PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta,
10 de janeiro de 2020
Sexta depois da
Epifania
SEXTA-FEIRA
depois da Epifania
B. Gonçalo de Amarante, presbítero
– MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 5, 5-13; Sal 147, 12-13. 14-15. 19-20
Ev Lc 5, 12-16
* Na Diocese do Porto – B. Gonçalo de Amarante – MO
* Na Ordem Beneditina – B. Gonçalo de Amarante – MF; S. Gregório de Nissa, bispo – MF
* Na Ordem de Cister – S. Gregório de Nissa, bispo – MF; S. Guilherme de Bourges, bispo – MF
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Gregório de Nissa, bispo – MF
* Na Ordem de São Domingos – B. Gonçalo de Amarante, presbítero – MO
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 5, 5-13; Sal 147, 12-13. 14-15. 19-20
Ev Lc 5, 12-16
* Na Diocese do Porto – B. Gonçalo de Amarante – MO
* Na Ordem Beneditina – B. Gonçalo de Amarante – MF; S. Gregório de Nissa, bispo – MF
* Na Ordem de Cister – S. Gregório de Nissa, bispo – MF; S. Guilherme de Bourges, bispo – MF
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Gregório de Nissa, bispo – MF
* Na Ordem de São Domingos – B. Gonçalo de Amarante, presbítero – MO
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 111, 4
Brilhou uma luz nas trevas para os homens de coração recto:
o Senhor misericordioso, compassivo e justo.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Deus omnipotente, que o nascimento do Salvador do mundo, revelado aos Magos por meio de uma estrela, se manifeste e cresça em nosso espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 5-13
«O Espírito, a água e o sangue»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Brilhou uma luz nas trevas para os homens de coração recto:
o Senhor misericordioso, compassivo e justo.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Deus omnipotente, que o nascimento do Salvador do mundo, revelado aos Magos por meio de uma estrela, se manifeste e cresça em nosso espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 5-13
«O Espírito, a água e o sangue»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus? Este é O que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo; não só com a água, mas com a água e o sangue. É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. São três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue; e os três estão de acordo. Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior, porque o testemunho de Deus consiste naquele que Ele deu de seu Filho. Quem acredita no Filho de Deus tem em si mesmo este testemunho. Quem não acredita em Deus considera-O um mentiroso, porque não acredita no testemunho dado por Deus acerca de seu Filho. E o testemunho é este: Deus deu-nos a vida eterna e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida, quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Escrevo-vos estas coisas, para saberdes que tendes a vida eterna, vós que acreditais no nome do Filho de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 147, 12-13.14-15.19-20
Refrão: Jerusalém, louva o teu Senhor. Repete-se
Glorifica, Jerusalém, o Senhor,
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos. Refrão
Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor da farinha.
Envia à terra a sua palavra,
corre veloz a sua mensagem. Refrão
Revelou a sua palavra a Jacob,
suas leis e preceitos a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
a nenhum outro manifestou os seus juízos. Refrão
ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão
EVANGELHO Lc 5, 12-16
«Imediatamente a lepra o deixou»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, estando Jesus em certa cidade, apareceu um homem cheio de lepra. Ao ver Jesus, caiu de rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se quiseres, podes curar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Eu quero; fica curado». E imediatamente a lepra o deixou. Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse, mas acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Cada vez se divulgava mais a fama de Jesus e reuniam-se grandes multidões para O ouvirem e serem curados dos seus males. Mas Jesus costumava retirar-Se em lugares desertos para orar.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba nestes santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Jo 4, 9
Deus manifestou o seu amor por nós:
enviou ao mundo o seu Filho Unigénito
para que n’Ele tenhamos a vida.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que pela participação neste sacramento vindes ao nosso encontro, fazei-nos sentir os seus frutos de santidade, para que o dom recebido nos disponha a recebê-lo cada vez melhor. Por Nosso Senhor.
