PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
20 de março de 2018
Terça da V semana da quaresma
TERÇA-FEIRA da
semana V
Roxo
– Ofício da féria.
Missa da féria, pf. I da Paixão.
Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese batismal na Quaresma.
Missa da féria, pf. I da Paixão.
Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese batismal na Quaresma.
L
1 Num 21, 4-9; Sal 101 (102), 2-3. 16-18. 19-21
Ev Jo 8, 21-30
Ev Jo 8, 21-30
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 26, 14
Confia no Senhor e sê forte.
Tem coragem e espera no Senhor.
ORAÇÃO
Senhor, concedei-nos a perseverança no fiel cumprimento da vossa vontade, para que, em nossos dias, aumente em mérito e em número, o povo dedicado ao vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Num 21, 4-9
«Todo aquele que for mordido e olhar para a serpente será curado»
Leitura do Livro dos Números
Confia no Senhor e sê forte.
Tem coragem e espera no Senhor.
ORAÇÃO
Senhor, concedei-nos a perseverança no fiel cumprimento da vossa vontade, para que, em nossos dias, aumente em mérito e em número, o povo dedicado ao vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Num 21, 4-9
«Todo aquele que for mordido e olhar para a serpente será curado»
Leitura do Livro dos Números
Naqueles dias, os filhos de Israel partiram do monte Hor para o Mar Vermelho, contornando a terra de Edom. No caminho o povo impacientou-se e falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizeste sair do Egipto, para morrermos neste deserto? Aqui não há pão nem água e já nos causa fastio este alimento miserável». Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas que mordiam nas pessoas e morreu muita gente de Israel. O povo dirigiu-se a Moisés, dizendo: «Pecámos, ao falar contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor, para que afaste de nós as serpentes». E Moisés intercedeu pelo povo. Então o Senhor disse a Moisés: «Faz uma serpente de bronze e coloca-a sobre um poste. Todo aquele que for mordido e olhar para ela ficará curado». Moisés fez uma serpente de bronze e fixou-a num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente, olhava para a serpente de bronze e ficava curado.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 101 (102), 2-3.16-18.19-21 (R. 2)
Refrão: Ouvi, Senhor, a minha oração,
chegue até Vós o meu clamor. Repete-se
Ouvi, Senhor, a minha oração
e chegue até Vós o meu clamor.
Não escondais o vosso rosto
no dia da minha aflição.
Inclinai para mim o vosso ouvido;
no dia em que chamar por Vós
respondei-me sem demora. Refrão
Os povos temerão, Senhor, o vosso nome,
todos os reis da terra a vossa glória.
Quando o Senhor reconstruir Sião
e manifestar a sua glória,
atenderá a súplica do infeliz
e não desprezará a sua oração. Refrão
Escreva-se tudo isto para as gerações vindouras
e o povo que se há-de formar louvará o Senhor.
Debruçou-Se do alto da sua morada,
lá do Céu o Senhor olhou para a terra,
para ouvir os gemidos dos cativos,
para libertar os condenados à morte. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo.
Quem O encontra viverá eternamente. Refrão
EVANGELHO Jo 8, 21-30
«Quando levantardes o Filho do homem,
então sabereis que ‘Eu sou’»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Eu vou partir. Haveis de procurar-Me e morrereis no vosso pecado. Vós não podeis ir para onde Eu vou». Diziam então os judeus: «Irá Ele matar-Se? Será por isso que Ele afirma: ‘Vós não podeis ir para onde Eu vou’?» Mas Jesus continuou, dizendo: «Vós sois cá de baixo, Eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, Eu não sou deste mundo. Ora Eu disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditardes que ‘Eu sou’, morrereis nos vossos pecados». Então perguntaram-Lhe: «Quem és Tu?» Respondeu-lhes Jesus: «Absolutamente aquilo que vos digo. Tenho muito que dizer e julgar a respeito de vós. Mas Aquele que Me enviou é verdadeiro e Eu comunico ao mundo o que Lhe ouvi». Eles não compreenderam que lhes falava do Pai. Disse-lhes então Jesus: «Quando levantardes o Filho do homem, então sabereis que ‘Eu sou’ e que por Mim nada faço, mas falo como o Pai Me ensinou. Aquele que Me enviou está comigo: não Me deixou só, porque Eu faço sempre o que é do seu agrado». Enquanto Jesus dizia estas palavras, muitos acreditaram n’Ele.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício de reconciliação, perdoai benignamente, Senhor, os nossos pecados e orientai os nossos corações no caminho da santidade e da paz. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Paixão do Senhor I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 12, 32
Quando Eu for levantado da terra,
atrairei tudo a Mim, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que, participando assidua¬mente nestes divinos mistérios, alcancemos as alegrias do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Temo
pelo meu país quando penso no Deus
que é justo e que a sua justiça
não dorme para sempre».
