PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta,
15 de março de 2018
Quinta da IV
semana da quaresma
QUINTA-FEIRA da semana IV
Roxo
– Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Ex 32, 7-14; Sal 105 (106), 19-20. 21-22. 23
Ev Jo 5, 31-47
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Luísa de Marillac, religiosa co-fundadora – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – S. Clemente Hofbauer, presbítero – FESTA
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Ex 32, 7-14; Sal 105 (106), 19-20. 21-22. 23
Ev Jo 5, 31-47
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Luísa de Marillac, religiosa co-fundadora – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – S. Clemente Hofbauer, presbítero – FESTA
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 104,
3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder, procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO
Senhor, que, na vossa clemência infinita, nos purificais pela penitência e nos santificais pelas boas obras, fazei que perseveremos fielmente na observância dos vossos preceitos e cheguemos confiantes às festas pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 32, 7-14
«Perdoai a culpa do vosso povo»
Leitura do Livro do Êxodo
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder, procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO
Senhor, que, na vossa clemência infinita, nos purificais pela penitência e nos santificais pelas boas obras, fazei que perseveremos fielmente na observância dos vossos preceitos e cheguemos confiantes às festas pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 32, 7-14
«Perdoai a culpa do vosso povo»
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, o Senhor falou a Moisés, dizendo: «Desce depressa, porque o teu povo, que tiraste da terra do Egipto, corrompeu-se. Não tardaram em desviar-se do caminho que lhes tracei. Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: ‘Este é o teu Deus, Israel, aquele que te fez sair da terra do Egipto’». O Senhor disse ainda a Moisés: «Tenho observado este povo: é um povo de dura cerviz. Agora deixa que a minha indignação se inflame contra eles e os destrua. De ti farei uma grande nação». Então Moisés procurou aplacar o Senhor seu Deus, dizendo: «Por que razão, Senhor, se há-de inflamar a vossa indignação contra o vosso povo, que libertastes da terra do Egipto com tão grande força e mão tão poderosa? Porque hão-de dizer os egípcios: ‘Foi com má intenção que o Senhor os fez sair, para lhes dar a morte nas montanhas e os exterminar da face da terra’? Abandonai o furor da vossa ira e desisti do mal contra o vosso povo. Lembrai-Vos de Abraão, de Isaac e de Israel, vossos servos, a quem jurastes pelo vosso nome: ‘Farei a vossa descendência tão numerosa como as estrelas do céu e dar-lhe-ei para sempre em herança toda a terra que vos prometi’». Então o Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 19-20.21-22.23 (cf. 8a)
Refrão: Para glória do vosso nome, salvai-nos, Senhor. Repete-se
Fizeram um bezerro no Horeb
e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram a sua glória
pela figura de um boi que come feno. Refrão
Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar Vermelho. Refrão
E pensava já em exterminá-los,
se Moisés, o seu eleito,
não intercedesse junto d’Ele
e aplacasse a sua ira para os não destruir. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 3, 16
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se
Deus amou tanto o mundo
que entregou o seu Filho Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão
EVANGELHO Jo 5, 31-47
«Outro vos acusará: Moisés,
em quem pusestes a vossa esperança»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus disse aos judeus: «Se Eu der testemunho de Mim mesmo, o meu testemunho não será considerado verdadeiro. É outro que dá testemunho de Mim e Eu sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro. Vós mandastes emissários a João Baptista e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos. João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar – as obras que realizo – dão testemunho de que o Pai Me enviou. E o Pai, que Me enviou, também Ele deu testemunho de Mim. Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua figura e a sua palavra não habita em vós, porque não acreditais n’Aquele que Ele enviou. Examinais as Escrituras, pensando encontrar nelas a vida eterna; são elas que dão testemunho de Mim e não quereis vir a Mim para encontrar essa vida. Não é dos homens que Eu recebo glória; mas Eu conheço-vos e sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em nome de meu Pai e não Me recebeis; mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis. Como podeis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não procurais a glória que vem só de Deus? Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai: o vosso acusador será Moisés, em quem pusestes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas minhas palavras?».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Deus omnipotente, que a oblação deste sacrifício nos purifique de toda a mancha e nos fortaleça contra todos os males. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jer 31, 33
Imprimirei a minha lei na sua alma,
gravá-la-ei no seu coração.
Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Por estes sacramentos que recebemos, Senhor, purificai-nos de toda a culpa, para que, livres da opressão do pecado, nos alegremos com a plenitude da graça celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Vá
em nome de Deus. Que Ele o acompanhe. Que Deus seja a sua força no trabalho e
consolo nas tribulações».
