PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
11 de janeiro de 2020
Sábado depois da
Epifania
SÁBADO
depois da Epifania (de
manhã)
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 5, 14-21; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b
Ev Jo 3, 22-30
* I Vésp. do Baptismo do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 5, 14-21; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b
Ev Jo 3, 22-30
* I Vésp. do Baptismo do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Gal 4, 4-5
Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher,
para nos tornarmos seus filhos adotivos.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que em vosso Filho Unigénito nos tornastes nova criatura, concedei que a vossa graça nos conforme à imagem de Cristo, em quem a nossa natureza se uniu à vossa divindade. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 14-21
«Escuta-nos em tudo o que Lhe pedirmos»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher,
para nos tornarmos seus filhos adotivos.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que em vosso Filho Unigénito nos tornastes nova criatura, concedei que a vossa graça nos conforme à imagem de Cristo, em quem a nossa natureza se uniu à vossa divindade. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 14-21
«Escuta-nos em tudo o que Lhe pedirmos»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Esta é a confiança que temos em Deus: se Lhe pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele escuta-nos. E sabendo que nos escuta em tudo o que Lhe pedirmos, sabemos também que alcançaremos o que Lhe tivermos pedido. Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não o leva à morte, reze e Deus lhe dará a vida, se de facto o pecado cometido não leva à morte. Há um pecado que leva à morte; não é por este pecado que eu digo que se reze. Toda a iniquidade é pecado, mas nem todo o pecado leva à morte. Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca, porque o guarda Aquele que foi gerado por Deus e o Maligno não o pode atingir. Sabemos que somos de Deus, mas o mundo inteiro está sujeito ao Maligno. E sabemos também que veio o Filho de Deus e nos deu inteligência para conhecermos o Verdadeiro. Nós estamos no Verdadeiro, por seu Filho, Jesus Cristo, que é o Deus verdadeiro e a vida eterna. Meus filhos, guardai-vos dos falsos deuses.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 149, 1-2.3-4.5-6a.9b (R. 4a ou Aleluia)
Refrão: O Senhor ama o seu povo. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei. Refrão
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória. Refrão
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis. Refrão
ALELUIA Mt 4, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz;
para aqueles que habitavam na sombria região da
morte uma luz se levantou. Refrão
EVANGELHO Jo 3, 22-30
«O amigo do esposo sente muita alegria ao ouvir a sua voz»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, foi Jesus com os seus discípulos para o território da Judeia, onde Se demorou com eles, e começou a batizar. João batizava em Enon, perto de Salim, porque ali a água era abundante e aparecia muita gente para se batizar. João ainda não tinha sido encarcerado. Surgiu uma discussão entre os discípulos de João e um judeu a respeito da purificação. Foram ter com João e disseram-lhe: «Mestre, Aquele que estava contigo na outra margem do Jordão e de quem deste testemunho anda a batizar e todos vão ter com Ele». João respondeu: «Ninguém pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do Céu. Vós próprios sois testemunhas de que eu disse: ‘Não sou o Messias, mas aquele que foi enviado à sua frente’. Quem tem a esposa é o esposo; e o amigo do esposo, que o acompanha e escuta, sente muita alegria ao ouvir a sua voz. Essa é a minha alegria, que agora é completa: Ele deve crescer e eu diminuir».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz, fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente e que a nossa participação nos sagrados mistérios reforce os laços da nossa unidade. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 16
Da plenitude de Cristo todos nós recebemos
graça sobre graça.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, o vosso povo no presente e no futuro com os auxílios da vossa infinita bondade, para que, com as alegrias que dispondes no seu caminho, se dirija mais confiadamente para os bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«
Cristo é a luz do mundo. Quem olha para Ele vê iluminarem-se os caminhos da
vida»
São Paulo VI
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
1 Jo 5, 14-21: Aquele
que crê sabe que Deus o escuta e o atende, porque, pela fé, ele está em
comunhão com Deus, mantendo a sua vontade em conformidade com a vontade de
Deus. Uma das intenções pela qual se há de rezar é por aquele que não crê, ou
que até divide Jesus, negando as consequências admiráveis do mistério da
Encarnação.