THOMAS JEFFERSON
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Num 21, 4-9: Na
leitura evangélica, Jesus vai fazer referência ao momento em que Ele será
“levantado”, isto é, “erguido” ou “exaltado” na Cruz. Será então que eles O hão
de reconhecer como o Enviado do Pai, fonte de salvação para quem para Ele olhar
com fé. Esta palavra do Evangelho atraiu esta outra passagem em que a serpente
de bronze, elevada no poste, se tornou para os filhos de Israel, mordidos pelas
serpentes venenosas, sinal de cura e salvação. Uma tradição popular, com origem
histórica, explica esta passagem.
Jo
8, 21-30: Jesus é a manifestação do Pai, mas é a sua manifestação
encarnada, a mais próxima do homem; mas também, por isso mesmo, é manifestação
que não será entendida da mesma maneira por todos. Tudo dependerá da fé ou da
falta da mesma com que os homens vão olhar para Ele. Assim, alguns chegarão a
dar-Lhe a morte, a “elevá-l´O”. A palavra tem dois sentidos, que se completam
um ao outro: será elevado na cruz, quando Lhe derem a morte: será, ao mesmo
tempo, esse o caminho por onde Ele será elevado, exaltado, mas agora na glória
do Pai. Será esse também o grande “sinal” por onde todos poderão reconhecer
quem Ele é e de onde veio.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida
AGENDA
18.00 horas: Missa em
Nisa
VOZ
DO PASTOR
DIA DO PAI EM DIA DE SÃO
JOSÉ
D. Antonino Dias, Bispo
de Portalegre-Castelo Branco
Filipe disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”.
Jesus respondeu: ”Há tanto tempo que estou no meio de vós e ainda não Me
conheces, Filipe? Quem Me viu, viu o Pai. Como é que me dizes: “mostra-nos o
Pai? Não acreditas que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai?” (Jo 14, 8-11).
“Mãe, mostra-nos o pai e isso no bastará”, dirão muitos filhos de
pai ausente, os filhos duma «sociedade sem pais». Hoje, porém, mercê duma vida
superocupada e a correr como quem foge à polícia, mesmo que os afazeres
familiares sejam compartilhados tanto pelo pai como pela mãe, a vida de muitas
mães também se tornou difícil, complexa e cansativa. É aquilo que é e nem
sempre aquilo que o próprio casal quis ou desejaria que fosse. Nestas
circunstâncias, também alguns filhos poderão implorar: “pai, mostra-nos a mãe e
isso nos bastará”. Se Jesus está no Pai e o Pai está n’Ele, se Jesus é o rosto
visível do Pai invisível, sempre presente, atual e atuante, em identificação e
comunhão total e eficaz com o Pai, entre nós, porém, os meramente humanos, nem
a mãe está no pai, nem o pai está na mãe. A presença da mãe não preenche a
ausência do pai, nem a presença do pai preenche a ausência da mãe. São homem e
mulher, cada um com a sua muito própria e específica missão e vocação de pai e
mãe. As suas pessoas e presença não se identificam, nem, para bem do todo que é
a família, a sua missão se deveria inverter ou fazer substituir. Mas hoje vamos
falar apenas do pai, celebramos o Dia do Pai, celebramos o dia litúrgico de São
José.
