terça-feira, 28 de setembro de 2021

 

 



 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Quarta, 29 de setembro de 2021

 

Quarta-feira da XXVI semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 

S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Anjos.

L 1 Dan 7, 9-10. 13-14 ou Ap 12, 7-12a; Sal 137, 1-2a. 2b-3. 4-5
Ev Jo 1, 47-51

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Vitalino Fernandes Dantas, Bispo Emérito de Beja (1996).
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – S. Miguel, Titular da Igreja Concatedral de Castelo Branco – SOLENIDADE
* Na Diocese do Porto – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Vitorino José Pereira Soares, Bispo Auxiliar (2019).
* Na Ordem Beneditina – S. Miguel e todos os Santos Anjos – FESTA
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – S. Miguel e todos os Anjos – FESTA

 

S. MIGUEL, S. GABRIEL e S. RAFAEL, Arcanjos

 

Nota Histórica:

Entre «os puros espíritos que também são denominados Anjos» (Credo do Povo de Deus), sobressaem três, que têm sido especialmente honrados, através do séculos e a Liturgia une na mesma celebração. Além das funções próprias de todos os Anjos, eles aparecem-nos, na Escritura Sagrada, incumbidos de missão especial.

S. Miguel (= «Quem como Deus»?) é o príncipe dos Anjos, identificado, por vezes, como o Anjo do turíbulo de ouro de que fala o Apocalipse. É o Anjo dos supremos combates. É o melhor guia do cristão, na hora da viagem para a eternidade. É o protetor da Igreja de Deus (Apoc. 12-19).

S. Gabriel (= «Deus é a minha força») é o mensageiro da Incarnação (Dan. 9, 21-22). É o enviado das grandes embaixadas divinas: anuncia a Zacarias o nascimento do Precursor e revela a Maria o mistério da divina Maternidade. Pio XII, em 12 de Janeiro de 1951, declarou este Arcanjo patrono das telecomunicações.

S. Rafael (= «Medicina de Deus») manifesta-se na Bíblia como diligente e eficaz protetor duma família, que se debate para não sucumbir às provações. É conselheiro, companheiro de viagem, defensor e médico. Honrando os Anjos, cuja existência nos é abundantemente testemunhada pela Sagrada Escritura, nós exaltamos o poder de Deus, Criador do mundo visível e invisível.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 102, 20
Bendizei o Senhor, todos os seus Anjos,
poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus do universo,
que estabeleceis com admirável providência
as funções dos Anjos e dos homens,
concedei, propício, que a nossa vida seja protegida na terra
por aqueles que eternamente Vos assistem e servem no Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Dan 7, 9-10.13-14
«Milhares de milhares o serviam»


Leitura da Profecia de Daniel

 Eu estava a olhar,
quando foram colocados tronos
e um Ancião sentou-se.
Tinha vestes brancas como a neve
e os cabelos eram como a lã pura.
O seu trono eram chamas de fogo, com rodas de lume vivo.
Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele.
Milhares de milhares o serviam
e miríades de miríades o assistiam.
O tribunal abriu a sessão e os livros foram abertos.
Contemplava eu as visões da noite,
quando, sobre as nuvens do céu,
veio alguém semelhante a um Filho do homem.
Dirigiu-Se para o Ancião venerável
e conduziram-no à sua presença.
Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza,
e todos os povos, nações e línguas O serviram.
O seu poder é eterno, não passará jamais,
e o seu reino jamais será destruído.

Palavra do Senhor.

Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA I Ap 12, 7-12a
«Miguel e os seus Anjos lutaram contra o Dragão»

Leitura do Apocalipse de São João

Travou-se um combate no Céu:
Miguel e os seus Anjos lutaram contra o Dragão.
O Dragão e os seus anjos lutaram também,
mas foram derrotados
e perderam o seu lugar no Céu para sempre.
Foi expulso o enorme Dragão, a antiga serpente,
aquele que chamam Diabo e Satanás,
que seduz o universo inteiro;
foi precipitado sobre a terra
e os seus anjos foram precipitados com ele.
Depois ouvi no Céu uma voz poderosa que dizia:
«Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus
e a autoridade do seu Ungido,
porque foi precipitado o acusador dos nossos irmãos,
aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus.
Eles venceram-no, graças ao sangue do Cordeiro
e à palavra do testemunho que deram,
desprezando a própria vida, até aceitarem a morte.
Por isso, alegrai-vos, ó Céus,
e vós que neles habitais».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-2a.2bc-3.4-5 (R. 1c)
Refrão: Na presença dos Anjos,
eu Vos louvarei, Senhor.

De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei-de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.

Todos os reis da terra Vos hão de louvar, Senhor,
quando ouvirem as palavras da vossa boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor,
porque é grande a glória do Senhor.

ALELUIA Salmo 102 (103), 21
Refrão: Aleluia. Repete-se

Bendizei o Senhor todos os seus exércitos,
poderosos executores da sua vontade. Refrão

EVANGELHO Jo 1, 47-51
«Vereis o Céu aberto

e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

 Naquele tempo,
Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse:
«Eis um verdadeiro israelita,
em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?».
Jesus respondeu-lhe:
«Antes que Filipe te chamasse,
Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael:
«Mestre, Tu és o Filho de Deus,
Tu és o Rei de Israel!».
Jesus respondeu:
«Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas.
Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo:
Vereis o Céu aberto
e os Anjos de Deus subindo e descendo
sobre o Filho do homem».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, este sacrifício de louvor
e fazei que, pelo ministério dos Anjos,
seja levado à presença da vossa divina majestade
e se torne para nós fonte de salvação eterna.
Por Nosso Senhor.

Prefácio dos Anjos

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 137, 1
De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças.
Na presença dos Anjos Vos louvarei, meu Deus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, nosso Pai,
que nos fortalecestes com o pão do Céu,
fazei que, protegidos pelos santos Anjos,
sigamos firmemente o caminho da salvação.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:

 AGENDA DO DIA:

11.30 horas: Funeral em Montalvão

17.00 horas: Funeral no Cacheiro

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Tolosa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

SOBRE ÓRGÃOS SOCIAS E RESPONSÁVEIS PAROQUIAIS

 

