PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 03 de agosto de 2018
Sexta da
XVII semana do tempo comum
Salt. I
SEXTA-FEIRA
da semana XVII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha
Missa à escolha
L 1 Jer 26, 1-9; Sal 68 (69), 5. 8-10. 14
Ev Mt 13, 54-58
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 67,
6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 26, 1-9
«Todo o povo se amotinou contra Jeremias no templo do Senhor»
O profeta faz ouvir a palavra de Deus aos que entram no templo, para lhes dizer que o templo pode vir a cair, como, antes daquele, outro já tinha caído, a fim de que o povo compreenda que não são os templos que trazem a segurança e a salvação, mas a palavra de Deus que lá é anunciada e que há-se ser acolhida no coração e posta em prática na vida de cada momento. No entanto, os que isto ouviram irritaram-se e ameaçaram com a morte o profeta. Assim havia de acontecer a Jesus: acusação semelhante, de demolidor do templo, foi apresentada no tribunal contra o Senhor.
Leitura do Livro de Jeremias
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 26, 1-9
«Todo o povo se amotinou contra Jeremias no templo do Senhor»
O profeta faz ouvir a palavra de Deus aos que entram no templo, para lhes dizer que o templo pode vir a cair, como, antes daquele, outro já tinha caído, a fim de que o povo compreenda que não são os templos que trazem a segurança e a salvação, mas a palavra de Deus que lá é anunciada e que há-se ser acolhida no coração e posta em prática na vida de cada momento. No entanto, os que isto ouviram irritaram-se e ameaçaram com a morte o profeta. Assim havia de acontecer a Jesus: acusação semelhante, de demolidor do templo, foi apresentada no tribunal contra o Senhor.
Leitura do Livro de Jeremias
No princípio do reinado de Joaquim, filho de Josias e rei de Judá, foi dirigida a Jeremias esta palavra do Senhor: «Assim fala o Senhor: Vai colocar-te no átrio do templo do Senhor e diz a todos os habitantes das cidades de Judá, que vêm prostrar-se no templo do Senhor, todas as palavras que te mandei anunciar, sem nada omitir. Pode ser que as escutem e se arrependa cada um do seu mau caminho; e Eu desistirei do castigo que penso mandar-lhes por causa da maldade das suas ações. Vai dizer-lhes: ‘Assim fala o Senhor: Se não quiserdes escutar-Me e não seguis a lei que vos proponho, se não ouvirdes as palavras dos meus servos, os profetas, que sem cessar vos tenho enviado, mas vós não escutais, farei deste templo o que fiz de Silo e farei desta cidade um objeto de maldição para todos os povos da terra’». Os sacerdotes, os profetas e todo o povo ouviram Jeremias dizer estas palavras no templo do Senhor. E quando Jeremias acabou de anunciar o que o Senhor lhe mandara dizer a todo o povo, os sacerdotes e os profetas apoderaram-se dele, gritando: «Tu tens de morrer! Porque profetizaste em nome do Senhor que este templo teria a mesma sorte de Silo e que esta cidade ficaria em ruínas e sem habitantes?». E todo o povo se amotinou contra Jeremias no templo do Senhor.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 68 (69), 5.8-10.14 (R. 14c)
Refrão: Pela vossa grande misericórdia,
atendei-me, Senhor. Repete-se
São mais numerosos que meus cabelos
os que me odeiam sem razão;
são mais fortes que meus ossos
os que me detestam sem motivo. Refrão
Por Vós tenho suportado afrontas,
cobrindo-se meu rosto de confusão.
Devorou-me o zelo pela vossa casa
e recaíram sobre mim os insultos contra Vós. Refrão
A Vós, Senhor, elevo a minha súplica,
no momento propício, meu Deus.
Pela vossa grande bondade, respondei-me,
pela vossa fidelidade, salvai-me. Refrão
ALELUIA 1 Pedro 1, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
A palavra do Senhor permanece eternamente.
Esta é a palavra que vos foi anunciada. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 54-58
«Não é Ele o filho do carpinteiro? Donde Lhe vem tudo isto?»
