PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
07 de janeiro de 2020
Terça-feira depois da
Epifania
TERÇA-FEIRA
depois da Epifania
S. Raimundo de Penaforte,
presbítero – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 4, 7-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8
Ev Mc 6, 34-44
* Na Ordem de São Domingos – S. Raimundo de Penaforte, presbítero – MO
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Lindalva Justo de Oliveira, virgem e mártir – MO
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 117,
26-27
Bendito o que vem em nome do Senhor.
O Senhor fez brilhar sobre nós a sua luz.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente, cujo Filho Unigénito Se manifestou aos homens na realidade da nossa natureza, concedei-nos que, reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós, sejamos por Ele interiormente renovados. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 4, 7-10
«Deus é amor»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Bendito o que vem em nome do Senhor.
O Senhor fez brilhar sobre nós a sua luz.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente, cujo Filho Unigénito Se manifestou aos homens na realidade da nossa natureza, concedei-nos que, reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós, sejamos por Ele interiormente renovados. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 4, 7-10
«Deus é amor»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste o seu amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e nos enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72), 2.3-4ab.7-8. (R. cf. 11)
Refrão: Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra. Refrão
Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão
Os montes trarão a paz ao povo
e as colinas a justiça.
Ele fará justiça aos humildes
e salvará os indigentes. Refrão
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra. Refrão
ALELUIA Lc 4, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
a proclamar aos cativos a redenção. Refrão
EVANGELHO Mc 6, 34-44
Ao multiplicar os pães, Jesus manifestou-Se como profeta
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou então a ensiná-los demoradamente. Como a hora ia já muito adiantada, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «O local é deserto e a hora já vai adiantada. Manda-os embora, para irem aos casais e aldeias mais próximas comprar de comer». Jesus respondeu-lhes: «Dai-lhes vós mesmos de comer». Disseram-Lhe eles: «Havemos de ir comprar duzentos denários de pão, para lhes darmos de comer?» Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes? Ide ver». Eles foram verificar e responderam: «Temos cinco pães e dois peixes». Ordenou-lhes então que os fizessem sentar a todos, por grupos, sobre a verde relva. Eles sentaram-se, repartindo-se em grupos de cem e de cinquenta. Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e pronunciou a bênção. Depois partiu os pães e foi-os dando aos discípulos, para que eles os distribuíssem. Repartiu por todos também os peixes. Todos comeram até ficarem saciados; e encheram ainda doze cestos com os pedaços de pão e de peixe. Os que comeram dos pães eram cinco mil homens.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba nestes santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Ef 2, 4; Rom 8, 3
Deus amou-nos com amor infinito.
Por isso enviou o seu Filho ao mundo
com uma natureza semelhante à do homem pecador.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que, pela participação neste sacramento, vindes ao nosso encontro, fazei-nos sentir os seus frutos de santidade, para que o dom recebido nos disponha a recebê-lo cada vez melhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Como
habitualmente organizarei hoje meu programa. Talvez que não o siga
exatamente, mas o organizá-lo-ei. Tomarei cuidado com dois
defeitos: a pressa e a indecisão. »
Papa S. João XXIII
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Mc 6, 34-44: Estamos
no tempo da Epifania, da Manifestação do Senhor, isto é, das manifestações de
Jesus que O revelam como Filho de Deus e Deus Ele mesmo. Hoje Jesus
manifesta-Se Senhor da própria natureza, cujas leis estão nas suas mãos;
manifesta-Se como o novo Moisés, ao alimentar o povo no deserto, ao ter
compaixão das multidões, guiando-as como Pastor e instruindo-as como Mestre.
Mc 6, 34-44: Estamos
no tempo da Epifania, da Manifestação do Senhor, isto é, das manifestações de
Jesus que O revelam como Filho de Deus e Deus Ele mesmo. Hoje Jesus
manifesta-Se Senhor da própria natureza, cujas leis estão nas suas mãos;
manifesta-Se como o novo Moisés, ao alimentar o povo no deserto, ao ter
compaixão das multidões, guiando-as como Pastor e instruindo-as como Mestre.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa
em Alpalhão
18.00 horas: Missa
em Nisa.
A VOZ DO PASTOR
O BALANÇO DE ALGUNS
BALANCETES!...
"O Planeta grita aqui-d’ el-rei!... a sociedade está terrivelmente
doente!... eu estou muitíssimo mal!... Deus não existe ou morreu!..."
Ena, pá, que tanta desgraça desgraçada
no sótão de alguma gente! Tanto balancete a pingar
masoquismo e sem rasgar qualquer horizonte que faça sorrir e gargalhar, coisa
tão urgente quão necessária! Será que em certos diagnósticos ainda restará
alguém para apagar a luz, acravelhar o postigo e taramelar a porta?...
Discordamos dessas carpideiras de
Deus e pessimistas catastróficos! Auguramos que o novo ano ajude a içar esses
ânimos bem lá nas alturas, traga mais vida e vida renovada. Deus não morreu,
não senhor, com grande desgosto para quem sempre se ajanota para ocupar o Seu
lugar. Os céus e a terra proclamam eternamente a Sua presença, a Sua glória, o
Seu poder e a Sua majestade. A sociedade, porém, apesar dos seus achaques e
dores de cotovelo, também não está tão mal como a desenham e pintam, a barca de
Caronte ainda não se avista. Tais fazedores de opinião, pelo que sei e suponho,
também não estão de pés pra a cova. No entanto, a quem se sente muito deprimido
e a esgueirar-se pelo buraco de ozono adentro, aconselho a que não cruze os
braços, não deixe de fazer o que deve, separe os lixos que são muitos e de
variada espécie, e, mesmo sem receita médica, será bom tomar uns fármacos
prodigiosos e à mão de semear. Não são mezinhas, não. Não têm efeitos
secundários e a posologia é fácil. Além do mais são gentilmente oferecidos.