O que, em nossos dias, está em causa, não é tanto, como refere o
Papa Francisco, a “presença invasora do pai” como acontecia no passado. É, sim,
“a sua ausência”. Por vezes, “o pai está tão concentrado em si mesmo e no
próprio trabalho ou então nas próprias realizações individuais que até se
esquece da família”. Além disso, o “tempo cada vez maior que se dedica aos
meios de comunicação e à tecnologia da distração”, a maneira suspeitosa com que
se olha a autoridade, a forma como “os adultos são postos em discussão”, e eles
próprios “abandonam as certezas” e “não dão orientações seguras e bem
fundamentadas aos seus filhos”, tudo, tudo isso prejudica o processo adequado
de amadurecimento que as crianças precisam de fazer. “Deus coloca o pai na
família, para que, com as características preciosas da sua masculinidade,
esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores,
dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento:
quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se
sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando
ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar
o caminho”. Pai presente “não significa ser controlador, porque os pais
demasiado controladores aniquilam os filhos”. Por outro lado, alguns pais
“sentem-se inúteis ou desnecessários, mas a verdade é que os filhos têm
necessidade de encontrar um pai que os espera quando voltam dos seus fracassos.
Farão tudo para não o admitir, para não o revelar, mas precisam dele” também
para que não “deixem de ser crianças antes de tempo” (AL176-177).
De facto, é próprio da missão do pai ser, em comunhão com a esposa
com quem compartilha tarefas e abraça responsabilidades, ser grata referência
no seio da família pela sua forma de ser e estar, pela maneira como entusiasma
e louva, como brinca e adverte, pela segurança que sempre transmite, pela
empatia que o seu exemplo é capaz de gerar e estimular a crescerem com ele,
indo, se possível, ainda mais além. Muitas vezes, no mar da vida de crianças,
adolescentes, jovens e até adultos, as ondas batem forte demais, os ventos
sopram violentamente, o barco parece afundar-se, há silêncios sofridos, há
medos a precisarem de ser destronados, realidades simples que parecem fantasmas
monstruosos, há terramotos existenciais que abalam, destroem e fazem sofrer. No
meio de tudo isto, como será importante que o pai ajude a identificar a suave
brisa em que o Senhor se manifesta (1Reis 19, 11-13), que ajude a distinguir as
ondas dos ventos, os fantasmas da realidade, os terramotos do simples
estremecer, que ajude a bem discernir, com discrição, serenidade e segurança,
que aponte possíveis direções a seguir em liberdade, que ajude a rasgar amplas
estradas para a vida, incutindo alegria e esperança: “Coragem, não tenhas
medo!”.
A par, consciente da sua vocação e missão, o pai presente sabe
rezar em nome da família e pela família, sabe agradecer e louvar, sabe convidar
a família a louvar e a agradecer. Pelo seu natural testemunho de vida, faz
crescer a família em confiança no Senhor, no Senhor que lhe deu a graça de
partilhar a responsabilidade do seu lar, comunidade de vida e de amor. A
Sagrada Escritura apresenta-nos vários pais a pedir ao Senhor, com fé e
humildade, a cura dos seus filhos doentes. Jairo, por exemplo, um dos chefes da
sinagoga, caiu aos pés de Jesus a pedir-lhe com insistência: “A minha filha
está a morrer. Vem e põe as mãos sobre ela, para que sare e viva”. Jesus
acompanhou Jairo e restituiu-lhe a filha com saúde (Mc 5, 21-43). Em Cafarnaum,
um funcionário real cujo filho se encontrava gravemente doente, saiu ao
encontro de Jesus a pedir-lhe que o curasse: “Senhor, desce, antes que meu
filho morra”…”Podes ir que o teu filho está vivo”, o homem acreditou na Palavra
de Jesus, foi-se embora e encontrou o filho curado (Jo 4, 46-54). Outro pai
aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e implorou: “Senhor, tem piedade do meu
filho. Ele é epilético e tem ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo e
na água”. E Jesus curou o menino (Mt 17, 14-20).
Para além dos filhos, toda a sociedade lucra quando os pais
exercem bem a sua missão de pais, quando dão orientações seguras e bem
orientadas, quando transmitam modos, princípios e valores estruturantes da
vida, quando iniciam os seus filhos no bom exercício da cidadania civil e
eclesial, quando as funções entre pais e filhos não são invertidas nem
substituídas.
Antonino Dias
Isna de Oleiros, 16-03-2018.
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