PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 08 de setembro de 2020
Terça da XXIII semana do tempo comum
Natividade da Virgem Maria
TERÇA-FEIRA
da semana XXIII
Natividade da Virgem Santa Maria –
FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. de Nossa Senhora.
L 1 Miq 5, 1-4a ou Rom 8, 28-30; Sal 12, 6ab. 6cd
Ev Mt 1, 1-16. 18-23 ou Mt 1, 18-23
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Lamego (Lamego) – Nossa Senhora dos Remédios, Padroeira principal da cidade – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – Natividade da Virgem Santa Maria – FESTA
* Na Ordem de Cister – Natividade de Nossa Senhora – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – Natividade da Virgem Santa Maria, aniversário da fundação – SOLENIDADE
* Na Diocese do Porto (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Congregação das Irmãs Missionárias de S. Pedro Claver – I Vésp. de S. Pedro Claver.
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. de Nossa Senhora.
L 1 Miq 5, 1-4a ou Rom 8, 28-30; Sal 12, 6ab. 6cd
Ev Mt 1, 1-16. 18-23 ou Mt 1, 18-23
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Lamego (Lamego) – Nossa Senhora dos Remédios, Padroeira principal da cidade – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – Natividade da Virgem Santa Maria – FESTA
* Na Ordem de Cister – Natividade de Nossa Senhora – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – Natividade da Virgem Santa Maria, aniversário da fundação – SOLENIDADE
* Na Diocese do Porto (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Congregação das Irmãs Missionárias de S. Pedro Claver – I Vésp. de S. Pedro Claver.
NATIVIDADE DA
VIRGEM SANTA MARIA
Nota Histórica:
A vinda do
Filho de Deus à terra, foi preparada, pouco a pouco, ao longo dos séculos,
através de pessoas e acontecimentos. Entre as pessoas escolhidas por Deus para
colaborarem no Seu projeto de salvação, houve uma, à qual foi confiada uma
missão única: Maria, chamada a ser a Mãe do Salvador e cumulada, por isso, de
todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão.
O nascimento
de Maria foi, portanto, motivo de esperança para o mundo inteiro: anunciava já
o de Jesus. Era a autora da salvação a despontar; «Ela vem ao mundo e com Ela o
mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da sua beleza». (Liturgia
bizantina).
Felicitando a Mãe do Salvador, no dia do Seu
aniversário natalício, peçamos a graça de à Sua semelhança, colaborarmos,
generosamente, na salvação do mundo.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Exultemos de alegria no Senhor,
ao celebrar o nascimento da Virgem Santa Maria,
da qual nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Dai, Senhor, aos vossos servos o dom da graça celeste
e fazei que a festa do nascimento da bem-aventurada Virgem Maria,
cuja maternidade divina foi o princípio da nossa salvação, aumente em nós a unidade e a paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.
LEITURA I Miq 5, 1-4a
«Quando der à luz aquela que há-de ser mãe»
Leitura da Profecia de Miqueias
Exultemos de alegria no Senhor,
ao celebrar o nascimento da Virgem Santa Maria,
da qual nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Dai, Senhor, aos vossos servos o dom da graça celeste
e fazei que a festa do nascimento da bem-aventurada Virgem Maria,
cuja maternidade divina foi o princípio da nossa salvação, aumente em nós a unidade e a paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.
LEITURA I Miq 5, 1-4a
«Quando der à luz aquela que há-de ser mãe»
Leitura da Profecia de Miqueias
Eis o que diz o Senhor:
«De ti, Belém-Efratá,
pequena entre as cidades de Judá,
de ti sairá aquele que há-de reinar sobre Israel.
As suas origens remontam aos tempos de outrora,
aos dias mais antigos.
Por isso Deus os abandonará
até à altura em que der à luz
aquela que há-de ser mãe.
Então voltará para os filhos de Israel
o resto dos seus irmãos.
Ele se levantará para apascentar o seu rebanho
pelo poder do Senhor,
pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus.
Viver-se-á em segurança,
porque ele será exaltado até aos confins da terra.
Ele será a paz».
Palavra do Senhor.
Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:
LEITURA I Rom 8, 28-30
«Os que Deus de antemão conheceu, também os predestinou»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos:
Nós sabemos que Deus concorre em tudo
para o bem daqueles que O amam,
dos que são chamados, segundo o seu desígnio.