LUISA DE MARILLAC
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Jo 5, 31-47: Diante
das obras de Jesus, só o orgulho e a má fé podem fechar o coração. Tudo e todos
dão testemunho a seu favor: João Baptista, as Escrituras, Moisés... Só um povo
de “cabeça dura”, que não dobra o pescoço, poderá não se abrir a Deus que Se
revela na palavra e nas obras de Jesus. O Filho de Deus veio ao mundo como
revelação do Pai; a sua missão é revelar o Pai aos homens e levar os homens ao
Pai. Em Cristo, Deus deixou de ser distante para os homens, e que graça maior
devia haver do que ter Deus junto de si e ser levado a Deus pelo próprio Filho
de Deus feito homem! A Quaresma é tempo particularmente oportuno para nos
encontrarmos em Cristo e por Ele sermos levados ao Pai!
Jo 5, 31-47: Diante das obras de Jesus, só o orgulho e a má fé podem fechar o coração. Tudo e todos dão testemunho a seu favor: João Baptista, as Escrituras, Moisés... Só um povo de “cabeça dura”, que não dobra o pescoço, poderá não se abrir a Deus que Se revela na palavra e nas obras de Jesus. O Filho de Deus veio ao mundo como revelação do Pai; a sua missão é revelar o Pai aos homens e levar os homens ao Pai. Em Cristo, Deus deixou de ser distante para os homens, e que graça maior devia haver do que ter Deus junto de si e ser levado a Deus pelo próprio Filho de Deus feito homem! A Quaresma é tempo particularmente oportuno para nos encontrarmos em Cristo e por Ele sermos levados ao Pai!
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida
AGENDA
16.00 horas: Missa no
Lara da Santa Casa de Nisa, seguida de confissões
16.30 horas:
Confissões no Gavião
18.00 horas: Missa em
Nisa. Espírito Santo
21.00 horas: Adoração
ao Santíssimo.
VOZ
DO PASTOR
NEM
ERA UM RAPAZ, NEM ERA AZARIAS … E LEVARAM O CÃO!...
D. Antonino Dias, bispo
Quando os pais de Tobias o mandaram
procurar um companheiro de confiança para ir com ele recuperar um dinheiro –
300 quilos de prata - que tinham deixado a Gabael, em Rages, na Média, Tobias
encontrou, logo à saída da porta, um jovem que se fez encontrado e que pedia
trabalho. Tobias foi apresentá-lo ao pai que quis saber de que família e de que
tribo era e qual o seu nome. Satisfeito com as informações dadas pelo jovem,
ficou a saber que se chamava Azarias, que conhecia todos as planícies,
montanhas e caminhos até chegar a essa terra, e que até já se tinha hospedado
em casa desse tal Gabael. Alinhado o acordo, Azarias ficou contratado para
acompanhar Tobias. Antes de partirem, Azarias prometeu a Tobit, pai de Tobias,
que em breve iria recuperar a vista. Como sabemos, a pontaria de um pardalito
sem problemas de obstipação, traquina e atrevido, tinha-lhe destruído a vista,
quando ele, em tarde de assanhada canícula, descansava, de papo para o ar, lá
no pátio da sua casa. Com o cão a acompanhá-los, Tobias e Azarias partiram
então para Média ao encontro de Gabael. E de tal eficácia foi o companheirismo
de Azarias que, ao passarem por Ecbátana, tendo pernoitado em casa de uma
família cujo casal se chamava Raguel e Edna, convenceu Tobias a pedir a filha
destes em casamento. E casaram!... E houve festa rija por largos dias! De tal
forma foi o envolvimento na alegria dos preparativos para a festa, que, só
depois, e a partir dali, Azarias, agora acompanhado por quatro criados e dois
camelos lá de casa, foi junto de Gabael a buscar o dinheiro e a convidá-lo
também para a festa. Tanto os noivos como os familiares e convidados, todos
alinhavam no desejo e na preocupação de que o casamento acontecesse segundo os
desígnios de Deus, que Deus o abençoasse e o protegesse. De facto, o matrimónio
não é uma relação egoísta que se possa assumir de-ânimo-leve, nem a prazo. É
uma relação de partilha onde a mulher e o homem crescem juntos e juntos,
sabendo ultrapassar os solavancos da vida, vivem o presente com alegria e
constroem o futuro com esperança a caminho da eternidade. O modo como Tobias,
Sara, Raguel e Edna se tratavam, mostra como o matrimónio amplia a relação
familiar e, ao mesmo tempo, como abre a família à sociedade, deixando constatar
também como a alegria da mãe é a presença viva dos filhos e a alegria do pai é
ver os filhos bem-sucedidos na aventura da vida. Mas todos procuravam
contribuir para que isso pudesse traduzir-se em realidade, sem intromissões
indevidas, com discrição e em liberdade responsável.
