quinta-feira, 8 de março de 2018





PARÓQUIAS DE NISA

Sexta, 09 de março de 2018




SEXTA-FEIRA da semana III

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.

L 1 Os 14, 2-10; Sal 80 (81), 6c-8a. 8bc-9. 10-11ab. 14 e 17
Ev Mc 12, 28b-34

* Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana, religiosa,
* Na Ordem Beneditina – Pode celebrar-se a memória de S. Francisca Romana.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 8.10
Quem como Vós, Senhor?
Só Vós sois grande e operais maravilhas. Só Vós sois Deus.


ORAÇÃO
Infundi, Senhor, a vossa graça em nossos corações, para que saibamos dominar os desejos terrenos e ser fiéis, com a vossa ajuda, aos mandamentos celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Os 14, 2-10
«Não chamaremos ‘nosso Deus’ à obra das nossas mãos»


Leitura da Profecia de Oseias

Assim fala o Senhor: «Israel, converte-te ao Senhor, teu Deus, porque foram os teus pecados que te fizeram cair. Vinde com palavras de súplica, voltai para o Senhor e dizei-Lhe: “Perdoai todas as nossas faltas e aceitai o dom que Vos oferecemos, a homenagem dos nossos lábios. Não é a Assíria que nos pode salvar; não montaremos mais a cavalo, nem chamaremos ‘Nosso Deus’ à obra das nossas mãos, porque só em Vós o órfão encontra piedade”. Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei generosamente, pois a minha ira afastou-se deles. Serei como orvalho para Israel, que florirá como o lírio e lançará raízes como o cedro do Líbano. Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira e a sua fragrância como a do Líbano. Voltarão a sentar-se à minha sombra, farão reviver o trigo; florescerão como a vinha, criarão fama como o vinho do Líbano. Que terá ainda Efraim de comum com os ídolos? Sou Eu que o atendo e olho por ele. Sou como o cipreste verdejante: graças a Mim darás muito fruto». Quem for sábio entenderá estas palavras, quem for inteligente poderá entendê-las. Porque são retos os caminhos do Senhor: por eles caminham os justos e neles tropeçam os pecadores.
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 80(81), 6c-8a.8bc-9.10-11ab.14.17 (cf. 11.9)
Refrão: Eu sou o Senhor, teu Deus:
Escuta a minha voz. Repete-se


Oiço uma língua desconhecida:
«Aliviei os teus ombros do fardo,
soltei as tuas mãos dos cestos;
gritaste na angústia e Eu te libertei. Refrão

Do meio do trovão te respondi;
pus-te à prova junto das águas de Meriba.
Escuta, meu povo, a minha advertência,
assim, Israel, Me prestes ouvidos: Refrão

Não terás contigo um deus alheio,
nem adorarás divindades estranhas.
Eu, o Senhor, sou o teu Deus,
que te fiz sair da terra do Egipto. Refrão

Ah! se o meu povo Me escutasse,
se Israel seguisse os meus caminhos,
alimentaria o meu povo com a flor da farinha
e saciá-lo-ia com o mel dos rochedos». Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 17
Refrão: Grandes e admiráveis são as vossas obras, Senhor. Repete-se
Arrependei-vos, diz o Senhor;
está próximo o reino dos Céus. Refrão


EVANGELHO
Mc 12, 28b-34
«O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor:
amarás o Senhor, teu Deus»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» Jesus respondeu-lhe: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor: Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor, para os dons que Vos consagramos, para que Vos sejam agradáveis e se tornem para nós fonte de salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mc 12, 33
Amar a Deus de todo o coração
e ao próximo como a nós mesmos
vale mais que todos os sacrifícios.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Santificai, Senhor, com o poder da vossa graça as nossas almas e os nossos corpos, para possuirmos um dia em plenitude o que começamos a receber neste sacramento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





 «Os santos não nascem santos. Chegaram à santidade depois de uma vida de profunda auto-entrega».

MARIA MICAELA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO







MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Os 14, 2-10: A liturgia de hoje quer reconduzir-nos ao essencial da nossa fé: Deus. É Ele próprio quem nos convida a voltarmos para Si. A Quaresma é tempo de regresso a Deus. Reencontrá-l’O é reencontrar o paraíso, que o profeta descreve com as conhecidas imagens de uma terra fértil e feliz, deixando para trás os deuses que nossas mãos tinham fabricado.

Mc 12, 28b-34: O mandamento fundamental de toda a lei era, já no Antigo Testamento, reconhecer a Deus como o único Senhor e amá-l’O como tal. Foi assim a resposta do escriba, e Jesus confirmou que estava certa a resposta. É, de facto, essa a porta de entrada no reino de Deus: reconhecê-l’O e amá-l’O. Caminhar para a Páscoa supõe a descoberta contínua deste primeiro mandamento, a redescoberta de Deus nos caminhos da nossa vida, que a Ele finalmente nos conduzem.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida




AGENDA


11.00 horas: Funeral no Mártir e Santo
17.20 horas: Via Sacra na Igreja do Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo




