domingo, 18 de março de 2018





PARÓQUIAS DE NISA

Segunda, 19 de março de 2018




Segunda da V semana da quaresma
S.JOSÉ



S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA
SOLENIDADE

Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.

L 1 2 Sam 7, 4-5a. 12-14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29.
L 2 Rom 4, 13. 16-18. 22.
Ev Mt 1, 16. 18-21. 24a ou Lc 2, 41-51a.


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.



S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA

Nota Histórica
Nos desígnios de Deus, José foi o homem escolhido para ser o pai adotivo de Jesus. É no seio da sua família modestíssima que se realiza, com efeito, o Ministério da Incarnação do Verbo. Intimamente unido à Virgem-Mãe e ao Salvador, José situa-se num plano muito superior ao dos mais profundos místicos: amando Jesus, amava o Seu Deus; toda a ternura respeitosa, com que envolvia Maria, dirigia-se à Imaculada Mãe de Deus.
 
Figura perfeita do «justo» do Antigo Testamento, homem de uma fé a toda a prova, no cumprimento da sua missão, mostrará sempre uma disponibilidade total, mesmo nos acontecimentos mais desconcertantes.
 
Protetor providencial de Cristo, continua a sê-lo do Seu Corpo Místico. O exemplo da sua vida é sempre atual para todos quantos querem situar a sua vida na âmbito dos desígnios de salvação do Senhor.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 12, 42
Este é o servo fiel e prudente,
que o Senhor pôs à frente da sua família.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO
Deus todo-poderoso,
que na aurora dos novos tempos confiastes a São José
a guarda dos mistérios da salvação dos homens,
concedei à vossa Igreja, por sua intercessão,
a graça de os conservar fielmente
e de os realizar até à sua plenitude.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Sam 7, 4-5a.12-14a.16
«O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David» (Lc 2, 32)


Leitura do Segundo Livro de Samuel

Naqueles dias,
o Senhor falou a Natã, dizendo:
«Vai dizer ao meu servo David:
Assim fala o Senhor:
Quando chegares ao termo dos teus dias
e fores repousar com os teus pais,
estabelecerei em teu lugar um descendente que nascerá de ti
e consolidarei a tua realeza.
Ele construirá um palácio ao meu nome
e Eu consolidarei para sempre o seu trono real.
Serei para ele um pai e Ele será para Mim um filho.
A tua casa e o teu reino
permanecerão diante de Mim eternamente
e o teu trono será firme para sempre».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 88 (89), 2-3.4-5.27 e 29 (R. 37)
Refrão: A sua descendência permanecerá eternamente.

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,
no céu permanece firme a vossa fidelidade.

Concluí uma aliança com o meu eleito,
fiz um juramento a David meu servo:
Conservarei a tua descendência para sempre,
estabelecerei o teu trono por todas as gerações.

Ele Me invocará: «Vós sois meu Pai,
meu Deus, meu Salvador».
Assegurar-lhe-ei para sempre o meu favor,
a minha aliança com ele será irrevogável.


LEITURA II Rom 4, 13.16-18.22
«Esperando contra toda a esperança
»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos:
Não foi por meio da Lei,
mas pela justiça da fé,
que se fez a Abraão ou à sua descendência
a promessa de que receberia o mundo como herança.
Portanto a herança vem pela fé,
para que seja dom gratuito de Deus
e a promessa seja válida para toda a descendência,
não só para a descendência segundo a Lei,
mas também para a descendência segundo a fé de Abraão.
Ele é o pai de todos nós, como está escrito:
«Fiz de ti o pai de muitos povos».
Ele é o nosso pai diante d’Aquele em quem acreditou,
o Deus que dá vida aos mortos
e chama à existência o que não existe.
Esperando contra toda a esperança,
Abraão acreditou,
tornando-se pai de muitos povos,
como lhe tinha sido dito:
«Assim será a tua descendência».
Por este motivo é que isto «lhe foi atribuído como justiça».
 
Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 83 (84), 5
Refrão:
No Tempo Pascal:
Aleluia. Repete-se
Felizes os que habitam na vossa casa, Senhor:
eles Vos louvarão pelos tempos sem fim. Refrão

Em vez deste Evangelho pode ler-se o que se lhe segue.


EVANGELHO Mt 1, 16.18-21.24a
«José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Jacob gerou José, esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
Maria, sua Mãe, noiva de José,
antes de terem vivido em comum,
encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo,
que era justo e não queria difamá-la,
resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado,
quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor,
que lhe disse:
«José, filho de David,
não temas receber Maria, tua esposa,
pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho
e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus,
porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Quando despertou do sono,
José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor.
 
Palavra da salvação.


Em vez do Evangelho precedente, pode ler-se o seguinte:

EVANGELHO Lc 2, 41-51a
«Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos,
subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos,
o Menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana,
fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando,
voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias,
encontraram-n’O no templo,
sentado no meio dos doutores,
a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam
estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados;
e sua Mãe disse-Lhe:
«Filho, porque procedeste assim connosco?
Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes:
«Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?».
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré
e era-lhes submisso.

Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
a graça de servir ao vosso altar de coração puro,
imitando a dedicação e fidelidade
com que São José serviu o vosso Filho Unigénito,
nascido da Virgem Maria.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio de São José [na solenidade]: p. 492


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 25, 21
Servo bom e fiel,
entra na alegria do teu Senhor.

Ou Mt 1, 20-21
Não temas, José:
Maria dará à luz um Filho
e tu Lhe darás o nome de Jesus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor,
que na solenidade de São José
alimentastes a vossa família à mesa deste altar,
defendei-a sempre com a vossa protecção
e velai pelos dons que lhe concedestes.
Por Nosso Senhor.





 «A caridade começa na minha casa e a justiça na porta seguinte».



CHARKES DICKENS





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: 

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida






AGENDA

09.30 horas: Funeral no Pé da Serra
15.30 horas: Confissões em Monte Claro
16.00 horas: Missa em Tolosa
16.30 horas: Funeral em Montalvão
18.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo




VOZ DO PASTOR

DIA DO PAI EM DIA DE SÃO JOSÉ
D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco

