PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 11 de agosto de 2018
Sábado da XVIII
semana do tempo comum
Salt. II
SÁBADO da semana
XVIII
S. Clara, virgem – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Hab 1, 12 – 2, 4; Sal 9 (10), 8-9. 10-11. 12-13
Ev Mt 17, 14-20
* Na Ordem Franciscana – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA; na II Ordem – SOLENIDADE
rsta é* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – I Vésp. de S. Joana Francisca de Chantal
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Hab 1, 12 – 2, 4; Sal 9 (10), 8-9. 10-11. 12-13
Ev Mt 17, 14-20
* Na Ordem Franciscana – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA; na II Ordem – SOLENIDADE
rsta é* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Clara de Assis, virgem, da II Ordem – FESTA
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – I Vésp. de S. Joana Francisca de Chantal
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
SANTA CLARA, virgem
Nota
Histórica
Nasceu
em Assis no ano 1193. Imitando o exemplo do seu concidadão Francisco, seguiu o
caminho da pobreza e fundou a Ordem monástica (Clarissas). A sua vida foi de
grande austeridade, mas rica em obras de caridade e de piedade. Morreu em 1253.
MISSA
ANTÍFONA DE
ENTRADA
Esta
é a virgem sábia e prudente,
que
de lâmpada acesa, foi ao encontro de Cristo.
ORAÇÃO
Senhor, que na vossa infinita
misericórdia inspirastes a Santa Clara
um profundo amor à pobreza evangélica, concedei, por sua interces-
são que seguindo a Cristo na pobreza espiritual, mereçamos um dia contemplar-Vos no reino dos Céus. Por Nosso Senhor.
um profundo amor à pobreza evangélica, concedei, por sua interces-
são que seguindo a Cristo na pobreza espiritual, mereçamos um dia contemplar-Vos no reino dos Céus. Por Nosso Senhor.
LEITURA
Hab 1, 12 – 2, 4
«O justo viverá pela sua fé»
«O justo viverá pela sua fé»
Leitura da Profecia de Habacuc
Não sois Vós, Senhor, desde os tempos antigos, o meu Deus, o meu Santo, o Imortal? Estabelecestes os caldeus, Senhor, para exercerem a justiça e os consolidastes como um rochedo para castigarem. Os vossos olhos são demasiado puros para verem o mal e não podeis contemplar a opressão. Porque olhais então para os malvados, porque ficais em silêncio, quando o ímpio devora o justo? Tratareis os homens como os peixes do mar, ou como os répteis que não têm dono? O inimigo pesca-os a todos no anzol, apanha-os com a rede, recolhe-os com a tarrafa e assim fica alegre e satisfeito. Por isso oferece sacrifícios à sua rede e queima incenso à sua tarrafa, pois fez com elas uma pesca abundante e alcançou alimento com fartura. Continuará ele a utilizar a sua rede, matando os povos impiedosamente? Ficarei no meu posto de sentinela, conservar-me-ei de pé sobre a muralha, estarei alerta para ver o que o Senhor me dirá, como irá responder à minha queixa. Então o Senhor respondeu-me: «Põe por escrito esta visão e grava-a em tábuas com toda a clareza, de modo que a possam ler facilmente. Embora esta visão só se realize na devida altura, ela há de cumprir-se com certeza e não falhará. Se parece demorar, deves esperá-la, porque ela há de vir e não tardará. Vede como sucumbe aquele que não tem alma re ta; mas o justo viverá pela sua fidelidade».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 9, 8-9.10-11.12-13 (R. 11b)
Refrão: Não abandonais, Senhor,
aqueles que Vos procuram. Repete-se
O Senhor é Rei para sempre,
firmou o seu trono para julgar.
Ele julga a terra com justiça,
governa os povos com retidão. Refrão
O Senhor é o refúgio dos oprimidos,
o seu refúgio nas horas de tribulação.
