terça-feira, 27 de março de 2018





PARÓQUIAS DE NISA



Quarta, 28 de março de 2018







Quarta-feira da Semana Santa









QUARTA-FEIRA da Semana Santa

Roxo – Ofício próprio.
Missa própria, pf. II da Paixão.

L 1 Is 50, 4-9a; Sal 68 (69), 8-10. 21bcd-22. 31. 33-34
Ev Mt 26, 14-25


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Filip 2, 10.8.11
Ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, porque o Senhor obedeceu até à morte e morte de cruz: Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai.


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que, para nos libertar do poder do inimigo, quisestes que o vosso Filho sofresse o suplício da cruz, concedei aos vossos servos a graça da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 50, 4-9a
«Não desviei o meu rosto dos que Me insultavam»
(Terceiro cântico do Servo do Senhor)


Leitura do Livro de Isaías

O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio, e por isso não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido. O meu advogado está perto de mim. Pretende alguém instaurar-me um processo? Compareçamos juntos. Quem é o meu adversário? Que se apresente! O Senhor Deus vem em meu auxílio. Quem ousará condenar-me?

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 68 (69), 8-10.21bcd-22.31.33-34 (R. 14 c b)
Refrão: Pela vossa grande misericórdia,
no tempo da graça, atendei-me, Senhor. Repete-se


Por Vós tenho suportado afrontas,
cobrindo-se meu rosto de confusão.
Tornei-me um estranho para os meus irmãos,
um desconhecido para a minha família.
Devorou-me o zelo da vossa casa
e recaíram sobre mim os insultos contra Vós. Refrão

O insulto despedaçou-me o coração
e eu desfaleço.
Esperei por compaixão e não apareceu,
nem encontrei quem me consolasse.
Misturaram-me fel na comida
e deram-me vinagre a beber. Refrão

Louvarei com cânticos o nome de Deus
e em acção de graças O glorificarei.
Vós, humildes, olhai e alegrai-vos,
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará.
O Senhor ouve os pobres
e não despreza os cativos. Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Salve, Senhor, nosso Rei;
só Vós tivestes piedade dos nossos erros. Refrão

Ou:
Salve, Senhor, nosso Rei, obediente ao Pai,
que fostes levado como manso cordeiro
à morte na cruz. Refrão


EVANGELHO Mt 26, 14-25
«O Filho do homem vai partir, como está escrito.
Mas ai daquele por quem vai ser entregue!»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, um dos Doze, chamado Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse-lhes: «Que estais dispostos a dar-me para vos entregar Jesus?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata. A partir de então, Judas procurava uma oportunidade para O entregar. No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?» Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo. É em tua casa que Eu quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos’». Os discípulos fizeram como Jesus lhes tinha mandado e prepararam a Páscoa. Ao cair da tarde, sentou-Se à mesa com os Doze. Enquanto comiam, declarou: «Em verdade, em verdade vos digo: Um de vós Me entregará». Profundamente entristecidos, começou cada um a perguntar Lhe: «Serei eu, Senhor?» Jesus respondeu: «Aquele que meteu comigo a mão no prato é que vai entregar-Me. O Filho do homem vai partir, como está escrito acerca d’Ele. Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue! Melhor seria para esse homem não ter nascido». Judas, que O ia entregar, tomou a palavra e perguntou: «Serei eu, Mestre?» Respondeu Jesus: «Tu o disseste».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons que Vos oferecemos e fazei que, ao celebrarmos os mistérios da paixão de Cristo, alcancemos a plenitude dos seus frutos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Paixão do Senhor II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 20, 28
O Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a vida pela redenção dos homens.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, dai-nos a graça de acreditar firmemente que, pela morte temporal do vosso Filho, proclamada nestes santos mistérios, recebemos das vossas mãos o penhor da vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





 «O saber que só alimente o nosso orgulho e vaidade, depressa nos desonrará».

FRANCISCO DE SALES





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Is 50, 4-9a: É o terceiro Cântico do Servo do Senhor. Jesus é esse Servo, humilhado, desprezado, insultado pelos homens; mas, no meio de toda essa fraqueza, Ele é o triunfador, porque o Pai está com Ele. O Pai O exaltará.

Mt 26, 14-25: A traição de Judas é o inicio da Paixão. Esta traição é denunciada por Jesus durante a refeição em que celebra a Páscoa e institui a Eucaristia. Deste modo, a libertação é trazida por Jesus aos homens, ao mesmo tempo em que o homem O atraiçoa e lhe dá a morte. Esta leitura está dominada pela ideia das ‘entregas’: a ‘entrega’ ou “traição” que Judas faz de Jesus, e a ‘entrega’ que Jesus faz de Si mesmo na sua Páscoa, da qual já amanhã fará entrega aos seus discípulos na Eucaristia.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.






AGENDA

17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Eucaristia na Igreja do Espírito Santo – Nisa.




