segunda-feira, 7 de setembro de 2020







PARÓQUIAS DE NISA






Terça, 08 de setembro de 2020


















Terça da XXIII semana do tempo comum

Natividade da Virgem Maria









TERÇA-FEIRA da semana XXIII
Natividade da Virgem Santa Maria – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. de Nossa Senhora.

L 1 Miq 5, 1-4a ou Rom 8, 28-30; Sal 12, 6ab. 6cd
Ev Mt 1, 1-16. 18-23 ou Mt 1, 18-23


* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Lamego (Lamego) – Nossa Senhora dos Remédios, Padroeira principal da cidade – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – Natividade da Virgem Santa Maria – FESTA
* Na Ordem de Cister – Natividade de Nossa Senhora – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – Natividade da Virgem Santa Maria, aniversário da fundação – SOLENIDADE
* Na Diocese do Porto (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Congregação das Irmãs Missionárias de S. Pedro Claver – I Vésp. de S. Pedro Claver.



NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA


Nota Histórica:

A vinda do Filho de Deus à terra, foi preparada, pouco a pouco, ao longo dos séculos, através de pessoas e acontecimentos. Entre as pessoas escolhidas por Deus para colaborarem no Seu projeto de salvação, houve uma, à qual foi confiada uma missão única: Maria, chamada a ser a Mãe do Salvador e cumulada, por isso, de todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão.
O nascimento de Maria foi, portanto, motivo de esperança para o mundo inteiro: anunciava já o de Jesus. Era a autora da salvação a despontar; «Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da sua beleza». (Liturgia bizantina).
 Felicitando a Mãe do Salvador, no dia do Seu aniversário natalício, peçamos a graça de à Sua semelhança, colaborarmos, generosamente, na salvação do mundo.


MISSA



ANTÍFONA DE ENTRADA
Exultemos de alegria no Senhor,
ao celebrar o nascimento da Virgem Santa Maria,
da qual nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Dai, Senhor, aos vossos servos o dom da graça celeste
e fazei que a festa do nascimento da bem-aventurada Virgem Maria,
cuja maternidade divina foi o princípio da nossa salvação, aumente em nós a unidade e a paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.

LEITURA I Miq 5, 1-4a
«Quando der à luz aquela que há-de ser mãe»


Leitura da Profecia de Miqueias

Eis o que diz o Senhor:
«De ti, Belém-Efratá,
pequena entre as cidades de Judá,
de ti sairá aquele que há-de reinar sobre Israel.
As suas origens remontam aos tempos de outrora,
aos dias mais antigos.
Por isso Deus os abandonará
até à altura em que der à luz
aquela que há-de ser mãe.
Então voltará para os filhos de Israel
o resto dos seus irmãos.
Ele se levantará para apascentar o seu rebanho
pelo poder do Senhor,
pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus.
Viver-se-á em segurança,
porque ele será exaltado até aos confins da terra.
Ele será a paz».

Palavra do Senhor.


Em
vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA I Rom 8, 28-30
«Os que Deus de antemão conheceu, também os predestinou»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos:
Nós sabemos que Deus concorre em tudo
para o bem daqueles que O amam,
dos que são chamados, segundo o seu desígnio.
Porque os que Ele de antemão conheceu,
também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho,
a fim de que Ele seja o Primogénito de muitos irmãos.
E àqueles que predestinou, também os chamou;
àqueles que chamou, também os justificou;
e àqueles que justificou, também os glorificou.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 12 (13), 6ab.6cd (R. Is 61,10)
Refrão: Exulto de alegria no Senhor.

Eu confiei na vossa bondade,
o meu coração alegra-se com a vossa salvação.
E cantarei ao Senhor
pelo bem que me fez.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sois ditosa, ó Virgem Santa Maria,
sois digníssima de todos os louvores,
porque de Vós nasceu o sol da justiça,
Cristo, nosso Deus. Refrão


EVANGELHO Forma longa Mt 1, 1-16.18-23
«O que nela se gerou é fruto do Espírito Santo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Genealogia de Jesus Cristo,
Filho de David, Filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob;
Jacob gerou Judá e seus irmãos.
Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara;
Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson;
Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz;
Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David.
David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias;
Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat;
Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz;
Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés;
Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos,
ao tempo do desterro de Babilónia.
Depois do desterro de Babilónia,
Jeconias gerou Salatiel;
Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud;
Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim;
Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar;
Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
Jacob gerou José, esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José,
antes de terem vivido em comum,
encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Venha, Senhor, em nosso auxílio o vosso Filho feito homem:
Ele, que ao nascer da Virgem Maria,
não diminuiu, antes consagrou a integridade de sua Mãe,
nos purifique das nossas culpas
e Vos torne agradável a nossa oblação.
Por Nosso Senhor.


Prefácio de Nossa Senhora I [na natividade] ou II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Is 7, 14; Mt 1, 21
A Virgem dará à luz um Filho, que salvará o povo dos seus pecados.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Exulte a vossa Igreja, Senhor,
alimentada por estes santos mistérios,
na festa do nascimento da Virgem Santa Maria,
que foi para o mundo inteiro esperança e aurora da salvação.
Por Nosso Senhor.