Em Vós confiam os que conhecem o vosso nome,
porque não abandonais, Senhor,
os que Vos procuram. Refrão
Cantai ao Senhor, que tem em Sião a sua morada,
anunciai entre os povos os seus feitos gloriosos.
O Senhor lembra-Se do sangue derramado
e não esquece o clamor dos infelizes. Refrão
ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão
EVANGELHO Mt 17, 14-20
«Se tiverdes fé, nada vos será impossível»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, que se ajoelhou diante d’Ele e Lhe disse: «Senhor, tem compaixão do meu filho, porque é epilético e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo». Jesus respondeu: «Oh geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui». Jesus ameaçou o demónio, que saiu do menino e este ficou curado a partir daquele momento. Então os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?». Jesus respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele há-de mudar-se. E nada vos será impossível».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO
SOBRE AS OBLATAS
Ao proclamarmos as maravilhas que
realizastes em Santa Clara,
humildemente Vos pedimos, Senhor, que aceiteis a oferta do nosso
ministério, como aceitastes os méritos da sua vida. Por Nosso
Senhor.
humildemente Vos pedimos, Senhor, que aceiteis a oferta do nosso
ministério, como aceitastes os méritos da sua vida. Por Nosso
Senhor.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO (MT 25,6)
Chegou o Esposo. Ide ao encontro de Cristo Senhor.
Chegou o Esposo. Ide ao encontro de Cristo Senhor.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, nosso Deus, que nos
fortaleceis com estes divinos mistérios,
fazei que, a exemplo de Santa Clara, levando sempre em nosso corpo
os sofrimentos de Cristo, vivamos somente para Vós. Por Nosso Senhor.
fazei que, a exemplo de Santa Clara, levando sempre em nosso corpo
os sofrimentos de Cristo, vivamos somente para Vós. Por Nosso Senhor.
«Aquilo que nos dará mais satisfação no fim da vida
, será tudo aquilo que é mais importante que a vida»
PhiliP Ryken
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: Hab
1, 12 – 2, 4 :A opressão que os inimigos tinham
infligido ao povo de Deus provoca no profeta esta oração cheia de amargura. Os
seus inimigos parecem estar sempre triunfantes, como o pescador triunfa dos
peixes que apanha na rede ou no anzol. Mas, apesar de tudo, o profeta tem
confiança, e o Senhor responde-lhe que, a seu tempo, virá a salvação. O Senhor
é fiel: assim o povo viva na fidelidade.
Mt
17, 14-20 : Ter fé é apoiar-se em Deus, na sua
bondade e no seu poder, entregar-se a Ele como um filho se confia ao pai. A fé
estabelece uma tal comunhão com Deus, que o crente como que participa do
próprio poder de Deus. A fé ultrapassa os limites humanos e leva o homem ao
coração de Deus. E, por ela, tudo se lhe tornará possível. A fé manifesta-se
particularmente na oração.
ORAÇÃO: - Senhor, dá-nos a graça de nos parecermos como a mulher
cananeia. Que saibamos procurar-Te, seguir-Te e ajoelharmo-nos diante de Ti em
cada momento.
AGENDA
09.30 horas: Missa na
capela de São Lourenço
18.00 horas: Missa em
Arez
18.00 horas: Missa na
Igreja do Espírito Santo
A VOZ DO PASTOR
IMPOSSÍVEL! … ESTOU UMA DESGRAÇA!... mas
foi!...
Celebramos o Padroeiro
dos Párocos e modelo de todo o ministério sacerdotal: São João Maria Vianney, o
Santo Cura d’Ars!... Todos os anos celebramos a sua memória em 4 de
agosto, data da sua morte. Ao dirigir-se para a paróquia que lhe fora confiada,
não conseguia enxergar bem o caminho, era já o cair da noite de 9 de fevereiro
de 1818, uma terça-feira sob manta de nevoeiro. Então, dirigiu-se a um
jovenzinho, de seu nome Antoine Givre, que por ali apascentava as ovelhas para
ver se ele lhe indicaria o caminho para Ars. Satisfeito com as indicações do
miúdo, volta-se para ele e diz-lhe: “Meu amiguinho, mostraste-me o caminho para
Ars; vou-te mostrar o caminho para o céu”.
