domingo, 19 de janeiro de 2020






PARÓQUIAS DE NISA



Segunda, 20 de janeiro de 2020











Segunda-feira da II semana do tempo comum






SEGUNDA-FEIRA da semana II
S. Fabião, papa e mártir – MF
S. Sebastião, mártir – MF

Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 1 Sam 15, 16-23; Sal 49 (50), 8-9. 16bc-17. 21 e 23
Ev Mc 2, 18-22


* Na Diocese de Lamego – S. Sebastião, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* Na Diocese de Viana do Castelo – S. Sebastião, mártir – MO
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, Bispo Emérito de Lamego (1996).
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – B. Cipriano Miguel Tansi, monge OCEO – MF
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Conversão de S. João de Deus – MO
* 3º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 65, 4
Toda a terra Vos adore, Senhor,
e entoe hinos ao vosso nome, ó Altíssimo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que governais o céu e a terra,
escutai misericordiosamente as súplicas do vosso povo
e concedei a paz aos nossos dias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Sam 15, 16-23
«A obediência vale mais do que os sacrifícios»



Leitura do Primeiro Livro de Samuel

Naqueles dias, o profeta Samuel disse a Saul: «Deixa-me dizer-te o que o Senhor me revelou esta noite». Saul respondeu-lhe: «Fala». Samuel continuou: «Embora te sintas pequeno a teus próprios olhos, não és o chefe das tribos de Israel? O Senhor sagrou-te rei de Israel, lançou-te nesta campanha e disse-te: ‘Vai e entrega à perdição esses malfeitores amalecitas; faz-lhes guerra até que sejam exterminados’. Porque não obedeceste à voz do Senhor? Porque te precipitaste sobre os despojos e praticaste o que desagrada a seus olhos?». Saul respondeu a Samuel: «Mas eu obedeci à voz do Senhor. Fiz a campanha a que Ele me enviou, trouxe Agag, rei de Amalec, e entreguei à perdição os amalecitas. O povo tirou de entre as ovelhas e bois dos despojos o melhor do que era destinado à perdição, para o oferecer em sacrifício ao Senhor, teu Deus, em Gálgala». Disse-lhe Samuel: «Porventura agradam tanto ao Senhor os holocaustos e sacrifícios como a obediência à sua voz? A obediência vale mais do que os sacrifícios e a docilidade vale mais do que a gordura dos carneiros. A rebelião é como o pecado de feitiçaria e a obstinação é como o crime da idolatria. Porque rejeitaste a palavra do Senhor, também Ele te rejeitou como rei».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 49 (50), 8-9.16bc-17.21 e 23 (R. 23b)
Refrão: A quem segue o caminho reto darei a salvação de Deus. Repete-se
Ou: A quem procede retamente ver a salvação de Deus. Repete-se

Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não aceito os novilhos da tua casa
nem os cabritos do teu rebanho. Refrão

Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras? Refrão

Considerai isto, vós que esqueceis a Deus,
não aconteça que vos extermine,
sem haver quem vos salve.
Honra-Me quem Me oferece um sacrifício de louvor,
a quem segue o caminho recto
darei a salvação de Deus. Refrão


ALELUIA Hebr 4, 12
Refrão: Aleluia Repete-se

A palavra de Deus é viva e eficaz,
pode discernir os pensamentos e intenções do coração. Refrão


EVANGELHO Mc 2, 18-22
«O Noivo está com eles»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, os discípulos de João e os fariseus guardavam o jejum. Vieram perguntar a Jesus: «Por que motivo jejuam os discípulos de João e os fariseus e os teus discípulos não jejuam?». Respondeu-lhes Jesus: «Podem os companheiros do noivo jejuar, enquanto o noivo está com eles? Enquanto têm o noivo consigo, não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo novo arranca parte do velho e o rasgão fica maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho acaba por romper os odres e perdem-se o vinho e os odres. Para vinho novo, odres novos».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
a graça de participar dignamente nestes mistérios,
pois todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício
realiza-se a obra da nossa redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 22, 5
Para mim preparais a mesa
e o meu cálice transborda.

