PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
06 de janeiro de 2020
Segunda-feira depois da
Epifania
SEGUNDA-FEIRA
depois da Epifania
Branco – Ofício da
féria (Semana II do Saltério).
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 3, 22 – 4, 6; Sal 2, 7-8. 10-11
Ev Mt 4, 12-17. 23-25
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Amândio José Tomás (2002), Bispo Emérito de Vila Real.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 3, 22 – 4, 6; Sal 2, 7-8. 10-11
Ev Mt 4, 12-17. 23-25
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Amândio José Tomás (2002), Bispo Emérito de Vila Real.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Um dia sagrado brilhou para nós.
Vinde, ó povos, adorar o Senhor,
porque uma grande luz desceu sobre a terra.
ORAÇÃO COLECTA
Iluminai, Senhor, os nossos corações com o esplendor da vossa divindade, para que, através das trevas deste mundo, caminhemos com segurança para a pátria da luz eterna. Por Nosso Senhor.
LEITURA I 1 Jo 3, 22 - 4, 6
«Examinai os espíritos, para ver se são de Deus»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Um dia sagrado brilhou para nós.
Vinde, ó povos, adorar o Senhor,
porque uma grande luz desceu sobre a terra.
ORAÇÃO COLECTA
Iluminai, Senhor, os nossos corações com o esplendor da vossa divindade, para que, através das trevas deste mundo, caminhemos com segurança para a pátria da luz eterna. Por Nosso Senhor.
LEITURA I 1 Jo 3, 22 - 4, 6
«Examinai os espíritos, para ver se são de Deus»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Nós recebemos de Deus tudo o que Lhe pedirmos, porque cumprimos os seus mandamentos e fazemos o que Lhe é agradável. É este o seu mandamento: acreditar no nome de seu Filho, Jesus Cristo, e amar-nos uns aos outros, como Ele nos mandou. Quem observa os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele. E sabemos que permanece em nós pelo Espírito que nos concedeu. Caríssimos, não deis crédito a qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, porque surgiram no mundo muitos falsos profetas. Nisto conhecereis o espírito de Deus: todo o espírito que confessa a Jesus Cristo feito homem é de Deus; e todo o espírito que não confessa a Jesus não é de Deus. Este é o espírito do Anticristo, do qual ouvistes dizer que havia de vir e agora já está no mundo. Vós, meus filhos, sois de Deus e já os vencestes, porque Aquele que está no meio de vós é maior do que aquele que está no mundo. Eles são do mundo; por isso falam a linguagem do mundo e o mundo escuta-os. Nós somos de Deus e quem conhece a Deus escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta. Nisto distinguimos o espírito da verdade e o espírito do erro.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 2, 7-8.10-11 (R. 8a)
Refrão: Eu te darei os povos em herança. Repete-se
Vou proclamar o decreto do Senhor.
Ele disse-me: ‘Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.
Pede-me e te darei as nações em herança
e os confins da terra para teu domínio’. Refrão
Agora, ó reis, tomai sentido,
atendei, vós que julgais a terra.
Servi o Senhor com temor,
aclamai-O com reverência. Refrão
ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão
EVANGELHO Mt 4, 12-17.23-25
«Está próximo o reino dos Céus»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista fora preso, retirou-Se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira-mar, no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Terra de Zabulão e terra de Neftali, estrada do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios: o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte uma luz se levantou». Desde então, Jesus começou a pregar: «Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus». Depois percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. A sua fama propagou-se por toda a Síria: traziam-Lhe todos os que estavam doentes, atingidos de diversos males e sofrimentos, possessos, epiléticos e paralíticos, e Jesus curava-os. Seguiram-n’O grandes multidões, que tinham vindo da Galileia e da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e de Além-Jordão.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, a oblação que trazemos ao vosso altar, nesta admirável permuta de dons, de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes, mereçamos receber-Vos a Vós mesmo. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 14
Nós vimos a sua glória,
a glória do Filho Unigénito do Pai,
cheio de graça e de verdade.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que a nossa vida seja constantemente fortalecida pela comunhão nos vossos santos mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Acredito
firmemente, não obstante as aparências, que a boa providência de Deus se ocupa
de mim como de ninguém no mundo»
Papa S. João XXIII
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Jo
3, 22- 4, 6 :O mistério da Encarnação do Filho de Deus é tão extraordinário,
que os homens têm muita dificuldade em o aceitar. Por isso, desde o princípio,
houve quem o deturpasse, por fazerem mais fé no seu próprio pensar do que no
Espírito de Deus que lho manifestava. É este Espírito Santo, que nos ilumina
sobre o mistério de Jesus e nos leva a confessar que Jesus é verdadeiramente o
Filho de Deus.
