PARÓQUIAS
DE NISA
Terça-feira,
06 de março de 2018
Terça da III semana da quaresma
SEGUNDA-FEIRA
da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 2 Reis 5, 1-15a; Sal 41 (42), 2-3; 42, 3. 4
Ev Lc 4, 24-30
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 2 Reis 5, 1-15a; Sal 41 (42), 2-3; 42, 3. 4
Ev Lc 4, 24-30
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 83, 3
A minha alma suspira pelos átrios do Senhor,
o meu coração e a minha carne exultam no Deus vivo.
ORAÇÃO
Purificai, Senhor, e protegei continuamente a vossa Igreja e, porque não pode salvar-se sem Vós, governai-a com a vossa providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª
«Havia muitos leprosos em Israel;
contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»
Leitura do Segundo Livro dos Reis
A minha alma suspira pelos átrios do Senhor,
o meu coração e a minha carne exultam no Deus vivo.
ORAÇÃO
Purificai, Senhor, e protegei continuamente a vossa Igreja e, porque não pode salvar-se sem Vós, governai-a com a vossa providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª
«Havia muitos leprosos em Israel;
contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamão desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra, senão em Israel».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2.3; 42 (43), 3.4 (R. Salmo 41, 3)
Refrão: A minha alma tem sede do Deus vivo:
quando verei a face do Senhor? Repete-se
Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
quando irei contemplar a face de Deus? Refrão
Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário. Refrão
E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 129 (130), 5.7
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra,
porque no Senhor está a misericórdia e a redenção. Refrão
EVANGELHO Lc 4, 24-30
Como Elias e Eliseu, Jesus não é enviado somente aos judeus
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Apresentamos, Senhor, estes dons sobre o vosso altar e humildemente Vos pedimos que os transformeis para nós em sacramento de salvação. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão deste sacramento nos purifique, Senhor, e nos confirme na unidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«É
inútil que te preocupes por muitas coisas se te faltar amor. É como coseres com
uma agulha sem linha».
JOSÉ MARIA ESCRIVÁ
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: 2
Reis 5, 1-15ª: Começa,
nesta semana, a preparação mais diretamente orientada para o Batismo dos
catecúmenos e para a renovação das promessas do Batismo dos já batizados, na Vigília
Pascal. A saúde restituída a um leproso por meio de simples banho no rio é
figura do Batismo, que, num gesto tão simples, é sacramento de uma graça
espiritual tão grande, que nele, de simples homens naturais, nos tornamos
filhos de Deus, participantes da vida e da glória de Cristo ressuscitado. E
esta graça é oferecida a todos os homens: Naamã era estrangeiro e pagão, e foi
curado.
Lc 4, 24-30 :A liturgia de hoje põe em relevo a universalidade da redenção. É a todo o género humano que se abre a fonte do Batismo; todos são chamados a acolherem, na fé, o reino de Deus e a entrarem na sua Igreja. Mas, por vezes, os que estão mais perto são os que têm mais dificuldade em o acolher, como aconteceu com os de Nazaré. E foi a esse propósito que Jesus Se referiu ao acontecimento narrado na leitura anterior.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a
Vida
AGENDA
09.30 horas: Funeral
em Salavessa
18.00 horas: Missa em
Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Calvário:
Escola de Cursistas
Palavra do PASTOR
“MULHERES, RECONCILIAI OS
HOMENS COM A VIDA”
D. Antonino Dias, bispo de
Portalegre-Castelo Branco
O
Dia Internacional da Mulher foi celebrado pela primeira vez em 19 de Março de
1911. As Nações Unidas, em 1977, proclamaram o dia 8 de Março de cada ano como
o Dia Internacional da Mulher. Reconhecer a importância e o contributo da
mulher na sociedade bem como recordar as suas conquistas e lutas contra os
preconceitos raciais, sexuais, políticos, culturais e económicos são alguns dos
objetivos que estão na base da celebração deste dia.
Ao
falar sobre a dignidade e a vocação da mulher, o Papa São João Paulo II
escrevia que a Igreja “rende graças por todas e cada uma das mulheres: pelas
mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na
virgindade; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que
esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser
humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas
mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma
grande responsabilidade social; pelas mulheres «perfeitas» e pelas mulheres
«menos perfeitas» — por todas: tal como saíram do coração de Deus, com toda a
beleza e riqueza da sua feminilidade; tal como foram abraçadas pelo seu amor
eterno; tal como, juntamente com o homem, são peregrinas sobre a terra, que é,
no tempo, a «pátria» dos homens e se transforma, às vezes, num «vale de
lágrimas»; tal como assumem, juntamente com o homem, uma comum responsabilidade
pela sorte da humanidade, segundo as necessidades quotidianas e segundo os
destinos definitivos que a família humana tem no próprio Deus, no seio da
inefável Trindade … A Igreja agradece todas as manifestações do «génio»
feminino surgidas no curso da história, no meio de todos os povos e Nações;
agradece todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na história
do Povo de Deus, todas as vitórias que deve à fé, à esperança e caridade das
mesmas: agradece todos os frutos de santidade feminina (cf. MD31).
