PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 26 de setembro de 2021
XXVI domingo do tempo comum
LITURGIA
DOMINGO
XXVI DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério).
Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Num 11, 25-29; Sal 18 (19), 8. 10. 12-13. 14
L2 Tg 5, 1-6
Ev Mc 9, 38-43. 45. 47-48
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.
* Na Diocese de Portalegre e Castelo Branco – Ofertório a favor do Instituto
Diocesano do Clero (IDC).
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – I Vésp. de
S. Vicente de Paulo.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Dan 3, 31.29.30.43.42
Vós sois justo, Senhor, em tudo o que fizestes.
Pecámos contra Vós, não observámos
os vossos mandamentos.
Mas para glória do vosso nome,
mostrai-nos a vossa infinita misericórdia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que dais a maior prova do vosso poder
quando perdoais e Vos compadeceis,
derramai sobre nós a vossa graça,
para que, correndo prontamente para os bens prometidos,
nos tornemos um dia participantes da felicidade celeste.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Num 11, 25-29
«Estás com ciúmes por causa de mim?
Quem dera que todo o povo fosse profeta!»
Leitura do Livro dos Números
Naqueles dias, o Senhor desceu na nuvem e falou com Moisés. Tirou uma
parte do Espírito que estava nele e fê-lo poisar sobre setenta anciãos do povo.
Logo que o Espírito poisou sobre eles, começaram a profetizar; mas não
continuaram a fazê-lo. Tinham ficado no acampamento dois homens: um deles
chamava-se Eldad e o outro Medad. O Espírito poisou também sobre eles, pois
contavam-se entre os inscritos, embora não tivessem comparecido na tenda; e
começaram a profetizar no acampamento. Um jovem correu a dizê-lo a Moisés:
«Eldad e Medad estão a profetizar no acampamento». Então Josué, filho de Nun,
que estava ao serviço de Moisés desde a juventude, tomou a palavra e disse:
«Moisés, meu senhor, proíbe-os». Moisés, porém, respondeu-lhe: «Estás com
ciúmes por causa de mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e
que o Senhor infundisse o seu Espírito sobre eles!».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 (19), 8.10.12-13.14 (R.
9a)
Refrão: Os preceitos do Senhor alegram o
coração. Repete-se
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes,
dão a sabedoria aos simples. Refrão
O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são retos. Refrão
Embora o vosso servo se deixe guiar por eles
e os observe com cuidado,
quem pode, entretanto, reconhecer os seus erros?
Purificai-me dos que me são ocultos. Refrão
Preservai também do orgulho o vosso servo,
para que não tenha poder algum sobre mim:
então serei irrepreensível
e imune de culpa grave. Refrão
LEITURA II Tg 5, 1-6
«As vossas riquezas estão apodrecidas»
Leitura da Epístola de São Tiago
Agora, vós, ó ricos, chorai e lamentai-vos, por causa das desgraças que
vão cair sobre vós. As vossas riquezas estão apodrecidas e as vossas vestes
estão comidas pela traça. O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se, e a sua
ferrugem vai dar testemunho contra vós e devorar a vossa carne como fogo.
Acumulastes tesouros no fim dos tempos. Privastes do salário os trabalhadores
que ceifaram as vossas terras. O seu salário clama; e os brados dos ceifeiros
chegaram aos ouvidos do Senhor do Universo. Levastes na terra uma vida regalada
e libertina, cevastes os vossos corações para o dia da matança. Condenastes e
matastes o justo e ele não vos resiste.
Palavra
do Senhor.
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia. Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade;
santificai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO Mc 9, 38-43.45.47-48
«Quem não é contra nós é por nós.
Se a tua mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos
Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre,
nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho,
porque ele não anda connosco». Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém
pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra
nós é por nós. Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo, em
verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. Se alguém escandalizar algum
destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao
pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua
mão é para ti ocasião de escândalo, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na
vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se
apaga. E se o teu pé é para ti ocasião de escândalo, corta-o; porque é melhor
entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. E se um dos
teus olhos é para ti ocasião de escândalo, deita-o fora; porque é melhor entrar
no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na
Geena, onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga».
