terça-feira, 21 de janeiro de 2020






PARÓQUIAS DE NISA



Quarta, 22 de janeiro de 2020









Quarta-feira da II semana do tempo comum





QUARTA-FEIRA da semana II

S. Vicente, diácono e mártir – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 1 Sam 17, 32-33. 37. 40-51; Sal 143 (144), 1. 2. 9-10
Ev Mc 3, 1-6


* Na Diocese do Algarve – S. Vicente, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* No Patriarcado de Lisboa – S. Vicente, Padroeiro principal do Patriarcado – SOLENIDADE; aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Cardeal Patriarca (2000).
* Na Congregação Salesiana – B. Laura Vicunha – MF
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Laura Vicunha, virgem, aluna das Filhas de Maria Auxiliadora – MO
* Na Sociedade do Apostolado Católico (Padres Pallotinos) – S. Vicente Pallotti, presbítero, Fundador da Sociedade – SOLENIDADE
* 5º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 65, 4
Toda a terra Vos adore, Senhor,
e entoe hinos ao vosso nome, ó Altíssimo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que governais o céu e a terra,
escutai misericordiosamente as súplicas do vosso povo
e concedei a paz aos nossos dias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Sam 17, 32-33.37.40-51
«Com uma funda e uma pedra, David triunfou do filisteu»


Leitura do Primeiro Livro de Samuel

Naqueles dias, David foi levado à presença do rei Saul e disse- -lhe: «Ninguém desanime por causa de Golias. O teu servo irá lutar contra esse filisteu». Mas Saul respondeu-lhe: «Não podes avançar contra esse filisteu para o combateres, porque não passas dum rapazinho, ao passo que ele é homem de guerra desde a sua juventude». David respondeu a Saul: «O Senhor, que me livrou das garras do leão e do urso, me livrará das mãos desse filisteu». Então Saul disse a David: «Vai, e que o Senhor esteja contigo». David tomou o seu cajado nas mãos, escolheu na torrente cinco pedras bem lisas e meteu-as no seu surrão de pastor. Depois, com a funda na mão, avançou contra o filisteu. O filisteu foi-se aproximando pouco a pouco de David, levando à frente o seu escudeiro. Quando olhou e viu David, desprezou-o, porque era um rapaz novo; era loiro e de bela aparência. Disse então a David: «Sou porventura algum cão, para vires contra mim de pau na mão?». E amaldiçoou David em nome dos seus deuses. E acrescentou: «Vem ao meu encontro e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais do campo». Mas David respondeu ao filisteu: «Tu vens contra mim armado de espada, lança e azagaia, e eu vou contra ti em nome do Senhor do Universo, o Deus dos exércitos de Israel, que tu desafiaste. O Senhor vai entregar-te hoje mesmo nas minhas mãos. Eu te matarei e te cortarei a cabeça e darei hoje o teu cadáver e os cadáveres dos filisteus às aves do céu e aos animais selvagens. Então saberá toda a terra que há um Deus em Israel e toda a gente há de ver que não é pela espada ou pela lança que o Senhor concede a salvação. Porque esta guerra é do Senhor e Ele vos entregará em nossas mãos». Quando o filisteu avançou e veio ao encontro de David, também este correu velozmente contra o filisteu. Meteu a mão no surrão, tirou uma pedra, arremessou-a com a funda e atingiu o filisteu na fronte. A pedra cravou-se-lhe na testa e ele caiu de bruços no chão. Foi assim, com uma funda e uma pedra, que David triunfou do filisteu e o feriu mortalmente, sem ter uma espada na mão. David correu para o filisteu e parou junto dele, tirou-lhe a espada da bainha e acabou de o matar, cortando-lhe a cabeça. Ao verem morto o seu herói, os filisteus puseram-se em fuga.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 143 (144), 1.2.9-10 (R. 1a)
Refrão: Bendito seja o Senhor, que é o rochedo do meu refúgio. Repete-se

Bendito seja o Senhor, o meu refúgio,
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate. Refrão

O Senhor é meu amparo e minha cidadela,
meu baluarte e meu libertador.
O Senhor é meu escudo e meu abrigo:
Ele submete os povos ao meu poder. Refrão