Ou 1 Jo 4, 16
Nós conhecemos e acreditámos
no amor de Deus para connosco.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade,
para que vivam unidos num só coração e numa só alma
aqueles que saciastes com o mesmo pão do Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«A gente feliz é forte no seu amor pelos outros»

Santo Arnaldo Janssen





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 1 Sam 15, 16-23: Os reis do povo de Deus e os profetas presentes no meio dele nem sempre se entenderam muito bem. Exemplo claro é o que hoje lemos em relação a Saul e Samuel. Entre a resolução que tomou de preferir agradar ao povo, mesmo com intenção religiosa, e a orientação que o homem de Deus lhe apontava, Saul antes quis fazer a sua vontade do que seguir a vontade de Deus; por isso, o Senhor O afastou do seu cargo.

Mc 2, 18-22: A novidade da Boa-Nova, do Evangelho, que Jesus vem proclamar, custa a ser compreendida pelos homens, que, muitas vezes, só ouvem as palavras e não chegam a compreender-lhes o sentido. A presença de Jesus no meio dos seus discípulos era qualquer coisa de novo, e muito maior do que todos os anúncios proféticos anteriores à sua vinda. Todos eles O anunciavam. Mas os discípulos só agora começavam a ter essa experiência e, em Jesus, a entrar numa aliança nova com Deus, que era para eles como a alegria de um noivado. Um dia virá a ausência do “Noivo”, a hora em que Ele for levado à morte. Então jejuarão, jejum este que está na origem do “jejum pascal” da Igreja.




AGENDA DO DIA



09.30 horas: Funeral em Arez
18.00 horas: Missa da Memória de S. Sebastião – Mártir e Santo. Procissão
21.00 horas: Oração de louvor






A VOZ DO PASTOR


NEM O MAR OS ENGOLIU NEM A VÍBORA O MATOU

Eram 276 pessoas que seguiam a bordo do navio. Entre eles, Paulo e outros prisioneiros. O mar e os ventos mostravam-se assanhados e Paulo deu um conselho: «Meus amigos, eu vejo que a travessia não pode ser levada a cabo sem risco e graves prejuízos, tanto para a carga e para o barco, como também para as nossas vidas». Embora não fossem palavras loucas, eles fizeram orelhas moucas, e partiram. Não tardou que surgisse um vento ciclónico de tal ordem que os arrastou e fez andar à deriva. Açoitados pela tempestade, viram-se na necessidade de alijar a carga ao mar, inclusive os aparelhos do barco. Dado que nem o Sol nem as estrelas mostravam a sua graça e a tempestade não desarmava, afogou-se para eles toda a esperança de salvamento. No entanto, mesmo prisioneiro em direção a Roma, a missão de Deus continua a concretizar-se através de Paulo. Ele sente-se seguro nas mãos de Deus a quem pertence e serve. Como arauto da esperança e da paz, ergue-se no meio deles e exorta à coragem e à confiança: «Meus amigos, devíeis ter-me escutado e não largar de Creta. Isso ter-nos-ia poupado estes riscos e estes prejuízos. Seja como for, convido-vos a ter coragem, pois ninguém perderá a vida aqui, apenas o barco se vai perder. Esta noite, apareceu-me um Anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, e disse-me: ‘Nada receies, Paulo. É necessário que compareças diante de César e, por isso, Deus concedeu-te a vida de todos quantos navegam contigo.’ Portanto, coragem, meus amigos, pois tenho confiança em Deus que tudo sucederá como me foi dito. Contudo, temos de encalhar numa ilha». Pelo meio da noite, os marinheiros, suspeitando que estavam perto de alguma terra, lançaram as âncoras e esperaram o dia. Alguns deles, finos em jeito de chico esperto, logo procuraram fugir do barco e, sorrateiramente, já tinham deitado o escaler ao mar. Paulo apercebeu-se da marosca e disse ao centurião e aos soldados: «Se esses homens não ficarem no barco, não podereis salvar-vos». Então, os soldados cortaram as amarras do escaler e deixaram-no cair. 