Porque os que Ele de antemão conheceu,
também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho,
a fim de que Ele seja o Primogénito de muitos irmãos.
E àqueles que predestinou, também os chamou;
àqueles que chamou, também os justificou;
e àqueles que justificou, também os glorificou.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 12 (13), 6ab.6cd (R. Is 61,10)
Refrão: Exulto de alegria no Senhor.
Eu confiei na vossa bondade,
o meu coração alegra-se com a vossa salvação.
E cantarei ao Senhor
pelo bem que me fez.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sois ditosa, ó Virgem Santa Maria,
sois digníssima de todos os louvores,
porque de Vós nasceu o sol da justiça,
Cristo, nosso Deus. Refrão
EVANGELHO Forma longa Mt 1, 1-16.18-23
«O que nela se gerou é fruto do Espírito Santo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Genealogia de Jesus Cristo,
Filho de David, Filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob;
Jacob gerou Judá e seus irmãos.
Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara;
Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson;
Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz;
Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David.
David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias;
Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat;
Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz;
Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés;
Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos,
ao tempo do desterro de Babilónia.
Depois do desterro de Babilónia,
Jeconias gerou Salatiel;
Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud;
Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim;
Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar;
Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
Jacob gerou José, esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José,
antes de terem vivido em comum,
encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Venha, Senhor, em nosso auxílio o vosso Filho feito homem:
Ele, que ao nascer da Virgem Maria,
não diminuiu, antes consagrou a integridade de sua Mãe,
nos purifique das nossas culpas
e Vos torne agradável a nossa oblação.
Por Nosso Senhor.
Prefácio de Nossa Senhora I [na natividade] ou II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Is 7, 14; Mt 1, 21
A Virgem dará à luz um Filho, que salvará o povo dos seus pecados.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Exulte a vossa Igreja, Senhor,
alimentada por estes santos mistérios,
na festa do nascimento da Virgem Santa Maria,
que foi para o mundo inteiro esperança e aurora da salvação.
Por Nosso Senhor.
«Não
somos órfãos: temos uma mãe no céu, que é a Santa Mãe de Deus. Porque nos
ensina a virtude da esperança até quando tudo parece sem sentido: ela permanece
sempre confiante no mistério de Deus até quando Ele parece desaparecer por
culpa do mal do mundo.»
Papa Francisco
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS : 1 Cor 5, 1-8: Apesar de cristã, a comunidade de
Corinto tinha também no meio de si casos tristes de vida pouco edificantes. S.
Paulo insurge-se violentamente contra isso. Donde se conclui que, desde o
início da Igreja, fé em Cristo e vida segundo Cristo são coisas intimamente
ligadas, mesmo que nem sempre conseguidas. Nem de outra maneira poderá ser. E
essa vida não é outra senão a vida pascal de Cristo, vivida na sua Igreja.
Lc 6, 6-11: Condição necessária para que a
palavra de Deus lance raízes no homem é a humildade de coração, que se traduz
na intenção recta. Era o que faltava àqueles que observavam Jesus, não para O
ouvirem e entenderem, mas para O apanharem e O puderem acusar. Mas em Jesus, as
obras confirmavam as palavras, porque também as suas obras eram a Palavra de
Deus, para quem as sabia escutar
.
AGENDA DO DIA
11.00 horas: Missa em
Montalvão (Nossa Senhora dos Remédios)
17.00 horas: Funeral
em Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
19.00 horas: “Procissão”
de carro pelas ruas de Montalvão.
A VOZ DO PASTOR
UMA JOVEM DE FIBRA - "O LÍRIO DOS MOHAWKS"
Foi patrona da 17.ª Jornada Mundial da
Juventude em Toronto, Canadá. Chamava-se Parte superior do formulário
Kateri Tekakwitha, Catarina para nós.
São João Paulo II, tanto na Mensagem do Dia Mundial da Juventude de 2002 como
na homilia de encerramento dessa Jornada Mundial, cujo tema era “Vós sois o sal
da terra...Vós sois a luz do mundo (Mt 5, 13-14), refere-se a Catarina como “o
lírio dos Mohawks”, acentuando que a santidade não é uma questão de idade.
