segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

 



PARÓQUIAS DE NISA

  

Terça,15 de fevereiro de 2022

  

Terça-feira da VI semana do tempo comum

   

 

LITURGIA

 

 

Terça-feira da semana VI

 

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L1: Tg 1, 12-18; Sal 93 (94), 12-13a. 14-15. 18-19
Ev: Mc 8, 14-21

* Na Companhia de Jesus – S. Cláudio La Colombière, presbítero – MO
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – S. Cláudio La Colombière, presbítero – MO

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações retos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Tg 1, 12-18
«Deus não tenta ninguém»


Leitura da Epístola de São Tiago


Feliz o homem que suporta com paciência a provação, porque, vencida a prova, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que O amam. Ninguém diga, ao ser tentado: «É Deus que me tenta». Porque Deus não pode ser tentado pelo mal, nem tenta ninguém. Cada um é tentado pelos seus maus desejos, que o arrastam e seduzem. Depois, os maus desejos concebem e geram o pecado e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos deixeis enganar, caríssimos irmãos. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 93 (94), 12-13a.14-15.18-19 (R. 12a)
Refrão: Feliz o homem a quem Vós ensinais, Senhor. Repete-se

Feliz o homem
a quem Vós ensinais, Senhor,
e instruís na vossa lei,
para lhe dar a paz nos dias de angústia. Refrão

O Senhor não rejeita o seu povo
nem abandona a sua herança.
Mas há-de julgar com justiça
e hão-de segui-la todos os corações rectos. Refrão

Quando digo: «Os meus pés vacilam»,
a vossa bondade, Senhor, me sustenta.
Quando se multiplicam as angústias do meu coração,
as vossas consolações reconfortam a minha alma. Refrão


ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra,
diz o Senhor:
meu Pai O amará e faremos nele a nossa morada. Refrão


EVANGELHO Mc 8, 14-21
«Tende cuidado com o fermento dos fariseus
e o fermento de Herodes»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos


Naquele tempo, os discípulos esqueceram-se de arranjar comida e só tinham consigo um pão no barco. Então Jesus recomendou-lhes: «Tende cuidado com o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes». Eles discutiam entre si, dizendo: «Fala assim porque não temos pão». Mas Jesus ouviu-os e disse-lhes: «Porque estais a discutir que não tendes pão? Ainda não entendeis nem compreendeis? Tendes o coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, ouvidos e não ouvis? Não vos lembrais quantos cestos de bocados recolhestes, quando Eu parti os cinco pães para as cinco mil pessoas?». Eles responderam: «Doze». «E quantos cestos de bocados recolhestes, quando reparti sete pães para as quatro mil pessoas?». Eles responderam: «Sete». Disse-lhes então Jesus: «Não entendeis ainda?».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados

nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.

Ou Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.

 

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Tg 1, 12-18: A vida do homem sobre a terra é uma provação contínua; sentimo-lo na experiência de cada dia. A essas provações chamamos também tentação, e são-no, venham elas donde vierem. Em todas as coisas somos provados, experimentados, tentados, mas o Senhor não nos colocou diante dos seus dons para cairmos na tentação. Se esses dons acabam, por vezes, por serem ocasião de tentação, é devido ao nosso coração ambicioso, egoísta, onde “os maus desejos concebem e dão à luz o pecado”. Por isso, pedimos: “Não nos deixeis cair em tentação”.

Mc 8, 14-21: O Senhor adverte os seus discípulos de que devem ir além da religião formalista dos fariseus e das preocupações materialistas e políticas para poderem compreender, à luz da fé, os seus milagres. Há coisas mais importantes do que o pão para a boca, e valores que estão antes das cautelas diplomáticas de Herodes. A pessoa de Jesus é suficiente para inspirar toda a confiança aos seus discípulos.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

 

10.00 horas: Reunião arciprestal em Ponte de Sor

16.00 horas: Funeral no Arneiro

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa.

 

 

IGREJAS DA ZONA PASTORAL DE MISA:

 

 

 

Igreja paroquial de Tolosa

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

JOVEM, NÃO TE ESQUEÇAS, ELE VIVE E QUER-TE VIVO!...