Palavra
da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de misericórdia infinita, aceitai esta nossa oblação
e fazei que por ela se abra para nós
a fonte de todas as bênçãos.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 118, 9-5
Senhor, lembrai-Vos da palavra que destes ao vosso servo.
A consolação da minha amargura
é a esperança na vossa promessa.
Ou 1 Jo 3, 16
Nisto conhecemos o amor de Deus: Ele deu a vida por nós;
também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos.
ORAÇÃO DEPOIS DA
COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que este sacramento celeste
renove a nossa alma e o nosso corpo,
para que, unidos a Cristo neste memorial da sua morte,
possamos tomar parte na sua herança gloriosa.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO DEPOIS DA
COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, com o auxílio da vossa graça
aqueles que alimentais nos sagrados mistérios,
para que os frutos de salvação
que recebemos neste sacramento
se manifestem em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Num 11, 25-29 : Uma das grandes fraquezas humanas é o espírito de inveja e de
partidarismo; e essa atitude de espírito é um dos maiores impedimentos à
unidade e à colaboração. Tal atitude aparece até dentro da comunidade do povo
de Deus, como se pode ver já nesta passagem do Antigo Testamento. Mas um
espírito reto e humilde, como o de Moisés, saberá antes agradecer ao Senhor os
dons que reconhecer nos outros, e não lhos invejar. É preciso antes compreender
que o povo de Deus é todo ele animado pelo Espírito de Deus, o qual assiste a
cada um em ordem à função que lhe cabe no meio desse povo.
Tg 5, 1-6 :O
Apóstolo que escreveu o texto que hoje nos é proclamado pertenceu à primeira
geração cristã. Por ele se vê como a fé, que inspirou, na Sagrada Escritura,
páginas da mais alta mística, inspirou igualmente orientações muito práticas
para a vida social, no que diz respeito ao uso dos bens temporais e à justiça
para com o próximo, como estas que vamos escutar
Mc 9, 38-43.45.47-48: O Espírito de Deus, que encheu a terra inteira, quer atingir,
pela sua acção, todos os homens.
Onde quer que a sua ação se manifeste, aí está a sua presença. E os filhos da
Igreja devem alegrar-se com isso, procurando sempre, à luz do Espírito,
discernir o que é ou não fruto desse mesmo Espírito. É à luz do Espírito de
Deus que cada qual procurará ajuizar das suas próprias atitudes, deixando para
trás tudo o que for obstáculo ao reino de Deus..
AGENDA DO DIA:
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo.
10.00 horas: Missa em
Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em
Gáfete
15.30 horas: Missa no
Cacheiro
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Missa No Arneiro
17.30 horas: Funeral em Tolosa.
A VOZ DO PASTOR:
SOBRE ÓRGÃOS SOCIAS E RESPONSÁVEIS PAROQUIAIS
O amigo leitor sabe o que é um papibaquígrafo? É um
trava-línguas. Há muitos, e este também é: “percebeste? Se percebeste,
percebeste, se não percebeste, faz que percebeste para que eu perceba que tu
percebeste, percebeste?” Ora, dado este rigoroso e total esclarecimento, mesmo
que alguém me olhe de soslaio e eu finja não perceber, vou mesmo parlengar.
Sobretudo para ver se ajudo a destravar outras ideias e outro modo de estar em
quem, na matéria em título, descarrilou.... Vou falar sobre o papel de
Responsáveis disto ou daquilo, mais daquilo do que disto. Não de Órgãos
Sociais, ou Equiparados, que o são com todos os pergaminhos. Perante esses, e
pela parte que me toca, curvo-me respeitosamente e tiro o meu chapéu, mui grato
pelo seu serviço e sentido de corresponsabilidade!... Também não me refiro aos
órgãos sociais de instituições meramente civis, como associações humanitárias,
culturais, desportivas, fundações, sociedades anónimas ou seja lá o que for.
Cada uma dessas organizações sabe bem com que linhas se cose e que espécie de
águas por lá correm: se saudáveis, se inquinadas, se turbas ou assim-assim.