Quando Tobias ganhou balanço e coragem
para pedir Sara em casamento, o pai de Sara, Raguel, com uma certa dúvida sobre
o futuro do casamento, pois sabia das mágoas que a sua filha já tinha sofrido,
depois do convincente parlatório do pretendente, disse-lhe: “A minha filha vai
ser-te dada em casamento … Que o Senhor do céu vos ajude … vos conceda a Sua
misericórdia e a Sua paz”. Após os bem-sucedidos festejos do casamento,
despediu-se dele, dizendo-lhe: “…Vai em paz. Que o Senhor do céu te conduza a
ti e à tua esposa Sara pelo bom caminho...” E disse a Sara: “…Vai em paz minha
filha! Que eu tenha sempre boas notícias tuas durante toda a minha vida”. A mãe
de Sara, Edna, por sua vez, muito lacrimosa pela filha, disse a Tobias, agora
seu estimado genro: “Meu filho Tobias… que o Senhor um dia te faça voltar e
que, antes de morrer, eu possa ver os teus filhos e de minha filha Sara. Não
lhe causes tristeza durante todos os dias da tua vida. Vai em paz…”. Ao se
afastarem, Tobias reafirma-lhes: “Que eu seja digno de vós, todos os dias da
minha vida”.
Quando chegaram a casa de Tobit e Ana,
pais de Tobias, que não tinham estado nem sabiam do casamento, encontraram-nos
preocupados com tanta demora do filho nessa viagem. Lá se explicaram sobre o
porquê da demora e Azarias não perdeu tempo. Com o fel que Tobias tinha
arrancado ao peixe que o assustara quando, na viagem, lavava os pés no rio, fez
com que Tobit, pai de Tobias, recuperasse a vista. Agradecido e testemunhando a
todos que Deus teve misericórdia dele e lhe devolveu a visão, Tobit saiu
eufórico ao encontro de Sara, esposa de seu filho, e deu-lhe a bênção: “Sê
bem-vinda, minha filha! …Sê bem-vinda a esta casa. Fica alegre e à vontade.
Entra…”. E “todos os judeus que viviam em Nínive … durante sete dias festejaram
alegremente o casamento de Tobias”.
Para sossego dos mais curiosos e
impacientes com o que lhe terá acontecido, sei que o cão foi e regressou com
eles, são e salvo. Não sei é se conseguiu entrar nalgum restaurante, se era
perigoso, se tinha pedigree, se levava trela ou açaime, se tomava banho, se
tinha as vacinas em dia, se constava lá no registo canino do tempo... sim, nada
consta, nada disso eu sei.
Mas chega agora um delicado momento, até
porque Tobias, filho de um judeu justo, bom e fiel a Deus e aos homens, tinha
sido educado na verdade, na justiça, na gratidão e no respeito pelos outros.
Era preciso fazer as contas com o rapaz, com Azarias: “Pai, quanto lhe devo
dar? Ele conduziu-me são e salvo, libertou a minha mulher, resgatou o dinheiro
e ainda o curou a si. Como é que lhe vou pagar?”. Chamaram o jovem e acordaram
pagar-lhe metade de quanto tinham trazido. Azarias, porém, não era quem dizia
ser, muito menos quem eles pensavam que fosse. Depois de mais alguma conversa
sobre deveres da pessoa para com Deus, para consigo mesma e para com o próximo,
Azarias apresentou-se-lhes e os dois ficaram boquiabertos e caíram de rosto por
terra: “… Eu sou Rafael, um dos sete anjos… Não tenhais medo! Que a paz esteja
convosco! Bendizei a Deus para sempre …Vós julgáveis que eu comia, mas era só
aparência. Agora, bendizei ao Senhor na terra e agradecei a Deus. Vou voltar
para aquele que me enviou …”.
Tobias e Sara, cientes de que o
casamento era para sempre e que os devia levar a crescer juntos com abertura
para Deus que os amava e unira, logo depois do casamento convidaram-se
mutuamente à oração. Rezaram juntos, deram graças a Deus pelo dom de cada um
deles para o outro e para o bem de ambos. Pediram ao Senhor que lhes concedesse
a sua misericórdia e a sua proteção. Que tivesse piedade deles e os fizesse
chegar juntos a uma ditosa velhice.
Na verdade, quando a vida e as opções
fundamentais da vida, como, por exemplo, a constituição duma família, quando
todas as coisas se assumem com responsabilidade e tudo é sonhado em Deus e com
Deus, Deus está, não falha, e até nos confia a um Anjo da Guarda que nos rege,
protege e ilumina. O justo nunca vive sozinho, está sempre acompanhado e
protegido por Deus. ((Aconselho a ler este pequeno livro sapiencial do Velho
Testamento, o Livro de Tobias, uma espécie de romance ou novela que transmite
belos ensinamentos e se lê com muito agrado e proveito)).
Antonino Dias
Portalegre, 09-03-2918
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