quinta-feira, 23 de setembro de 2021

 

 



 

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sexta, 24 de setembro de 2021

 

Sexta-feira da XXV semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 Sexta-feira da semana XXV

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Ag 1, 15b – 2, 9; Sal 42 (43), 1. 2. 3. 4
Ev Lc 9, 18-22

* Na Diocese de Viseu – B. Rita Amada de Jesus, religiosa – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Vicente Maria Strambi, bispo – MO
* Na Congregação das Servas da Santa Igreja – Aniversário da fundação da Congregação (1945).
* No Instituto Jesus Maria José – B. Rita Amada de Jesus, religiosa, Fundadora do Instituto – FESTA; aniversário da fundação (1880).

 MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA
Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor.
Quando chamar por Mim nas suas tribulações,
Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que fizestes consistir a plenitude da lei
no vosso amor e no amor do próximo,
dai-nos a graça de cumprirmos este duplo mandamento,
para alcançarmos a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Ag 1, 15b – 2, 9
«Dentro de pouco tempo, encherei de glória este templo»


Leitura da Profecia de Ageu

No segundo ano do rei Dario, no dia vinte e um do sétimo mês, a palavra do Senhor foi manifestada por meio do profeta Ageu: «Vai dizer a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, a Josué, filho de Josadac, sumo sacerdote, e a todo o povo: Haverá entre vós algum sobrevivente que tenha visto este templo na sua primeira glória? E em que estado o vedes agora? Não se apresenta ele a vossos olhos reduzido a nada? Agora, coragem, Zorobabel! Coragem, Josué, filho de Josadac, sumo sacerdote! Coragem, povo todo da terra! – oráculo do Senhor. Mãos à obra, porque Eu estou convosco! – oráculo Senhor. Segundo a aliança que firmei convosco, quando saístes do Egipto, o meu espírito está no meio de vós. Não temais. Assim fala o Senhor do Universo: Dentro de pouco tempo, abalarei os céus e a terra, o mar e o continente. Abalarei todas as nações; afluirão riquezas de todos os povos e encherei de glória este templo – diz o Senhor do Universo. A Mim pertence a prata, a Mim pertence o ouro – oráculo do Senhor do Universo. A glória deste novo templo será maior que a do antigo – oráculo do Senhor do Universo. E neste lugar farei reinar a paz – oráculo do Senhor do Universo».


Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 42 (43), 1.2.3.4 (R. cf. 5bc)
Refrão: Espero em Deus, meu Salvador. Repete-se

Fazei-me justiça, meu Deus,
defendei a minha causa contra a gente sem piedade,
livrai-me do homem desleal e perverso. Refrão

Vós, ó Deus, sois o meu refúgio:
Porque me abandonastes?
Porque hei de andar triste, sob a opressão do inimigo? Refrão

Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa e ao vosso santuário. Refrão

E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei, Senhor, meu Deus. Refrão

ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção dos homens. Refrão

EVANGELHO Lc 9, 18-22
«És o Messias de Deus.
O Filho do homem tem de sofrer muito»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».

 
Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja,
para que receba nestes santos mistérios
os bens em que pela fé acredita.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 118, 4-5
Promulgastes, Senhor,
os vossos preceitos para se cumprirem fielmente.
Fazei que os meus passos sejam firmes
na observância dos vossos mandamentos.

Ou Jo 10, 14
Eu sou o Bom Pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas
e as minhas ovelhas conhecem-Me.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, com o auxílio da vossa graça
aqueles que alimentais nos sagrados mistérios,
para que os frutos de salvação
que recebemos neste sacramento
se manifestem em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.  

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Ag 1, 15b – 2, 9: À vista do templo, tão modesto em comparação com o antigo que tinha sido destruído, mas de que alguns ainda se lembravam, o povo chorou. Mas Deus promete-lhe que a sua glória virá a enchê-lo. Isto se realizou completamente quando Cristo nele entrou e sobretudo quando, ao ressuscitar, fez do seu corpo o verdadeiro Templo de Deus e o prolonga na sua Igreja, onde se reúnem os homens vindos de todos os povos.

