PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
13 de março de 2018
Terça da IV
semana da quaresma
TERÇA-FEIRA
da semana IV
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Ez 47, 1-9. 12; Sal 45 (46), 2-3. 5-6. 8-9
Ev Jo 5, 1-3a. 5-16
* 5.º aniversário da eleição do Papa Francisco (2013). Onde se fizerem celebrações especiais, pode dizer-se a Missa do aniversário da eleição do Papa. Em todas as Missas, quando houver oração universal, incluir-se-á uma intenção especial pelo Papa.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Ez 47, 1-9. 12; Sal 45 (46), 2-3. 5-6. 8-9
Ev Jo 5, 1-3a. 5-16
* 5.º aniversário da eleição do Papa Francisco (2013). Onde se fizerem celebrações especiais, pode dizer-se a Missa do aniversário da eleição do Papa. Em todas as Missas, quando houver oração universal, incluir-se-á uma intenção especial pelo Papa.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Pelino Domingues, Bispo Emérito de Santarém – (1988).
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Is 55, 1
Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Todos vós que não tendes dinheiro, vinde e bebei com alegria.
ORAÇÃO
Fazei, Senhor, que a observância deste santo tempo da Quaresma disponha o coração dos vossos fiéis para celebrarem dignamente o mistério pascal e anunciarem aos homens a alegria da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ez 47, 1-9.12
«Vi a água sair do templo
e todos aqueles a quem chegou esta água foram salvos»
Leitura da Profecia de Ezequiel
Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Todos vós que não tendes dinheiro, vinde e bebei com alegria.
ORAÇÃO
Fazei, Senhor, que a observância deste santo tempo da Quaresma disponha o coração dos vossos fiéis para celebrarem dignamente o mistério pascal e anunciarem aos homens a alegria da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ez 47, 1-9.12
«Vi a água sair do templo
e todos aqueles a quem chegou esta água foram salvos»
Leitura da Profecia de Ezequiel
Naqueles dias, o Anjo reconduziu-me à entrada do templo. Debaixo do limiar da porta saía água, em direção ao Oriente, pois a fachada do templo estava voltada para o Oriente. As águas corriam da parte inferior, do lado direito do templo, ao sul do altar. O Anjo fez-me sair pela porta setentrional e contornar o templo por fora, até à porta exterior, que está voltada para o Oriente. As águas corriam do lado direito. Depois saiu na direcção do Oriente com uma corda na mão; mediu mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos tornozelos. Mediu outros mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me aos joelhos. Mediu ainda mil côvados e mandou-me atravessar: a água chegava-me à cintura. Por fim, mediu mais mil côvados: era uma torrente que eu não podia atravessar. As águas tinham aumentado até se perder o pé, formando um rio impossível de transpor. Disse-me então o Anjo: «Viste, filho do homem?» E fez-me voltar para a margem da torrente. Quando cheguei, vi nas margens da torrente uma grande quantidade de árvores, de um e outro lado. O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce até Arabá e entra no mar, para que as suas águas se tornem salubres. Em toda a parte aonde chegar esta torrente, todo o ser vivo que nela se move terá novo alento e o peixe será muito abundante. Porque aonde esta água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a parte aonde chegar esta torrente. À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de árvores de fruto: a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus frutos. Todos os meses darão frutos novos, porque as águas vêm do santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 45 (46), 2-3.5-6.8-9 (R. 8)
Refrão: O Senhor do Universo está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza. Repete-se
Deus é o nosso refúgio e a nossa força,
auxílio sempre pronto na adversidade.
Por isso nada receamos, ainda que a terra vacile
e os montes se precipitem no fundo do mar. Refrão
Os braços dum rio alegram a cidade de Deus,
a mais santa das moradas do Altíssimo.
Deus está no meio dela e a torna inabalável,
Deus a protege desde o romper da aurora. Refrão
O Senhor dos Exércitos está connosco,
o Deus de Jacob é a nossa fortaleza.
Vinde e contemplai as obras do Senhor,
as maravilhas que realizou na terra. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 50 (51), 12a.14a
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Criai em mim, Senhor, um coração puro,
dai-me de novo a alegria da vossa salvação. Refrão
EVANGELHO Jo 5, 1-3a.5-16
«No mesmo instante o homem ficou são»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos. Ali jazia um grande número de enfermos, cegos, coxos e paralíticos. Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos. Ao vê-lo deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?» O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim». Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda». No mesmo instante o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora aquele dia era sábado. Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado: não podes levar a tua enxerga». Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou disse-me: ‘Toma a tua enxerga e anda’». Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: ‘Toma a tua enxerga e anda’». Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local. Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior». O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado. Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei benignamente, Senhor, os dons que Vós mesmo nos destes para sustento da nossa vida mortal e transformai-os para nós em alimento de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 22, 1-2
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Purificai, Senhor, o nosso espírito e renovai-o com os vossos divinos sacramentos, para que também o nosso corpo mortal receba o auxílio necessário na vida presente e na vida futura. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Não
há ventos favráveis para quem não sabe a que porto se dirige».