Devem tomar-se todos os dias e em doses suficientes. Sim, nem de mais nem de
menos para não provocarem tontices, mas assim como quem deita sal na comida
para dar sabor à vida.
Mas então de que terapias se trata? Trata-se da fé que nos ampara, da
esperança que nos anima, da caridade que nos compromete. Trata-se de sermos
cireneus uns dos outros por entre os ziguezagues, curvas e contracurvas da
vida. Com todas essas provisões na sacola, com feliz curiosidade e orientados
pela estrela, também nós vamos ao encontro do Menino de Belém que veio para que
vivêssemos na alegria e a nossa alegria fosse verdadeira e completa. Vamos
conduzidos pela luz da fé, uma luz muito mais forte que a luz das estrelas.
Vamos animados e confortados pela esperança do encontro com Deus que é amor,
que é rico em misericórdia, nos toca no ombro, nos olha, sorri e abraça com
abraço de partir costela. E, se, porventura, tirarmos mal os azimutes, se,
confiando demasiadamente em nós próprios, nos perdermos pelo caminho ou o
caminho for demasiadamente difícil de trepar, insistiremos em ligar ao pronto
socorro, ao Espírito Santo que logo nos servirá de gps ou faremos como os
Magos: perguntaremos a quem saiba, nos possa e queira ajudar. Com Einstein,
também nós afirmamos que “o cristianismo salva e eleva o nosso espírito. As
suas palavras estão impregnadas de sabedoria divina e os seus ensinamentos são
os mais valiosos que o espírito humano atingiu”.
O verdadeiro encontro com Jesus é fascinante, os Seus desafios são
excelentes, o que disse e fez apaixona, as reações humanas, porém, são muito
diferentes e, algumas, mesmo muito engraçadas. Sem perder tempo, já no caminho,
mesmo às portas ou já dentro da Igreja, ouviremos as vozes de quem se sente
frustrado porque, naquele encontro, sentiu desafios que não gostou de sentir.
Desafios que não sintonizam bem com os seus gostos acomodados e posição social
pouco linear e light. Desafios que, porque lhe causam mossa, dá-lhe vontade de
lhes torcer o pescoço, os manipular ou suprimir. Eles obrigam a respeitar a
vida desde a conceção à morte natural; exortam a pisgar-se dos vícios e
quejandos; proíbem que alguém abrace amorosamente os cargos públicos ou
similares para consolar e almofadar os bolsos; não pactuam com fraudes
bancárias ou outras; pedem responsabilidade individual, familiar, profissional
e social; desaconselham as ruturas matrimoniais só porque lhes dá na gana e
apesar do sofrimento que sempre causam, sobretudo aos filhos; apelam à
solidariedade, à transparência e honestidade; mandam ter em muita atenção os
outros....
Uf!...que chatice chata!... Reclamam transformação interior e não há
determinação para isso, mesmo que se reconheçam como princípios ideais e
fomentem a alegria e a paz. André Malraux, no seu ego, exprimiu-se assim: “Há
certamente, uma fé superior. É a que tem cruzes nas aldeias. Ela é amor e nela
se encontra a paz. Mas eu não a aceitarei nem me rebaixarei para lhe pedir a
tranquilidade que a minha fragilidade exige”.
Outros haverá que abandonam a fé porque dizem que a fé impede de
saborear o que a sociedade oferece e as leis consideram aceitável, como se a
verdade dependesse de maiorias parlamentares ou de outras, ou de si próprios.
Ou então, também está na moda dizer-se que acreditar em Deus é ser retrogrado,
ficando ufanos e cheios de nove horas por serem considerados progressistas, num
conceito de progresso mui dúbio e discutível, de fazer rir, talvez chorar!
Alguns outros, para se manifestarem superiores ou abalarem sub-repticiamente,
invocam o fraco testemunho dos cristãos. É verdade que o há e não deveria
haver, mas entendo que são desculpas de mau pagador. Isso não deve levar
ninguém a afastar-se, deve levar, isso sim, a não cair nos mesmos erros e a ser
diferente, para melhor, e a tentar ajudar quem age mal ou menos bem. Comungo do
que Martín Descalzo escreveu: “Amo com maior intensidade a Igreja porque é
imperfeita. Não é que goste das suas imperfeições, mas penso que sem elas há
muito tempo que dela me teria expulso. Ao fim e ao cabo, a Igreja é medíocre
porque está formada por gente como nós, como tu e como eu. E é isto que, em
resumo, nos permite continuar nela”.
Com o máximo respeito por todos e sabendo que Deus a todos convida e por
todos nasceu em Belém, formulamos votos para que, ao longo deste novo ano, os
crentes testemunhem verdadeiramente o grande dom da fé. E os não crentes sejam
surpreendidos no seu caminho de Damasco e possam perguntar, curiosos como
Paulo: “quem és tu, Senhor?”; ou possam reconhecer e professar, contritos como
Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Como graciosamente referiu Newman aos seus amigos, para entrar nesta
Igreja, não é preciso cortar a cabeça, basta tirar o chapéu! Não perante os
homens, claro está. Mas perante Deus que nos respeita, sustenta e ama, sem Se
insinuar nem dar nas vistas, mas levando-nos a ver e a sentir com os olhos e os
ouvidos do coração.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 2020-01-03.
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