«A
humildade é o espaço do amor»
São Paulo VI
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
1 Jo 5, 5-13: Na
água e no sangue saindo do lado do Senhor morto na Cruz viu a tradição cristã,
que o Concílio de algum modo assumiu (SC 5), o sinal dos sacramentos do
Baptismo e da Eucaristia. Os Sacramentos, pela ação do Espírito Santo, dão
testemunho de que Deus comunica a sua vida, por Cristo, à Igreja, e assim
alimenta nela a fé.
Lc 5, 12-16: As
ações prodigiosas que Jesus faz no meio do povo, como as curas, são também
“sinais” que O manifestam como o Enviado de Deus, o Messias, como Cristo. Deste
modo, as celebrações deste tempo do Natal, sobretudo nestes dias que se seguem
à Epifania, levam-nos a aprofundar o mistério de Jesus de Nazaré, para
reconhecermos, cada vez mais, que Ele é o “Cristo”, o Messias, o Filho de Deus
que o Pai enviou ao meio dos homens para Lh’O revelar e os conduzir até Si. A
fé cristã consiste em reconhecer que Jesus de Nazaré é o Cristo; por isso, ela
se exprime confessando-O o “Senhor Jesus Cristo”.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa
em Nisa
A VOZ DO PASTOR
O BALANÇO DE ALGUNS
BALANCETES!...
"O Planeta grita aqui-d’ el-rei!... a sociedade está terrivelmente
doente!... eu estou muitíssimo mal!... Deus não existe ou morreu!..."
Ena, pá, que tanta desgraça desgraçada
no sótão de alguma gente! Tanto balancete a pingar
masoquismo e sem rasgar qualquer horizonte que faça sorrir e gargalhar, coisa
tão urgente quão necessária! Será que em certos diagnósticos ainda restará
alguém para apagar a luz, acravelhar o postigo e taramelar a porta?...
Discordamos dessas carpideiras de Deus e pessimistas catastróficos!
Auguramos que o novo ano ajude a içar esses ânimos bem lá nas alturas, traga
mais vida e vida renovada. Deus não morreu, não senhor, com grande desgosto
para quem sempre se ajanota para ocupar o Seu lugar. Os céus e a terra
proclamam eternamente a Sua presença, a Sua glória, o Seu poder e a Sua
majestade. A sociedade, porém, apesar dos seus achaques e dores de cotovelo, também
não está tão mal como a desenham e pintam, a barca de Caronte ainda não se
avista. Tais fazedores de opinião, pelo que sei e suponho, também não estão de
pés pra a cova. No entanto, a quem se sente muito deprimido e a esgueirar-se
pelo buraco de ozono adentro, aconselho a que não cruze os braços, não deixe de
fazer o que deve, separe os lixos que são muitos e de variada espécie, e, mesmo
sem receita médica, será bom tomar uns fármacos prodigiosos e à mão de semear.
Não são mezinhas, não. Não têm efeitos secundários e a posologia é fácil. Além
do mais são gentilmente oferecidos. Devem tomar-se todos os dias e em doses
suficientes. Sim, nem de mais nem de menos para não provocarem tontices, mas
assim como quem deita sal na comida para dar sabor à vida.
Mas então de que terapias se trata? Trata-se da fé que nos ampara, da
esperança que nos anima, da caridade que nos compromete. Trata-se de sermos
cireneus uns dos outros por entre os ziguezagues, curvas e contracurvas da
vida. Com todas essas provisões na sacola, com feliz curiosidade e orientados
pela estrela, também nós vamos ao encontro do Menino de Belém que veio para que
vivêssemos na alegria e a nossa alegria fosse verdadeira e completa. Vamos
conduzidos pela luz da fé, uma luz muito mais forte que a luz das estrelas.
Vamos animados e confortados pela esperança do encontro com Deus que é amor,
que é rico em misericórdia, nos toca no ombro, nos olha, sorri e abraça com
abraço de partir costela. E, se, porventura, tirarmos mal os azimutes, se, confiando
demasiadamente em nós próprios, nos perdermos pelo caminho ou o caminho for
demasiadamente difícil de trepar, insistiremos em ligar ao pronto socorro, ao
Espírito Santo que logo nos servirá de gps ou faremos como os Magos:
perguntaremos a quem saiba, nos possa e queira ajudar. Com Einstein, também nós
afirmamos que “o cristianismo salva e eleva o nosso espírito. As suas palavras
estão impregnadas de sabedoria divina e os seus ensinamentos são os mais
valiosos que o espírito humano atingiu”.
