. Ela, Professora de Inglês, na Anadia. Na primavera
da vida, uniu-os a fé católica e um grande amor a Nossa Senhora, a quem se
consagraram no dia do casamento, em Fátima. São pais de sete filhos: Francisco,
Clara, Tomás (falecido), David, Lúcia, António e Sara. Vivendo integrados na
vida paroquial, foram “crescendo na fé em família e construindo, pouco a pouco,
filho a filho, os fundamentos da espiritualidade do Movimento Famílias de
Caná”.
Pedindo
ajuda ao seu Pároco para melhor discernirem sobre o que iam pensando e vivendo
em família, foram dando corpo a uma forma de vida familiar que, acabaram por
concluir, se divulgada e vivida em fidelidade ao carisma fundacional, muito
útil poderia ser a outras famílias na sua caminhada em direção à santidade.
Firmes neste propósito, confiaram o Movimento a Maria Auxiliadora venerada no
Santuário de Mogofores, Anadia, Aveiro.
O
texto evangélico das Bodas de Caná (Jo 2, 1-11), foi-lhes abrindo horizontes
pela riqueza do seu conteúdo e a oferta de “imensos níveis de leitura e de meditação”.
O texto apresenta Maria sempre atenta e de presença eficaz no seio daquela
família nascente. Ela revela aos noivos e a toda a comunidade ali presente,
Jesus Cristo como o Filho de Deus, cuja presença na Boda antecipa toda a força
e beleza do sacramento do matrimónio, santifica a nova família e aponta para as
Bodas do Cordeiro anunciadas ao longo de toda a Bíblia. É a celebração da
família que se abre ao amor infinito de Deus. É a celebração do amor único e
eterno entre Deus e cada um dos esposos desafiados a viverem em constante clima
de Bodas. É o fazer da vida, e em especial da vida familiar, uma festa divina,
celebrando alegremente a amizade, a solidariedade, a partilha com toda a
comunidade. Neste convite a Maria e a Jesus para a festa da família, Maria
colabora na tarefa humilde e grandiosa de a família fazer tudo o que Jesus lhe
for dizendo.
O
atual Bispo de Aveiro, tendo tomado conhecimento da existência deste Movimento
Familiar - as Famílias de Caná -, apoiou-o desde logo. Na Quaresma de 2015,
orientou-lhes um retiro, onde lhes propôs que os diversos pontos de
espiritualidade do movimento fossem repartidos por seis talhas. Tantas talhas
quantas as referidas no texto das Bodas de Caná. Entusiasmada, a família Power
acolheu a proposta e dedicou-se imediatamente à tarefa de estruturar as seis
Bilhas de Caná, apoiadas na oração, na evangelização e no serviço,
significativamente estruturadas e com conteúdos de relevo, assim enunciadas:
Comunhão - Nós, Jesus!; Vida sacramental; A Bíblia; O canto de oração; A
Visitação; Consagração e Rosário.
Às
palavras de Jesus, as talhas vazias encheram-se de água e o milagre aconteceu.
Cada Família de Caná é convidada a oferecer a Jesus seis pequenas “bilhas”
esvaziadas de tudo o que é mundano e, à Sua Palavra, a enchê-las de “água” até
transbordarem, numa obediência pronta e generosa. Logo experimentará a
abundância do amor de Jesus, que, por intercessão de Maria, não permitirá que o
“vinho” da fé, da esperança e do amor acabe no seu lar. Em 29 de junho de 2016,
por Decreto do Bispo de Aveiro, é aprovado, nesta Diocese, o Movimento Famílias
de Caná, segundo o seu carisma, espiritualidade e missão tal como está
publicado na sua Carta Fundacional.
A
família Power tem vindo a ser convidada a dar o seu testemunho em vários pontos
do país. Em seu tempo, criou também o blogue “Uma Família Católica” onde, ao
longo de alguns anos, partilhava “o quotidiano da sua vida a partir da Palavra
e sob o olhar de Deus”. Deste testemunho, deste passar a palavra, têm nascido
muitas famílias de Caná constituídas em Aldeias de Caná, que são, por sua vez,
berços fecundos de novas Famílias de Caná, através do seu testemunho e do seu
entusiasmo. Constrói-se uma Aldeia de Caná quando, pelo menos duas ou três
famílias de Caná, se reúnem com regularidade para, juntas, aprofundar e
partilhar a sua vivência do carisma, da espiritualidade e da missão. As aldeias
são locais pequenos, onde todos se conhecem e entreajudam. Numa aldeia, a festa
é a festa de todos, a dor é a dor de todos, toda a gente se estima e
solidariza. Foi de aldeia em aldeia que Jesus percorreu toda a Galileia, a
Judeia e a Samaria anunciando a Boa Nova. De povoado em povoado, os Apóstolos
continuaram esta missão. Assim, o cristianismo chegou até nós sendo agora a
nossa vez de fazer passar a mensagem.
Podem
pertencer a este Movimento as Famílias que, por inteiro – pais e filhos em
conjunto – se comprometam a viver de acordo com o carisma proposto. Nem todas
as famílias estão fundadas sobre o sacramento do Matrimónio, mas todas precisam
de sentir sede deste sacramento. Assim, há, no Movimento, famílias de
divorciados que vivem numa nova união e que correspondem ao perfil traçado pelo
Papa Francisco na Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”. Embora o Movimento
possa e deva acompanhar as famílias resultantes de uma mera união de facto para
que também elas venham a beber do “vinho novo” de Jesus, estas famílias, as
famílias “resultantes duma união de facto, que não apresentem nenhum
impedimento para a receção do sacramento do Matrimónio, só poderão ser Famílias
de Caná depois do seu Matrimónio, pois a união de facto não sugere sede de vida
sacramental”. Podem também pertencer ao Movimento as famílias “que vivem todo o
tipo de situações problemáticas, como mães solteiras, pais cujos filhos
abandonam a fé, e outras, bastando que um dos membros da família se queira
comprometer”. Além disso, também podem pertencer ao Movimento os Jovens, os
leigos consagrados e os sacerdotes diocesanos, todos quantos, bebendo das seis
Bilhas de Caná, queiram prosseguir este caminho de santidade ou se sintam
chamados a servir a sua família e a dos outros.
Para
fazer nascer uma Aldeia de Caná é preciso muito pouco! Basta que uma família
sinta o desejo de fazer o bem, se coloque em linha com os responsáveis do
Movimento e o pároco, salte do sofá e saia como “Família Servente” duma Aldeia
de Caná a constituir com famílias da mesma área geográfica, do mesmo grupo de
amigos, ou da mesma paróquia. Não são necessárias estruturas complicadas, nem
regras rígidas, nem “pessoas importantes”. Basta querer amar e adorar em
família de famílias.
Convido
os leitores a buscar na Internet o Movimento Famílias de Caná. Irão conhecê-lo
melhor e melhor ficarão a saber como funciona. Foi de lá que tirei estes
apontamentos.
Sabendo
que nesta Diocese de Portalegre-Castelo Branco já existe, pelo menos uma Aldeia
de Caná a reunir no Seminário do Preciosíssimo Sangue, em Proença-a-Nova, faço
votos para que o Movimento cresça e se fortaleça cada vez mais.
A
Família tudo merece!
Antonino
Dias
Portalegre,
17-08-2018.
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