segunda-feira, 26 de março de 2018





PARÓQUIAS DE NISA


Terça, 27 de março de 2018





Terça-feira da Semana Santa






TERÇA-FEIRA da Semana Santa

Roxo – Ofício próprio.
Missa própria, pf. II da Paixão.

L 1 Is 49, 1-6; Sal 70 (71), 1-2. 3-4a. 5-6ab. 15 e 17
Ev Jo 13, 21-33. 36-38


* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 26, 12
Não me entregueis, Senhor, ao ódio dos meus adversários: contra mim se levantaram testemunhas falsas, que respiram violência.


ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, concedei-nos a graça de celebrar dignamente os mistérios da paixão do Senhor, para merecermos alcançar o seu perdão. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 49, 1-6
«Farei de ti a luz das nações,
para que a minha salvação chegue até aos confins da terra»
(Segundo cântico do Servo do Senhor)


Leitura do Livro de Isaías

Terras de Além-Mar, escutai-me; povos de longe, prestai atenção. O Senhor chamou-me desde o ventre materno, disse o meu nome desde o seio de minha mãe. Fez da minha boca uma espada afiada, abrigou-me à sombra da sua mão. Tornou-me semelhante a uma seta aguda, guardou-me na sua aljava. E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha glória». E eu dizia: «Cansei-me inutilmente, em vão e por nada gastei as minhas forças». Mas o meu direito está no Senhor e a minha recompensa está no meu Deus. E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servo, a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob e reconduzir os sobreviventes de Israel. Eu tenho merecimento diante do Senhor e Deus é a minha força. Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Farei de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 70 (71), 1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17 (R. cf. 15ab)
Refrão: A minha boca proclamará a vossa salvação. Repete-se

Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me. Refrão

Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador. Refrão

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protetor. Refrão

A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios. Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Salve, Senhor, nosso Rei, obediente ao Pai,
que fostes levado como manso cordeiro
à morte na cruz. Refrão


EVANGELHO Jo 13, 21-33.36-38
«Um de vós há-de entregar-me...
Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, estando Jesus à mesa com os discípulos, sentiu-Se intimamente perturbado e declarou: «Em verdade, em verdade vos digo: Um de vós Me entregará». Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem de quem falava. Um dos discípulos, o predileto de Jesus, estava à mesa, mesmo a seu lado. Simão Pedro fez-lhe sinal e disse: «Pergunta-Lhe a quem Se refere». Ele inclinou-Se sobre o peito de Jesus e perguntou Lhe: «Quem é, Senhor?» Jesus respondeu: «É aquele a quem vou dar este bocado de pão molhado». E, molhando o pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão. Naquele momento, depois de engolir o pão, Satanás entrou nele. Disse- lhe Jesus: «O que tens a fazer, fá-lo depressa». Mas nenhum dos que estavam à mesa compreendeu porque lhe disse tal coisa. Como Judas era quem tinha a bolsa comum, alguns pensavam que Jesus lhe tinha dito: «Vai comprar o que precisamos para a festa»; ou então, que desse alguma esmola aos pobres. Judas recebeu o bocado de pão e saiu imediatamente. Era noite. Depois de ele sair, Jesus disse: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, também Deus O glorificará em Si mesmo e glorificá l’O-á sem demora. Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Haveis de procurar-Me e, assim como disse aos judeus, também agora vos digo: não podeis ir para onde Eu vou». Perguntou-Lhe Simão Pedro: «Para onde vais, Senhor?». Jesus respondeu: «Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora; seguir-Me-ás depois». Disse-Lhe Pedro: «Senhor, por que motivo não posso seguir-Te agora? Eu darei a vida por Ti». Disse-Lhe Jesus: «Darás a vida por Mim? Em verdade, em verdade te digo: Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor, para a oblação dos vossos filhos: Vós que os fazeis participar neste mistério de salvação, fazei que alcancem a plenitude da vida eterna. Por Nosso Senhor.