ARTUR SCHOPENAEUR
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: Interioriza,
dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Ez
47, 1-9.12: Celebraremos hoje uma liturgia batismal:
partindo do sinal da água (as duas leituras e o salmo) e através dele, somos
iluminados sobre a significação última do banho batismal. Para o povo no exílio
no tempo de Ezequiel, o templo era, no centro do universo, sinal da presença de
Deus. A água é a fonte da vida, da ressurreição, e Jesus dirá que ela é sinal
do Espírito Santo. Isto ela o é no Batismo, que na cidade de Deus, a Igreja, é
como um rio que irriga e faz participar na vida de Cristo ressuscitado, pela
força do Espírito Santo.
Jo
5, 1-3a.5-16: Movido pelo Espírito da Ressurreição, o
homem, desde longa data enfermo, é liberto do pecado, fica são pela vida que
Jesus lhe comunica, e assim curado, libertado, perdoado, ressuscitado em Jesus
- que é e dá a Vida - caminha são, e é convidado a não mais pecar.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida
AGENDA
16.00 horas:
Confissões Na Amieira
16.00 horas:
Confissões na Falagueira
16.00 horas:
Confissões no Monte Claro
18.00 horas: Missa em
Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Reunião
do Movimento dos Cursos de Cristandade.
VOZ
DO PASTOR
NEM
ERA UM RAPAZ, NEM ERA AZARIAS … E LEVARAM O CÃO!...
D. Antonino Dias, bispo
Quando
os pais de Tobias o mandaram procurar um companheiro de confiança para ir com
ele recuperar um dinheiro – 300 quilos de prata - que tinham deixado a Gabael,
em Rages, na Média, Tobias encontrou, logo à saída da porta, um jovem que se
fez encontrado e que pedia trabalho. Tobias foi apresentá-lo ao pai que quis
saber de que família e de que tribo era e qual o seu nome. Satisfeito com as
informações dadas pelo jovem, ficou a saber que se chamava Azarias, que
conhecia todos as planícies, montanhas e caminhos até chegar a essa terra, e
que até já se tinha hospedado em casa desse tal Gabael. Alinhado o acordo,
Azarias ficou contratado para acompanhar Tobias. Antes de partirem, Azarias
prometeu a Tobit, pai de Tobias, que em breve iria recuperar a vista. Como
sabemos, a pontaria de um pardalito sem problemas de obstipação, traquina e
atrevido, tinha-lhe destruído a vista, quando ele, em tarde de assanhada
canícula, descansava, de papo para o ar, lá no pátio da sua casa. Com o cão a
acompanhá-los, Tobias e Azarias partiram então para Média ao encontro de
Gabael. E de tal eficácia foi o companheirismo de Azarias que, ao passarem por
Ecbátana, tendo pernoitado em casa de uma família cujo casal se chamava Raguel
e Edna, convenceu Tobias a pedir a filha destes em casamento. E casaram!... E
houve festa rija por largos dias! De tal forma foi o envolvimento na alegria
dos preparativos para a festa, que, só depois, e a partir dali, Azarias, agora
acompanhado por quatro criados e dois camelos lá de casa, foi junto de Gabael a
buscar o dinheiro e a convidá-lo também para a festa. Tanto os noivos como os
familiares e convidados, todos alinhavam no desejo e na preocupação de que o
casamento acontecesse segundo os desígnios de Deus, que Deus o abençoasse e o
protegesse. De facto, o matrimónio não é uma relação egoísta que se possa
assumir de-ânimo-leve, nem a prazo. É uma relação de partilha onde a mulher e o
homem crescem juntos e juntos, sabendo ultrapassar os solavancos da vida, vivem
o presente com alegria e constroem o futuro com esperança a caminho da
eternidade. O modo como Tobias, Sara, Raguel e Edna se tratavam, mostra como o
matrimónio amplia a relação familiar e, ao mesmo tempo, como abre a família à
sociedade, deixando constatar também como a alegria da mãe é a presença viva
dos filhos e a alegria do pai é ver os filhos bem-sucedidos na aventura da
vida. Mas todos procuravam contribuir para que isso pudesse traduzir-se em
realidade, sem intromissões indevidas, com discrição e em liberdade
responsável.