A fé tem de ultrapassar a experiência dos sentidos: estes podem até dificultar a fé. Foi o que aconteceu aos conterrâneos de Jesus, que, à força de O verem no meio deles, não conseguiram penetrar mais profundamente e reconhecer n’Ele o Filho de Deus. Não souberam entender os sinais de Deus que Se manifestava no seu tempo e tão junto de si. Se através dos sinais se não vai até à significação dos mesmos, não se chega à fé, mas apenas ao aspecto material da experiência.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus foi à sua terra e começou a ensinar os que estavam na sinagoga, de tal modo que ficavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e este poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? A sua Mãe não se chama Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem entre nós? De onde Lhe vem tudo isto?». E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa». E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.
« Se
denuncio e condeno a injustiça, é porque isso é obrigatório para mim como
pastor de um povo oprimido e humilhado»
Óscar Romero
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA:
- Os ensinamentos de Jesus não produzem
escândalo, mas os seus vizinhos e conhecidos é que se escandalizam porque um
dos seus é capaz de falar com tanta sabedoria. Por isso a pergunta: de onde lhe
vem toda esta sabedoria?
MEDITAÇÃO: - A palavra dos profetas costuma ser
dura porque é pronunciada a partir da perspetiva de Deus. Chama a atenção para
a falta de fé e dPodem sentir o que Ele sente e ver o Ele ve.e justiça. É por
isso que eles são perseguidos. A sabedoria de um profeta só se compreende a
partir da sua comunhão com o Senhor.
ORAÇÃO: - Dá-nos sabedoria, senhor, ara ver a
realidade com os teus olhos e descobrir onde está o pecado, aquele que nos
separa de Ti.
AGENDA
18.00 horas: Missa em Nisa, Espírito
Santo
A VOZ DO PASTOR
NÃO DIGAS QUE É
IMPOSSÍVEL
Dizemos que uma pessoa é responsável
quando orienta bem a sua vida ou cumpre com zelo e eficácia aquilo que lhe é
confiado. Falamos de corresponsabilidade quando a participação num trabalho ou
numa missão é da responsabilidade, não de um, mas de alguns ou de todos. E se
há muitas coisas de cujo êxito, ou menos êxito, somos corresponsáveis, a tarefa
da evangelização é uma delas. É da responsabilidade de todos os batizados,
somos corresponsáveis. E esta corresponsabilidade não se exerce colocando-se à
janela da vida a olhar quem passa. Ou a peneirar o que os outros fazem e dizem
no crivo da maledicência. Tampouco se exerce sendo um mero consumidor de coisas
tidas como boas e santas e, pensa-se, quantas mais melhor. A
corresponsabilidade implica envolvimento, compromisso, entusiasmo, ser capaz de
gerar empatia e de estimular, implica colocar os talentos ao serviço da
comunidade.
A primeira ação de corresponsabilidade
que todo o batizado deve exercer é com a pessoa do Espírito Santo. A construção
da santidade acontece pela ação do Espírito Santo em nós. Ele cria-nos nos
segredos de Deus, faz nascer a fé nos nossos corações, derrama em nós o amor de
Deus, ensina-nos a rezar, dá-nos uma vida nova e faz-nos viver n’Ele, com Ele e
a partir d’Ele. Isto, porém, reclama a nossa resposta e colaboração. Deus nada
impõe, propõe, respeita a nossa liberdade. A liberdade, porém, não é fazer o
que muito bem entendo e quero ou me dá na real gana. É fazer o que devo, por
respeito a mim próprio e aos outros.
Em toda a Sua vida, Jesus foi
corresponsável, foi livre na obediência. Assumiu o projeto do Pai e ofereceu-Se
com total generosidade até ao fim, até tudo estar consumado. A Sua vontade era
fazer a vontade d’Aquele que o enviara e consumar toda a Sua obra. Sabia o que
tinha a fazer, promovia diligentemente a sua implementação, vivia em total
obediência ao Pai e em plena comunhão com Ele.
