segunda-feira, 27 de janeiro de 2020






PARÓQUIAS DE NISA



Terça, 28 de janeiro de 2020










Terça-feira-feira da III semana do tempo comum






TERÇA-FEIRA da semana III

S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 2 Sam 6, 12b-15. 17-19; Sal 23 (24), 7. 8. 9. 10
Ev Mc 3, 31-35

* Na Diocese do Algarve (Faro) – S. Tomás de Aquino, Padroeiro da cidade – SOLENIDADE
* Na Ordem de São Domingos – S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja – FESTA




S. TOMÁS DE AQUINO, presbítero e doutor da Igreja

Nota Histórica
Nasceu cerca do ano 1225, na família dos Condes de Aquino. Estudou primeiramente no mosteiro do Monte Cassino e depois em Nápoles. Entrou na Ordem dos Pregadores e completou os seus estudos em Paris e em Colónia, tendo tido como professor S. Alberto Magno. Escreveu muitas obras de grande erudição e exerceu o professorado, contribuindo notavelmente para o progresso da Filosofia e da Teologia. Morreu perto de Terracina no dia 7 de Março de 1274. A sua memória celebra-se a 28 de Janeiro, dia em que o seu corpo foi trasladado para Tolosa, no ano 1369.


MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA
O Senhor deu-lhe a palavra no meio da assembleia,
encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência
e revestiu-o com um manto de glória.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que fizestes de São Tomás de Aquino um exemplo admirável de santidade e de amor às ciências sagradas, dai-nos a graça de compreender os seus ensinamentos e de imitar a sua vida. Por Nosso Senhor.

LEITURA I 2 Sam 6, 12b-15.17-19
«David e toda a casa de Israel
transportaram a arca do Senhor, com brados de alegria»



Leitura do Segundo Livro de Samuel

Naqueles dias, David foi buscar a arca de Deus a casa de Obed-Edom e trouxe-a para a «Cidade de David» entre manifestações de alegria. Quando os que levavam a arca do Senhor deram seis passos, imolou um boi e um vitelo cevado. David, cingido de humeral de linho, dançava com todo o entusiasmo diante do Senhor. Assim David e toda a casa de Israel transportaram a arca do Senhor, com brados de alegria e ao som da trombeta. Introduziram a arca do Senhor e colocaram-na no seu lugar, no meio da tenda que David mandara construir para ela. Depois David ofereceu holocaustos e sacrifícios de comunhão na presença do Senhor. Quando acabou de oferecer os holocaustos e os sacrifícios, David abençoou o povo em nome do Senhor do Universo. Mandou então distribuir a todo o povo, a toda a multidão de Israel, homens e mulheres, uma fogaça de pão, um pedaço de carne e um bolo de uvas. E em seguida todo o povo se retirou, cada um para sua casa.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 7.8.9.10 (R. cf. 8a)
Refrão: O Senhor é o Rei da glória. Repete-se

Levantai, ó portas, os vossos umbrais,
alteai-vos, pórticos antigos,
e entrará o Rei da glória. Refrão

Quem é esse Rei da glória?
O Senhor forte e poderoso,
o Senhor poderoso nas batalhas. Refrão

Levantai, ó portas, os vossos umbrais,
alteai-vos, pórticos antigos,
e entrará o Rei da glória. Refrão

Quem é esse Rei da glória?
O Senhor dos Exércitos,
é Ele o Rei da glória. Refrão

ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se

Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos
os mistérios do reino. Refrão


EVANGELHO Mc 3, 31-35
«Quem fizer a vontade de Deus
esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe»




Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, chegaram à casa onde estava Jesus, sua Mãe e seus irmãos, que, ficando fora, O mandaram chamar. A multidão estava sentada em volta d’Ele, quando Lhe disseram: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura». Mas Jesus respondeu-lhes: «Quem é minha Mãe e meus irmãos?» E, olhando para aqueles que estavam à sua volta, disse: «Eis minha Mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, este sacrifício que Vos apresentamos com alegria na memória de São Tomás de Aquino e fazei que, fiéis aos seus ensinamentos, consagremos toda a nossa vida ao vosso louvor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (Lc 12,42)
Este é o servo fiel e prudente,
que o Senhor pôs à frente da sua família,
para dar a seu tempo a cada um
a sua medida de trigo.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de sabedoria infinita, que nos alimentais com Cristo, pão da vida, ensinai-nos com a sua doutrina e fazei que, ao celebrarmos a memória de São Tomás de Aquino, conheçamos melhor a vossa verdade e a pratiquemos na caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo»


São Jerónimo





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 2 Sam 6, 12b-15.17-19: Uma vez conquistada a cidade de Jerusalém, David faz dela a capital e introduz na cidade a arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do povo. A arca é conduzida em procissão solene, na qual a repetição dos sacrifícios, as aclamações da multidão e a dança ritual do rei manifestam o sentido religioso, sempre presente no centro da vida daquele povo.

Mc 3, 31-35: Nem a família de Jesus parece ter, a princípio, compreendido, em toda a profundidade, a sua pessoa e a sua missão. Mas Jesus, sem negar em nada os laços do sangue, proclama a profundidade ainda maior do parentesco espiritual, fruto da comunhão com a vontade de Deus. Por esta comunhão espiritual todos são chamados a entrar na família do Senhor..




