sexta-feira, 3 de setembro de 2021

 



 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sábado, 04 de setembro de 2021

 

Sábado da XXII semana do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

 

 

Sábado da semana XXII

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Col 1, 21-23; Sal 53 (54), 3-4. 6 e 8
Ev Lc 6, 1-5

* Na Ordem Agostiniana – Nossa Senhora da Consolação, Patrona da Família Agostiniana – SOLENIDADE
* Na Ordem Franciscana (III Ordem) – S. Rosa de Viterbo, virgem, da III Ordem – MF
* Na Congregação das Missionárias da Caridade –  I Vésp. de S. Teresa de Calcutá.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam.

ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Col 1, 21-23
«Deus reconciliou-vos consigo, para serdes santos e irrepreensíveis»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses

Irmãos: Outrora éreis estranhos a Deus e na vossa mente seus inimigos pelas vossas más ações. Mas agora Deus reconciliou-vos consigo pela morte de Cristo no seu corpo de carne, para vos apresentar diante d’Ele santos, puros e irrepreensíveis. Portanto, permanecei firmemente consolidados na fé e inabaláveis na esperança prometida pelo Evangelho que ouvistes e que foi anunciado a toda a criatura que há debaixo do céu. Eu, Paulo, fui constituído ministro deste Evangelho.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 53 (54), 3-4.6 e 8 (R. 6a)
Refrão: Deus vem em meu auxílio. Repete-se

Senhor, salvai-me pelo vosso nome,
pelo vosso poder fazei-me justiça.
Senhor, ouvi a minha oração,
atendei às palavras da minha boca. Refrão

Deus vem em meu auxílio,
o Senhor sustenta a minha vida.
De bom grado oferecerei sacrifícios,
cantarei a glória do vosso nome, Senhor. Refrão

ALELUIA Jo 14, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor;
ninguém vai ao Pai senão por Mim. Refrão

EVANGELHO Lc 6, 1-5
«Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. Alguns fariseus disseram «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?». Respondeu-lhes Jesus: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que só aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou; «O Filho do homem é senhor do sábado».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

Ou Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:  Col 1, 21-23: Fazendo-se cristãos, foram reconciliados com Deus, “pela morte de Cristo”. Passar a pertencer a Cristo, entrar na Igreja pelo Batismo, é como que receber um novo nascimento. Daí, que a vida há de ser a partir de então santa e irrepreensível aos olhos de Deus.

Lc 6, 1-5: Na continuação da leitura do dia anterior, Jesus procura, por outro exemplo, levar os seus opositores a compreenderem que o Evangelho é mais do que uma simples lei, e que é preciso entendê-lo segundo o Espírito. Ao cumprimento exterior e material da Lei, Jesus opõe uma atitude verdadeiramente espiritual, como a que tomou David, numa hora de necessidade. Quanto ao sábado, ele era, no judaísmo do Antigo Testamento, instituição sagrada da maior importância. Era sobretudo o dia do repouso, que reproduzia, de algum modo, o repouso de Deus depois da obra da criação, na linguagem prática do Génesis, e anunciava o repouso futuro em Deus, próprio do tempo do Messias. Jesus afirma que é Ele agora quem faz encontrar o repouso em Deus, Ele que é o Senhor do sábado, e não seu súbdito.

AGENDA DO DIA:

09.30 horas: Funeral em Montalvão

12.00 horas: Casamento e batizado em Alpalhão

15.00 horas: Missa em Salavessa 

16.00 horas: Missa no Pé da Serra

16.00 horas: Missa no Pardo

18.00 horas: Missa em Nisa com batizado

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

O 1.º DE SETEMBRO E A PEGADA ECOLÓGICA

 

Vivemos um tempo de grande apreço pelos direitos, e bem. Mas direitos e deveres são correlativos, interdependentes. Assim como ninguém deve negar aos outros os seus direitos, também há deveres que ninguém pode negar a si mesmo, não os pode mandar às malvas, nem adiar ou delegar. São imperativos categóricos para todos e cada um. E hoje refiro-me ao dever da educação ou conversão ambiental. A Pegada Ecológica per capita em Portugal, segundo o Relatório Planeta Vivo, aumentou significativamente entre 2018 e 2020. Depois de ter ocupado o 66.º lugar mundial, o país posiciona-se agora, infelizmente, no 46º lugar do ranking mundial. Isto significa que são necessários 4,1 hectares de terra por pessoa, ou seja, para manterem o seu atual estilo de vida, os portugueses precisam de 2,52 planetas.

