quinta-feira, 23 de janeiro de 2020






PARÓQUIAS DE NISA



Sexta, 24 de janeiro de 2020









Sexta-feira da II semana do tempo comum





SEXTA-FEIRA da semana II
S. Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 1 Sam 24, 3-21; Sal 56 (57), 2. 3-4. 6 e 11
Ev Mc 3, 13-19

* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – S. Francisco de Sales – SOLENIDADE
* Na Congregação Salesiana – S. Francisco de Sales, Titular e Padroeiro da Família Salesiana – FESTA
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. Francisco de Sales, Padroeiro do Instituto – FESTA
* 7º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. da Conversão de S. Paulo.




S. FRANCISCO DE SALES, bispo e doutor da Igreja

Nota Histórica
Nasceu na Sabóia no ano 1567. Ordenado sacerdote, trabalhou muito pela restauração da fé católica na sua pátria. Eleito bispo de Genebra, mostrou-se verdadeiro pastor do clero e dos fiéis, instruindo-os com os seus escritos e obras, feito modelo para todos. Morreu em Lião a 28 de Dezembro de 1622, mas foi sepultado definitivamente em Annecy a 24 de Janeiro do ano seguinte.

MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 3, 15
Eu vos darei pastores segundo o meu coração,
que vos apascentem com sabedoria e prudência.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que, para a salvação das almas, quisestes que São Francisco de Sales se fizesse tudo para todos, concedei-nos que, seguindo o seu exemplo, dêmos testemunho do vosso amor ao serviço dos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Sam 24, 3-21
«Não levantarei a mão contra ele, porque é o ungido do Senhor»


Leitura do Primeiro Livro de Samuel

Naqueles dias, Saul tomou consigo três mil homens escolhidos de todo o Israel e foi à procura de David e da sua gente, junto ao Rochedo-dos-Cabritos-Monteses. Chegou a uns currais de ovelhas que se encontram à beira do caminho e entrou numa gruta para satisfazer uma necessidade. David e os seus homens estavam sentados ao fundo da gruta. Os seus homens disseram-lhe: «Hoje é o dia em que o Senhor te diz: ‘Entrego-te nas mãos o teu inimigo: faz dele o que quiseres’». David levantou-se e, sem ser pressentido, cortou um pedaço da orla do manto de Saul. Mas depois, David sentiu o coração a bater forte por ter cortado um pedaço da orla do manto de Saul. Disse então aos seus homens: «O Senhor me livre de fazer ao meu soberano uma coisa dessas, de levantar a mão contra ele, porque é o ungido do Senhor». Com estas palavras, David conteve os seus homens e não os deixou atacar Saul. Saul abandonou a gruta e seguiu o seu caminho. Então David levantou-se, saiu da gruta e gritou a Saul: «Senhor, meu rei!». Saul olhou para trás e David inclinou a face até ao chão e prostrou-se. Depois David falou a Saul: «Porque dás ouvidos àqueles que te dizem: ‘David quer fazer-te mal’? Hoje viste com os teus próprios olhos como o Senhor te entregou em minhas mãos, dentro da gruta, e como eu te poupei, recusando matar-te. Eu disse: Não levantarei a mão contra o meu soberano, porque ele é o ungido do Senhor. Meu pai, vê na minha mão um pedaço do teu manto. Se cortei a orla do teu manto e não te matei, deves reconhecer que em mim não há maldade nem traição. Enquanto atentas contra mim, para me tirares a vida, eu não pratiquei qualquer falta contra ti. O Senhor seja nosso juiz, Ele me faça justiça contra ti; mas eu não porei em ti as minhas mãos. Como diz o antigo ditado: ‘Dos maus vem a maldade’; por isso não porei em ti as minhas mãos. Contra quem se pôs em campo o rei de Israel? Quem é que tu persegues? Um cão morto? Uma pulga? Seja o Senhor o juiz e decida entre nós; Ele examine e defenda a minha causa, me faça justiça e me livre das tuas mãos». Quando David acabou de dizer estas palavras, Saul perguntou: «És realmente tu que estás a falar, meu filho David?». E, em altos brados, começou a chorar. Depois disse a David: «Tu és mais justo do que eu, porque me tens feito bem e eu tenho-te feito mal. Hoje mostraste a tua bondade para comigo, pois o Senhor entregou-me nas tuas mãos e tu não quiseste matar-me. Quando um homem encontra o seu inimigo, porventura o deixa seguir em paz o seu caminho? O Senhor te recompense pelo bem que hoje me fizeste. Agora sei que certamente serás rei e que o poder real em Israel ficará consolidado em tuas mãos».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 56 (57), 2.3-4.6 e 11 (R. 2a)
Refrão: Tende piedade de mim, Senhor, tende piedade de mim. Repete-se