Quando
Tobias ganhou balanço e coragem para pedir Sara em casamento, o pai de Sara,
Raguel, com uma certa dúvida sobre o futuro do casamento, pois sabia das mágoas
que a sua filha já tinha sofrido, depois do convincente parlatório do
pretendente, disse-lhe: “A minha filha vai ser-te dada em casamento … Que o
Senhor do céu vos ajude … vos conceda a Sua misericórdia e a Sua paz”. Após os
bem-sucedidos festejos do casamento, despediu-se dele, dizendo-lhe: “…Vai em
paz. Que o Senhor do céu te conduza a ti e à tua esposa Sara pelo bom
caminho...” E disse a Sara: “…Vai em paz minha filha! Que eu tenha sempre boas
notícias tuas durante toda a minha vida”. A mãe de Sara, Edna, por sua vez,
muito lacrimosa pela filha, disse a Tobias, agora seu estimado genro: “Meu
filho Tobias… que o Senhor um dia te faça voltar e que, antes de morrer, eu
possa ver os teus filhos e de minha filha Sara. Não lhe causes tristeza durante
todos os dias da tua vida. Vai em paz…”. Ao se afastarem, Tobias reafirma-lhes:
“Que eu seja digno de vós, todos os dias da minha vida”.
Quando
chegaram a casa de Tobit e Ana, pais de Tobias, que não tinham estado nem
sabiam do casamento, encontraram-nos preocupados com tanta demora do filho
nessa viagem. Lá se explicaram sobre o porquê da demora e Azarias não perdeu
tempo. Com o fel que Tobias tinha arrancado ao peixe que o assustara quando, na
viagem, lavava os pés no rio, fez com que Tobit, pai de Tobias, recuperasse a
vista. Agradecido e testemunhando a todos que Deus teve misericórdia dele e lhe
devolveu a visão, Tobit saiu eufórico ao encontro de Sara, esposa de seu filho,
e deu-lhe a bênção: “Sê bem-vinda, minha filha! …Sê bem-vinda a esta casa. Fica
alegre e à vontade. Entra…”. E “todos os judeus que viviam em Nínive … durante
sete dias festejaram alegremente o casamento de Tobias”.
Para
sossego dos mais curiosos e impacientes com o que lhe terá acontecido, sei que
o cão foi e regressou com eles, são e salvo. Não sei é se conseguiu entrar
nalgum restaurante, se era perigoso, se tinha pedigree, se levava trela ou açaime,
se tomava banho, se tinha as vacinas em dia, se constava lá no registo canino
do tempo... sim, nada consta, nada disso eu sei.
Mas
chega agora um delicado momento, até porque Tobias, filho de um judeu justo,
bom e fiel a Deus e aos homens, tinha sido educado na verdade, na justiça, na
gratidão e no respeito pelos outros. Era preciso fazer as contas com o rapaz,
com Azarias: “Pai, quanto lhe devo dar? Ele conduziu-me são e salvo, libertou a
minha mulher, resgatou o dinheiro e ainda o curou a si. Como é que lhe vou
pagar?”. Chamaram o jovem e acordaram pagar-lhe metade de quanto tinham
trazido. Azarias, porém, não era quem dizia ser, muito menos quem eles pensavam
que fosse. Depois de mais alguma conversa sobre deveres da pessoa para com
Deus, para consigo mesma e para com o próximo, Azarias apresentou-se-lhes e os
dois ficaram boquiabertos e caíram de rosto por terra: “… Eu sou Rafael, um dos
sete anjos… Não tenhais medo! Que a paz esteja convosco! Bendizei a Deus para
sempre …Vós julgáveis que eu comia, mas era só aparência. Agora, bendizei ao
Senhor na terra e agradecei a Deus. Vou voltar para aquele que me enviou …”.
Tobias
e Sara, cientes de que o casamento era para sempre e que os devia levar a
crescer juntos com abertura para Deus que os amava e unira, logo depois do
casamento convidaram-se mutuamente à oração. Rezaram juntos, deram graças a
Deus pelo dom de cada um deles para o outro e para o bem de ambos. Pediram ao
Senhor que lhes concedesse a sua misericórdia e a sua proteção. Que tivesse
piedade deles e os fizesse chegar juntos a uma ditosa velhice.
Na
verdade, quando a vida e as opções fundamentais da vida, como, por exemplo, a
constituição duma família, quando todas as coisas se assumem com
responsabilidade e tudo é sonhado em Deus e com Deus, Deus está, não falha, e
até nos confia a um Anjo da Guarda que nos rege, protege e ilumina. O justo
nunca vive sozinho, está sempre acompanhado e protegido por Deus. ((Aconselho a
ler este pequeno livro sapiencial do Velho Testamento, o Livro de Tobias, uma
espécie de romance ou novela que transmite belos ensinamentos e se lê com muito
agrado e proveito)).
Antonino Dias
Portalegre, 09-03-2918
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