Lc 9, 18-22: Jesus é, em Si mesmo, um mistério tal que os próprios Apóstolos só O vão compreendendo aos poucos. Como nós. Antes de mais é preciso crer que Ele é o Messias de Deus, o seu Enviado, o seu próprio Filho; mas ao mesmo tempo ser-se capaz de não se escandalizar com a sua Paixão. E, por fim, acreditar que Ele ressuscitou e está vivo, e é a nossa esperança.

 

AGENDA DO DIA:

18.00 horas: Missa na Igreja de Alpalhão

18.00 horas: Missa na Igreja de Nossa Senhora da Graça – Nisa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

PATOLOGIAS DUM PROGRESSO SEM REGRAS

O planeta Terra continua imprevisível. E vai-se queixando, aqui ou além, com calamidades e outras coisas mais. Não por ser um senhor casmurro, que acorda mal dormido e mal humorado. Em pés de lá ou com botas cardadas, há quem, num desordenado modo de conceber a vida e a ação humana, o faça sentir-se assaltado, espancado, espremido e abandonado, sem respeito pela sua extraordinária complexidade, harmonia e beleza sem igual. Para espicaçar o apetite do leitor a saber mais sobre as suas queixas, convido-o, mais uma vez, a pescar, no mar imenso do senhor doutor Google, a Carta Encíclica Laudato Si, cujo III Capítulo vou sintetizar. É um fármaco a não desperdiçar. Se o tomarem diariamente, em doses aconselháveis, é um medicamento profilático de alta qualidade. E excelente também para minimizar as graves doenças desta casa comum, antes que, desde os telhados  aos alicerces, tudo vá pró maneta, e o maneta não fique atrás!... Embora o diga a brincar, a coisa é mais que séria!...

Mesmo quem vive noutro mundo ou muito distraído com futebóis e fantasias alienantes, não deixa de apreciar o avanço da ciência, da cultura, do progresso. E aqueles que, de calças rotas, mas remendadas e limpas!, já saltámos do milénio passado para este, em que muitos tinham de ir descalços à escola, a quilómetros de distância, sem transporte, sem ar condicionado, sem cantina nem bar onde pudessem comer o que agora lhes proíbem por tão apaparicados que são (e ainda bem!), não podemos deixar de agradecer o que, de facto, foi acontecendo: “somos herdeiros de dois séculos de ondas enormes de mudanças: a máquina a vapor, a ferrovia, o telégrafo, a eletricidade, o automóvel, o avião, as indústrias químicas, a medicina moderna, a informática e, mais recentemente, a revolução digital, a robótica, as biotecnologias e as nanotecnologias. É justo que nos alegremos com estes progressos e nos entusiasmemos à vista das amplas possibilidades que nos abrem estas novidades incessantes”. Imensas autoestradas se abriram, por terra e ar, nas mais diversas direções do saber e do fazer, e das respostas a dar às necessidades humanas. E mais veremos, tenham paciência e esperança!

No entanto, não são favas contadas que tudo esteja a ser usado de forma construtiva. Há muitos sintomas de doença, há patologias e desvios endeusados com consequências imprevisíveis. É um poder tal que, se está na mão de poucos, pode não significar progresso da humanidade e da história. Sobretudo quando se perde o sentido da responsabilidade e dos valores para bem gerir o uso desse poder. A liberdade do ser humano “adoece, quando se entrega às forças cegas do inconsciente, das necessidades imediatas, do egoísmo, da violência brutal”. Se ao longo dos milénios, o homem e a natureza caminhavam conjuntamente, dando-se as mãos, agora, o homem esqueceu essa nobre e educada delicadeza no trato e convivência com este jardim que lhe foi confiado. Vive apoiado na “mentira da disponibilidade infinita dos bens do planeta, que leva a ‘espremê-lo’ até ao limite e para além do mesmo”.

