sexta-feira, 23 de março de 2018





PARÓQUIAS DE NISA

Sábado, 24 de março de 2018



Sábado da V semana da quaresma




SÁBADO da semana V

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. I da Paixão.

L 1 Ez 37, 21-28; Sal Jer 31, 10. 11-12ab. 13
Ev Jo 11, 45-56


* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.





MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 21, 20.7
Senhor, não Vos afasteis de mim, socorrei-me e salvai-me,
porque sou verme e não um homem,
o opróbrio dos homens e o desprezo da plebe.


ORAÇÃO
Deus de misericórdia, que em todo o momento realizais a salvação dos homens e agora alegrais o vosso povo com graças mais abundantes, olhai benignamente para os vossos eleitos e fortalecei, com o auxílio da vossa proteção, os que se preparam para o renascimento do Batismo e aqueles que já o receberam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Ez 37, 21-28
«Farei deles um só povo»



Leitura da Profecia de Ezequiel

Assim fala o Senhor Deus: «Vou tirar os filhos de Israel do meio das nações para onde foram, vou reuni-los de toda a parte, para os reconduzir à sua terra. Farei deles um só povo, na sua terra, nas montanhas de Israel, e um só rei reinará sobre todos eles. Nunca mais tornarão a ser duas nações, nem ficarão divididos em dois reinos. Não voltarão a manchar-se com os seus ídolos, com todas as suas abominações e pecados. Hei de livrá-los de todas as infidelidades que cometeram e hei de purificá-los, para que sejam o meu povo e Eu seja o seu Deus. O meu servo David será o seu rei, o único pastor de todos eles. Caminharão segundo os meus mandamentos e obedecerão às minhas leis, pondo-as em prática. Habitarão na terra que dei ao meu servo Jacob, a terra em que moraram os vossos pais. Aí habitarão eles e os seus filhos e os filhos dos seus filhos para sempre; e o meu servo David será o seu soberano para sempre. Farei com eles uma aliança de paz, uma aliança eterna entre Mim e eles. Hei de estabelecê-los, hei de multiplicá-los e colocarei no meio deles o meu santuário para sempre. A minha morada será no meio deles: serei o seu Deus e eles serão o meu povo. As nações saberão que Eu sou o Senhor, que santifico Israel, quando o meu santuário estiver no meio deles para sempre».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Jer 31, 10.11-12ab.13 (R. cf. 10d)
Refrão: Como o pastor guarda o seu rebanho,
assim nos guarda o Senhor. Repete-se


Escutai, ó povos, a palavra do Senhor
e anunciai-as às ilhas distantes:
Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como um pastor ao seu rebanho. Refrão

O Senhor resgatou Jacob
e libertou-o das mãos do seu dominador.
Regressarão com brados de alegria ao monte Sião,
acorrendo às bênçãos do Senhor. Refrão

A virgem dançará alegremente,
exultarão os jovens e os velhos.
Converterei o seu luto em alegria
e a sua dor será mudada em consolação e júbilo. Refrão


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 18, 31
Refrão: A salvação, a glória e o poder a Jesus Cristo,
Nosso Senhor. Repete-se

Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo. Refrão


EVANGELHO Jo 11, 45-56
«Para congregar na unidade os filhos de Deus
que andavam dispersos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram n’Ele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Então os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão n’Ele; e virão os romanos destruir-nos o nosso Lugar santo e toda a nação». Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada. Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?» Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus que andavam dispersos. A partir desse dia, decidiram matar Jesus. Por isso Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos. Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?»

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus eterno e omnipotente, que fazeis renascer para a vida eterna os que no sacramento do Baptismo proclamam a fé no vosso nome, recebei as ofertas e as orações dos vossos servos, para que se confirme a esperança dos que em Vós confiam e sejam perdoados todos os seus pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Paixão do Senhor I


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 11, 52
Cristo foi entregue à morte
para reunir os filhos de Deus que andavam dispersos.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que nos alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, tornai-nos também participantes da sua natureza divina. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






 «O facto de estares vivo é a prova de que a tua missão ainda não terminou».







MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Ez 37, 21-28: O profeta anuncia o projeto de Deus em relação ao seu povo disperso e perdido no meio dos pagãos, por causa dos seus egoísmos e pecados. O anúncio referia-se diretamente à reunião das tribos do Antigo Testamento, unidade que chegou a ser realizada no reinado de David; mas este rei é figura, que antecipa o reinado de Jesus, o Filho de Deus, como vai ser solenemente anunciado até por um descrente no Evangelho.
 
Jo 11, 45-56: O que o profeta Ezequiel anteviu em relação ao povo da Antiga Aliança, será finalmente realizado em Jesus Cristo. E quem o anuncia profeticamente é o sumo sacerdote judaico, que, sem compreender o que dizia, - falava apenas como politico -, anunciava uma grande verdade, que o evangelista depois interpretou: “que Jesus havia de morrer para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos”. E a leitura termina numa pergunta posta na boca do povo, em que fervilhava Jerusalém nas vésperas da Páscoa: “Ele não virá à festa?” Sim, virá, e será Ele, o Senhor, o próprio objeto da festa.

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.