Maria também assumiu o dinamismo da
corresponsabilidade. Ela deu um “Sim” consistente e sempre renovado ao longo de
toda a sua vida, até ao alto do Calvário, até ao pé da Cruz. Faça-se em Mim
segundo a Sua Palavra, foi o Seu lema. Com determinação e confiança, lançou-Se
nessa aventura, ajudando a concretizar os projetos de Deus a respeito da
humanidade, mesmo quando não entendia bem o seu alcance e até lhe parecia que o
Seu Filho já não fechava bem a gaveta (Mc 3,20-21).
A própria Criação dá-nos um testemunho
de corresponsabilidade ímpar. Tudo foi gerado pelo Verbo de Deus. A
complexidade do Universo aponta os céus e canta as glórias do Senhor de forma
ordenada e bela, numa sinfonia incrível. Todas as coisas se movem em numerosas
formas de relação e de participação, cada uma segundo a sua natureza, todas
elas a viverem e a subsistirem numa harmonia verdadeiramente admirável, divina.
São Paulo usa a figura do corpo para
descrever a corresponsabilidade na Igreja. É o bom funcionamento de cada uma
das partes do corpo, cada uma no seu lugar, sem ciúmes ou inveja de qualquer
outra parte ou função, sem se julgar mais ou menos importante, é essa
corresponsabilidade funcional que dá harmonia e beleza ao corpo. Nenhuma parte
é secundária, dispensável ou inútil. Assim, a unidade bela da Igreja é
construída por toda a diversidade que a compõe: diferentes são os estilos e as
personalidades, os dons e os carismas, as capacidades e os níveis de
intervenção social, diferentes são a formação humana e académica, a língua, a
raça, a cultura, a atividade, a situação geográfica…
Como cristãos, somos, de uma forma mais
consciente e firme, corresponsáveis pela sorte de todos os outros, incluindo a
própria criação, a nossa casa comum, a começar pela família. A família é o
primeiro espaço que nos leva a reconhecer a beleza da unidade na diversidade.
Nela há a diversidade de pessoas, de idades e de talentos, de experiências e de
cultura, de direitos e de deveres, de afazeres e de gostos. Cada um sente-se
corresponsável pelo bem do todo que é a família, comunidade de vida e de amor a
caminho da santidade, espaço de entendimento e de enriquecimento mútuo, espaço
de alegria e de paz, no meio de alegrias e tristezas, de fracassos e êxitos.
Na comemoração do cinquentenário da
instituição do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco chamou a atenção para a
necessidade e a beleza de “caminhar juntos». O mundo, em que vivemos e que
somos chamados a amar e a servir “exige da Igreja o reforço das sinergias em
todas as áreas da sua missão”. Cada um de nós, os batizados, “independentemente
da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito
ativo de evangelização…». E é-o na política e na economia, na cultura e nas
ciências, nas artes e nos ofícios, nas escolas e nos serviços públicos, nas
empresas e na comunicação social, mo lazer e no desporto…
E afirmava Santo Atanásio, no século IV:
“Nada há mais frio do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos
outros”. E continuava: “Se o fermento misturado à farinha não fizer levedar
toda a massa, terá sido verdadeiro fermento? E que se há de dizer dum perfume
que não espalhe a sua fragrância? Havemos de lhe chamar perfume? Não digas: Não
sou capaz de influenciar os outros. Se fores cristão verdadeiro, é impossível
que o não faças. Se é certo que não há contradição na natureza, também é certo
o que afirmamos: faz parte da natureza do cristão influir nos seus semelhantes.
Não injuries a Deus. Se disseres que o sol não é capaz de brilhar, afrontas o
sol; se disseres que um cristão não pode ser útil a ninguém, ofendes a Deus e
chamas-Lhe mentiroso. Ora mais fácil é o sol não aquecer nem brilhar do que um
cristão não irradiar a sua luz: mais fácil que isto seria transformar-se a luz
em trevas. Não digas que é impossível: o contrário é que é impossível. Não
injuries a Deus. Se fizermos bem o que está na nossa mão, tudo o mais de que
falamos se seguirá como consequência natural. A luz do cristão não pode ficar
escondida; uma lâmpada tão resplandecente não se pode ocultar”. E afirmava
Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios
que rezam”. Ou: “A maior enfermidade é não ser ninguém para ninguém”.
Antonino Dias
Portalegre, 27-07-2018.
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