Mt 4, 12-17.23-25: A
manifestação do reino de Deus começou a realizar-se na pessoa de Jesus. Pela
sua pregação e pelas obras que fazia, Ele manifestava já que esse reino tinha
chegado ao meio dos homens. Neste reino entra-se pela resposta de fé à palavra
de Jesus, resposta que exige humildade, conversão, vida toda iluminada pela luz
que Ele nos trouxe e que d’Ele para nós irradia.
AGENDA DO DIA
15.30 horas: Funeral
em Alpalhão
21.00 horas: Oração
de louvor no Calvário.
A VOZ DO PASTOR
O BALANÇO DE ALGUNS
BALANCETES!...
"O Planeta grita aqui-d’ el-rei!... a sociedade está terrivelmente doente!...
eu estou muitíssimo mal!... Deus não existe ou morreu!..."
Ena, pá, que tanta desgraça desgraçada
no sótão de alguma gente! Tanto balancete a pingar
masoquismo e sem rasgar qualquer horizonte que faça sorrir e gargalhar, coisa
tão urgente quão necessária! Será que em certos diagnósticos ainda restará
alguém para apagar a luz, acravelhar o postigo e taramelar a porta?...
Discordamos dessas carpideiras de Deus e pessimistas catastróficos!
Auguramos que o novo ano ajude a içar esses ânimos bem lá nas alturas, traga
mais vida e vida renovada. Deus não morreu, não senhor, com grande desgosto
para quem sempre se ajanota para ocupar o Seu lugar. Os céus e a terra
proclamam eternamente a Sua presença, a Sua glória, o Seu poder e a Sua majestade.
A sociedade, porém, apesar dos seus achaques e dores de cotovelo, também não
está tão mal como a desenham e pintam, a barca de Caronte ainda não se avista.
Tais fazedores de opinião, pelo que sei e suponho, também não estão de pés pra
a cova. No entanto, a quem se sente muito deprimido e a esgueirar-se pelo
buraco de ozono adentro, aconselho a que não cruze os braços, não deixe de
fazer o que deve, separe os lixos que são muitos e de variada espécie, e, mesmo
sem receita médica, será bom tomar uns fármacos prodigiosos e à mão de semear.
Não são mezinhas, não. Não têm efeitos secundários e a posologia é fácil. Além
do mais são gentilmente oferecidos. Devem tomar-se todos os dias e em doses
suficientes. Sim, nem de mais nem de menos para não provocarem tontices, mas
assim como quem deita sal na comida para dar sabor à vida.
Mas então de que terapias se trata? Trata-se da fé que nos ampara, da
esperança que nos anima, da caridade que nos compromete. Trata-se de sermos
cireneus uns dos outros por entre os ziguezagues, curvas e contracurvas da
vida. Com todas essas provisões na sacola, com feliz curiosidade e orientados
pela estrela, também nós vamos ao encontro do Menino de Belém que veio para que
vivêssemos na alegria e a nossa alegria fosse verdadeira e completa. Vamos
conduzidos pela luz da fé, uma luz muito mais forte que a luz das estrelas.
Vamos animados e confortados pela esperança do encontro com Deus que é amor,
que é rico em misericórdia, nos toca no ombro, nos olha, sorri e abraça com abraço
de partir costela. E, se, porventura, tirarmos mal os azimutes, se, confiando
demasiadamente em nós próprios, nos perdermos pelo caminho ou o caminho for
demasiadamente difícil de trepar, insistiremos em ligar ao pronto socorro, ao
Espírito Santo que logo nos servirá de gps ou faremos como os Magos:
perguntaremos a quem saiba, nos possa e queira ajudar. Com Einstein, também nós
afirmamos que “o cristianismo salva e eleva o nosso espírito. As suas palavras
estão impregnadas de sabedoria divina e os seus ensinamentos são os mais
valiosos que o espírito humano atingiu”.
