domingo, 4 de março de 2018





PARÓQUIAS DE NISA

Segunda 05 de março de 2018








Segunda da III semana da quaresma






SEGUNDA-FEIRA da semana III

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 2 Reis 5, 1-15a; Sal 41 (42), 2-3; 42, 3. 4
Ev Lc 4, 24-30

Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese baptismal na Quaresma.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 83, 3
A minha alma suspira pelos átrios do Senhor,
o meu coração e a minha carne exultam no Deus vivo.

ORAÇÃO
Purificai, Senhor, e protegei continuamente a vossa Igreja e, porque não pode salvar-se sem Vós, governai-a com a vossa providência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Reis 5, 1-15ª
«Havia muitos leprosos em Israel;
contudo nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã»


Leitura do Segundo Livro dos Reis
 
Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque, por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem, valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos, ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes, exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora, dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra. Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais, se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamão desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei que não há Deus em toda a terra, senão em Israel».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2.3; 42 (43), 3.4 (R. Salmo 41, 3)
Refrão: A minha alma tem sede do Deus vivo:
quando verei a face do Senhor? Repete-se


Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
quando irei contemplar a face de Deus? Refrão

Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário. Refrão

E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus. Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 129 (130), 5.7
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Eu confio no Senhor, confio na sua palavra,
porque no Senhor está a misericórdia e a redenção. Refrão


EVANGELHO Lc 4, 24-30
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga, dizendo: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Digo-vos a verdade: Havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Apresentamos, Senhor, estes dons sobre o vosso altar e humildemente Vos pedimos que os transformeis para nós em sacramento de salvação. Por Nosso Senhor.


Prefácio da Quaresma


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão deste sacramento nos purifique, Senhor, e nos confirme na unidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





 «A amizade é uma alma que habita dois corpos; um coração que habita duas almas».

ARISTÓTELES







MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: 2 Reis 5, 1-15ª: Começa, nesta semana, a preparação mais diretamente orientada para o Batismo dos catecúmenos e para a renovação das promessas do Batismo dos já batizados, na Vigília Pascal. A saúde restituída a um leproso por meio de simples banho no rio é figura do Batismo, que, num gesto tão simples, é sacramento de uma graça espiritual tão grande, que nele, de simples homens naturais, nos tornamos filhos de Deus, participantes da vida e da glória de Cristo ressuscitado. E esta graça é oferecida a todos os homens: Naamã era estrangeiro e pagão, e foi curado.
 
Lc 4, 24-30: A liturgia de hoje põe em relevo a universalidade da redenção. É a todo o género humano que se abre a fonte do Batismo; todos são chamados a acolherem, na fé, o reino de Deus e a entrarem na sua Igreja. Mas, por vezes, os que estão mais perto são os que têm mais dificuldade em o acolher, como aconteceu com os de Nazaré. E foi a esse propósito que Jesus Se referiu ao acontecimento narrado na leitura anterior.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida




AGENDA


18.30 horas: Convívio no Calvário
21.00 horas: Oração de louvor no Calvário




Palavra do PASTOR

“MULHERES, RECONCILIAI OS HOMENS COM A VIDA”
D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco
O Dia Internacional da Mulher foi celebrado pela primeira vez em 19 de Março de 1911. As Nações Unidas, em 1977, proclamaram o dia 8 de Março de cada ano como o Dia Internacional da Mulher. Reconhecer a importância e o contributo da mulher na sociedade bem como recordar as suas conquistas e lutas contra os preconceitos raciais, sexuais, políticos, culturais e económicos são alguns dos objetivos que estão na base da celebração deste dia.
Ao falar sobre a dignidade e a vocação da mulher, o Papa São João Paulo II escrevia que a Igreja “rende graças por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma grande responsabilidade social; pelas mulheres «perfeitas» e pelas mulheres «menos perfeitas» — por todas: tal como saíram do coração de Deus, com toda a beleza e riqueza da sua feminilidade; tal como foram abraçadas pelo seu amor eterno; tal como, juntamente com o homem, são peregrinas sobre a terra, que é, no tempo, a «pátria» dos homens e se transforma, às vezes, num «vale de lágrimas»; tal como assumem, juntamente com o homem, uma comum responsabilidade pela sorte da humanidade, segundo as necessidades quotidianas e segundo os destinos definitivos que a família humana tem no próprio Deus, no seio da inefável Trindade … A Igreja agradece todas as manifestações do «génio» feminino surgidas no curso da história, no meio de todos os povos e Nações; agradece todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na história do Povo de Deus, todas as vitórias que deve à fé, à esperança e caridade das mesmas: agradece todos os frutos de santidade feminina (cf. MD31).
Por sua vez, já em 8 de dezembro de 1965, o Papa Paulo VI, na conclusão do Concílio Vaticano II, dirigia a todas as mulheres jovens, esposas, mães, viúvas, mulheres de vida consagrada, mulheres solteiras, a todas as mulheres e de todas as condições sociais, uma vigorosa e confiante Mensagem. Pedia-lhes que, nesta hora “em que a mulher adquire na cidade uma influência, um alcance, um poder jamais conseguidos até aqui”, e em que “a humanidade sofre uma tão profunda transformação”, pedia-lhes que não deixassem de “ajudar a humanidade a não decair”. Presentes no mistério da vida que começa e presentes a consolar no momento da morte, o Papa, tendo na mente o conturbado momento da história e alertando para o facto de a técnica correr “o risco de se tornar desumana”, rogava-lhes veementemente: “Reconciliai os homens com a vida”, “velai, nós vos suplicamos, sobre o futuro da nossa espécie. Tendes que deter a mão do homem que, num momento de loucura, tentasse destruir a civilização humana”. E quase a terminar, dirigindo-se a todas as mulheres de boa vontade, cristãs ou não-crentes, a elas que sabem “tornar a verdade doce, terna, acessível”, afirmava-lhes: “Mulheres que sofreis provações, finalmente, vós que estais de pé junto à cruz, à imagem de Maria, vós que, tantas vezes através da história, tendes dado aos homens a força para lutar até ao fim, de testemunhar até ao martírio, ajudai-os uma vez mais a conservar a audácia dos grandes empreendimentos… a vós compete salvar a paz do mundo”.
Apesar de tantos esforços, as guerras, a fome, as catástrofes e as barbáries, não cessam e a vida humana continua muito mal tratada. Numa sociedade cada vez mais envelhecida e indiferente perante a vida dos outros, o aborto persiste em destruir, sem dó nem piedade, milhares e milhares de pessoas inocentes e indefesas. E como se isso não bastasse, luta-se agora pela prática da eutanásia e do suicídio assistido, tendo como pretexto aliviar o sofrimento do doente. Sabemos todos que, com isso, não se alivia o sofrimento, elimina-se a vida da pessoa que sofre. A vida não é qualquer coisa de uso privado que alguém usa ou deita fora de acordo com o seu estado de espírito ou determinada circunstância. O direito à vida é indisponível e o homicídio não deixa de ser homicídio pelo facto de ser consentido pela vítima. Diante de tantos progressos científicos e técnicos, de tantos saberes e possibilidades, a eutanásia apresenta-se como uma derrota da medicina, é um retrocesso civilizacional, não um avanço como se quer fazer crer. O pressuposto de todos os direitos humanos é a vida que há que agradecer, defender e promover, não destruir. A dignidade e a qualidade de vida do doente deve garantir-se com a plena confiança do doente na sua família e nos profissionais de saúde que o tratam e com os cuidados paliativos, de forma multidisciplinar, onde não falte também a “carinhoterapia”, garantindo ao doente, mesmo que terminal, o alívio do sofrimento físico e psíquico, sentindo-se amado, cuidado e acompanhado. Será angustiante sentir-se inútil ou perceber que é olhado de soslaio, abandonado e com a sensação de que só perturba, só dá trabalho e despesa. Isto, na verdade, poderá dar aso à patologia da tristeza e do desespero do doente que, se não for “medicada” em tempo certo, pode até levar à tentação de desejar pôr fim à vida. Tudo isto, porém, será sintoma de um mal muito mais grave no coração de quem permite ou provoca tal tristeza e desespero: a sua incapacidade de amar! Francisco afirma: “Esta é a estrada. É sempre uma questão de amor, não há outra estrada. O verdadeiro desafio é o de quem ama mais. Quantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrem à vida, logo que descobrem que são amadas!”

Antonino Dias
Portalegre, 02-03-2018.




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