Esta é, na verdade, a
meta de toda a vida humana e o objetivo do ministério do Padre: conduzir ao
Céu, à vida trinitária, convocar os homens à família de Deus, na Igreja.
Saudamos todos os Párocos e rogamos ao Senhor que os fortaleça e anime na
comunhão e na ação. Os Padres, dizia o Papa Francisco, são como os aviões. Os
aviões andam por esses ares aos milhares, fazendo o bem, levando e trazendo as
pessoas e sem ninguém dar por isso. Só se fala deles quando algum cai, isso
sim, ressoa no mundo inteiro. Assim os Padres, só se fala deles - e para
desancar de forma persecutória e generalizada! -, quando algum deles cai em
desgraça. Como afirmava W. Shakespeare, “as falhas dos homens eternizam-se no
bronze. As suas virtudes escrevemo-las na água”. Não estamos a crer justificar
o pecado, os escândalos, os desleixos e as atitudes menos boas a que todos
estamos sujeitos. Estamos tão só a reconhecer o imenso trabalho de serviço à
comunidade que eles prestam, inclusive nas paróquias. Um poste de alta-tensão,
ou coisa semelhante no meio de um campo, torna-se incómodo para alguns e inútil
para outros, parece que não está ali a fazer nada. Se, porém, tirarmos o poste,
a eletricidade deixa de passar, ficaremos às escuras. O Padre também pode ser
olhado assim: pode ser incómodo para uns e escusado para outros, mas se o
tirarmos de entre o povo, depressa brotará o deserto espiritual. O Santo Cura
d’Ars dizia: “Deixai uma paróquia vinte anos sem padre, e acabará por adorar os
animais”. Sim, o abandono da Palavra de Deus a tudo pode levar, nas paróquias,
nas famílias, na sociedade!... Ciente desta responsabilidade e missão, Frei
Bartolomeu dos Mártires alertava os seus sacerdotes: “Ficai sabendo que a
tranquilidade da vossa consciência depende do cumprimento de dois preceitos:
pregação e exemplo. Mas, se quereis ser prudentes, juntai-lhe um terceiro: o
amor da oração. E, assim, ficam estas três coisas: a pregação, o exemplo e a
oração, mas a principal é a oração; pois, embora a pregação e as obras sejam
virtudes necessárias, só a oração consegue graça e eficácia para as obras e
para a pregação”. E o seu colega e amigo São Carlos Borromeu, ambos Padres
Conciliares em Trento, dizia aos seus: “É tua missão pregar e ensinar? Estuda e
consagra-te a quanto é necessário para desempenhar devidamente esse ministério.
Procura, antes de tudo, pregar com a tua própria vida e os teus costumes, para
não acontecer que, vendo-te dizer uma coisa e fazer outra, comecem a menear a
cabeça e a troçar das tuas palavras. Exerces a cura de almas? Não descures
então o cuidado de ti próprio, para não te dares desinteressadamente aos demais
que nada reserves para ti. Sem dúvida, é necessário que te lembres das almas
que diriges, mas desde que não te esqueças de ti (…) Se administras
sacramentos, irmão, medita no que fazes; se celebras missa, pensa no quer
ofereces; se cantas no coro, considera a quem falas e o que dizes; se diriges
almas, medita em que sangue foram purificadas. Tudo entre vós se faça com
espírito de caridade … assim teremos força para fazer nascer Cristo em nós e
nos outros”. O Apóstolo Paulo, por sua vez, recomendava ao seu amigo Tiago:
“Tem cuidado contigo e com o teu ensino. Sê perseverante em tudo isso. Se assim
procederes, salvar-te-ás a ti e àqueles que te ouvem” (ITim 4,16).
