PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
12 de março de 2018
Segunda da IV semana
da quaresma
SEGUNDA-FEIRA
da semana IV
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Is 65, 17-21; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b
Ev Jo 4, 43-54
Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese batismal na Quaresma.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Is 65, 17-21; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b
Ev Jo 4, 43-54
Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer a catequese batismal na Quaresma.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 30, 7-8
Confio em Vós, Senhor.
Hei de alegrar-me e exultar com a vossa misericórdia,
porque conhecestes as angústias da minha alma
e pusestes os meus pés em caminho largo.
ORAÇÃO
Deus de infinita bondade, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei que a vossa Igreja se enriqueça sempre mais com estes benefícios eternos e nunca lhe faltem os auxílios temporais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 65, 17-21
«Nunca mais se hão de ouvir vozes de pranto nem gritos de angústia»
Leitura do Livro de Isaías
Confio em Vós, Senhor.
Hei de alegrar-me e exultar com a vossa misericórdia,
porque conhecestes as angústias da minha alma
e pusestes os meus pés em caminho largo.
ORAÇÃO
Deus de infinita bondade, que renovais o mundo com admiráveis sacramentos, fazei que a vossa Igreja se enriqueça sempre mais com estes benefícios eternos e nunca lhe faltem os auxílios temporais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 65, 17-21
«Nunca mais se hão de ouvir vozes de pranto nem gritos de angústia»
Leitura do Livro de Isaías
Assim fala o Senhor: «Eu vou criar os novos céus e a nova terra e não mais se recordará o passado, nem voltará de novo ao pensamento. Haverá alegria e felicidade eterna por aquilo que Eu vou criar: vou fazer de Jerusalém um motivo de júbilo e do seu povo uma fonte de alegria. Exultarei por causa de Jerusalém e alegrar-Me-ei por causa do meu povo. Nunca mais se hão-de ouvir nela vozes de pranto nem gritos de angústia. Já não haverá ali uma criança que viva só alguns dias, nem um velho que não complete o número dos seus anos, porque o mais novo morrerá centenário e quem não chegar aos cem anos terá incorrido em maldição. Construirão casas e habitarão nelas; plantarão vinhas e comerão os seus frutos».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 29 (30), 2 e 4.5-6.11 e 12a e 13b (R. 2a)
Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes. Repete-se
Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim
se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo. Refrão
Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira. Refrão
Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Am 5,14
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Buscai o bem e não o mal, para que vivais,
e o Senhor estará convosco. Refrão
EVANGELHO Jo 4, 43-54
«Vai, que o teu filho vive»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus saiu da Samaria e foi para a Galileia. Ele próprio tinha declarado que um profeta nunca era apreciado na sua terra. Ao chegar à Galileia, foi recebido pelos galileus, porque tinham visto quanto Ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, a que também eles tinham assistido. Jesus voltou novamente a Caná da Galileia, onde convertera a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário real cujo filho se encontrava doente. Quando ouviu dizer que Jesus viera da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-Lhe que descesse a curar o seu filho, que estava a morrer. Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais e prodígios, não acreditareis». O funcionário insistiu: «Senhor, desce, antes que meu filho morra». Jesus respondeu-lhe: «Vai, que o teu filho vive». O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe tinha dito e pôs-se a caminho. Já ele descia, quando os servos vieram ao seu encontro e lhe disseram que o filho vivia. Perguntou-lhes então a que horas tinha melhorado. Eles responderam-lhe: «Foi ontem à uma da tarde que a febre o deixou». Então o pai verificou que àquela hora Jesus lhe tinha dito: «O teu filho vive». E acreditou, ele e todos os de sua casa. Foi este o segundo milagre que Jesus realizou, ao voltar da Judeia para a Galileia.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor, o fruto da oblação que Vos é consagrada, de modo que, purificados da velha condição do homem terreno, vivamos a vida nova do homem celeste. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Ez 36, 27
Diz o Senhor: Infundirei em vós o meu espírito e farei que sigais os meus preceitos e obedeçais fielmente às minhas leis.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos suplicamos, Senhor, que estes dons sagrados renovem a nossa vida, para que, seguindo o caminho da santidade, alcancemos os bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Celebremos
cada missa que fosse a primeira a única e a última».