«Não somos órfãos: temos uma mãe no céu, que é a Santa Mãe de Deus. Porque nos ensina a virtude da esperança até quando tudo parece sem sentido: ela permanece sempre confiante no mistério de Deus até quando Ele parece desaparecer por culpa do mal do mundo.»


Papa Francisco










ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS :  1 Cor 5, 1-8: Apesar de cristã, a comunidade de Corinto tinha também no meio de si casos tristes de vida pouco edificantes. S. Paulo insurge-se violentamente contra isso. Donde se conclui que, desde o início da Igreja, fé em Cristo e vida segundo Cristo são coisas intimamente ligadas, mesmo que nem sempre conseguidas. Nem de outra maneira poderá ser. E essa vida não é outra senão a vida pascal de Cristo, vivida na sua Igreja.

Lc 6, 6-11: Condição necessária para que a palavra de Deus lance raízes no homem é a humildade de coração, que se traduz na intenção recta. Era o que faltava àqueles que observavam Jesus, não para O ouvirem e entenderem, mas para O apanharem e O puderem acusar. Mas em Jesus, as obras confirmavam as palavras, porque também as suas obras eram a Palavra de Deus, para quem as sabia escutar
.








AGENDA DO DIA



11.00 horas: Missa em Montalvão (Nossa Senhora dos Remédios)
17.00 horas: Funeral em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
19.00 horas: “Procissão” de carro pelas ruas de Montalvão.







A VOZ DO PASTOR




UMA JOVEM DE FIBRA - "O LÍRIO DOS MOHAWKS"


Foi patrona da 17.ª Jornada Mundial da Juventude em Toronto, Canadá. Chamava-se Parte superior do formulário

Kateri Tekakwitha, Catarina para nós. São João Paulo II, tanto na Mensagem do Dia Mundial da Juventude de 2002 como na homilia de encerramento dessa Jornada Mundial, cujo tema era “Vós sois o sal da terra...Vós sois a luz do mundo (Mt 5, 13-14), refere-se a Catarina como “o lírio dos Mohawks”, acentuando que a santidade não é uma questão de idade. Muitos jovens mostraram virtudes heroicas diante do mundo, são exemplos de vida que a Igreja propõe a todos. Francisco, na Exortação Apostólica Cristo Vive, também a propõe aos jovens. E eu associo-me a quem procura divulgar a sua vida para que seja mais conhecida.

Muito antes de os europeus lá terem metido o bedelho, o atual Estado de Nova Iorque era habitado por dois grupos distintos de nativos, rivais entre si. Era o grupo dos Algonquianos, com várias tribos em idiomas e modos de vida semelhantes, e o grupo dos Iroqueses que constituem uma Confederação de tribos. Distribuíam-se lá pela região dos Grandes Lagos, entre o Canadá e os Estados Unidos, principalmente no Estado de Nova Iorque e na província de Quebec.

Um dia, naquelas andanças das inimizades tribais, uma mulher índia, da tribo algonquina, foi capturada por uma tribo dos iroqueses. Mas porque não há duas sem três, esta senhora acabou por ser libertada por um chefe de outra tribo, a tribo dos Mohawk. Esta senhora e este cacique Mohawk acabaram por ser os pais duma menina nascida em 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. A mãe, que era cristã, queria batizá-la com o nome de Catarina, a santa da sua devoção, mas não houve batizado. Pelo costume indígena, era ao chefe da tribo que competia dar o nome às crianças. O chefe, que era o pai e pagão, deu-lhe o nome de Tekakwitha, ‘que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, mãe e filha, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceites pelo seu povo’. No entanto, a mãe nunca deixou de chamar Catarina à sua filha, nem de lhe ir semeando no coração os gestos e os valores cristãos.

Quando Catarina tinha quatro anos, seus pais e seu irmão morreram de varíola. Ela sobreviveu e ficou sob a responsabilidade do seu tio, o novo chefe Mohawk. Sobreviveu mas ficou muito sofrida, com o rosto e a vista muito afetados e outras mazelas que a desfiguravam. À medida que ia crescendo, iam ajudando a tia, inclusive na tecelagem, mas sofria pressões, era mal tratada. Quando tinha 11 anos, três jesuítas chegaram à aldeia e foram hospedados em casa do tio de Catarina, do chefe da tribo. A hospitalidade era fidalga, mas os missionários comprometiam-se a não evangelizar ninguém da tribo. À hora da refeição, os sacerdotes faziam as orações do costume, coisa que não passava despercebida aos olhos de Catarina que era quem os servia à mesa e até ficou muito sensibilizada quando um lhe disse: “Muito obrigado, minha filha, e que Deus te abençoe!”. Sempre curiosa nesta descoberta, não deixava de observar e admirar a atitude dos missionários no trabalho e no modo de ser e estar. Desejava tocar o crucifixo que eles usavam no seu trabalho apostólico, e, em segredo, tentava fazer o sinal-da-cruz e lá ia deixando sair uma prece que teria aprendido: “Ó Deus, ajudai-me a Vos conhecer e amar!”

