terça-feira, 7 de janeiro de 2020






PARÓQUIAS DE NISA



Quarta, 08 de janeiro de 2020










Quarta depois da Epifania



 

QUARTA-FEIRA depois da Epifania


Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.

L 1 1 Jo 4, 11-18; Sal 71 (72), 2. 10-11. 12-13
Ev Mc 6, 45-52

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Pedro Tomás, bispo – FESTA e MF
* Na Congregação Salesiana – B. Tito Zeman, presbítero e mártir – MF




MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Is 9, 2
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz.
Para aqueles que habitavam nas sombras da morte
uma luz começou a brilhar.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, sol que ilumina todos os homens, concedei ao mundo a paz duradoira e fazei brilhar em nossos corações a luz admirável que orientou os passos dos Magos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 4, 11-18
«Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós»


Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos: Se Deus nos amou tanto, também nós devemos amar-nos uns aos outros. A Deus ninguém jamais O viu. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito. Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós: porque nos deu o seu Espírito. E nós vimos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Nós conhecemos o amor de Deus por nós e acreditamos no seu amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. Nisto se realiza a perfeição do amor de Deus em nós, porque somos neste mundo como é Jesus e assim temos plena confiança no dia do juízo. No amor não há temor; o amor que é perfeito expulsa o temor, porque o temor supõe um castigo. Quem teme não é perfeito no amor.
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72), 2.10-11.12-13 (R. cf. 11)
Refrão: Virão adorar-Vos, Senhor,
todos os povos da terra. Repete-se

Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão

Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir. Refrão

Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos. Refrão


ALELUIA cf. 1 Tim 3, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Glória a Vós, Jesus Cristo, anunciado aos gentios;
glória a Vós, Jesus Cristo, acreditado no mundo. Refrão


EVANGELHO Mc 6, 45-52
«Viram Jesus caminhando sobre o mar»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Depois de ter matado a fome a cinco mil homens, Jesus obrigou os discípulos a subirem para o barco e a seguirem antes d’Ele para a outra margem, em direção a Betsaida, enquanto Ele despedia a multidão. Depois de a ter despedido, subiu a um monte, para orar. Ao anoitecer, estava o barco no meio do mar e Jesus sozinho em terra. Ao ver os discípulos cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, pela quarta vigília da noite foi ter com eles, caminhando sobre o mar, mas ia passar adiante. Ao verem Jesus caminhando sobre o mar, os discípulos julgaram que era um fantasma e começaram a gritar, porque todos O viram e ficaram atemorizados. Mas Jesus falou-lhes logo, dizendo: «Tende confiança. Sou Eu, não temais». Depois subiu para junto deles no barco e o vento amainou. Todos se encheram de espanto, porque o seu coração estava endurecido, e não tinham compreendido a multiplicação dos pães.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz, fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente e que a nossa participação nos sagrados mistérios reforce os laços da nossa unidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. 1 Jo 1, 2
A vida que estava junto do Pai
manifestou-se na terra e nós vimos a sua glória.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, o vosso povo no presente e no futuro com os auxílios da vossa infinita bondade, para que, com as alegrias que dispondes no seu caminho, se dirija mais confiadamente para os bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 




« Hoje, não temerei. De modo particular, não terei medo de desfrutar do que é bonito e de acreditar na bondade. Posso fazer, por doze horas, o que me espantaria se pensasse em ter que o fazer por toda a vida»

Papa S. João XXIII





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 1 Jo 4, 11-18 :Deus é amor e ama-nos. É no amor que nós O conhecemos e o amor d’Ele há-de manifestar-se no amor que temos uns aos outros. Assim mostramos que O conhecemos, e os outros O poderão reconhecer em nós. Este amor está unido à fé, pela qual reconhecemos que Jesus é o Filho de Deus, enviado da parte do Pai para nos unir ao Pai no amor perfeito, aquele amor que expulsa tudo o que é temor.

Mc 6, 45-52 :Uma nova manifestação ou “epifania” de Jesus revela-O como Senhor das próprias forças da natureza. Jesus multiplica os sinais para que os discípulos O reconheçam como o Filho de Deus. E não é fácil consegui-lo, porque o espírito deles estava embotado, e a multiplicação dos pães não tinha bastado para que O reconhecessem. A Epifania celebra-se, de facto, na fé, e a sua celebração, repetida em cada ano, pretende levar-nos a reconhecer, cada vez mais profundamente, quem é o Senhor Jesus.



AGENDA DO DIA



17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa.






A VOZ DO PASTOR


O BALANÇO DE ALGUNS BALANCETES!...



          "O Planeta grita aqui-d’ el-rei!... a sociedade está terrivelmente doente!... eu estou muitíssimo mal!... Deus não existe ou morreu!..." 

Ena, pá, que tanta desgraça desgraçada no sótão de alguma gente! Tanto balancete a pingar masoquismo e sem rasgar qualquer horizonte que faça sorrir e gargalhar, coisa tão urgente quão necessária! Será que em certos diagnósticos ainda restará alguém para apagar a luz, acravelhar o postigo e taramelar a porta?...