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Is 65, 17-21: Com
esta semana, começa a segunda parte da Quaresma. Embora, do ponto de vista
litúrgico, não se pretenda estabelecer uma divisão deste tempo em dois, o facto
é que nestas últimas semanas, com a aproximação da Páscoa, se intensifica a
preparação para este termo. A partir de hoje leremos, de maneira contínua e até
ao fim do Tempo Pascal, o Evangelho de S. João. A liturgia da palavra sublinha
fortemente a perspetiva pascal: a Páscoa de Jesus é a nova criação, a passagem
a “novos céus e nova terra”, onde os mais ambiciosos desejos humanos
encontrarão a sua realização, se eles forem segundo a vontade de Deus, que tem
alegria no seu povo renovado. E o salmo, que será de novo cantado na Vigília
pascal, desde já dá graças pela libertação da morte. Assim, a Quaresma orienta-se
claramente para a Ressurreição.
Jo
4, 43-54: A cura de que fala o Evangelho é apresentada por S.
João, (diferentemente dos Sinópticos), como um “sinal”, sinal de que Jesus é a
Vida e fonte da Vida. Mas não é Ele o Verbo por quem tudo foi feito? É também
Ele por quem agora tudo é refeito como nova criação, anunciada na leitura
anterior
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida
AGENDA
16.00 horas: Confissões
na Comenda
16.00 horas: Confissões
em Montalvão
16.00 horas: Confissões
no Arneiro
21.00 horas: Reunião do
AMIVD
VOZ
DO PASTOR
NEM
ERA UM RAPAZ, NEM ERA AZARIAS … E LEVARAM O CÃO!...
D. Antonino Dias, bispo
Quando os pais de Tobias o mandaram procurar um
companheiro de confiança para ir com ele recuperar um dinheiro – 300 quilos de
prata - que tinham deixado a Gabael, em Rages, na Média, Tobias encontrou, logo
à saída da porta, um jovem que se fez encontrado e que pedia trabalho. Tobias
foi apresentá-lo ao pai que quis saber de que família e de que tribo era e qual
o seu nome. Satisfeito com as informações dadas pelo jovem, ficou a saber que
se chamava Azarias, que conhecia todos as planícies, montanhas e caminhos até
chegar a essa terra, e que até já se tinha hospedado em casa desse tal Gabael.
Alinhado o acordo, Azarias ficou contratado para acompanhar Tobias. Antes de
partirem, Azarias prometeu a Tobit, pai de Tobias, que em breve iria recuperar
a vista. Como sabemos, a pontaria de um pardalito sem problemas de obstipação,
traquina e atrevido, tinha-lhe destruído a vista, quando ele, em tarde de
assanhada canícula, descansava, de papo para o ar, lá no pátio da sua casa. Com
o cão a acompanhá-los, Tobias e Azarias partiram então para Média ao encontro
de Gabael. E de tal eficácia foi o companheirismo de Azarias que, ao passarem
por Ecbátana, tendo pernoitado em casa de uma família cujo casal se chamava
Raguel e Edna, convenceu Tobias a pedir a filha destes em casamento. E
casaram!... E houve festa rija por largos dias! De tal forma foi o envolvimento
na alegria dos preparativos para a festa, que, só depois, e a partir dali,
Azarias, agora acompanhado por quatro criados e dois camelos lá de casa, foi
junto de Gabael a buscar o dinheiro e a convidá-lo também para a festa. Tanto
os noivos como os familiares e convidados, todos alinhavam no desejo e na
preocupação de que o casamento acontecesse segundo os desígnios de Deus, que Deus
o abençoasse e o protegesse. De facto, o matrimónio não é uma relação egoísta
que se possa assumir de-ânimo-leve, nem a prazo. É uma relação de partilha onde
a mulher e o homem crescem juntos e juntos, sabendo ultrapassar os solavancos
da vida, vivem o presente com alegria e constroem o futuro com esperança a
caminho da eternidade. O modo como Tobias, Sara, Raguel e Edna se tratavam,
mostra como o matrimónio amplia a relação familiar e, ao mesmo tempo, como abre
a família à sociedade, deixando constatar também como a alegria da mãe é a
presença viva dos filhos e a alegria do pai é ver os filhos bem-sucedidos na
aventura da vida. Mas todos procuravam contribuir para que isso pudesse
traduzir-se em realidade, sem intromissões indevidas, com discrição e em liberdade
responsável.