Segundo as tradições da tribo, para ela só havia um caminho, casar-se. Eram os parentes que escolhiam o noivo. Como, porém, se tratava da família do cacique, não seria difícil. E o cerco não se fez tardar. Sem ela suspeitar, seus tios organizaram uma festa com o noivo por eles escolhido e com os seus familiares. Catarina ficou encarregada dos cozinhados para a festa. Ao aproximar-se o momento da receção, mandaram-na vestir e ornamentar-se para bem receber e servir os convidados, como convinha às regras do bom acolhimento e à sua categoria de filha e sobrinha de cacique. Embora estranhando o jeito dos convidados, ela só percebeu a marosca à hora de servir à refeição. Segundo o costume local, o casamento concretizava-se pelo simples facto de a “noiva” servir o “noivo” com o prato tradicional na presença de ambas as famílias! Ali, porém, é que a coisa ficou séria, os pratos voaram e o estrondo fez arregaçar as pálpebras  e pular o silêncio boquiaberto dos comensais amuados. Firme na sua determinação e correndo o risco de  ser colocada à margem da tribo e de viver na pobreza, teve um gesto de coragem. Não serviu o “noivo”, atirou com o prato ao chão e retirou-se, regressando só depois de os convidados terem abalado. Porque rejeitou este “bom partido” com que a queriam presentear, a fúria dos parentes não se fez esperar. Durante cerca de um ano, foi tratada como escrava, tudo suportando sem queixumes.

A vida na aldeia lá corria e a catequese fazia-se em pequenos grupos. Ela, porém, embora o desejasse, estava proibida de a frequentar. O caminho, porém, ia-se fazendo. Certo dia, ela expôs a um missionário o que lhe ia na alma e o seu desejo de ser batizada. O missionário, receoso pela perseguição a que a jovem podia ser sujeita, mas apreciando a sua determinação, aceitou prepará-la para o Batismo. A família foi-se abrindo, o interesse e a capacidade de Catarina admiravam os jesuítas. Pouco depois, em 18 de abril de 1676, sentiu a alegria de ser batizada. No entanto, a vida não lhe continuava fácil. Por isto e mais aquilo, e porque rejeitava as propostas de casamento, a situação ficou insustentável, ela fugiu. Ferozmente perseguida pelos seus tios e preocupados com a sua segurança, os jesuítas ajudaram-na a chegar à Missão de São Francisco Xavier, em Sault, Montreal, levando uma carta para o Padre superior dessa comunidade, onde se dizia: “Catarina vai agora juntar-se à sua comunidade. Dê-lhe guia e direção espiritual e o senhor logo perceberá que joia nós lhe enviamos. Sua alma está muito próxima de Deus Nosso Senhor….”.

Naquela aldeia, Catarina sentiu-se livre para praticar a fé, assistir à Eucaristia diária e crescer nos seus desejos de perfeição, dando exemplo de extraordinária piedade e sem descuidar o serviço à comunidade. No entanto, quase todas as comunidades têm os seus cristãos de meia tigela, os detratores, os maledicentes, os azae dos bons costumes a esticarem-se para ver o cisco nos olhos dos outros e a não enxergar a trave que está nos seus. Também ali, não faltou quem tentasse denegrir Catarina, o que, partindo da comunidade cristã, mais a fazia sofrer. Fazendo que não percebia, apresentava-se sempre bem disposta, alegre, diligente no serviço à comunidade. Aos poucos, a aldeia começou a considerá-la com respeito e admiração, ao ponto de se comentar: “Catarina só pode ser encontrada no caminho para a igreja, para os pobres e para os campos”. Ninguém escondia a sua admiração por aquela “garota índia que vive como uma freira”. Amante da natureza e sempre discreta, recolhia-se por longos períodos na floresta. Aí, diante de uma cruz que ela havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração, contemplando as maravilhas da natureza, louvando, agradecendo.

Em 1679, com 23 anos de idade, fez voto perpétuo de castidade, a primeira a fazê-lo entre os índios da América do Norte. Chegou a expressar o desejo de fundar um convento só para jovens indígenas, mas foi desaconselhada mercê da sua delicada saúde.

Com alegria sobrenatural permanecia firme: “Eu entreguei minha alma a Jesus no Santíssimo Sacramento e o meu corpo a Jesus na Cruz”. Sentindo que o fim se aproximava, recebeu os últimos sacramentos, rezava o seu amor a Jesus com alegria inaudita, apesar do sofrimento. Faleceu a 17 de abril de 1680, aos 24 anos de idade, sempre com o desejo de que os povos indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e vivessem a Paixão de Jesus. Momentos antes de morrer, o seu rosto, marcado pelas cicatrizes e sofrimento, tornou-se belo e sem marcas, com um sorriso de encantar. Não só os jovens, a aldeia inteira chorou a sua partida.

       O milagre e a fama das suas virtudes espalhou-se rapidamente, muitos dos seus irmãos de raça se converteram. Foi beatificada em 22 de junho de 1980 por São João Paulo II e celebra-se em 14 de julho. Ao lado de São Francisco de Assis, Catarina é honrada pela Igreja como "Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente".

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 04-09-2020.





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