AGENDA

11.00 horas: Funeral em Nisa
15.00 horas: Missa na Salavessa
16.00 horas: Missa no Pé da Serra
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo




VOZ DO PASTOR

DIA DO PAI EM DIA DE SÃO JOSÉ
D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco

Filipe disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. Jesus respondeu: ”Há tanto tempo que estou no meio de vós e ainda não Me conheces, Filipe? Quem Me viu, viu o Pai. Como é que me dizes: “mostra-nos o Pai? Não acreditas que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai?” (Jo 14, 8-11).
“Mãe, mostra-nos o pai e isso no bastará”, dirão muitos filhos de pai ausente, os filhos duma «sociedade sem pais». Hoje, porém, mercê duma vida superocupada e a correr como quem foge à polícia, mesmo que os afazeres familiares sejam compartilhados tanto pelo pai como pela mãe, a vida de muitas mães também se tornou difícil, complexa e cansativa. É aquilo que é e nem sempre aquilo que o próprio casal quis ou desejaria que fosse. Nestas circunstâncias, também alguns filhos poderão implorar: “pai, mostra-nos a mãe e isso nos bastará”. Se Jesus está no Pai e o Pai está n’Ele, se Jesus é o rosto visível do Pai invisível, sempre presente, atual e atuante, em identificação e comunhão total e eficaz com o Pai, entre nós, porém, os meramente humanos, nem a mãe está no pai, nem o pai está na mãe. A presença da mãe não preenche a ausência do pai, nem a presença do pai preenche a ausência da mãe. São homem e mulher, cada um com a sua muito própria e específica missão e vocação de pai e mãe. As suas pessoas e presença não se identificam, nem, para bem do todo que é a família, a sua missão se deveria inverter ou fazer substituir. Mas hoje vamos falar apenas do pai, celebramos o Dia do Pai, celebramos o dia litúrgico de São José.
O que, em nossos dias, está em causa, não é tanto, como refere o Papa Francisco, a “presença invasora do pai” como acontecia no passado. É, sim, “a sua ausência”. Por vezes, “o pai está tão concentrado em si mesmo e no próprio trabalho ou então nas próprias realizações individuais que até se esquece da família”. Além disso, o “tempo cada vez maior que se dedica aos meios de comunicação e à tecnologia da distração”, a maneira suspeitosa com que se olha a autoridade, a forma como “os adultos são postos em discussão”, e eles próprios “abandonam as certezas” e “não dão orientações seguras e bem fundamentadas aos seus filhos”, tudo, tudo isso prejudica o processo adequado de amadurecimento que as crianças precisam de fazer. “Deus coloca o pai na família, para que, com as características preciosas da sua masculinidade, esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho”. Pai presente “não significa ser controlador, porque os pais demasiado controladores aniquilam os filhos”. Por outro lado, alguns pais “sentem-se inúteis ou desnecessários, mas a verdade é que os filhos têm necessidade de encontrar um pai que os espera quando voltam dos seus fracassos. Farão tudo para não o admitir, para não o revelar, mas precisam dele” também para que não “deixem de ser crianças antes de tempo” (AL176-177).
De facto, é próprio da missão do pai ser, em comunhão com a esposa com quem compartilha tarefas e abraça responsabilidades, ser grata referência no seio da família pela sua forma de ser e estar, pela maneira como entusiasma e louva, como brinca e adverte, pela segurança que sempre transmite, pela empatia que o seu exemplo é capaz de gerar e estimular a crescerem com ele, indo, se possível, ainda mais além. Muitas vezes, no mar da vida de crianças, adolescentes, jovens e até adultos, as ondas batem forte demais, os ventos sopram violentamente, o barco parece afundar-se, há silêncios sofridos, há medos a precisarem de ser destronados, realidades simples que parecem fantasmas monstruosos, há terramotos existenciais que abalam, destroem e fazem sofrer. No meio de tudo isto, como será importante que o pai ajude a identificar a suave brisa em que o Senhor se manifesta (1Reis 19, 11-13), que ajude a distinguir as ondas dos ventos, os fantasmas da realidade, os terramotos do simples estremecer, que ajude a bem discernir, com discrição, serenidade e segurança, que aponte possíveis direções a seguir em liberdade, que ajude a rasgar amplas estradas para a vida, incutindo alegria e esperança: “Coragem, não tenhas medo!”.
A par, consciente da sua vocação e missão, o pai presente sabe rezar em nome da família e pela família, sabe agradecer e louvar, sabe convidar a família a louvar e a agradecer. Pelo seu natural testemunho de vida, faz crescer a família em confiança no Senhor, no Senhor que lhe deu a graça de partilhar a responsabilidade do seu lar, comunidade de vida e de amor. A Sagrada Escritura apresenta-nos vários pais a pedir ao Senhor, com fé e humildade, a cura dos seus filhos doentes. Jairo, por exemplo, um dos chefes da sinagoga, caiu aos pés de Jesus a pedir-lhe com insistência: “A minha filha está a morrer. Vem e põe as mãos sobre ela, para que sare e viva”. Jesus acompanhou Jairo e restituiu-lhe a filha com saúde (Mc 5, 21-43). Em Cafarnaum, um funcionário real cujo filho se encontrava gravemente doente, saiu ao encontro de Jesus a pedir-lhe que o curasse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra”…”Podes ir que o teu filho está vivo”, o homem acreditou na Palavra de Jesus, foi-se embora e encontrou o filho curado (Jo 4, 46-54). Outro pai aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e implorou: “Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético e tem ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo e na água”. E Jesus curou o menino (Mt 17, 14-20).
Para além dos filhos, toda a sociedade lucra quando os pais exercem bem a sua missão de pais, quando dão orientações seguras e bem orientadas, quando transmitam modos, princípios e valores estruturantes da vida, quando iniciam os seus filhos no bom exercício da cidadania civil e eclesial, quando as funções entre pais e filhos não são invertidas nem substituídas.

Antonino Dias
Isna de Oleiros, 16-03-2018.






Sem comentários:

Enviar um comentário