O amigo leitor sabe o que é um papibaquígrafo? É um trava-línguas. Há muitos, e este também é: “percebeste? Se percebeste, percebeste, se não percebeste, faz que percebeste para que eu perceba que tu percebeste, percebeste?” Ora, dado este rigoroso e total esclarecimento, mesmo que alguém me olhe de soslaio e eu finja não perceber, vou mesmo parlengar. Sobretudo para ver se ajudo a destravar outras ideias e outro modo de estar em quem, na matéria em título, descarrilou.... Vou falar sobre o papel de Responsáveis disto ou daquilo, mais daquilo do que disto. Não de Órgãos Sociais, ou Equiparados, que o são com todos os pergaminhos. Perante esses, e pela parte que me toca, curvo-me respeitosamente e tiro o meu chapéu, mui grato pelo seu serviço e sentido de corresponsabilidade!... Também não me refiro aos órgãos sociais de instituições meramente civis, como associações humanitárias, culturais, desportivas, fundações, sociedades anónimas ou seja lá o que for. Cada uma dessas organizações sabe bem com que linhas se cose e que espécie de águas por lá correm: se saudáveis, se inquinadas, se turbas ou assim-assim. Refiro-me aos Órgãos Sociais de pessoa jurídica canónica ou de pessoa jurídica canónico-civil, como, por exemplo, Paróquia, Irmandade/Confraria, Centro Social Paroquial... A grande maioria funciona como deve ser, merece os nossos aplausos. No entanto, pode haver certos cozinhados que temos de colocar na beirinha do prato, não apreciamos, é coisa papibaquígrafa! Neste reino de Portugal e dos Algarves, d’aquém e d’além-mar, por vezes bufa uma aragem incómoda que chega a sacudir alguns jornais. Leva a crer que há Responsáveis de uma ou de outra dessas instituições, que o são de direito, mas, de facto, nunca o foram, não o são, são-no de fachada ou do faz de conta! Embora eleitos ou propostos e homologados pela autoridade competente com toda a seriedade, confiança e esperança no seu trabalho, logo são tidos como verbos de encher por quem tem dificuldade em entender que o exercício da presidência reclama comunhão corresponsável e respeitosa. Ou, então, são eles mesmos que, por indigna subserviência, falso respeito ou confiança mal entendida em quem preside, logo se dispensam de assumir o seu lugar e função. Quem aceita ser eleito ou nomeado, é nomeado ou eleito para verdadeiramente assumir e exercer a missão em causa. Não raro, porém, em discreta informação ou em estardalhaço de guerra aberta, ecoa, de facto, o mal-estar de quem tem as responsabilidades atribuídas mas se sente marginalizado ou impossibilitado de as levar a cabo, de forma colegial e complementar. Sabemos que há quem invente, deturpe, exagere, seja de difícil trato ou de difícil inserção em equipas de trabalho onde sempre gosta de falar alto, de se impor ou manipular. Por isso, tudo se ouve com delicadeza e atenção, deita-se água na fervura, não se tiram conclusões precipitadas. Mas, sem grande demora, incrédulos, crentes ou na dúvida, lá se procura auscultar o que, no terreno, na verdade se passa. Nem sempre tal alarido corresponde à verdade, as razões são outras, nem sempre as mais sadias. Noutras vezes, porém, a coisa é mesmo verdade, fica-se triste, sente-se o dever de agir, às vezes sem saber bem como... É muito difícil lidar com pessoas que se julgam donas da verdade e intocáveis. Estão sempre prontas a inventar desculpas ou a escavar razões sem qualquer espécie de razão!...

Entre Conselhos Económicos de Paróquias, Irmandades/Confrarias e Centros Sociais Paroquiais, cujos dirigentes são homologados pela Bispo diocesano, há mais que muitos. É verdade que os Conselhos para os assuntos económicos das paróquias, pela força do Direito Canónico são consultivos, mas, na prática, pelo respeito que nos merecem e pelo serviço que prestam ao povo de Deus e aos próprios párocos, que são quem os apresenta ao Bispo para serem homologados, devem ser tidos e respeitados como se de Órgãos Sociais se tratasse, embora diferentes na sua constituição e missão. Ora, todas as instituições têm direito à boa imagem e à boa fama, mas também têm o dever de fazer por isso. O mesmo se diga de quem as serve, generosa e dedicadamente, com espírito de serviço e boa vontade. O documento que acaba de nos chegar às mãos sobre o próximo Sínodo convocado pelo Papa Francisco, também coloca essa questão: “como são vividos na Igreja a responsabilidade e o poder”? Como se convertem “preconceitos e práticas distorcidas que não estão enraizadas no Evangelho”?