Vou cantar-Vos, meu Deus, um cântico novo,
vou celebrar-Vos ao som da harpa,
a Vós que dais aos reis a vitória
e salvastes David, vosso servo. Refrão


ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia. Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão


EVANGELHO Mc 3, 1-6
«Será permitido ao sábado salvar a vida ou tirá-la?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Jesus entrou de novo na sinagoga, onde estava um homem com uma das mãos atrofiada. Os fariseus observavam Jesus para verem se Ele ia curá-lo ao sábado e poderem assim acusá-l’O. Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Levanta-te e vem aqui para o meio». Depois perguntou-lhes: «Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?». Mas eles ficaram calados. Então, olhando-os com indignação e entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão». Ele estendeu-a e a mão ficou curada. Os fariseus, porém, logo que saíram dali, reuniram-se com os herodianos para deliberarem como haviam de acabar com Ele.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
a graça de participar dignamente nestes mistérios,
pois todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício
realiza-se a obra da nossa redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 22, 5
Para mim preparais a mesa
e o meu cálice transborda.

Ou 1 Jo 4, 16
Nós conhecemos e acreditámos
no amor de Deus para connosco.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade,
para que vivam unidos num só coração e numa só alma
aqueles que saciastes com o mesmo pão do Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






« A paz exige quatro condições essenciais: verdade, justiça, amor e liberdade»


São João Paulo II





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 1 Sam 17, 32-33.37.40-51: A vitória de David sobre Golias, o filisteu, manifesta, por um lado, o poder de Deus, sempre maior do que as fracas forças do homem, e, por outro, que Deus revela esse seu poder sobretudo nas circunstâncias mais frágeis dos homens. A glória do homem é estar nas mãos de Deus, e poder servir de instrumento, para que Deus realize, por meio dele, a sua obra, que é sempre de salvação para os homens.

Mc 3, 1-6: De novo, Jesus procura fazer compreender o sentido profundo das observâncias religiosas, particularmente do descanso do sábado. Mas, os que O observam e acusam não são bem intencionados, não os move o zelo sincero, mas o ódio. Por isso, eles nunca entenderão nem as palavras nem as acções do Senhor. São voluntariamente cegos. E é este o maior dos pecados.




AGENDA DO DIA



10.00 horas: Funeral em Belver
17.00 hnoras: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Reunião de Catequistas em Nisa.






A VOZ DO PASTOR


NEM O MAR OS ENGOLIU NEM A VÍBORA O MATOU

Eram 276 pessoas que seguiam a bordo do navio. Entre eles, Paulo e outros prisioneiros. O mar e os ventos mostravam-se assanhados e Paulo deu um conselho: «Meus amigos, eu vejo que a travessia não pode ser levada a cabo sem risco e graves prejuízos, tanto para a carga e para o barco, como também para as nossas vidas». Embora não fossem palavras loucas, eles fizeram orelhas moucas, e partiram. Não tardou que surgisse um vento ciclónico de tal ordem que os arrastou e fez andar à deriva. Açoitados pela tempestade, viram-se na necessidade de alijar a carga ao mar, inclusive os aparelhos do barco. Dado que nem o Sol nem as estrelas mostravam a sua graça e a tempestade não desarmava, afogou-se para eles toda a esperança de salvamento. No entanto, mesmo prisioneiro em direção a Roma, a missão de Deus continua a concretizar-se através de Paulo. Ele sente-se seguro nas mãos de Deus a quem pertence e serve. Como arauto da esperança e da paz, ergue-se no meio deles e exorta à coragem e à confiança: «Meus amigos, devíeis ter-me escutado e não largar de Creta. Isso ter-nos-ia poupado estes riscos e estes prejuízos. Seja como for, convido-vos a ter coragem, pois ninguém perderá a vida aqui, apenas o barco se vai perder. Esta noite, apareceu-me um Anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, e disse-me: ‘Nada receies, Paulo. É necessário que compareças diante de César e, por isso, Deus concedeu-te a vida de todos quantos navegam contigo.’ Portanto, coragem, meus amigos, pois tenho confiança em Deus que tudo sucederá como me foi dito. Contudo, temos de encalhar numa ilha». Pelo meio da noite, os marinheiros, suspeitando que estavam perto de alguma terra, lançaram as âncoras e esperaram o dia. Alguns deles, finos em jeito de chico esperto, logo procuraram fugir do barco e, sorrateiramente, já tinham deitado o escaler ao mar. Paulo apercebeu-se da marosca e disse ao centurião e aos soldados: «Se esses homens não ficarem no barco, não podereis salvar-vos». Então, os soldados cortaram as amarras do escaler e deixaram-no cair. 