Muitos jovens mostraram virtudes heroicas diante do mundo, são exemplos de vida
que a Igreja propõe a todos. Francisco, na Exortação Apostólica Cristo Vive,
também a propõe aos jovens. E eu associo-me a quem procura divulgar a sua vida
para que seja mais conhecida.
Muito antes de os europeus lá terem
metido o bedelho, o atual Estado de Nova Iorque era habitado por dois grupos
distintos de nativos, rivais entre si. Era o grupo dos Algonquianos, com várias
tribos em idiomas e modos de vida semelhantes, e o grupo dos Iroqueses que
constituem uma Confederação de tribos. Distribuíam-se lá pela região dos
Grandes Lagos, entre o Canadá e os Estados Unidos, principalmente no Estado de
Nova Iorque e na província de Quebec.
Um dia, naquelas andanças das inimizades
tribais, uma mulher índia, da tribo algonquina, foi capturada por uma tribo dos
iroqueses. Mas porque não há duas sem três, esta senhora acabou por ser
libertada por um chefe de outra tribo, a tribo dos Mohawk. Esta senhora e este
cacique Mohawk acabaram por ser os pais duma menina nascida em 1656, perto da
cidade de Port Orange, no Canadá. A mãe, que era cristã, queria batizá-la com o
nome de Catarina, a santa da sua devoção, mas não houve batizado. Pelo costume
indígena, era ao chefe da tribo que competia dar o nome às crianças. O chefe,
que era o pai e pagão, deu-lhe o nome de Tekakwitha, ‘que significa
"aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, mãe e
filha, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceites pelo seu
povo’. No entanto, a mãe nunca deixou de chamar Catarina à sua filha, nem de
lhe ir semeando no coração os gestos e os valores cristãos.
Quando Catarina tinha quatro anos, seus
pais e seu irmão morreram de varíola. Ela sobreviveu e ficou sob a
responsabilidade do seu tio, o novo chefe Mohawk. Sobreviveu mas ficou muito
sofrida, com o rosto e a vista muito afetados e outras mazelas que a
desfiguravam. À medida que ia crescendo, iam ajudando a tia, inclusive na
tecelagem, mas sofria pressões, era mal tratada. Quando tinha 11 anos, três
jesuítas chegaram à aldeia e foram hospedados em casa do tio de Catarina, do
chefe da tribo. A hospitalidade era fidalga, mas os missionários
comprometiam-se a não evangelizar ninguém da tribo. À hora da refeição, os
sacerdotes faziam as orações do costume, coisa que não passava despercebida aos
olhos de Catarina que era quem os servia à mesa e até ficou muito sensibilizada
quando um lhe disse: “Muito obrigado, minha filha, e que Deus te abençoe!”.
Sempre curiosa nesta descoberta, não deixava de observar e admirar a atitude
dos missionários no trabalho e no modo de ser e estar. Desejava tocar o
crucifixo que eles usavam no seu trabalho apostólico, e, em segredo, tentava
fazer o sinal-da-cruz e lá ia deixando sair uma prece que teria aprendido: “Ó
Deus, ajudai-me a Vos conhecer e amar!”
Segundo as tradições da tribo, para ela
só havia um caminho, casar-se. Eram os parentes que escolhiam o noivo. Como,
porém, se tratava da família do cacique, não seria difícil. E o cerco não se
fez tardar. Sem ela suspeitar, seus tios organizaram uma festa com o noivo por
eles escolhido e com os seus familiares. Catarina ficou encarregada dos
cozinhados para a festa. Ao aproximar-se o momento da receção, mandaram-na vestir
e ornamentar-se para bem receber e servir os convidados, como convinha às
regras do bom acolhimento e à sua categoria de filha e sobrinha de cacique.
Embora estranhando o jeito dos convidados, ela só percebeu a marosca à hora de
servir à refeição. Segundo o costume local, o casamento concretizava-se pelo
simples facto de a “noiva” servir o “noivo” com o prato tradicional na presença
de ambas as famílias! Ali, porém, é que a coisa ficou séria, os pratos voaram e
o estrondo fez arregaçar as pálpebras e
pular o silêncio boquiaberto dos comensais amuados. Firme na sua determinação e
correndo o risco de ser colocada à
margem da tribo e de viver na pobreza, teve um gesto de coragem. Não serviu o
“noivo”, atirou com o prato ao chão e retirou-se, regressando só depois de os
convidados terem abalado. Porque rejeitou este “bom partido” com que a queriam
presentear, a fúria dos parentes não se fez esperar. Durante cerca de um ano,
foi tratada como escrava, tudo suportando sem queixumes.