          Discordamos dessas carpideiras de Deus e pessimistas catastróficos! Auguramos que o novo ano ajude a içar esses ânimos bem lá nas alturas, traga mais vida e vida renovada. Deus não morreu, não senhor, com grande desgosto para quem sempre se ajanota para ocupar o Seu lugar. Os céus e a terra proclamam eternamente a Sua presença, a Sua glória, o Seu poder e a Sua majestade. A sociedade, porém, apesar dos seus achaques e dores de cotovelo, também não está tão mal como a desenham e pintam, a barca de Caronte ainda não se avista. Tais fazedores de opinião, pelo que sei e suponho, também não estão de pés pra a cova. No entanto, a quem se sente muito deprimido e a esgueirar-se pelo buraco de ozono adentro, aconselho a que não cruze os braços, não deixe de fazer o que deve, separe os lixos que são muitos e de variada espécie, e, mesmo sem receita médica, será bom tomar uns fármacos prodigiosos e à mão de semear. Não são mezinhas, não. Não têm efeitos secundários e a posologia é fácil. Além do mais são gentilmente oferecidos. Devem tomar-se todos os dias e em doses suficientes. Sim, nem de mais nem de menos para não provocarem tontices, mas assim como quem deita sal na comida para dar sabor à vida.

          Mas então de que terapias se trata? Trata-se da fé que nos ampara, da esperança que nos anima, da caridade que nos compromete. Trata-se de sermos cireneus uns dos outros por entre os ziguezagues, curvas e contracurvas da vida. Com todas essas provisões na sacola, com feliz curiosidade e orientados pela estrela, também nós vamos ao encontro do Menino de Belém que veio para que vivêssemos na alegria e a nossa alegria fosse verdadeira e completa. Vamos conduzidos pela luz da fé, uma luz muito mais forte que a luz das estrelas. Vamos animados e confortados pela esperança do encontro com Deus que é amor, que é rico em misericórdia, nos toca no ombro, nos olha, sorri e abraça com abraço de partir costela. E, se, porventura, tirarmos mal os azimutes, se, confiando demasiadamente em nós próprios, nos perdermos pelo caminho ou o caminho for demasiadamente difícil de trepar, insistiremos em ligar ao pronto socorro, ao Espírito Santo que logo nos servirá de gps ou faremos como os Magos: perguntaremos a quem saiba, nos possa e queira ajudar. Com Einstein, também nós afirmamos que “o cristianismo salva e eleva o nosso espírito. As suas palavras estão impregnadas de sabedoria divina e os seus ensinamentos são os mais valiosos que o espírito humano atingiu”.

          O verdadeiro encontro com Jesus é fascinante, os Seus desafios são excelentes, o que disse e fez apaixona, as reações humanas, porém, são muito diferentes e, algumas, mesmo muito engraçadas. Sem perder tempo, já no caminho, mesmo às portas ou já dentro da Igreja, ouviremos as vozes de quem se sente frustrado porque, naquele encontro, sentiu desafios que não gostou de sentir. Desafios que não sintonizam bem com os seus gostos acomodados e posição social pouco linear e light. Desafios que, porque lhe causam mossa, dá-lhe vontade de lhes torcer o pescoço, os manipular ou suprimir. Eles obrigam a respeitar a vida desde a conceção à morte natural; exortam a pisgar-se dos vícios e quejandos; proíbem que alguém abrace amorosamente os cargos públicos ou similares para consolar e almofadar os bolsos; não pactuam com fraudes bancárias ou outras; pedem responsabilidade individual, familiar, profissional e social; desaconselham as ruturas matrimoniais só porque lhes dá na gana e apesar do sofrimento que sempre causam, sobretudo aos filhos; apelam à solidariedade, à transparência e honestidade; mandam ter em muita atenção os outros....

          Uf!...que chatice chata!... Reclamam transformação interior e não há determinação para isso, mesmo que se reconheçam como princípios ideais e fomentem a alegria e a paz. André Malraux, no seu ego, exprimiu-se assim: “Há certamente, uma fé superior. É a que tem cruzes nas aldeias. Ela é amor e nela se encontra a paz. Mas eu não a aceitarei nem me rebaixarei para lhe pedir a tranquilidade que a minha fragilidade exige”.

          Outros haverá que abandonam a fé porque dizem que a fé impede de saborear o que a sociedade oferece e as leis consideram aceitável, como se a verdade dependesse de maiorias parlamentares ou de outras, ou de si próprios. Ou então, também está na moda dizer-se que acreditar em Deus é ser retrogrado, ficando ufanos e cheios de nove horas por serem considerados progressistas, num conceito de progresso mui dúbio e discutível, de fazer rir, talvez chorar! Alguns outros, para se manifestarem superiores ou abalarem sub-repticiamente, invocam o fraco testemunho dos cristãos. É verdade que o há e não deveria haver, mas entendo que são desculpas de mau pagador. Isso não deve levar ninguém a afastar-se, deve levar, isso sim, a não cair nos mesmos erros e a ser diferente, para melhor, e a tentar ajudar quem age mal ou menos bem. Comungo do que Martín Descalzo escreveu: “Amo com maior intensidade a Igreja porque é imperfeita. Não é que goste das suas imperfeições, mas penso que sem elas há muito tempo que dela me teria expulso. Ao fim e ao cabo, a Igreja é medíocre porque está formada por gente como nós, como tu e como eu. E é isto que, em resumo, nos permite continuar nela”.

          Com o máximo respeito por todos e sabendo que Deus a todos convida e por todos nasceu em Belém, formulamos votos para que, ao longo deste novo ano, os crentes testemunhem verdadeiramente o grande dom da fé. E os não crentes sejam surpreendidos no seu caminho de Damasco e possam perguntar, curiosos como Paulo: “quem és tu, Senhor?”; ou possam reconhecer e professar, contritos como Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”.

          Como graciosamente referiu Newman aos seus amigos, para entrar nesta Igreja, não é preciso cortar a cabeça, basta tirar o chapéu! Não perante os homens, claro está. Mas perante Deus que nos respeita, sustenta e ama, sem Se insinuar nem dar nas vistas, mas levando-nos a ver e a sentir com os olhos e os ouvidos do coração.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 2020-01-03.




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