Tende piedade de mim, ó Deus, tende piedade,
porque em Vós eu procuro refúgio
e me abrigo à sombra das vossas asas,
até que passe a tormenta. Refrão

Clamo ao Deus Altíssimo,
a Deus que me enche de benefícios.
Do Céu me enviará a salvação,
Deus me enviará a sua bondade e fidelidade. Refrão

Meu Deus, revelai nas alturas a vossa grandeza
e sobre a terra fazei brilhar a vossa glória,
porque aos céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade. Refrão


ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia. Repete-se
Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão


EVANGELHO Mc 3, 13-19
«Chamou à sua presença aqueles que entendeu»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que entendeu e eles aproximaram-se. Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar a pregar, com poder de expulsar demónios. Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu e Judas Iscariotes, que depois O traiu.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício que Vos oferecemos, acendei em nós, Senhor, o fogo do Espírito Santo que abrasava o coração manso e humilde de São Francisco de Sales. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Por esta comunhão do vosso sacramento, concedei-nos, Senhor, que, imitando na terra a caridade e a mansidão de São Francisco de Sales, alcancemos também com ele a glória do Céu. Por Nosso Senhor.





«O mundo julga pelas aparências e quase sempre se engana»


São João XXIII





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 1 Sam 24, 3-21: Embora perseguido de morte por Saul, David não se aproveitou da ocasião que teve de se desembaraçar dele, mas evitou tal ocasião, tendo sobretudo em conta que Saul fora escolhido pelo Senhor para rei e, como tal, havia sido ungido pelo profeta de Deus. O sentido religioso daquela unção estava acima de todos os sentimentos que a vingança lhe poderia ter inspirado. Ela significava uma ação divina, contra a qual não se devia levantar nenhuma acção humana.

Mc 3, 13-19: Jesus rodeia-Se de Doze Apóstolos, os futuros pastores do povo de Deus, como, no antigo Israel, as tribos desse povo eram também em número de doze. É Jesus quem os escolhe, porque é Ele quem está na origem do povo da nova Aliança. Aos Doze Jesus comunica o seu poder sobre o reino demoníaco do mal, para que o seu triunfo pascal esteja sempre presente entre os homens, na Igreja, por meio deles, que hoje se continuam no Colégio ou Ordem dos Bispos..




AGENDA DO DIA



18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa - Espírito Santo
19.00 horas: Encontro de acólitos.






A VOZ DO PASTOR


NEM O MAR OS ENGOLIU NEM A VÍBORA O MATOU

Eram 276 pessoas que seguiam a bordo do navio. Entre eles, Paulo e outros prisioneiros. O mar e os ventos mostravam-se assanhados e Paulo deu um conselho: «Meus amigos, eu vejo que a travessia não pode ser levada a cabo sem risco e graves prejuízos, tanto para a carga e para o barco, como também para as nossas vidas». Embora não fossem palavras loucas, eles fizeram orelhas moucas, e partiram. Não tardou que surgisse um vento ciclónico de tal ordem que os arrastou e fez andar à deriva. Açoitados pela tempestade, viram-se na necessidade de alijar a carga ao mar, inclusive os aparelhos do barco. Dado que nem o Sol nem as estrelas mostravam a sua graça e a tempestade não desarmava, afogou-se para eles toda a esperança de salvamento. No entanto, mesmo prisioneiro em direção a Roma, a missão de Deus continua a concretizar-se através de Paulo. Ele sente-se seguro nas mãos de Deus a quem pertence e serve. Como arauto da esperança e da paz, ergue-se no meio deles e exorta à coragem e à confiança: «Meus amigos, devíeis ter-me escutado e não largar de Creta. Isso ter-nos-ia poupado estes riscos e estes prejuízos. Seja como for, convido-vos a ter coragem, pois ninguém perderá a vida aqui, apenas o barco se vai perder. Esta noite, apareceu-me um Anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, e disse-me: ‘Nada receies, Paulo. É necessário que compareças diante de César e, por isso, Deus concedeu-te a vida de todos quantos navegam contigo.’ Portanto, coragem, meus amigos, pois tenho confiança em Deus que tudo sucederá como me foi dito. Contudo, temos de encalhar numa ilha». Pelo meio da noite, os marinheiros, suspeitando que estavam perto de alguma terra, lançaram as âncoras e esperaram o dia. Alguns deles, finos em jeito de chico esperto, logo procuraram fugir do barco e, sorrateiramente, já tinham deitado o escaler ao mar. Paulo apercebeu-se da marosca e disse ao centurião e aos soldados: «Se esses homens não ficarem no barco, não podereis salvar-vos». Então, os soldados cortaram as amarras do escaler e deixaram-no cair. 