Palavra do PASTOR


“MULHERES, RECONCILIAI OS HOMENS COM A VIDA”
D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco
O Dia Internacional da Mulher foi celebrado pela primeira vez em 19 de Março de 1911. As Nações Unidas, em 1977, proclamaram o dia 8 de Março de cada ano como o Dia Internacional da Mulher. Reconhecer a importância e o contributo da mulher na sociedade bem como recordar as suas conquistas e lutas contra os preconceitos raciais, sexuais, políticos, culturais e económicos são alguns dos objetivos que estão na base da celebração deste dia.
Ao falar sobre a dignidade e a vocação da mulher, o Papa São João Paulo II escrevia que a Igreja “rende graças por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma grande responsabilidade social; pelas mulheres «perfeitas» e pelas mulheres «menos perfeitas» — por todas: tal como saíram do coração de Deus, com toda a beleza e riqueza da sua feminilidade; tal como foram abraçadas pelo seu amor eterno; tal como, juntamente com o homem, são peregrinas sobre a terra, que é, no tempo, a «pátria» dos homens e se transforma, às vezes, num «vale de lágrimas»; tal como assumem, juntamente com o homem, uma comum responsabilidade pela sorte da humanidade, segundo as necessidades quotidianas e segundo os destinos definitivos que a família humana tem no próprio Deus, no seio da inefável Trindade … A Igreja agradece todas as manifestações do «génio» feminino surgidas no curso da história, no meio de todos os povos e Nações; agradece todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na história do Povo de Deus, todas as vitórias que deve à fé, à esperança e caridade das mesmas: agradece todos os frutos de santidade feminina (cf. MD31).
Por sua vez, já em 8 de dezembro de 1965, o Papa Paulo VI, na conclusão do Concílio Vaticano II, dirigia a todas as mulheres jovens, esposas, mães, viúvas, mulheres de vida consagrada, mulheres solteiras, a todas as mulheres e de todas as condições sociais, uma vigorosa e confiante Mensagem. Pedia-lhes que, nesta hora “em que a mulher adquire na cidade uma influência, um alcance, um poder jamais conseguidos até aqui”, e em que “a humanidade sofre uma tão profunda transformação”, pedia-lhes que não deixassem de “ajudar a humanidade a não decair”. Presentes no mistério da vida que começa e presentes a consolar no momento da morte, o Papa, tendo na mente o conturbado momento da história e alertando para o facto de a técnica correr “o risco de se tornar desumana”, rogava-lhes veementemente: “Reconciliai os homens com a vida”, “velai, nós vos suplicamos, sobre o futuro da nossa espécie. Tendes que deter a mão do homem que, num momento de loucura, tentasse destruir a civilização humana”. E quase a terminar, dirigindo-se a todas as mulheres de boa vontade, cristãs ou não-crentes, a elas que sabem “tornar a verdade doce, terna, acessível”, afirmava-lhes: “Mulheres que sofreis provações, finalmente, vós que estais de pé junto à cruz, à imagem de Maria, vós que, tantas vezes através da história, tendes dado aos homens a força para lutar até ao fim, de testemunhar até ao martírio, ajudai-os uma vez mais a conservar a audácia dos grandes empreendimentos… a vós compete salvar a paz do mundo”.
Apesar de tantos esforços, as guerras, a fome, as catástrofes e as barbáries, não cessam e a vida humana continua muito mal tratada. Numa sociedade cada vez mais envelhecida e indiferente perante a vida dos outros, o aborto persiste em destruir, sem dó nem piedade, milhares e milhares de pessoas inocentes e indefesas. E como se isso não bastasse, luta-se agora pela prática da eutanásia e do suicídio assistido, tendo como pretexto aliviar o sofrimento do doente. Sabemos todos que, com isso, não se alivia o sofrimento, elimina-se a vida da pessoa que sofre. A vida não é qualquer coisa de uso privado que alguém usa ou deita fora de acordo com o seu estado de espírito ou determinada circunstância. O direito à vida é indisponível e o homicídio não deixa de ser homicídio pelo facto de ser consentido pela vítima. Diante de tantos progressos científicos e técnicos, de tantos saberes e possibilidades, a eutanásia apresenta-se como uma derrota da medicina, é um retrocesso civilizacional, não um avanço como se quer fazer crer. O pressuposto de todos os direitos humanos é a vida que há que agradecer, defender e promover, não destruir. A dignidade e a qualidade de vida do doente deve garantir-se com a plena confiança do doente na sua família e nos profissionais de saúde que o tratam e com os cuidados paliativos, de forma multidisciplinar, onde não falte também a “carinhoterapia”, garantindo ao doente, mesmo que terminal, o alívio do sofrimento físico e psíquico, sentindo-se amado, cuidado e acompanhado. Será angustiante sentir-se inútil ou perceber que é olhado de soslaio, abandonado e com a sensação de que só perturba, só dá trabalho e despesa. Isto, na verdade, poderá dar aso à patologia da tristeza e do desespero do doente que, se não for “medicada” em tempo certo, pode até levar à tentação de desejar pôr fim à vida. Tudo isto, porém, será sintoma de um mal muito mais grave no coração de quem permite ou provoca tal tristeza e desespero: a sua incapacidade de amar! Francisco afirma: “Esta é a estrada. É sempre uma questão de amor, não há outra estrada. O verdadeiro desafio é o de quem ama mais. Quantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrem à vida, logo que descobrem que são amadas!”

Antonino Dias
Portalegre, 02-03-2018.






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