Enquanto esperavam pelo dia, Paulo voltou a tranquilizar o pessoal e aconselhou a que tomassem algum alimento, voltando a garantir-lhes que nenhum deles perderia “um só cabelo da cabeça.». Eram ao todo duzentas e setenta e seis pessoas no barco. Quando o dia surgiu, não reconheceram a terra que se avistava. Soltaram as âncoras, afrouxaram as cordas dos lemes, içaram ao vento a vela da frente e seguiram rumo à praia, mas  o navio encalhou. A proa manteve-se firme, mas a popa foi-se desconjuntando com a força das vagas. O medo, a desconfiança e a suspeita instalou-se. Os soldados, com medo de que algum dos prisioneiros fugisse a nado, resolveram matá-los. O centurião, porém, impôs-se e confiou em todos. Ordenou aos que sabiam nadar que alcançassem a terra a nado, enquanto que os outros passariam sobre pranchas ou sobre os destroços do barco. Tendo chegado todos a terra, só ali souberam que se tratava da ilha de Malta. Os naturais, ao verem-nos  chegar sob chuva e frio, acolheram-nos ao redor de uma grande fogueira e com uma “amabilidade fora do comum”. Paulo fez-se colaborante e juntou mais lenha seca para lançar à fogueira. Eis senão quando, o calor fez saltar uma víbora que se enroscou na sua mão. Ao verem tal ocorrência, ficaram boquiabertos e disseram uns aos outros: «Com certeza, esse homem é assassino, pois conseguiu salvar-se do mar, mas a justiça divina não o deixa viver». Expectantes, ficaram à espera que Paulo caísse ali morto. No entanto, porque nada de anormal lhe acontecia, começaram a dizer que ele era um deus, salvara-se do veneno da víbora. O maioral da ilha, Públio, que tinha o pai acamado, recebeu-os durante três dias, hospedando-os de forma muito cordial. Paulo foi ver o doente e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e curou-o, como também curou todos os outros doentes da ilha e a todos anunciou o Evangelho. “Eles, por sua vez, cumularam-nos de honras e, na altura da partida, proveram-nos do que era necessário” (cf. At 27, 1-44; 28, 1-10). Ao longo da sua história, esta ilha de Malta foi terra de cartagineses, romanos, bizantinos, árabes, normandos, aragoneses, suevos, cavaleiros da Ordem de São João, franceses e britânicos. Hoje é uma nação independente e membro da União europeia. A fé cristã está aí profundamente enraizada. O facto de ali se cruzarem muitas culturas e saberes, muitos migrantes e homens de negócios, fez desta gente um povo muito aberto e hospitaleiro. A própria variedade de igrejas cristãs que aí existe – são doze - fez de Malta um “vibrante cenário ecuménico”.

Os materiais de apoio à oração pessoal e comunitária para este oitavário mundial de Oração pela Unidade dos Cristãos, oitavário que vai do dia 18 ao dia 25 de janeiro, festa litúrgica de São Paulo, foram preparados pelas Igrejas cristãs de Malta. São inspirados no texto dos Atos dos Apóstolos que acima resumi e sob o lema: “Trataram-nos com uma amabilidade fora do comum” (At 28,2). No entanto, a providência divina continuará a servir-se de quem se sinta irmão e solidário, e ajude a destruir os muros que dividem e os preconceitos que segregam; de quem, com fé, saiba atirar com a carga ao mar, isto é, se converta e reconcilie, libertando-se da indiferença e quejandos; de quem se sinta arauto da esperança, sem medo, como Paulo, e anuncie coragem e confiança em Deus que nos ama; de quem pratique a hospitalidade como os habitantes de Malta e a todos reúna à volta da fogueira do amor; de quem promova a cultura do encontro para fazer crescer a unidade entre todas as Igrejas cristãs, sem medo nem olhar vesgo; de quem reze para que todos sejam um. É dando que se recebe.

Antonino Dias Portalegre-Castelo Branco, 17-01-2020.



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