Enquanto esperavam pelo dia, Paulo voltou a tranquilizar o pessoal e aconselhou a que tomassem algum alimento, voltando a garantir-lhes que nenhum deles perderia “um só cabelo da cabeça.». Eram ao todo duzentas e setenta e seis pessoas no barco. Quando o dia surgiu, não reconheceram a terra que se avistava. Soltaram as âncoras, afrouxaram as cordas dos lemes, içaram ao vento a vela da frente e seguiram rumo à praia, mas  o navio encalhou. A proa manteve-se firme, mas a popa foi-se desconjuntando com a força das vagas. O medo, a desconfiança e a suspeita instalou-se. Os soldados, com medo de que algum dos prisioneiros fugisse a nado, resolveram matá-los. O centurião, porém, impôs-se e confiou em todos. Ordenou aos que sabiam nadar que alcançassem a terra a nado, enquanto que os outros passariam sobre pranchas ou sobre os destroços do barco. Tendo chegado todos a terra, só ali souberam que se tratava da ilha de Malta. Os naturais, ao verem-nos  chegar sob chuva e frio, acolheram-nos ao redor de uma grande fogueira e com uma “amabilidade fora do comum”. Paulo fez-se colaborante e juntou mais lenha seca para lançar à fogueira. Eis senão quando, o calor fez saltar uma víbora que se enroscou na sua mão. Ao verem tal ocorrência, ficaram boquiabertos e disseram uns aos outros: «Com certeza, esse homem é assassino, pois conseguiu salvar-se do mar, mas a justiça divina não o deixa viver». Expectantes, ficaram à espera que Paulo caísse ali morto. No entanto, porque nada de anormal lhe acontecia, começaram a dizer que ele era um deus, salvara-se do veneno da víbora. O maioral da ilha, Públio, que tinha o pai acamado, recebeu-os durante três dias, hospedando-os de forma muito cordial. Paulo foi ver o doente e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e curou-o, como também curou todos os outros doentes da ilha e a todos anunciou o Evangelho. “Eles, por sua vez, cumularam-nos de honras e, na altura da partida, proveram-nos do que era necessário” (cf. At 27, 1-44; 28, 1-10). Ao longo da sua história, esta ilha de Malta foi terra de cartagineses, romanos, bizantinos, árabes, normandos, aragoneses, suevos, cavaleiros da Ordem de São João, franceses e britânicos. Hoje é uma nação independente e membro da União europeia. A fé cristã está aí profundamente enraizada. O facto de ali se cruzarem muitas culturas e saberes, muitos migrantes e homens de negócios, fez desta gente um povo muito aberto e hospitaleiro. A própria variedade de igrejas cristãs que aí existe – são doze - fez de Malta um “vibrante cenário ecuménico”.

Os materiais de apoio à oração pessoal e comunitária para este oitavário mundial de Oração pela Unidade dos Cristãos, oitavário que vai do dia 18 ao dia 25 de janeiro, festa litúrgica de São Paulo, foram preparados pelas Igrejas cristãs de Malta. São inspirados no texto dos Atos dos Apóstolos que acima resumi e sob o lema: “Trataram-nos com uma amabilidade fora do comum” (At 28,2). No entanto, a providência divina continuará a servir-se de quem se sinta irmão e solidário, e ajude a destruir os muros que dividem e os preconceitos que segregam; de quem, com fé, saiba atirar com a carga ao mar, isto é, se converta e reconcilie, libertando-se da indiferença e quejandos; de quem se sinta arauto da esperança, sem medo, como Paulo, e anuncie coragem e confiança em Deus que nos ama; de quem pratique a hospitalidade como os habitantes de Malta e a todos reúna à volta da fogueira do amor; de quem promova a cultura do encontro para fazer crescer a unidade entre todas as Igrejas cristãs, sem medo nem olhar vesgo; de quem reze para que todos sejam um. É dando que se recebe.

Antonino Dias Portalegre-Castelo Branco, 17-01-2020,


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