Por
sua vez, já em 8 de dezembro de 1965, o Papa Paulo VI, na conclusão do Concílio
Vaticano II, dirigia a todas as mulheres jovens, esposas, mães, viúvas,
mulheres de vida consagrada, mulheres solteiras, a todas as mulheres e de todas
as condições sociais, uma vigorosa e confiante Mensagem. Pedia-lhes que, nesta
hora “em que a mulher adquire na cidade uma influência, um alcance, um poder
jamais conseguidos até aqui”, e em que “a humanidade sofre uma tão profunda
transformação”, pedia-lhes que não deixassem de “ajudar a humanidade a não
decair”. Presentes no mistério da vida que começa e presentes a consolar no
momento da morte, o Papa, tendo na mente o conturbado momento da história e
alertando para o facto de a técnica correr “o risco de se tornar desumana”,
rogava-lhes veementemente: “Reconciliai os homens com a vida”, “velai, nós vos
suplicamos, sobre o futuro da nossa espécie. Tendes que deter a mão do homem
que, num momento de loucura, tentasse destruir a civilização humana”. E quase a
terminar, dirigindo-se a todas as mulheres de boa vontade, cristãs ou
não-crentes, a elas que sabem “tornar a verdade doce, terna, acessível”,
afirmava-lhes: “Mulheres que sofreis provações, finalmente, vós que estais de
pé junto à cruz, à imagem de Maria, vós que, tantas vezes através da história,
tendes dado aos homens a força para lutar até ao fim, de testemunhar até ao
martírio, ajudai-os uma vez mais a conservar a audácia dos grandes
empreendimentos… a vós compete salvar a paz do mundo”.
Apesar
de tantos esforços, as guerras, a fome, as catástrofes e as barbáries, não
cessam e a vida humana continua muito mal tratada. Numa sociedade cada vez mais
envelhecida e indiferente perante a vida dos outros, o aborto persiste em
destruir, sem dó nem piedade, milhares e milhares de pessoas inocentes e
indefesas. E como se isso não bastasse, luta-se agora pela prática da eutanásia
e do suicídio assistido, tendo como pretexto aliviar o sofrimento do doente.
Sabemos todos que, com isso, não se alivia o sofrimento, elimina-se a vida da
pessoa que sofre. A vida não é qualquer coisa de uso privado que alguém usa ou
deita fora de acordo com o seu estado de espírito ou determinada circunstância.
O direito à vida é indisponível e o homicídio não deixa de ser homicídio pelo
facto de ser consentido pela vítima. Diante de tantos progressos científicos e
técnicos, de tantos saberes e possibilidades, a eutanásia apresenta-se como uma
derrota da medicina, é um retrocesso civilizacional, não um avanço como se quer
fazer crer. O pressuposto de todos os direitos humanos é a vida que há que
agradecer, defender e promover, não destruir. A dignidade e a qualidade de vida
do doente deve garantir-se com a plena confiança do doente na sua família e nos
profissionais de saúde que o tratam e com os cuidados paliativos, de forma multidisciplinar,
onde não falte também a “carinhoterapia”, garantindo ao doente, mesmo que
terminal, o alívio do sofrimento físico e psíquico, sentindo-se amado, cuidado
e acompanhado. Será angustiante sentir-se inútil ou perceber que é olhado de
soslaio, abandonado e com a sensação de que só perturba, só dá trabalho e
despesa. Isto, na verdade, poderá dar aso à patologia da tristeza e do
desespero do doente que, se não for “medicada” em tempo certo, pode até levar à
tentação de desejar pôr fim à vida. Tudo isto, porém, será sintoma de um mal
muito mais grave no coração de quem permite ou provoca tal tristeza e
desespero: a sua incapacidade de amar! Francisco afirma: “Esta é a estrada. É
sempre uma questão de amor, não há outra estrada. O verdadeiro desafio é o de
quem ama mais. Quantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrem à vida,
logo que descobrem que são amadas!”
Antonino
Dias
Portalegre,
02-03-2018.
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