Jo 3, 22-30: A
imagem das núpcias é muito tradicional na Sagrada Escritura para significar a
união íntima entre Deus e o seu povo. João Baptista compreendeu muito bem que
era precisamente Jesus quem vinha estabelecer essa aliança de amor. Jesus, é
Ele o noivo; João era apenas o seu Precursor. Por isso, João não só não se
incomoda com a presença de Jesus, mas, até ao contrário, se alegra com ela, e
dispõe-se a desaparecer para que o Senhor cresça, enquanto ele diminui.
AGENDA DO DIA
Todo o dia: Curso de
formação para os MEC e MECDAP
em Abrantes
15.00 horas: Missa
na Santa Casa de Gáfete
15.00 horas: Missa
na Falagueira
16.00 horas: Missa
em Monte Claro
16.00 horas: Missa
no Pardo
18.00 horas: Missa
em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa
em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
O BALANÇO DE ALGUNS
BALANCETES!...
"O Planeta grita aqui-d’ el-rei!... a sociedade está terrivelmente
doente!... eu estou muitíssimo mal!... Deus não existe ou morreu!..."
Ena, pá, que tanta desgraça desgraçada
no sótão de alguma gente! Tanto balancete a pingar
masoquismo e sem rasgar qualquer horizonte que faça sorrir e gargalhar, coisa
tão urgente quão necessária! Será que em certos diagnósticos ainda restará
alguém para apagar a luz, acravelhar o postigo e taramelar a porta?...
Discordamos dessas carpideiras de Deus e pessimistas catastróficos!
Auguramos que o novo ano ajude a içar esses ânimos bem lá nas alturas, traga
mais vida e vida renovada. Deus não morreu, não senhor, com grande desgosto
para quem sempre se ajanota para ocupar o Seu lugar. Os céus e a terra
proclamam eternamente a Sua presença, a Sua glória, o Seu poder e a Sua
majestade. A sociedade, porém, apesar dos seus achaques e dores de cotovelo,
também não está tão mal como a desenham e pintam, a barca de Caronte ainda não
se avista. Tais fazedores de opinião, pelo que sei e suponho, também não estão
de pés pra a cova. No entanto, a quem se sente muito deprimido e a esgueirar-se
pelo buraco de ozono adentro, aconselho a que não cruze os braços, não deixe de
fazer o que deve, separe os lixos que são muitos e de variada espécie, e, mesmo
sem receita médica, será bom tomar uns fármacos prodigiosos e à mão de semear.
Não são mezinhas, não. Não têm efeitos secundários e a posologia é fácil. Além
do mais são gentilmente oferecidos. Devem tomar-se todos os dias e em doses
suficientes. Sim, nem de mais nem de menos para não provocarem tontices, mas assim
como quem deita sal na comida para dar sabor à vida.
Mas então de que terapias se trata? Trata-se da fé que nos ampara, da
esperança que nos anima, da caridade que nos compromete. Trata-se de sermos
cireneus uns dos outros por entre os ziguezagues, curvas e contracurvas da
vida. Com todas essas provisões na sacola, com feliz curiosidade e orientados
pela estrela, também nós vamos ao encontro do Menino de Belém que veio para que
vivêssemos na alegria e a nossa alegria fosse verdadeira e completa. Vamos
conduzidos pela luz da fé, uma luz muito mais forte que a luz das estrelas.
Vamos animados e confortados pela esperança do encontro com Deus que é amor,
que é rico em misericórdia, nos toca no ombro, nos olha, sorri e abraça com
abraço de partir costela. E, se, porventura, tirarmos mal os azimutes, se,
confiando demasiadamente em nós próprios, nos perdermos pelo caminho ou o
caminho for demasiadamente difícil de trepar, insistiremos em ligar ao pronto
socorro, ao Espírito Santo que logo nos servirá de gps ou faremos como os
Magos: perguntaremos a quem saiba, nos possa e queira ajudar. Com Einstein,
também nós afirmamos que “o cristianismo salva e eleva o nosso espírito. As
suas palavras estão impregnadas de sabedoria divina e os seus ensinamentos são
os mais valiosos que o espírito humano atingiu”.