A vida na aldeia lá corria e a catequese
fazia-se em pequenos grupos. Ela, porém, embora o desejasse, estava proibida de
a frequentar. O caminho, porém, ia-se fazendo. Certo dia, ela expôs a um
missionário o que lhe ia na alma e o seu desejo de ser batizada. O missionário,
receoso pela perseguição a que a jovem podia ser sujeita, mas apreciando a sua
determinação, aceitou prepará-la para o Batismo. A família foi-se abrindo, o
interesse e a capacidade de Catarina admiravam os jesuítas. Pouco depois, em 18
de abril de 1676, sentiu a alegria de ser batizada. No entanto, a vida não lhe
continuava fácil. Por isto e mais aquilo, e porque rejeitava as propostas de
casamento, a situação ficou insustentável, ela fugiu. Ferozmente perseguida
pelos seus tios e preocupados com a sua segurança, os jesuítas ajudaram-na a
chegar à Missão de São Francisco Xavier, em Sault, Montreal, levando uma carta
para o Padre superior dessa comunidade, onde se dizia: “Catarina vai agora
juntar-se à sua comunidade. Dê-lhe guia e direção espiritual e o senhor logo
perceberá que joia nós lhe enviamos. Sua alma está muito próxima de Deus Nosso
Senhor….”.
Naquela aldeia, Catarina sentiu-se livre
para praticar a fé, assistir à Eucaristia diária e crescer nos seus desejos de
perfeição, dando exemplo de extraordinária piedade e sem descuidar o serviço à
comunidade. No entanto, quase todas as comunidades têm os seus cristãos de meia
tigela, os detratores, os maledicentes, os azae dos bons costumes a
esticarem-se para ver o cisco nos olhos dos outros e a não enxergar a trave que
está nos seus. Também ali, não faltou quem tentasse denegrir Catarina, o que,
partindo da comunidade cristã, mais a fazia sofrer. Fazendo que não percebia,
apresentava-se sempre bem disposta, alegre, diligente no serviço à comunidade.
Aos poucos, a aldeia começou a considerá-la com respeito e admiração, ao ponto
de se comentar: “Catarina só pode ser encontrada no caminho para a igreja, para
os pobres e para os campos”. Ninguém escondia a sua admiração por aquela
“garota índia que vive como uma freira”. Amante da natureza e sempre discreta,
recolhia-se por longos períodos na floresta. Aí, diante de uma cruz que ela
havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração, contemplando as
maravilhas da natureza, louvando, agradecendo.
Em 1679, com 23 anos de idade, fez voto
perpétuo de castidade, a primeira a fazê-lo entre os índios da América do
Norte. Chegou a expressar o desejo de fundar um convento só para jovens
indígenas, mas foi desaconselhada mercê da sua delicada saúde.
Com alegria sobrenatural permanecia
firme: “Eu entreguei minha alma a Jesus no Santíssimo Sacramento e o meu corpo
a Jesus na Cruz”. Sentindo que o fim se aproximava, recebeu os últimos
sacramentos, rezava o seu amor a Jesus com alegria inaudita, apesar do
sofrimento. Faleceu a 17 de abril de 1680, aos 24 anos de idade, sempre com o
desejo de que os povos indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e
vivessem a Paixão de Jesus. Momentos antes de morrer, o seu rosto, marcado
pelas cicatrizes e sofrimento, tornou-se belo e sem marcas, com um sorriso de
encantar. Não só os jovens, a aldeia inteira chorou a sua partida.
O milagre e a fama das suas virtudes
espalhou-se rapidamente, muitos dos seus irmãos de raça se converteram. Foi
beatificada em 22 de junho de 1980 por São João Paulo II e celebra-se em 14 de
julho. Ao lado de São Francisco de Assis, Catarina é honrada pela Igreja como
"Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente".
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 04-09-2020.
Sem comentários:
Enviar um comentário