Prefácio da Paixão do Senhor II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 8, 32
Para nos salvar, Deus não poupou o seu próprio Filho.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados, concedei-nos, por este sacramento com que nos alimentais na vida presente, a comunhão convosco na vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 






 «O testemunho mais autêntico que transmitimos é aquele vivemos».

FRANCISCO DE ASSIS





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Is 49, 1-6: Esta leitura é o ‘Segundo cântico do Servo do Senhor’. Para realizar os seus desígnios de salvação em relação aos homens, Deus chama o seu Servo. E, embora possa vir a parecer que a vida do Servo foi inútil, Deus fez dele a luz para todos os povos da terra. O cântico é posto na boca do próprio Servo, que é Jesus. É Ele quem fala. Embora servo sofredor, Ele é enviado para levar a salvação a toda a terra.

Jo 13, 21-33.36-38: Vão-se acumulando os antecedentes imediatos da Paixão. Jesus anuncia a traição de Judas e a negação de Pedro. Depois da rejeição dos meios oficiais, vem agora a traição e a negação dos seus. Estamos já na última Ceia. S. João vai interpretando os acontecimentos de maneira simbólica: atrás do pão, Satanás entra em Judas; já era noite; a morte de Jesus é a sua glorificação; Pedro segui-l’O-à depois; Jesus está cada vez mais abandonado dos homens, ao mesmo tempo que é o seu Salvador.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.






AGENDA

10.00 horas: Funeral em Tolosa
14,30 horas: Funeral no Pardo
18.00 horas: Eucaristia na Igreja do Espírito Santo – Nisa.