O verdadeiro encontro com Jesus é fascinante, os Seus desafios são
excelentes, o que disse e fez apaixona, as reações humanas, porém, são muito
diferentes e, algumas, mesmo muito engraçadas. Sem perder tempo, já no caminho,
mesmo às portas ou já dentro da Igreja, ouviremos as vozes de quem se sente
frustrado porque, naquele encontro, sentiu desafios que não gostou de sentir.
Desafios que não sintonizam bem com os seus gostos acomodados e posição social
pouco linear e light. Desafios que, porque lhe causam mossa, dá-lhe vontade de
lhes torcer o pescoço, os manipular ou suprimir. Eles obrigam a respeitar a
vida desde a conceção à morte natural; exortam a pisgar-se dos vícios e quejandos;
proíbem que alguém abrace amorosamente os cargos públicos ou similares para
consolar e almofadar os bolsos; não pactuam com fraudes bancárias ou outras;
pedem responsabilidade individual, familiar, profissional e social;
desaconselham as ruturas matrimoniais só porque lhes dá na gana e apesar do
sofrimento que sempre causam, sobretudo aos filhos; apelam à solidariedade, à
transparência e honestidade; mandam ter em muita atenção os outros....
Uf!...que chatice chata!... Reclamam transformação interior e não há
determinação para isso, mesmo que se reconheçam como princípios ideais e
fomentem a alegria e a paz. André Malraux, no seu ego, exprimiu-se assim: “Há
certamente, uma fé superior. É a que tem cruzes nas aldeias. Ela é amor e nela
se encontra a paz. Mas eu não a aceitarei nem me rebaixarei para lhe pedir a
tranquilidade que a minha fragilidade exige”.
Outros haverá que abandonam a fé porque dizem que a fé impede de
saborear o que a sociedade oferece e as leis consideram aceitável, como se a
verdade dependesse de maiorias parlamentares ou de outras, ou de si próprios.
Ou então, também está na moda dizer-se que acreditar em Deus é ser retrogrado,
ficando ufanos e cheios de nove horas por serem considerados progressistas, num
conceito de progresso mui dúbio e discutível, de fazer rir, talvez chorar!
Alguns outros, para se manifestarem superiores ou abalarem sub-repticiamente,
invocam o fraco testemunho dos cristãos. É verdade que o há e não deveria
haver, mas entendo que são desculpas de mau pagador. Isso não deve levar
ninguém a afastar-se, deve levar, isso sim, a não cair nos mesmos erros e a ser
diferente, para melhor, e a tentar ajudar quem age mal ou menos bem. Comungo do
que Martín Descalzo escreveu: “Amo com maior intensidade a Igreja porque é
imperfeita. Não é que goste das suas imperfeições, mas penso que sem elas há
muito tempo que dela me teria expulso. Ao fim e ao cabo, a Igreja é medíocre
porque está formada por gente como nós, como tu e como eu. E é isto que, em
resumo, nos permite continuar nela”.
Com o máximo respeito por todos e sabendo que Deus a todos convida e por
todos nasceu em Belém, formulamos votos para que, ao longo deste novo ano, os
crentes testemunhem verdadeiramente o grande dom da fé. E os não crentes sejam
surpreendidos no seu caminho de Damasco e possam perguntar, curiosos como
Paulo: “quem és tu, Senhor?”; ou possam reconhecer e professar, contritos como
Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Como graciosamente referiu Newman aos seus amigos, para entrar nesta
Igreja, não é preciso cortar a cabeça, basta tirar o chapéu! Não perante os
homens, claro está. Mas perante Deus que nos respeita, sustenta e ama, sem Se
insinuar nem dar nas vistas, mas levando-nos a ver e a sentir com os olhos e os
ouvidos do coração.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 2020-01-03.
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