PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 15 de setembro de 2021
Quarta-feira da XXIV semana do tempo comum
LITURGIA
Quarta-feira
da semana XXIV
Virgem Santa Maria das
Dores – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Tim 3, 14-16; Sal 110 (111), 1-2. 3-4. 5-6
ou Hebr 5, 7-9; Sal 30, 2-3ab. 3cd-4. 5-6. 15-16ab. 20
Sequência facultativa.
Ev Jo 19, 25-27 ou Lc 2, 33-35 (próprios)
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Virgem Santa Maria das Dores,
Padroeira principal – FESTA a celebrar como SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – Virgem Santa Maria das
Dores – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Virgem Santa Maria
das Dores, Mulher da Nova Aliança, Padroeira da Congregação – MO
* Na Fraternidade Franciscana da Divina Providência – Aniversário da
Fundação (1942).
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – Virgem Santa Maria das
Dores, Titular e Padroeira do Instituto – SOLENIDADE
Nossa
Senhora das Dores
Nota Histórica:
Presente junto da Cruz, Maria vive e sente os sofrimentos de Seu filho. Por isso a liturgia lhe dedica hoje especial atenção, depois de ter celebrado ontem a Exaltação da Santa Cruz. As dores da Virgem, unidas aos sofrimentos de Cristo foram redentoras, indicando-nos o caminho da nossa dor.
Missa
Simeão disse a Maria: Este Menino será sinal de contradição
para ruína e salvação de muitos em Israel,
e uma espada trespassará a tua alma.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que, na vossa admirável providência,
quisestes que, junto do vosso Filho, elevado sobre a cruz,
estivesse sua Mãe, participando nos seus sofrimentos,
concedei à vossa Igreja
que, associada com Maria à paixão de Cristo,
mereça ter parte na sua ressurreição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Hebr 5, 7-9
«Aprendeu a obediência e tornou-se causa de salvação eterna»
Leitura da
Epístola aos Hebreus
Nos dias da sua vida mortal,
Cristo dirigiu preces e súplicas,
com grandes clamores e lágrimas,
Àquele que O podia livrar da morte
e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho,
aprendeu a obediência no sofrimento
e, tendo atingido a sua plenitude,
tornou-Se para todos os que Lhe obedecem
causa de salvação eterna.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 30 (31), 2-3ab.3cd-4.5-6.15-16ab.20
(R. 17b)
Refrão: Salvai-me, Senhor, pela vossa bondade.
Em Vós, Senhor, me refugio, jamais serei confundido,
pela vossa justiça, salvai-me.
Inclinai para mim os vossos ouvidos,
apressai-vos em me libertar.
Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação;
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Livrai-me da armadilha que me prepararam,
porque Vós sois o meu refúgio.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Eu, porém, confio no Senhor:
Disse: «Vós sois o meu Deus,
nas vossas mãos está o meu destino».
Livrai-me das mãos dos meus inimigos.
Como é grande, Senhor, a vossa bondade
que tendes reservada para os que Vos temem:
à vista da vossa face, Vós a concedeis
àqueles que em Vós confiam.
SEQUÊNCIA
A
sequência é facultativa e pode cantar-se ou recitar-se por inteiro ou em forma
breve: a partir da estrofe *Maria, fonte de amor.
Estava a Mãe dolorosa,
Junto da cruz lacrimosa,
Enquanto Jesus sofria.
Uma longa e fria espada,
Nessa hora atribulada,
O seu coração feria.
Oh quão triste e tão aflita
Padecia a Mãe bendita,
Entre blasfémias e pragas,
Ao olhar o Filho amado,
De pés e braços pregado,
Sangrando das Cinco Chagas!
Quem é que não choraria,
Ao ver a Virgem Maria,
Rasgada em seu coração,
Sem poder em tal momento,
Conter as fúrias do vento
E os ódios da multidão!
Firme e heróica no seu posto,
Viu Jesus pendendo o rosto,
Soltar o alento final.
Ó Cristo, por vossa Mãe,
Que é nossa Mãe também,
Dai-nos a palma imortal.
* Maria, fonte de amor,
Fazei que na vossa dor
Convosco eu chore também.
Fazei que o meu coração
Seja todo gratidão
A Cristo de quem sois Mãe.
Do vosso olhar vem a luz
Que me leva a ver Jesus
Na sua imensa agonia.
Convosco, ó Virgem, partilho
Das penas do vosso Filho,
Em quem minha alma confia.
Mãos postas, à vossa beira,
Saiba eu, a vida inteira,
Guiar por Vós os meus passos.
E quando a noite vier,
Eu me sinta adormecer
No calor dos vossos braços.
Virgem das Virgens, Rainha,
Mãe de Deus, Senhora minha,
Chorar convosco é rezar.