Como sabem, o Papa Francisco, em 6 de agosto de 2015, instituiu, na Igreja Católica, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. E ao estabelecê-lo no 1º dia de setembro, fê-lo num gesto verdadeiramente ecuménico. Já em 1989, o Patriarca ecuménico Bartolomeu I o tinha estabelecido para a Igreja Ortodoxa precisamente nesse dia. A par, Francisco providenciou para que se fizessem  os contactos necessários com o Patriarcado Ecuménico e outras realidades ecuménicas, para que esse Dia Mundial se tornasse, de facto, um caminho para todos os que creem em Cristo e se cuidasse também duma possível coordenação com as iniciativas do Conselho Mundial de Igrejas. Será um ‘Tempo da Criação’ que muitas comunidades prolongam até ao dia 4 de outubro, dia da Festa de São Francisco de Assis.

Sendo um dever que não pode ser opcional nem secundário, Francisco reconhece que alguns cristãos, até muito comprometidos e piedosos, frequentemente escarnecem das preocupações pelo meio ambiente, outros não se decidem a mudar os seus hábitos, falta-lhes a conversão ecológica e a consciência de que somos cuidadores da obra de Deus (cf. LSi, 217). Ele pede aos cristãos que, neste dia, “em harmonia com as exigências e as situações locais, a celebração seja devidamente organizada com a participação de todo o Povo de Deus: sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis leigos”. E que se implementem “oportunas iniciativas de promoção e de animação, para que esta celebração anual seja um momento forte de oração, reflexão, conversão e uma oportunidade para assumir estilos de vida coerentes”.

Como cristãos – afirma Francisco – “queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está a viver”. Coisa que não existirá verdadeiramente “sem uma moção interior que impele, motiva, encoraja e dá sentido à ação pessoal e comunitária. Temos de reconhecer que nós, cristãos, nem sempre recolhemos e fizemos frutificar as riquezas dadas por Deus à Igreja, nas quais a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia (LSi, 216). A crise ecológica chama-nos, pois, a uma profunda e sincera conversão espiritual. Urge ouvir os gritos da Terra e o clamor dos pobres. A consciência da gravidade da crise cultural e ecológica precisa de traduzir-se em novos hábitos, precisa de uma verdadeira conversão ecológica. Não se trata de ideologizar o debate ambiental por má-fé ou ignorância, trata-se de lutar pela sustentabilidade ou sobrevivência. Não se trata apenas de filosofar ou denunciar o que está mal, trata-se de assumir atitudes diversas e, por exemplo, renunciar àquilo que o mercado oferece e promove compulsivamente como se nada tivesse a ver com isso. As mudanças nos hábitos de consumo são determinantes. De nada serve mostrar grande sensibilidade ecológica e lutar pela defesa do meio ambiente se se vive afogado em compras inúteis, gastos supérfluos e consumo obsessivo. Também não basta a informação científica e a existência de leis para limitar os maus comportamentos se as famílias, as escolas, as academias, as universidades, os meios de comunicação social, a catequese e todas as instâncias não se preocuparem com uma séria educação ambiental. É preciso adquirir convicções, vontade própria e motivações, virtudes sólidas, transformação pessoal, verdadeiro compromisso ecológico. Como afirma Francisco, “é muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida. A educação na responsabilidade ambiental pode incentivar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias… Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante que põe a descoberto o melhor do ser humano” (cf. LSi, 211)

A disciplina e a sobriedade pessoal libertam, educam, constroem. Praticar maus hábitos só porque se olha para o lado e se presume que ninguém está a ver o mal que se faz, é hipocrisia refinada. “Não há criatura que possa esconder-se à presença de Deus. Tudo fica nu e descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas” (cf. Heb 4, 13).

A cidadania ecológica, se vive preocupada e denuncia a crise ambiental, não pode viver de braço dado com o desleixo individual em relação às pequenas ações. Qualquer gesto, por mais insignificante que nos pareça, pode marcar a diferença e contribuir para a melhoria da situação. A grandeza de cada um está em fazer com amor as mais pequeninas coisas de cada dia. O respeito pela natureza nasce e alimenta-se de pequenos gestos e atitudes. E ninguém pode crer, agir e fomentar a ideia de que a natureza sempre se renova ou regenera.

Assim como à política e à economia se pede que reconheçam os seus erros, mudem de direção e cuidem do bem comum, também não faltam conselhos sobre o que cada um pode e deve fazer no seu dia a dia.

Avaliando com seriedade o nosso desempenho nesse campo, vivamos o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, prolongando-o até ao dia 4 de outubro, dia da Festa de São Francisco de Assis.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 27-08-2021.

 

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