A propósito (ou não!),
recordo um gesto extraordinário de São João Paulo II para com um sacerdote cujas
chicotadas da vida lhe deixaram grandes mossas ao ponto de sentir o vazio de
Deus, a perda da autoestima e se reduzir à situação de mendigo e sem abrigo.
Este facto, depois de ter sido divulgado, correu mundo, podendo-se encontrar em
muitos sítios na net. O próprio Papa Francisco, ao falar, numa das suas
reflexões, sobre a grande dignidade dos mendigos, também tornou presente este
caso.
Nas escadarias duma
Igreja de Roma, estavam alguns sem-abrigo a mendigar, como, aliás, é habitual.
Estas pessoas, na medida do possível, vão sendo acompanhadas pelos serviços
sociais da Igreja e da comunidade romana. Um dia, um desses mendigos falou de
si a quem teve a caridade de o ouvir até ao fim. Lá foi desfiando os caminhos
andados até chegar àquela triste situação de mendigo e sem abrigo. Era um
sacerdote polaco feito farrapo humano. O caso chegou aos ouvidos do Santo Padre
João Paulo II que ficou muito comovido com o caso. Segundo narra o Papa
Francisco, o nome deste sacerdote sem-abrigo foi reconhecido por João Paulo II
como tendo sido seu colega no Seminário, quarenta anos atrás. Passados alguns
dias desta informação dada a São João Paulo II, alguém recebeu um convite do
Vaticano para jantar com o Papa na sua residência particular e que levasse
consigo o sacerdote mendigo. “Impossível”, disse o mendigo a quem o foi
informar e chamar. “Olha para mim. Estou uma desgraça. Não tomo banho há
bastante tempo...”. Mas a insistência fez-se ouvir: “Tenho um quarto de hotel
onde podes tomar banho e barbear-te, e tenho roupas que te servem”. Na hora
aprazada, partiram para o jantar com o Papa, que os acolheu com nobre cortesia.
Depois do jantar, João
Paulo II quis ficar a sós com o mendigo, tendo-lhe pedido, depois de alguma
conversa bem-humorada, que o ouvisse em Confissão. O homem, impressionado,
respondeu-lhe que já não se sentia sacerdote, ao que o Papa retorquiu: “uma vez
sacerdote, sacerdote sempre”. Julgando-se ninguém e indigno de tudo perante
todos, voltou a insistir: “Mas eu estou fora das minhas faculdades de presbítero”.
O Papa, porém, sem fazer qualquer pergunta menos agradável, não desarmou: “Eu
sou o Bispo de Roma, posso-me encarregar disso”. O Padre ouviu, então, o Papa
em Confissão, mas como já não se lembrava bem da fórmula da absolvição, teve de
ser ajudado pelo Santo Padre. No fim, pediu ao Papa que, agora, também o
ouvisse a ele em Confissão. Depois de ter chorado longa e amargamente nos
braços de São João Paulo II, o Papa perguntou-lhe em que paróquia é que ele
mendigava. Nomeou-o colaborador do Pároco dessa paróquia e encarregou-o do
atendimento, também espiritual, aos mendigos.
Tudo na vida nos pode
acontecer. Mas também tudo pode converter-se em riqueza e feliz liberdade
quando existir a coragem de regressar a casa. Alguém sempre nos espera, nos
recebe em seus braços, nos perdoa sem fazer perguntas, nos anima e continua a
confiar em nós. E basta, por vezes, um amigo autêntico que ao cruzar-se
connosco reconheça a nossa situação, se abeire de nós, nos oiça até ao fim, nos
estenda a mão e, com uma palavra amiga e eficaz, nos mova para esse encontro
festivo com o Pai, diante do qual todos somos mendigos! Dêmos-Lhe os cacos, e
Deus, o Oleiro, concertará sempre um coração caído e estilhaçado!
Antonino Dias
Portalegre,
03-08-2018.
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