Cada lágrima chorada
Lembra uma estrela tombada
Do fundo do vosso olhar.
No Calvário, entre martírios,
Fostes o Lírio dos lírios,
Todo orvalhado de pranto.
Sobre o ódio que O matava,
Fostes o amor que adorava
O Filho três vezes santo.
A cruz do Senhor me guarde,
De manhã até à tarde,
A minha alma contrita.
E quando a morte chegar,
Que eu possa ir repousar
À sua sombra bendita.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendita seja a Virgem Maria,
que, sem passar pela morte,
mereceu a palma do martírio,
ao pé da cruz do Senhor. Refrão
Em vez deste Evangelho,
pode ler-se o que se lhe segue.
EVANGELHO Jo 19, 25-27
«Eis o teu filho...Eis a tua Mãe»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São JoãoNaquele tempo,
estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.
Palavra da salvação.
Em vez do Evangelho
precedente, pode ler-se o seguinte:
EVANGELHO Lc 2, 33-35
«Uma espada trespassará a tua alma»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas
Naquele tempo,
o pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados
com o que se dizia d’Ele.
Simeão abençoou-os
e disse a Maria, sua Mãe:
«Este Menino foi estabelecido
para que muitos caiam ou se levantem em Israel
e para ser sinal de contradição;
– e uma espada trespassará a tua alma –
assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Deus de misericórdia, para glória do vosso nome,
as nossas orações e as nossas ofertas,
ao celebrarmos a memória da Virgem Santa Maria,
que nos destes como Mãe bondosa,
junto da cruz do vosso Filho, Jesus Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio de Nossa Senhora I [na festividade], ou II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Pedro 4, 13
Alegrai-vos, se participardes nos sofrimentos de Cristo,
porque será plena a vossa alegria, quando se manifestar a sua glória.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o sacramento da redenção eterna,
ao celebrarmos as dores da Virgem Santa Maria,
ajudai-nos a completar em nós, em benefício da Igreja,
o que falta à paixão de Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO DIA:
11.30 horas: Funeral em
Tolosa
15.00 horas: Funeral em
Nisa
17.00 horas: Missa em
Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em
Nisa - Espírito Santo.
A VOZ DO PASTOR:
HERANÇA
DOS PAIS OU EMPRÉSTIMO DOS FILHOS?!...
Continuamos,
ao longo deste mês e a terminar em 4 de outubro, Dia da Festa de São Francisco
de Assis, nesta tarefa de sensibilizar para o cuidado da Terra, para o cuidado
desta Casa Comum que nos foi confiada como belíssimo jardim (cf. Gn 2,15). Não
só para que a cuidemos com ternura, mas também para que a trabalhemos com
alegria, produzindo frutos para todos. Como nos refere o Livro Sagrado: “O
Senhor produziu da terra os medicamentos; o homem sensato não os desprezará”
(Eclo 38,4). E os medicamentos de que o homem precisa são muitos e variados!
Mas tudo vem da Terra e da inteligência e vontade do homem com que o Criador o
capacitou. O Papa Francisco, porém, também nos recorda que “a Terra não é uma
herança que recebemos dos nossos pais, mas um empréstimo que nos fazem os
nossos filhos, para que nós a guardemos e a façamos progredir para lha
devolver. A Terra é generosa e não deixa que falte nada a quem a guarda. A
Terra, que é mãe para todos, pede que a respeitemos e que não a tratemos com
violência ou, pior ainda, com arrogância de patrões. Devemos devolvê-la
melhorada, preservada, aos nossos filhos, porque foi um empréstimo que eles nos
fizeram” (A Nossa Mãe Terra, Ed. Paulinas, págs. 10 e 11).
Todos
estes desafios da humanidade “são de uma complexidade tal que exigem a soma de
ideias, a união de esforços, a complementaridade de perspetivas e, ao mesmo
tempo, a renúncia ao egoísmo exclusivista e ao protagonismo pernicioso” (id.
69). De facto, é mais que sabido que a “economia e a política, a sociedade e a
cultura, não podem ser dominadas por uma mentalidade de breve prazo e da busca
de um imediato retorno financeiro ou eleitoral” (id. 49). Mas também não
ignoramos que, cada um, à sua medida e segundo as suas circunstâncias e
responsabilidades tem o dever de prestar a sua quota parte de serviço a esta
nobre causa. E se há imensas e variadas formas de o fazer, também a oração pode
ajudar a mover os corações mais duros e insensíveis à verdade, à justiça e à
solidariedade, procedendo com arrogância de patrões mal agradecidos. Nesta
direção, sugiro uma das belas orações que o Papa Francisco nos apresenta no fim
da Carta Encíclica Laudato Si’:
Deus Omnipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais connosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz”.
---
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 10-09-2021.
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