AGENDA DO DIA



18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo




A VOZ DO PASTOR


A ÚNICA PALAVRA SEMPRE ATUAL E ATUANTE

Com a Carta Apostólica “Apperuit illis", o Papa estabeleceu que, doravante, o III Domingo do Tempo Comum “seja dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus”. Mas deseja que este dia não seja “uma vez por ano, mas uma vez por todo o ano”, caso contrário, “o coração fica frio e os olhos permanecem fechados, atingidos, como somos, por inumeráveis formas de cegueira”. A propósito, o Conselho Pontifício para a promoção da Nova Evangelização publicou o “Subsídio litúrgico-pastoral 2020” para se viver este Domingo da Palavra de Deus, o qual - para além do logotipo baseado na passagem dos discípulos a caminho de Emaús em que Jesus aparece como Aquele que Se aproxima e caminha com a “Humanidade”-, traz também propostas celebrativas, formativas e recreativas para que se possa favorecer a perceção da Bíblia como “dom” de Deus.

Francisco publicou a referida Carta Apostólica no dia litúrgico de São Jerónimo, conhecido biblista que afirmava que  “A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo”. Nascido na Dalmácia em 347, toda a sua vida foi marcada por um grande amor às Escrituras, amor que sempre procurou despertar nos fiéis. A ele se deve  a "Vulgata", o texto "oficial" da Igreja latina, que foi reconhecido como tal pelo Concílio de Trento.

A Carta Apostólica começa com a seguinte passagem do Evangelho de São Lucas: “Encontrando-se os discípulos reunidos, Jesus aparece-lhes, parte o pão com eles e abre-lhes o entendimento à compreensão das Sagradas Escrituras. Revela àqueles homens, temerosos e desiludidos, o sentido do mistério pascal, ou seja, que Ele, segundo os desígnios eternos do Pai, devia sofrer a paixão e ressuscitar dos mortos para oferecer a conversão e o perdão dos pecados; e promete o Espírito Santo que lhes dará a força para serem testemunhas deste mistério de salvação” (Lc 24,45).

Em seguida, e entre outras coisas, o Papa:

RECORDA que o Concílio Vaticano II deu um grande impulso à redescoberta da Palavra de Deus com a Constituição Dogmática Dei Verbum;  que Bento XVI, “para incrementar esta doutrina”, convocou o Sínodo sobre “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, do qual resultou a Exortação Apostólica Verbum Domini que “constitui um ensinamento imprescindível para as nossas comunidades”;

SUBLINHA que estabeleceu tal iniciativa nesta altura do ano por ser nela que somos convidados a rezar pela Unidade dos Cristãos. A Palavra de Deus “convida a reforçar os laços com os judeus e a rezar pela unidade dos cristãos", expressa “uma valência ecuménica”, indica “o caminho a ser percorrido para alcançar uma unidade autêntica e sólida”;

EXORTA a que se viva o Domingo da Palavra como um dia solene e com sinais apropriados: “será importante que, na celebração eucarística, se possa entronizar o texto sagrado, de modo a tornar evidente aos olhos da assembleia o valor normativo que possui a Palavra de Deus”;

INDICA aos bispos a possibilidade de poderem “celebrar o rito do Leitorado ou confiar um ministério semelhante, a fim de chamar a atenção para a importância da proclamação da Palavra de Deus na liturgia”, sendo fundamental “preparar alguns fiéis para serem verdadeiros anunciadores da Palavra”; SUGERE aos párocos que “poderão encontrar formas de entregar a Bíblia, ou um dos seus livros, a toda a assembleia, de modo a fazer emergir a importância de continuar na vida diária a leitura, o aprofundamento e a oração com a Sagrada Escritura”;

ADVERTE que a Bíblia não é monopólio de ninguém, não é “património só de alguns”, não é “uma coletânea de livros para poucos privilegiados”. É “o livro do povo do Senhor”, o livro que os Pastores, “têm a grande responsabilidade de explicar e fazer compreender a todos”, em linguagem “simples e adaptada” à assembleia e falando “com o coração para chegar ao coração” de quem escuta e lhes fazer “captar a beleza da Palavra de Deus e a ver referida à sua vida diária”.

REPETE que “não se pode improvisar o comentário às leituras sagradas” nem se deve alongar o tempo “com homilias enfatuadas ou sobre assuntos não atinentes”.

FRISA a estreita relação que existe entre a Sagrada Escritura e a Eucaristia, bem como salienta a principal “finalidade inscrita na própria natureza da Bíblia”: a nossa salvação pela fé em Cristo. E se o Espirito Santo foi fundamental na formação da Sagrada Escritura, ela deve ser lida, interpretada e rezada com o mesmo Espírito com que foi escrita, para que permaneça sempre nova. Se assim não for, estará “sempre iminente o risco de ficarmos fechados apenas no texto escrito, facilitando uma interpretação fundamentalista, da qual é necessário manter-se longe para não trair o caráter inspirado, dinâmico e espiritual que o texto possui”. O Espírito Santo continua a atuar, “continua a realizar uma sua peculiar forma de inspiração, quando a Igreja ensina a Sagrada Escritura, quando o Magistério a interpreta de forma autêntica e quando cada fiel faz dela a sua norma espiritual”.

Não se trata, pois, de uma palavra do passado. É sempre atual e atuante. Tem profundo vínculo com a fé, com a esperança e a caridade dos crentes. É inseparável dos sacramentos, ensina, refuta, corrige e educa na justiça, como diz Paulo. Dirige-se a cada um de nós e faz-nos compreender o que o Senhor nos quer dizer. Constrói a Igreja, transcende os tempos, tem em si a eternidade, a vida eterna. É capaz “de abrir os nossos olhos, permitindo-nos sair do individualismo que leva à asfixia e à esterilidade enquanto abre a estrada da partilha e da solidariedade”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-01-2020.




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