Refiro-me aos Órgãos Sociais de pessoa jurídica canónica ou de pessoa jurídica
canónico-civil, como, por exemplo, Paróquia, Irmandade/Confraria, Centro Social
Paroquial... A grande maioria funciona como deve ser, merece os nossos
aplausos. No entanto, pode haver certos cozinhados que temos de colocar na
beirinha do prato, não apreciamos, é coisa papibaquígrafa! Neste reino de
Portugal e dos Algarves, d’aquém e d’além-mar, por vezes bufa uma aragem incómoda
que chega a sacudir alguns jornais. Leva a crer que há Responsáveis de uma ou
de outra dessas instituições, que o são de direito, mas, de facto, nunca o
foram, não o são, são-no de fachada ou do faz de conta! Embora eleitos ou
propostos e homologados pela autoridade competente com toda a seriedade,
confiança e esperança no seu trabalho, logo são tidos como verbos de encher por
quem tem dificuldade em entender que o exercício da presidência reclama
comunhão corresponsável e respeitosa. Ou, então, são eles mesmos que, por
indigna subserviência, falso respeito ou confiança mal entendida em quem
preside, logo se dispensam de assumir o seu lugar e função. Quem aceita ser
eleito ou nomeado, é nomeado ou eleito para verdadeiramente assumir e exercer a
missão em causa. Não raro, porém, em discreta informação ou em estardalhaço de
guerra aberta, ecoa, de facto, o mal-estar de quem tem as responsabilidades
atribuídas mas se sente marginalizado ou impossibilitado de as levar a cabo, de
forma colegial e complementar. Sabemos que há quem invente, deturpe, exagere,
seja de difícil trato ou de difícil inserção em equipas de trabalho onde sempre
gosta de falar alto, de se impor ou manipular. Por isso, tudo se ouve com
delicadeza e atenção, deita-se água na fervura, não se tiram conclusões
precipitadas. Mas, sem grande demora, incrédulos, crentes ou na dúvida, lá se
procura auscultar o que, no terreno, na verdade se passa. Nem sempre tal
alarido corresponde à verdade, as razões são outras, nem sempre as mais sadias.
Noutras vezes, porém, a coisa é mesmo verdade, fica-se triste, sente-se o dever
de agir, às vezes sem saber bem como... É muito difícil lidar com pessoas que
se julgam donas da verdade e intocáveis. Estão sempre prontas a inventar
desculpas ou a escavar razões sem qualquer espécie de razão!...
Entre Conselhos Económicos de Paróquias,
Irmandades/Confrarias e Centros Sociais Paroquiais, cujos dirigentes são
homologados pela Bispo diocesano, há mais que muitos. É verdade que os
Conselhos para os assuntos económicos das paróquias, pela força do Direito
Canónico são consultivos, mas, na prática, pelo respeito que nos merecem e pelo
serviço que prestam ao povo de Deus e aos próprios párocos, que são quem os
apresenta ao Bispo para serem homologados, devem ser tidos e respeitados como
se de Órgãos Sociais se tratasse, embora diferentes na sua constituição e
missão. Ora, todas as instituições têm direito à boa imagem e à boa fama, mas
também têm o dever de fazer por isso. O mesmo se diga de quem as serve,
generosa e dedicadamente, com espírito de serviço e boa vontade. O documento
que acaba de nos chegar às mãos sobre o próximo Sínodo convocado pelo Papa
Francisco, também coloca essa questão: “como são vividos na Igreja a
responsabilidade e o poder”? Como se convertem “preconceitos e práticas
distorcidas que não estão enraizadas no Evangelho”?
O burburinho que se gera à volta desta ou daquela
instituição (Paróquia, Irmandade/Confraria ou Centro Social Paroquial), fazendo
correr cobras e lagartos sobre ela e sobre quem as dirige, mesmo que possa ser
mentira, pode ter origem na forma de agir, ou de não agir, dos seus
Responsáveis. Podem existir muitos vícios acumulados a provocar, mesmo sem
maldade, falta de transparência e nervosismo em quem, generosa e retamente, se
apresentou a colaborar dentro do normal funcionamento das coisas. De facto,
pode haver membros de Órgãos Sociais ou de Conselhos para os assuntos
económicos de paróquias que nunca exerceram o cargo para o qual foram eleitos
ou propostos e homologados. Tesoureiros que nunca exerceram tal lugar, mas
assinam de cruz! Secretários que nunca fizeram uma ata, mas assinam de cruz!