O verdadeiro encontro com
Jesus é fascinante, os Seus desafios são excelentes, o que disse e fez
apaixona, as reações humanas, porém, são muito diferentes e, algumas, mesmo
muito engraçadas. Sem perder tempo, já no caminho, mesmo às portas ou já dentro
da Igreja, ouviremos as vozes de quem se sente frustrado porque, naquele
encontro, sentiu desafios que não gostou de sentir. Desafios que não sintonizam
bem com os seus gostos acomodados e posição social pouco linear e light.
Desafios que, porque lhe causam mossa, dá-lhe vontade de lhes torcer o pescoço,
os manipular ou suprimir. Eles obrigam a respeitar a vida desde a conceção à
morte natural; exortam a pisgar-se dos vícios e quejandos; proíbem que alguém
abrace amorosamente os cargos públicos ou similares para consolar e almofadar
os bolsos; não pactuam com fraudes bancárias ou outras; pedem responsabilidade
individual, familiar, profissional e social; desaconselham as ruturas
matrimoniais só porque lhes dá na gana e apesar do sofrimento que sempre causam,
sobretudo aos filhos; apelam à solidariedade, à transparência e honestidade;
mandam ter em muita atenção os outros....
Uf!...que chatice chata!... Reclamam transformação interior e não há
determinação para isso, mesmo que se reconheçam como princípios ideais e
fomentem a alegria e a paz. André Malraux, no seu ego, exprimiu-se assim: “Há
certamente, uma fé superior. É a que tem cruzes nas aldeias. Ela é amor e nela
se encontra a paz. Mas eu não a aceitarei nem me rebaixarei para lhe pedir a tranquilidade
que a minha fragilidade exige”.
Outros haverá que abandonam a fé porque dizem que a fé impede de
saborear o que a sociedade oferece e as leis consideram aceitável, como se a
verdade dependesse de maiorias parlamentares ou de outras, ou de si próprios.
Ou então, também está na moda dizer-se que acreditar em Deus é ser retrogrado,
ficando ufanos e cheios de nove horas por serem considerados progressistas, num
conceito de progresso mui dúbio e discutível, de fazer rir, talvez chorar! Alguns
outros, para se manifestarem superiores ou abalarem sub-repticiamente, invocam
o fraco testemunho dos cristãos. É verdade que o há e não deveria haver, mas
entendo que são desculpas de mau pagador. Isso não deve levar ninguém a
afastar-se, deve levar, isso sim, a não cair nos mesmos erros e a ser
diferente, para melhor, e a tentar ajudar quem age mal ou menos bem. Comungo do
que Martín Descalzo escreveu: “Amo com maior intensidade a Igreja porque é
imperfeita. Não é que goste das suas imperfeições, mas penso que sem elas há
muito tempo que dela me teria expulso. Ao fim e ao cabo, a Igreja é medíocre
porque está formada por gente como nós, como tu e como eu. E é isto que, em
resumo, nos permite continuar nela”.
Com o máximo respeito por todos e sabendo que Deus a todos convida e por
todos nasceu em Belém, formulamos votos para que, ao longo deste novo ano, os
crentes testemunhem verdadeiramente o grande dom da fé. E os não crentes sejam
surpreendidos no seu caminho de Damasco e possam perguntar, curiosos como
Paulo: “quem és tu, Senhor?”; ou possam reconhecer e professar, contritos como
Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Como graciosamente referiu Newman aos seus amigos, para entrar nesta
Igreja, não é preciso cortar a cabeça, basta tirar o chapéu! Não perante os
homens, claro está. Mas perante Deus que nos respeita, sustenta e ama, sem Se
insinuar nem dar nas vistas, mas levando-nos a ver e a sentir com os olhos e os
ouvidos do coração.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 2020-01-03.
Sem comentários:
Enviar um comentário