VOZ DO PASTOR

QUE OS ESPECIALISTAS LHE CALCEM OS SAPATOS

Ao longo desta semana, de segunda-feira a sábado, está a decorrer, em Roma, uma inédita reunião pré-sinodal. Participam trezentos jovens de todo o mundo como representantes de Conferências Episcopais, de movimentos e instituições, de dentro e de fora da Igreja, crentes e não-crentes. É mais um passo em ordem à preparação do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” que vai ter lugar em outubro próximo. Lá estão três jovens portugueses: Joana Serôdio, indicada pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil e em representação da Conferência Episcopal Portuguesa. Tem 30 anos, um mestrado em Bioquímica, faz parte da equipa coordenadora dos Convívios Fraternos da Diocese de Coimbra e também da equipa do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil; Rui Lourenço Teixeira, nomeado pela Conferência Internacional Católica do Escutismo, a qual vai representar. Tem 30 anos, é médico e professor universitário, da Diocese de Setúbal. Colabora como formador de dirigentes nas equipas nacionais do Corpo Nacional de Escutas e tem representado este movimento na Conferência Internacional Católica do Escutismo; e Tomás Virtuoso, escolhido pelo Secretariado Internacional das Equipas de Jovens de Nossa Senhora. Tem 24 anos, está a completar a tese de mestrado em Economia Política Europeia e vai representar o movimento a nível internacional. É do Patriarcado de Lisboa e membro das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, onde tem assumido as mais diversas responsabilidades, tanto a nível local como a nível nacional. Faz parte da equipa de organização do Faith's Night Out. Todos os participantes foram também convidados pelo Santo Padre a participarem na Eucaristia do próximo Domingo de Ramos, Dia Mundial da Juventude.
Aquando da sua Viagem Apostólica ao Chile, em janeiro passado, encontrando-se com os jovens no Santuário Nacional de Maipú, um Santuário “que se levanta na encruzilhada das estradas entre o Norte e o Sul, que une a neve e o oceano, e faz com que o céu e a terra tenham uma casa”, Francisco, fez referência aos sonhos e às experiências que dali foram promovidas por Jovens “que souberam viver a aventura da fé”. A fé, disse, provoca nos jovens “sentimentos de aventura, que convidam a viajar através de paisagens incríveis, paisagens nada fáceis, nada tranquilas”. E logo acrescentou: “Exceto aqueles que ainda não desceram do sofá. Descei depressa! … Vós que sois especialistas, calçai-lhes os sapatos”.
Aqui lhes disse que convocara este Sínodo e este Encontro pré-sinodal, em Roma, com delegações dos jovens de todo o mundo, para os ouvir sem filtros: ”tenho medo dos filtros, porque às vezes as opiniões dos jovens, para chegar a Roma, devem passar através de várias conexões e estas propostas podem chegar muito filtradas, não pelas companhias aéreas, mas por aqueles que as transcrevem”. Por isso, “vós sereis protagonistas: jovens de todo o mundo, jovens católicos e jovens não-católicos; jovens cristãos e doutras religiões; e jovens que não sabem se acreditam ou não: todos. Para vos ouvir, para vos escutar diretamente, porque é importante que vós faleis, que não vos deixeis silenciar. A nós compete ajudar-vos, para serdes coerentes com o que dizeis”. E tudo isto porque “a Igreja deve ter um rosto jovem e, nisto, vós deveis ajudar-nos. Mas, é claro, um rosto jovem real, cheio de vida, não rosto jovem porque trocado, maquilhado com cremes rejuvenescedores; não, isto não serve, mas jovem porque se deixa interpelar do fundo do coração“.
Decorrido que foi já este tempo de preparação para o Sínodo, a Santa Sé estuda, agora, as propostas enviadas pelas Conferências Episcopais de cada país. São propostas que lhe chegaram através das Dioceses de todo o mundo e obtidas nas paróquias, nas instituições, nos movimentos e grupos de reflexão. Estuda estas propostas e também as mais de 221 mil respostas ao questionário que foi disponibilizado na internet, das quais cerca de 20% são relativas a não-católicos, mantendo-se ativo o sítio dedicado ao Sínodo dos Bispos,www.synod2018.va, e uma página na rede social: www.facebook.com/synod2018, bem como se pode acompanhar pelo Twitter e Instagram.
No Encontro que esta semana decorre em Roma, Francisco, no início dos trabalhos, partiu do princípio de que os jovens “têm de ser levados a sério”. Chamou a atenção para uma cultura que, apesar de “idolatrar a juventude”, “exclui muitos jovens” da possibilidade de serem “protagonistas”. Nesta extensa assembleia em que está representada uma “grande variedade de povos, culturas e religiões”, com crentes e não-crentes, Francisco convidou-os a “falar com coragem” e a “escutar com humildade”, garantindo a cada um “o direito de ser escutado” e a todos “o direito de falar”. Saudou a “força” que os jovens têm para “dizer as coisas”, para “rir e chorar”, enquanto os adultos se habituam, muitas vezes, a encolher os ombros e a dizer que “o mundo é assim”. Quis acentuar que “demasiadas vezes, se fala dos jovens sem os interpelar”, se evita o encontro “cara a cara” com eles preferindo-se discursos abstratos, manifestou-se contrário a quem pensa que é preciso defender “uma distância de segurança” face aos jovens. Precisou também que “a juventude não existe, existem jovens, histórias, rostos”. E até provocando o riso na assembleia, também admitiu que estes, os jovens, nem sempre são o “prémio Nobel da prudência”. Referindo-se ao nível do desemprego juvenil e à marginalização dos jovens da vida pública, afirmou que eles são obrigados a “mendigar ocupações” que não garantem um futuro, o que constitui “um pecado social”, a sociedade “é responsável por isto”. Não deixou também de reafirmar que temos “de aprender, na Igreja, novas formas de presença e de proximidade”, de “ousar caminhos novos”, de, sem medo, “sair para as periferias existenciais” sem ceder ao “veneno” da “lógica do sempre se fez assim”.

Antonino Dias
Portalegre, 23-03-2018


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