domingo, 26 de setembro de 2021

 

 



 

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Segunda, 27 de setembro de 2021

 

Segunda-feira da XXVI semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

Segunda-feira da semana XXVI

S. Vicente de Paulo, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Zac 8, 1-8; Sal 101 (102), 16-18. 19-21. 29 e 22-23
Ev Lc 9, 46-50

* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – B. Escubilião Rousseau, religioso – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Vicente de Paulo, presbítero, Fundador da Congregação da Missão e das Filhas da Caridade – SOLENIDADE
* No Instituto das Irmãs da Misericórdia de Verona – S. Vicente de Paulo, presbítero, Padroeiro do Instituto – FESTA

S. VICENTE DE PAULO, presbítero

 

Nota Histórica:

Nasceu na Aquitânia em 1581. Completados os estudos e ordenado sacerdote, exerceu o ministério paroquial em Paris. Fundou a Congregação da Missão, destinada à formação do clero e ao serviço dos pobres; com a ajuda de S. Luísa de Marillac instituiu também a Congregação das Filhas da Caridade. Morreu em Paris no ano 1660.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 4, 18 (cf. Is 61, 1)
O Espírito do Senhor está sobre mim.
Ele me ungiu e me enviou a anunciar
a boa nova aos pobres,
a sarar os corações atribulados.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, Deus de bondade, que enriquecestes o presbítero São Vicente de Paulo com virtudes apostólicas para se entregar ao serviço dos pobres e à formação dos pastores do vosso povo, concedei-nos que, animados pelo mesmo espírito, amemos o que ele amou e pratiquemos o que ele ensinou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I 1 Cor 1, 26-31
«Deus escolheu o que é fraco aos olhos do mundo»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

 Irmãos: Vede quem sois vós, os que Deus chamou: não há muitos sábios, naturalmente falando, nem muitos influentes, nem muitos bem-nascidos. Mas Deus escolheu o que é louco aos olhos do mundo para confundir os sábios; escolheu o que é fraco para confundir o forte; escolheu o que é vil e desprezível, o que nada vale aos olhos do mundo, para reduzir a nada aquilo que vale, a fim de que nenhuma criatura se possa gloriar diante de Deus. É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual Se tornou para nós sabedoria de Deus, justiça, santidade e redenção. Deste modo, conforme está escrito, «quem se gloria deve gloriar-se no Senhor».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 111 (112), 1-2.3-4.5-6.7-8.9 (R.cf. la)
Refrão: Feliz o homem que espera no Senhor.
Ou: Aleluia.

Feliz o homem que teme ao Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
será abençoada a geração dos justos.

Haverá em sua casa abundância e riqueza,
a sua generosidade permanece para sempre.
Brilha diante dos retos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.

Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
Este jamais será abalado:
o justo deixará memória eterna.

Ele não receia más notícias,
seu coração está firme, confiado no Senhor.
O seu coração é inabalável, nada teme,
e verá os adversários confundidos.

Reparte com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre
e pode levantar a cabeça com dignidade.

ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia Repete-se
O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção dos homens. Refrão

EVANGELHO Lc 9, 46-50
«Quem for o mais pequeno entre vós, esse será o maior»


Com o exemplo da criança ensina Jesus aos seus discípulos o sentido da humildade, bem necessário para eles poderem compreender a hora da Paixão, em que Jesus dará a vida por todos os homens, e não apenas por eles, até então ainda muito fechados sobre si próprios e pouco acolhedores para com os outros.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de santidade infinita, que concedestes a São Vicente de Paulo a graça de conformar a sua vida com os divinos mistérios que celebrava, fazei que também nós, por este mesmo sacrifício, nos tornemos oblação agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com este divino sacramento, fazei que, animados pelo exemplo de São Vicente de Paulo e auxiliados pela sua proteção, imitemos o vosso Filho, que veio anunciar o Evangelho aos pobres. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Lc 9, 46-50: Com o exemplo da criança ensina Jesus aos seus discípulos o sentido da humildade, bem necessário para eles poderem compreender a hora da Paixão, em que Jesus dará a vida por todos os homens, e não apenas por eles, até então ainda muito fechados sobre si próprios e pouco acolhedores para com os outros.