Os avanços da ciência, do saber e da técnica são um dom, uma graça, a humanidade mudou profundamente. No entanto, se é verdade que ninguém quer o regresso ao antigamente, “é indispensável abrandar a marcha para olhar a realidade doutra forma, recolher os avanços positivos e sustentáveis e ao mesmo tempo recuperar os valores e os grandes objetivos arrasados por um desenfreamento megalómano”.

Não podemos perder o sentido e a profundidade da vida. Não podemos viver numa espécie de vazio, de tédio enfadonho por entre uma permanente e globalizada novidade de produtos que entusiasmam os homens da economia e da técnica, os teóricos da finança e os promotores do ter e do poder próprio, mas exploram o povo, a natureza e, sobretudo, os mais pobres de entre os pobres. Os avanços da ciência e da técnica não são neutros. Se usados sem responsabilidade e valores, são daninhos, condicionam a cultura e os estilos de vida. Acabam por determinar e orientar “as possibilidades sociais na linha dos interesses de determinado grupo de poder”. Com boca doce, eles sabem impor a lógica do domínio que está para além da mera lógica do bem-estar e do bem-fazer. Pela sua teimosa influência, até se vai tornando “anti cultural a escolha dum estilo de vida, cujos objetivos possam ser, pelo menos em parte, independentes da técnica, dos seus custos e do seu poder globalizante e massificador”. E a vida “passa a ser uma rendição às circunstâncias condicionadas pela técnica, entendida como o recurso principal para interpretar a existência”. Os sintomas deste erro estão à vista: degradação ambiental, ansiedade, perda do sentido da vida, enfraquecimento da sã convivência social, uma economia que mata, uma tecnologia ao serviço do lucro, uma finança que sufoca a economia real. As reservas naturais vão-se esgotando, os ecossistemas sofrem, os problemas da fome e da miséria não se resolvem, agravam-se. Não há uma visão global da situação humana. Muitos não têm o básico, não se garante o desenvolvimento humano integral nem a inclusão social, não se respeita a vida, não se promove a ecologia integral. A fragmentação do saber, fez esquecer o desenvolvimento que a ciência gerou nas outras áreas, inclusive na área da filosofia e da ética social. Por tudo isso e muito mais, torna-se urgente “um olhar diferente, um pensamento, uma política, um programa educativo, um estilo de vida e uma espiritualidade que oponham resistência ao avanço do paradigma tecnocrático. Caso contrário, até as melhores iniciativas ecológicas podem acabar bloqueadas na mesma lógica globalizada. Buscar apenas um remédio técnico para cada problema ambiental que aparece, é isolar coisas que, na realidade, estão interligadas, é esconder os problemas verdadeiros e mais profundos do sistema mundial” (cf. LSi, 101-136).

Entre nós, no Alentejo, sente-se alguma preocupação com as culturas ou monoculturas intensivas ou superintensivas. Nutrientes, fertilizantes, desinfeção de pragas, maquinarias, rega, transportes dos produtos, etc. etc., acompanham o processo. E quem vê com os olhos de querer ver, não vê. Mesmo que estique os olhos por entre a imensa extensão das explorações, aliás, bonitas de se verem, fica sem enxergar bem se os pequenos produtores já foram dando à sola ou se viraram em assalariados precários, se a diversidade produtiva deu às de vila-diogo e levou atrás de si a economia agrícola regional, se a mão-de-obra é escrava, se os lucros são tributados na região, se ao menos no país, se todos ou quase todos em Espanha. O que parece verdade certinha, é que, em muitos locais, muitas espécies da biodiversidade já tiveram de comprar bilhete de “voos low cost” para migrar. E as safadas, encrespadas com tanta insistência das TVs em mostrar os técnicos a espetar a agulha da vacina no braço ou a enfiar a zaragatoa por nariz abaixo do cliente, até se aventuraram a partir sem certificado de vacinação e máscara, aceitando apenas a obrigação de cumprir o rápido distanciamento, antes que fosse tarde. E não eram negacionistas, não senhor. Inteirámo-nos junto de fonte fidedigna e bem informada, embora sigilosa, claro!

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 2021-09-17.

 

 

 

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