O verdadeiro encontro com Jesus é fascinante, os Seus desafios são
excelentes, o que disse e fez apaixona, as reações humanas, porém, são muito
diferentes e, algumas, mesmo muito engraçadas. Sem perder tempo, já no caminho,
mesmo às portas ou já dentro da Igreja, ouviremos as vozes de quem se sente
frustrado porque, naquele encontro, sentiu desafios que não gostou de sentir.
Desafios que não sintonizam bem com os seus gostos acomodados e posição social
pouco linear e light. Desafios que, porque lhe causam mossa, dá-lhe vontade de
lhes torcer o pescoço, os manipular ou suprimir. Eles obrigam a respeitar a
vida desde a conceção à morte natural; exortam a pisgar-se dos vícios e
quejandos; proíbem que alguém abrace amorosamente os cargos públicos ou
similares para consolar e almofadar os bolsos; não pactuam com fraudes
bancárias ou outras; pedem responsabilidade individual, familiar, profissional
e social; desaconselham as ruturas matrimoniais só porque lhes dá na gana e
apesar do sofrimento que sempre causam, sobretudo aos filhos; apelam à
solidariedade, à transparência e honestidade; mandam ter em muita atenção os
outros....
Uf!...que chatice chata!... Reclamam transformação interior e não há
determinação para isso, mesmo que se reconheçam como princípios ideais e
fomentem a alegria e a paz. André Malraux, no seu ego, exprimiu-se assim: “Há
certamente, uma fé superior. É a que tem cruzes nas aldeias. Ela é amor e nela
se encontra a paz. Mas eu não a aceitarei nem me rebaixarei para lhe pedir a
tranquilidade que a minha fragilidade exige”.
Outros haverá que abandonam a fé porque dizem que a fé impede de
saborear o que a sociedade oferece e as leis consideram aceitável, como se a
verdade dependesse de maiorias parlamentares ou de outras, ou de si próprios.
Ou então, também está na moda dizer-se que acreditar em Deus é ser retrogrado,
ficando ufanos e cheios de nove horas por serem considerados progressistas, num
conceito de progresso mui dúbio e discutível, de fazer rir, talvez chorar!
Alguns outros, para se manifestarem superiores ou abalarem sub-repticiamente,
invocam o fraco testemunho dos cristãos. É verdade que o há e não deveria
haver, mas entendo que são desculpas de mau pagador. Isso não deve levar
ninguém a afastar-se, deve levar, isso sim, a não cair nos mesmos erros e a ser
diferente, para melhor, e a tentar ajudar quem age mal ou menos bem. Comungo do
que Martín Descalzo escreveu: “Amo com maior intensidade a Igreja porque é
imperfeita. Não é que goste das suas imperfeições, mas penso que sem elas há
muito tempo que dela me teria expulso. Ao fim e ao cabo, a Igreja é medíocre
porque está formada por gente como nós, como tu e como eu. E é isto que, em
resumo, nos permite continuar nela”.
Com o máximo respeito por todos e sabendo que Deus a todos convida e por
todos nasceu em Belém, formulamos votos para que, ao longo deste novo ano, os
crentes testemunhem verdadeiramente o grande dom da fé. E os não crentes sejam
surpreendidos no seu caminho de Damasco e possam perguntar, curiosos como
Paulo: “quem és tu, Senhor?”; ou possam reconhecer e professar, contritos como
Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Como graciosamente referiu Newman aos seus amigos, para entrar nesta
Igreja, não é preciso cortar a cabeça, basta tirar o chapéu! Não perante os
homens, claro está. Mas perante Deus que nos respeita, sustenta e ama, sem Se
insinuar nem dar nas vistas, mas levando-nos a ver e a sentir com os olhos e os
ouvidos do coração.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 2020-01-03.
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