 

AGENDA DO DIA:

21.00 horas: Reunião no Calvário dos MEC e MECDAP de Nisa.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

SOBRE ÓRGÃOS SOCIAS E RESPONSÁVEIS PAROQUIAIS

 

O amigo leitor sabe o que é um papibaquígrafo? É um trava-línguas. Há muitos, e este também é: “percebeste? Se percebeste, percebeste, se não percebeste, faz que percebeste para que eu perceba que tu percebeste, percebeste?” Ora, dado este rigoroso e total esclarecimento, mesmo que alguém me olhe de soslaio e eu finja não perceber, vou mesmo parlengar. Sobretudo para ver se ajudo a destravar outras ideias e outro modo de estar em quem, na matéria em título, descarrilou.... Vou falar sobre o papel de Responsáveis disto ou daquilo, mais daquilo do que disto. Não de Órgãos Sociais, ou Equiparados, que o são com todos os pergaminhos. Perante esses, e pela parte que me toca, curvo-me respeitosamente e tiro o meu chapéu, mui grato pelo seu serviço e sentido de corresponsabilidade!... Também não me refiro aos órgãos sociais de instituições meramente civis, como associações humanitárias, culturais, desportivas, fundações, sociedades anónimas ou seja lá o que for. Cada uma dessas organizações sabe bem com que linhas se cose e que espécie de águas por lá correm: se saudáveis, se inquinadas, se turbas ou assim-assim. Refiro-me aos Órgãos Sociais de pessoa jurídica canónica ou de pessoa jurídica canónico-civil, como, por exemplo, Paróquia, Irmandade/Confraria, Centro Social Paroquial... A grande maioria funciona como deve ser, merece os nossos aplausos. No entanto, pode haver certos cozinhados que temos de colocar na beirinha do prato, não apreciamos, é coisa papibaquígrafa! Neste reino de Portugal e dos Algarves, d’aquém e d’além-mar, por vezes bufa uma aragem incómoda que chega a sacudir alguns jornais. Leva a crer que há Responsáveis de uma ou de outra dessas instituições, que o são de direito, mas, de facto, nunca o foram, não o são, são-no de fachada ou do faz de conta! Embora eleitos ou propostos e homologados pela autoridade competente com toda a seriedade, confiança e esperança no seu trabalho, logo são tidos como verbos de encher por quem tem dificuldade em entender que o exercício da presidência reclama comunhão corresponsável e respeitosa. Ou, então, são eles mesmos que, por indigna subserviência, falso respeito ou confiança mal entendida em quem preside, logo se dispensam de assumir o seu lugar e função. Quem aceita ser eleito ou nomeado, é nomeado ou eleito para verdadeiramente assumir e exercer a missão em causa. Não raro, porém, em discreta informação ou em estardalhaço de guerra aberta, ecoa, de facto, o mal-estar de quem tem as responsabilidades atribuídas mas se sente marginalizado ou impossibilitado de as levar a cabo, de forma colegial e complementar. Sabemos que há quem invente, deturpe, exagere, seja de difícil trato ou de difícil inserção em equipas de trabalho onde sempre gosta de falar alto, de se impor ou manipular. Por isso, tudo se ouve com delicadeza e atenção, deita-se água na fervura, não se tiram conclusões precipitadas. Mas, sem grande demora, incrédulos, crentes ou na dúvida, lá se procura auscultar o que, no terreno, na verdade se passa. Nem sempre tal alarido corresponde à verdade, as razões são outras, nem sempre as mais sadias. Noutras vezes, porém, a coisa é mesmo verdade, fica-se triste, sente-se o dever de agir, às vezes sem saber bem como... É muito difícil lidar com pessoas que se julgam donas da verdade e intocáveis. Estão sempre prontas a inventar desculpas ou a escavar razões sem qualquer espécie de razão!...

Entre Conselhos Económicos de Paróquias, Irmandades/Confrarias e Centros Sociais Paroquiais, cujos dirigentes são homologados pela Bispo diocesano, há mais que muitos. É verdade que os Conselhos para os assuntos económicos das paróquias, pela força do Direito Canónico são consultivos, mas, na prática, pelo respeito que nos merecem e pelo serviço que prestam ao povo de Deus e aos próprios párocos, que são quem os apresenta ao Bispo para serem homologados, devem ser tidos e respeitados como se de Órgãos Sociais se tratasse, embora diferentes na sua constituição e missão. Ora, todas as instituições têm direito à boa imagem e à boa fama, mas também têm o dever de fazer por isso. O mesmo se diga de quem as serve, generosa e dedicadamente, com espírito de serviço e boa vontade. O documento que acaba de nos chegar às mãos sobre o próximo Sínodo convocado pelo Papa Francisco, também coloca essa questão: “como são vividos na Igreja a responsabilidade e o poder”? Como se convertem “preconceitos e práticas distorcidas que não estão enraizadas no Evangelho”?