Enquanto esperavam pelo dia, Paulo voltou a tranquilizar o pessoal e aconselhou a que tomassem algum alimento, voltando a garantir-lhes que nenhum deles perderia “um só cabelo da cabeça.». Eram ao todo duzentas e setenta e seis pessoas no barco. Quando o dia surgiu, não reconheceram a terra que se avistava. Soltaram as âncoras, afrouxaram as cordas dos lemes, içaram ao vento a vela da frente e seguiram rumo à praia, mas  o navio encalhou. A proa manteve-se firme, mas a popa foi-se desconjuntando com a força das vagas. O medo, a desconfiança e a suspeita instalou-se. Os soldados, com medo de que algum dos prisioneiros fugisse a nado, resolveram matá-los. O centurião, porém, impôs-se e confiou em todos. Ordenou aos que sabiam nadar que alcançassem a terra a nado, enquanto que os outros passariam sobre pranchas ou sobre os destroços do barco. Tendo chegado todos a terra, só ali souberam que se tratava da ilha de Malta. Os naturais, ao verem-nos  chegar sob chuva e frio, acolheram-nos ao redor de uma grande fogueira e com uma “amabilidade fora do comum”. Paulo fez-se colaborante e juntou mais lenha seca para lançar à fogueira. Eis senão quando, o calor fez saltar uma víbora que se enroscou na sua mão. Ao verem tal ocorrência, ficaram boquiabertos e disseram uns aos outros: «Com certeza, esse homem é assassino, pois conseguiu salvar-se do mar, mas a justiça divina não o deixa viver». Expectantes, ficaram à espera que Paulo caísse ali morto. No entanto, porque nada de anormal lhe acontecia, começaram a dizer que ele era um deus, salvara-se do veneno da víbora. O maioral da ilha, Públio, que tinha o pai acamado, recebeu-os durante três dias, hospedando-os de forma muito cordial. Paulo foi ver o doente e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e curou-o, como também curou todos os outros doentes da ilha e a todos anunciou o Evangelho. “Eles, por sua vez, cumularam-nos de honras e, na altura da partida, proveram-nos do que era necessário” (cf. At 27, 1-44; 28, 1-10). Ao longo da sua história, esta ilha de Malta foi terra de cartagineses, romanos, bizantinos, árabes, normandos, aragoneses, suevos, cavaleiros da Ordem de São João, franceses e britânicos. Hoje é uma nação independente e membro da União europeia. A fé cristã está aí profundamente enraizada. O facto de ali se cruzarem muitas culturas e saberes, muitos migrantes e homens de negócios, fez desta gente um povo muito aberto e hospitaleiro. A própria variedade de igrejas cristãs que aí existe – são doze - fez de Malta um “vibrante cenário ecuménico”.

Os materiais de apoio à oração pessoal e comunitária para este oitavário mundial de Oração pela Unidade dos Cristãos, oitavário que vai do dia 18 ao dia 25 de janeiro, festa litúrgica de São Paulo, foram preparados pelas Igrejas cristãs de Malta. São inspirados no texto dos Atos dos Apóstolos que acima resumi e sob o lema: “Trataram-nos com uma amabilidade fora do comum” (At 28,2). No entanto, a providência divina continuará a servir-se de quem se sinta irmão e solidário, e ajude a destruir os muros que dividem e os preconceitos que segregam; de quem, com fé, saiba atirar com a carga ao mar, isto é, se converta e reconcilie, libertando-se da indiferença e quejandos; de quem se sinta arauto da esperança, sem medo, como Paulo, e anuncie coragem e confiança em Deus que nos ama; de quem pratique a hospitalidade como os habitantes de Malta e a todos reúna à volta da fogueira do amor; de quem promova a cultura do encontro para fazer crescer a unidade entre todas as Igrejas cristãs, sem medo nem olhar vesgo; de quem reze para que todos sejam um. É dando que se recebe.

Antonino Dias Portalegre-Castelo Branco, 17-01-2020,





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