Quando Tobias ganhou balanço e coragem para pedir
Sara em casamento, o pai de Sara, Raguel, com uma certa dúvida sobre o futuro
do casamento, pois sabia das mágoas que a sua filha já tinha sofrido, depois do
convincente parlatório do pretendente, disse-lhe: “A minha filha vai ser-te
dada em casamento … Que o Senhor do céu vos ajude … vos conceda a Sua
misericórdia e a Sua paz”. Após os bem-sucedidos festejos do casamento,
despediu-se dele, dizendo-lhe: “…Vai em paz. Que o Senhor do céu te conduza a
ti e à tua esposa Sara pelo bom caminho...” E disse a Sara: “…Vai em paz minha
filha! Que eu tenha sempre boas notícias tuas durante toda a minha vida”. A mãe
de Sara, Edna, por sua vez, muito lacrimosa pela filha, disse a Tobias, agora
seu estimado genro: “Meu filho Tobias… que o Senhor um dia te faça voltar e
que, antes de morrer, eu possa ver os teus filhos e de minha filha Sara. Não
lhe causes tristeza durante todos os dias da tua vida. Vai em paz…”. Ao se
afastarem, Tobias reafirma-lhes: “Que eu seja digno de vós, todos os dias da
minha vida”.
Quando chegaram a casa de Tobit e Ana, pais de
Tobias, que não tinham estado nem sabiam do casamento, encontraram-nos
preocupados com tanta demora do filho nessa viagem. Lá se explicaram sobre o
porquê da demora e Azarias não perdeu tempo. Com o fel que Tobias tinha
arrancado ao peixe que o assustara quando, na viagem, lavava os pés no rio, fez
com que Tobit, pai de Tobias, recuperasse a vista. Agradecido e testemunhando a
todos que Deus teve misericórdia dele e lhe devolveu a visão, Tobit saiu
eufórico ao encontro de Sara, esposa de seu filho, e deu-lhe a bênção: “Sê
bem-vinda, minha filha! …Sê bem-vinda a esta casa. Fica alegre e à vontade.
Entra…”. E “todos os judeus que viviam em Nínive … durante sete dias festejaram
alegremente o casamento de Tobias”.
Para sossego dos mais curiosos e impacientes com o
que lhe terá acontecido, sei que o cão foi e regressou com eles, são e salvo.
Não sei é se conseguiu entrar nalgum restaurante, se era perigoso, se tinha
pedigree, se levava trela ou açaime, se tomava banho, se tinha as vacinas em
dia, se constava lá no registo canino do tempo... sim, nada consta, nada disso
eu sei.
Mas chega agora um delicado momento, até porque
Tobias, filho de um judeu justo, bom e fiel a Deus e aos homens, tinha sido
educado na verdade, na justiça, na gratidão e no respeito pelos outros. Era
preciso fazer as contas com o rapaz, com Azarias: “Pai, quanto lhe devo dar?
Ele conduziu-me são e salvo, libertou a minha mulher, resgatou o dinheiro e
ainda o curou a si. Como é que lhe vou pagar?”. Chamaram o jovem e acordaram
pagar-lhe metade de quanto tinham trazido. Azarias, porém, não era quem dizia
ser, muito menos quem eles pensavam que fosse. Depois de mais alguma conversa
sobre deveres da pessoa para com Deus, para consigo mesma e para com o próximo,
Azarias apresentou-se-lhes e os dois ficaram boquiabertos e caíram de rosto por
terra: “… Eu sou Rafael, um dos sete anjos… Não tenhais medo! Que a paz esteja
convosco! Bendizei a Deus para sempre …Vós julgáveis que eu comia, mas era só
aparência. Agora, bendizei ao Senhor na terra e agradecei a Deus. Vou voltar
para aquele que me enviou …”.
Tobias e Sara, cientes de que o casamento era para
sempre e que os devia levar a crescer juntos com abertura para Deus que os
amava e unira, logo depois do casamento convidaram-se mutuamente à oração.
Rezaram juntos, deram graças a Deus pelo dom de cada um deles para o outro e
para o bem de ambos. Pediram ao Senhor que lhes concedesse a sua misericórdia e
a sua proteção. Que tivesse piedade deles e os fizesse chegar juntos a uma
ditosa velhice.
Na verdade, quando a vida e as opções fundamentais
da vida, como, por exemplo, a constituição duma família, quando todas as coisas
se assumem com responsabilidade e tudo é sonhado em Deus e com Deus, Deus está,
não falha, e até nos confia a um Anjo da Guarda que nos rege, protege e
ilumina. O justo nunca vive sozinho, está sempre acompanhado e protegido por
Deus. ((Aconselho a ler este pequeno livro sapiencial do Velho Testamento, o
Livro de Tobias, uma espécie de romance ou novela que transmite belos
ensinamentos e se lê com muito agrado e proveito)).
Antonino Dias
Portalegre, 09-03-2918
Sem comentários:
Enviar um comentário