O burburinho que se gera à volta desta ou daquela instituição (Paróquia, Irmandade/Confraria ou Centro Social Paroquial), fazendo correr cobras e lagartos sobre ela e sobre quem as dirige, mesmo que possa ser mentira, pode ter origem na forma de agir, ou de não agir, dos seus Responsáveis. Podem existir muitos vícios acumulados a provocar, mesmo sem maldade, falta de transparência e nervosismo em quem, generosa e retamente, se apresentou a colaborar dentro do normal funcionamento das coisas. De facto, pode haver membros de Órgãos Sociais ou de Conselhos para os assuntos económicos de paróquias que nunca exerceram o cargo para o qual foram eleitos ou propostos e homologados. Tesoureiros que nunca exerceram tal lugar, mas assinam de cruz! Secretários que nunca fizeram uma ata, mas assinam de cruz! Pode haver quem, por sua própria culpa, não tenha ou não conheça os Estatutos ou o Compromisso pelos quais a instituição se rege. Ao aceitar o cargo, era pressuposto tê-los e conhecê-los, sabendo qual é a sua missão e lugar, bem como qual é o espírito da Instituição e o perfil pessoal que ela reclama. Pode haver responsáveis, de uma ou de outra destas instituições, que nunca reuniram, nunca avaliaram, nunca programaram colegialmente, deixam que tudo vá correndo ao sabor dos ventos, de qualquer forma, sei lá se até ao fracasso total. Se alguma coisa conversam entre si sobre algum assunto referente à instituição, é capaz de não ir além de uma mera conversa no café ou no caminho. Por esse falso respeito, subserviência daninha, ou seja lá o que for perante quem preside (leigo/a ou sacerdote), os outros membros da direção, que têm consciência da missão e responsabilidade que lhes foram confiadas, apesar de sofrerem com isso, deixam-se andar até que o mandato acabe para se irem embora. Não querem fazer barulho, não contestam as atitudes de quem preside ou manda, embora reconheçam que ele ou ela se serve deles ou delas como se de joguetes ou de títeres se tratasse. Promove-se o “eu”, ignora-se o “nós”. Entre nós, porque é difícil conviver com isso, até se tem feito formação para que se tenha consciência da igual pertença, para que essa maneira de ser e estar não aconteça, ou, se existe, seja banida, e haja corresponsabilidade no cuidado a ter com pessoas, património, obras, arquivos, inventários.... Além disso, todos os membros dos Órgãos Socias e Equiparados sabem que são responsáveis e respondem pelos atos que a instituição realiza, pequenos ou grandes, mesmo quando eles, porventura, partam das ordens arbitrárias de um só. As boas regras e o senso comum, mandam que, de facto, tudo seja falado e decidido colegialmente e lavrado em ata para a sua real legalidade e defesa de todos. Esta praxe, mesmo que o trabalho e as decisões não sejam muitas e o dinheiro a gerir ainda seja menos, não existe porque os membros da Direção desconfiam uns dos outros, se têm como inimigos ou se julgam imprevisíveis. Acontece porque todos se estimam e respeitam, no muito e no pouco, e têm consciência de que a instituição que representam deve construir a sua história com toda a dignidade e respeito. É possível que haja instituições com uma história rica e bela pelo bem que fazem à comunidade, com apreço e garbo. No entanto, pode acontecer que, desde há anos, não tenham dados para escrever a história: as atas deixaram de existir, nada fica escrito, é pena!

Se saltarmos para o espaço da corresponsabilidade pastoral, também temos de reconhecer quão difícil é a escuta e a programação da mesma em itinerário e modelo sinodal: “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”. Como é difícil este “processo eclesial participativo e inclusivo”, não só em relação “àqueles que, por vários motivos, se encontram à margem”, mas também em relação àqueles que estão dentro e próximos, mas cuja cultura é colocar-se ao lado, deixando “de contribuir para colocar em movimento as ideias, as energias e a criatividade”. Há uma cultura demasiadamente passiva e preconceituosa, promovida, aliás, ao longo dos tempos. A solicitude pastoral, se assim a posso chamar, não raro, dispensava os outros e baseava-se mais no querer, no poder e no mandar, mesmo quando não se sabia. Os efeitos prolongam-se, e porque custa virar o bico ao prego, continua-se a perguntar se a culpa não será de Adão, ou de Eva, ou da cobra.... A nossa fragilidade é muito criativa em artimanhas dessas!...

Seja como for, o Papa Francisco mostrou-se mais uma vez de mangas arregaçadas e a deitar as mãos ao arado. Ele insiste, oportuna e inoportunamente, a que dêmos as mãos nesta tarefa de uma nova sementeira, uma sementeira que comprometa, promova e dê frutos de liberdade e salvação. Se também deitarmos as mãos ao arado, sem olharmos para trás, até não faltará quem comece a repetir bem e muito mais depressa papibaquígrafo e outras coisas mais.... As surpresas de Deus são constantes e gratificantes!...

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 24-09-2021.

 

 

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