Filipe disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. Jesus respondeu: ”Há tanto tempo que estou no meio de vós e ainda não Me conheces, Filipe? Quem Me viu, viu o Pai. Como é que me dizes: “mostra-nos o Pai? Não acreditas que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai?” (Jo 14, 8-11).
“Mãe, mostra-nos o pai e isso no bastará”, dirão muitos filhos de pai ausente, os filhos duma «sociedade sem pais». Hoje, porém, mercê duma vida superocupada e a correr como quem foge à polícia, mesmo que os afazeres familiares sejam compartilhados tanto pelo pai como pela mãe, a vida de muitas mães também se tornou difícil, complexa e cansativa. É aquilo que é e nem sempre aquilo que o próprio casal quis ou desejaria que fosse. Nestas circunstâncias, também alguns filhos poderão implorar: “pai, mostra-nos a mãe e isso nos bastará”. Se Jesus está no Pai e o Pai está n’Ele, se Jesus é o rosto visível do Pai invisível, sempre presente, atual e atuante, em identificação e comunhão total e eficaz com o Pai, entre nós, porém, os meramente humanos, nem a mãe está no pai, nem o pai está na mãe. A presença da mãe não preenche a ausência do pai, nem a presença do pai preenche a ausência da mãe. São homem e mulher, cada um com a sua muito própria e específica missão e vocação de pai e mãe. As suas pessoas e presença não se identificam, nem, para bem do todo que é a família, a sua missão se deveria inverter ou fazer substituir. Mas hoje vamos falar apenas do pai, celebramos o Dia do Pai, celebramos o dia litúrgico de São José.
O que, em nossos dias, está em causa, não é tanto, como refere o Papa Francisco, a “presença invasora do pai” como acontecia no passado. É, sim, “a sua ausência”. Por vezes, “o pai está tão concentrado em si mesmo e no próprio trabalho ou então nas próprias realizações individuais que até se esquece da família”. Além disso, o “tempo cada vez maior que se dedica aos meios de comunicação e à tecnologia da distração”, a maneira suspeitosa com que se olha a autoridade, a forma como “os adultos são postos em discussão”, e eles próprios “abandonam as certezas” e “não dão orientações seguras e bem fundamentadas aos seus filhos”, tudo, tudo isso prejudica o processo adequado de amadurecimento que as crianças precisam de fazer. “Deus coloca o pai na família, para que, com as características preciosas da sua masculinidade, esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho”. Pai presente “não significa ser controlador, porque os pais demasiado controladores aniquilam os filhos”. Por outro lado, alguns pais “sentem-se inúteis ou desnecessários, mas a verdade é que os filhos têm necessidade de encontrar um pai que os espera quando voltam dos seus fracassos. Farão tudo para não o admitir, para não o revelar, mas precisam dele” também para que não “deixem de ser crianças antes de tempo” (AL176-177).
De facto, é próprio da missão do pai ser, em comunhão com a esposa com quem compartilha tarefas e abraça responsabilidades, ser grata referência no seio da família pela sua forma de ser e estar, pela maneira como entusiasma e louva, como brinca e adverte, pela segurança que sempre transmite, pela empatia que o seu exemplo é capaz de gerar e estimular a crescerem com ele, indo, se possível, ainda mais além. Muitas vezes, no mar da vida de crianças, adolescentes, jovens e até adultos, as ondas batem forte demais, os ventos sopram violentamente, o barco parece afundar-se, há silêncios sofridos, há medos a precisarem de ser destronados, realidades simples que parecem fantasmas monstruosos, há terramotos existenciais que abalam, destroem e fazem sofrer. No meio de tudo isto, como será importante que o pai ajude a identificar a suave brisa em que o Senhor se manifesta (1Reis 19, 11-13), que ajude a distinguir as ondas dos ventos, os fantasmas da realidade, os terramotos do simples estremecer, que ajude a bem discernir, com discrição, serenidade e segurança, que aponte possíveis direções a seguir em liberdade, que ajude a rasgar amplas estradas para a vida, incutindo alegria e esperança: “Coragem, não tenhas medo!”.
A par, consciente da sua vocação e missão, o pai presente sabe rezar em nome da família e pela família, sabe agradecer e louvar, sabe convidar a família a louvar e a agradecer. Pelo seu natural testemunho de vida, faz crescer a família em confiança no Senhor, no Senhor que lhe deu a graça de partilhar a responsabilidade do seu lar, comunidade de vida e de amor. A Sagrada Escritura apresenta-nos vários pais a pedir ao Senhor, com fé e humildade, a cura dos seus filhos doentes. Jairo, por exemplo, um dos chefes da sinagoga, caiu aos pés de Jesus a pedir-lhe com insistência: “A minha filha está a morrer. Vem e põe as mãos sobre ela, para que sare e viva”. Jesus acompanhou Jairo e restituiu-lhe a filha com saúde (Mc 5, 21-43). Em Cafarnaum, um funcionário real cujo filho se encontrava gravemente doente, saiu ao encontro de Jesus a pedir-lhe que o curasse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra”…”Podes ir que o teu filho está vivo”, o homem acreditou na Palavra de Jesus, foi-se embora e encontrou o filho curado (Jo 4, 46-54). Outro pai aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e implorou: “Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético e tem ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo e na água”. E Jesus curou o menino (Mt 17, 14-20).
Para além dos filhos, toda a sociedade lucra quando os pais exercem bem a sua missão de pais, quando dão orientações seguras e bem orientadas, quando transmitam modos, princípios e valores estruturantes da vida, quando iniciam os seus filhos no bom exercício da cidadania civil e eclesial, quando as funções entre pais e filhos não são invertidas nem substituídas.

Antonino Dias
Isna de Oleiros, 16-03-2018.



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