Pode haver quem, por sua própria culpa, não tenha ou não conheça os Estatutos
ou o Compromisso pelos quais a instituição se rege. Ao aceitar o cargo, era
pressuposto tê-los e conhecê-los, sabendo qual é a sua missão e lugar, bem como
qual é o espírito da Instituição e o perfil pessoal que ela reclama. Pode haver
responsáveis, de uma ou de outra destas instituições, que nunca reuniram, nunca
avaliaram, nunca programaram colegialmente, deixam que tudo vá correndo ao
sabor dos ventos, de qualquer forma, sei lá se até ao fracasso total. Se alguma
coisa conversam entre si sobre algum assunto referente à instituição, é capaz
de não ir além de uma mera conversa no café ou no caminho. Por esse falso
respeito, subserviência daninha, ou seja lá o que for perante quem preside
(leigo/a ou sacerdote), os outros membros da direção, que têm consciência da
missão e responsabilidade que lhes foram confiadas, apesar de sofrerem com
isso, deixam-se andar até que o mandato acabe para se irem embora. Não querem
fazer barulho, não contestam as atitudes de quem preside ou manda, embora
reconheçam que ele ou ela se serve deles ou delas como se de joguetes ou de
títeres se tratasse. Promove-se o “eu”, ignora-se o “nós”. Entre nós, porque é
difícil conviver com isso, até se tem feito formação para que se tenha
consciência da igual pertença, para que essa maneira de ser e estar não
aconteça, ou, se existe, seja banida, e haja corresponsabilidade no cuidado a
ter com pessoas, património, obras, arquivos, inventários.... Além disso, todos
os membros dos Órgãos Socias e Equiparados sabem que são responsáveis e
respondem pelos atos que a instituição realiza, pequenos ou grandes, mesmo
quando eles, porventura, partam das ordens arbitrárias de um só. As boas regras
e o senso comum, mandam que, de facto, tudo seja falado e decidido
colegialmente e lavrado em ata para a sua real legalidade e defesa de todos.
Esta praxe, mesmo que o trabalho e as decisões não sejam muitas e o dinheiro a
gerir ainda seja menos, não existe porque os membros da Direção desconfiam uns
dos outros, se têm como inimigos ou se julgam imprevisíveis. Acontece porque
todos se estimam e respeitam, no muito e no pouco, e têm consciência de que a
instituição que representam deve construir a sua história com toda a dignidade
e respeito. É possível que haja instituições com uma história rica e bela pelo
bem que fazem à comunidade, com apreço e garbo. No entanto, pode acontecer que,
desde há anos, não tenham dados para escrever a história: as atas deixaram de
existir, nada fica escrito, é pena!
Se saltarmos para o espaço da corresponsabilidade
pastoral, também temos de reconhecer quão difícil é a escuta e a programação da
mesma em itinerário e modelo sinodal: “como forma, como estilo e como estrutura
da Igreja”. Como é difícil este “processo eclesial participativo e inclusivo”,
não só em relação “àqueles que, por vários motivos, se encontram à margem”, mas
também em relação àqueles que estão dentro e próximos, mas cuja cultura é
colocar-se ao lado, deixando “de contribuir para colocar em movimento as
ideias, as energias e a criatividade”. Há uma cultura demasiadamente passiva e
preconceituosa, promovida, aliás, ao longo dos tempos. A solicitude pastoral,
se assim a posso chamar, não raro, dispensava os outros e baseava-se mais no
querer, no poder e no mandar, mesmo quando não se sabia. Os efeitos
prolongam-se, e porque custa virar o bico ao prego, continua-se a perguntar se
a culpa não será de Adão, ou de Eva, ou da cobra.... A nossa fragilidade é
muito criativa em artimanhas dessas!...
Seja como for, o Papa Francisco mostrou-se mais uma
vez de mangas arregaçadas e a deitar as mãos ao arado. Ele insiste, oportuna e
inoportunamente, a que dêmos as mãos nesta tarefa de uma nova sementeira, uma
sementeira que comprometa, promova e dê frutos de liberdade e salvação. Se
também deitarmos as mãos ao arado, sem olharmos para trás, até não faltará quem
comece a repetir bem e muito mais depressa papibaquígrafo e outras
coisas mais.... As surpresas de Deus são constantes e gratificantes!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-09-2021.
Sem comentários:
Enviar um comentário