VOZ DO PASTOR

QUE OS ESPECIALISTAS LHE CALCEM OS SAPATOS

Ao longo desta semana, de segunda-feira a sábado, está a decorrer, em Roma, uma inédita reunião pré-sinodal. Participam trezentos jovens de todo o mundo como representantes de Conferências Episcopais, de movimentos e instituições, de dentro e de fora da Igreja, crentes e não-crentes. É mais um passo em ordem à preparação do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” que vai ter lugar em outubro próximo. Lá estão três jovens portugueses: Joana Serôdio, indicada pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil e em representação da Conferência Episcopal Portuguesa. Tem 30 anos, um mestrado em Bioquímica, faz parte da equipa coordenadora dos Convívios Fraternos da Diocese de Coimbra e também da equipa do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil; Rui Lourenço Teixeira, nomeado pela Conferência Internacional Católica do Escutismo, a qual vai representar. Tem 30 anos, é médico e professor universitário, da Diocese de Setúbal. Colabora como formador de dirigentes nas equipas nacionais do Corpo Nacional de Escutas e tem representado este movimento na Conferência Internacional Católica do Escutismo; e Tomás Virtuoso, escolhido pelo Secretariado Internacional das Equipas de Jovens de Nossa Senhora. Tem 24 anos, está a completar a tese de mestrado em Economia Política Europeia e vai representar o movimento a nível internacional. É do Patriarcado de Lisboa e membro das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, onde tem assumido as mais diversas responsabilidades, tanto a nível local como a nível nacional. Faz parte da equipa de organização do Faith's Night Out. Todos os participantes foram também convidados pelo Santo Padre a participarem na Eucaristia do próximo Domingo de Ramos, Dia Mundial da Juventude.
Aquando da sua Viagem Apostólica ao Chile, em janeiro passado, encontrando-se com os jovens no Santuário Nacional de Maipú, um Santuário “que se levanta na encruzilhada das estradas entre o Norte e o Sul, que une a neve e o oceano, e faz com que o céu e a terra tenham uma casa”, Francisco, fez referência aos sonhos e às experiências que dali foram promovidas por Jovens “que souberam viver a aventura da fé”. A fé, disse, provoca nos jovens “sentimentos de aventura, que convidam a viajar através de paisagens incríveis, paisagens nada fáceis, nada tranquilas”. E logo acrescentou: “Exceto aqueles que ainda não desceram do sofá. Descei depressa! … Vós que sois especialistas, calçai-lhes os sapatos”.
Aqui lhes disse que convocara este Sínodo e este Encontro pré-sinodal, em Roma, com delegações dos jovens de todo o mundo, para os ouvir sem filtros: ”tenho medo dos filtros, porque às vezes as opiniões dos jovens, para chegar a Roma, devem passar através de várias conexões e estas propostas podem chegar muito filtradas, não pelas companhias aéreas, mas por aqueles que as transcrevem”. Por isso, “vós sereis protagonistas: jovens de todo o mundo, jovens católicos e jovens não-católicos; jovens cristãos e doutras religiões; e jovens que não sabem se acreditam ou não: todos. Para vos ouvir, para vos escutar diretamente, porque é importante que vós faleis, que não vos deixeis silenciar. A nós compete ajudar-vos, para serdes coerentes com o que dizeis”. E tudo isto porque “a Igreja deve ter um rosto jovem e, nisto, vós deveis ajudar-nos. Mas, é claro, um rosto jovem real, cheio de vida, não rosto jovem porque trocado, maquilhado com cremes rejuvenescedores; não, isto não serve, mas jovem porque se deixa interpelar do fundo do coração“.
Decorrido que foi já este tempo de preparação para o Sínodo, a Santa Sé estuda, agora, as propostas enviadas pelas Conferências Episcopais de cada país. São propostas que lhe chegaram através das Dioceses de todo o mundo e obtidas nas paróquias, nas instituições, nos movimentos e grupos de reflexão. Estuda estas propostas e também as mais de 221 mil respostas ao questionário que foi disponibilizado na internet, das quais cerca de 20% são relativas a não-católicos, mantendo-se ativo o sítio dedicado ao Sínodo dos Bispos, www.synod2018.va, e uma página na rede social: www.facebook.com/synod2018, bem como se pode acompanhar pelo Twitter e Instagram.
No Encontro que esta semana decorre em Roma, Francisco, no início dos trabalhos, partiu do princípio de que os jovens “têm de ser levados a sério”. Chamou a atenção para uma cultura que, apesar de “idolatrar a juventude”, “exclui muitos jovens” da possibilidade de serem “protagonistas”. Nesta extensa assembleia em que está representada uma “grande variedade de povos, culturas e religiões”, com crentes e não-crentes, Francisco convidou-os a “falar com coragem” e a “escutar com humildade”, garantindo a cada um “o direito de ser escutado” e a todos “o direito de falar”. Saudou a “força” que os jovens têm para “dizer as coisas”, para “rir e chorar”, enquanto os adultos se habituam, muitas vezes, a encolher os ombros e a dizer que “o mundo é assim”. Quis acentuar que “demasiadas vezes, se fala dos jovens sem os interpelar”, se evita o encontro “cara a cara” com eles preferindo-se discursos abstratos, manifestou-se contrário a quem pensa que é preciso defender “uma distância de segurança” face aos jovens. Precisou também que “a juventude não existe, existem jovens, histórias, rostos”. E até provocando o riso na assembleia, também admitiu que estes, os jovens, nem sempre são o “prémio Nobel da prudência”. Referindo-se ao nível do desemprego juvenil e à marginalização dos jovens da vida pública, afirmou que eles são obrigados a “mendigar ocupações” que não garantem um futuro, o que constitui “um pecado social”, a sociedade “é responsável por isto”. Não deixou também de reafirmar que temos “de aprender, na Igreja, novas formas de presença e de proximidade”, de “ousar caminhos novos”, de, sem medo, “sair para as periferias existenciais” sem ceder ao “veneno” da “lógica do sempre se fez assim”.

Antonino Dias
Portalegre, 23-03-2018



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