O burburinho que se gera à volta desta ou daquela instituição (Paróquia, Irmandade/Confraria ou Centro Social Paroquial), fazendo correr cobras e lagartos sobre ela e sobre quem as dirige, mesmo que possa ser mentira, pode ter origem na forma de agir, ou de não agir, dos seus Responsáveis. Podem existir muitos vícios acumulados a provocar, mesmo sem maldade, falta de transparência e nervosismo em quem, generosa e retamente, se apresentou a colaborar dentro do normal funcionamento das coisas. De facto, pode haver membros de Órgãos Sociais ou de Conselhos para os assuntos económicos de paróquias que nunca exerceram o cargo para o qual foram eleitos ou propostos e homologados. Tesoureiros que nunca exerceram tal lugar, mas assinam de cruz! Secretários que nunca fizeram uma ata, mas assinam de cruz! Pode haver quem, por sua própria culpa, não tenha ou não conheça os Estatutos ou o Compromisso pelos quais a instituição se rege. Ao aceitar o cargo, era pressuposto tê-los e conhecê-los, sabendo qual é a sua missão e lugar, bem como qual é o espírito da Instituição e o perfil pessoal que ela reclama. Pode haver responsáveis, de uma ou de outra destas instituições, que nunca reuniram, nunca avaliaram, nunca programaram colegialmente, deixam que tudo vá correndo ao sabor dos ventos, de qualquer forma, sei lá se até ao fracasso total. Se alguma coisa conversam entre si sobre algum assunto referente à instituição, é capaz de não ir além de uma mera conversa no café ou no caminho. Por esse falso respeito, subserviência daninha, ou seja lá o que for perante quem preside (leigo/a ou sacerdote), os outros membros da direção, que têm consciência da missão e responsabilidade que lhes foram confiadas, apesar de sofrerem com isso, deixam-se andar até que o mandato acabe para se irem embora. Não querem fazer barulho, não contestam as atitudes de quem preside ou manda, embora reconheçam que ele ou ela se serve deles ou delas como se de joguetes ou de títeres se tratasse. Promove-se o “eu”, ignora-se o “nós”. Entre nós, porque é difícil conviver com isso, até se tem feito formação para que se tenha consciência da igual pertença, para que essa maneira de ser e estar não aconteça, ou, se existe, seja banida, e haja corresponsabilidade no cuidado a ter com pessoas, património, obras, arquivos, inventários.... Além disso, todos os membros dos Órgãos Socias e Equiparados sabem que são responsáveis e respondem pelos atos que a instituição realiza, pequenos ou grandes, mesmo quando eles, porventura, partam das ordens arbitrárias de um só. As boas regras e o senso comum, mandam que, de facto, tudo seja falado e decidido colegialmente e lavrado em ata para a sua real legalidade e defesa de todos. Esta praxe, mesmo que o trabalho e as decisões não sejam muitas e o dinheiro a gerir ainda seja menos, não existe porque os membros da Direção desconfiam uns dos outros, se têm como inimigos ou se julgam imprevisíveis. Acontece porque todos se estimam e respeitam, no muito e no pouco, e têm consciência de que a instituição que representam deve construir a sua história com toda a dignidade e respeito. É possível que haja instituições com uma história rica e bela pelo bem que fazem à comunidade, com apreço e garbo. No entanto, pode acontecer que, desde há anos, não tenham dados para escrever a história: as atas deixaram de existir, nada fica escrito, é pena!

Se saltarmos para o espaço da corresponsabilidade pastoral, também temos de reconhecer quão difícil é a escuta e a programação da mesma em itinerário e modelo sinodal: “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”. Como é difícil este “processo eclesial participativo e inclusivo”, não só em relação “àqueles que, por vários motivos, se encontram à margem”, mas também em relação àqueles que estão dentro e próximos, mas cuja cultura é colocar-se ao lado, deixando “de contribuir para colocar em movimento as ideias, as energias e a criatividade”. Há uma cultura demasiadamente passiva e preconceituosa, promovida, aliás, ao longo dos tempos. A solicitude pastoral, se assim a posso chamar, não raro, dispensava os outros e baseava-se mais no querer, no poder e no mandar, mesmo quando não se sabia. Os efeitos prolongam-se, e porque custa virar o bico ao prego, continua-se a perguntar se a culpa não será de Adão, ou de Eva, ou da cobra.... A nossa fragilidade é muito criativa em artimanhas dessas!...

Seja como for, o Papa Francisco mostrou-se mais uma vez de mangas arregaçadas e a deitar as mãos ao arado. Ele insiste, oportuna e inoportunamente, a que dêmos as mãos nesta tarefa de uma nova sementeira, uma sementeira que comprometa, promova e dê frutos de liberdade e salvação. Se também deitarmos as mãos ao arado, sem olharmos para trás, até não faltará quem comece a repetir bem e muito mais depressa papibaquígrafo e outras coisas mais.... As surpresas de Deus são constantes e gratificantes!...

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 24-09-2021.

 

 

 

 

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