 

É isso mesmo, jovem. Ele quer-te vivo, bem vivo, vivinho da silva. Se a origem da expressão ‘vivinho da silva’ se deve a um qualquer senhor Silva muito reguila e importante, isso não sei. Se se deve àquela planta invasora a que chamamos silva e à qual roubávamos as amoras em tempos do tempo que já lá vai, também não sei. Se se deve às varinas da Póvoa ou da Figueira a apregoar as vivinhas da costa, confesso que também não sei. Seja como for, as vivinhas da costa não me parece que tenham alguma coisa a ver com isto, a não ser para uma boa sardinhada a escorrer pelo pedaço de broa abaixo e regada com um bom vinho branco, alvarinho de preferência. E que dizer da origem da expressão no senhor Silva? Já disse que não sei, mas vós, jovens, sois muitíssimo mais importantes para nós do que qualquer senhor Silva engravatado e de cartola alta ou de smoking com papillon e pingalim. E isto, claro, sem querer desvalorizar ou minimizar os grandes méritos desse tal senhor Silva, possível candidato a condecorações. Como sabeis, o problema não está em receber condecorações, está em merecê-las. Quanto às silvas, se elas têm o poder de rebentar de novo a desafiar o agricultor que não as consegue destruir, vós tendes uma capacidade de renovação interior muito maior e mais forte, uma força sem igual, basta quererdes. Se vós quiserdes, ninguém vos passará a perna, muito menos vos esticarão o braço a puxar para trás. Essa força leva-vos a viver na alegria e na esperança, dizendo a todos, com a vossa vida de entusiasmo contagiante, que estais verdadeiramente vivos e que até quereis ajudar o mundo a dar uma cambalhota monumental sem partir o seu nariz e o vosso. É por isso que Cristo, neste hoje que é o vosso, confia em vós e vos envia por todo o mundo a anunciar a grande alegria da boa nova que Ele é e nos veio trazer! É por isso que a Igreja, também neste hoje que é o vosso, em nome de Cristo e na esteira de tantas e tantos jovens que ao longo dos tempos abraçaram tal desafio, continua a dizer-vos o mesmo e a confiar em vós, entregando-vos a Cruz de Cristo para que a leveis “pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade” e que anuncieis “a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”.

É certo que a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude - que este mês temos a graça de a ter entre nós! -, em si mesma não vale muito, é madeira, mesmo que madeira especial. Mas tem uma longa e rica história que a vai valorizando cada vez mais, uma história construída desde 1983 ao serviço da provocação do bem por esse mundo fora. Levada pelo entusiasmo de tantas e tantos jovens, ela peregrina com uma missão bem definida: bater à porta do coração de todos, dos de boa e dos de má vontade, a convidá-los, a sugerir-lhes que oiçam bem e sem preconceitos a feliz notícia que ela representa e significa. Ela representa a vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte, mesmo que possa continuar a ser escândalo para uns e loucura para outros. Ela passa pelas nossos lugares e instituições a lembrar a todos a Cruz do Calvário, a Cruz onde o mundo, todos e cada um, fomos redimidos por Cristo. Foi na cruz que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, morrendo para o pecado e ressuscitando para uma vida nova em Cristo Jesus, pelo Batismo, deixando-nos guiar pelo Espírito de Deus em coerência com o Evangelho. Ela chama a atenção de todos para a necessidade de cada um carregar a sua cruz e assumir o único caminho capaz de conduzir à verdadeira Vida, testemunhando ao mundo quão importante é Cristo nascer e crescer em todos e todos diminuírem em presunções e peneiras. Falar da Cruz do Calvário e olhar para ela de forma contemplativa, é centrar a nossa fé e a nossa esperança em Cristo Jesus. Ele morreu na Cruz, sim, mas Ele está vivo, ressuscitou. Como afirma Francisco na Exortação Cristo Vive, “Ele vive e quer-te vivo! Ele está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que tu te afastes, lá está o Ressuscitado, chamando-te e esperando-te para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, pelos rancores, pelos medos, pelas dúvidas ou pelos fracassos, Ele estará presente para te devolver a força e a esperança”. Tal como o Pai disse a Jesus no rio Jordão, também cada um de nós deve fazer ecoar essas mesmas palavras dirigidas a si próprio: “tu és o meu filho muito amado”. E és, jovem, mesmo que, porventura, não acreditasses! Avivar a consciência de que Deus te ama verdadeiramente e te quer vivo e ativo levar-te-á apressadamente “a acender estrelas nas noites de outros jovens”. Sois vós, com o vosso entusiasmo, quem pode ajudar a manter a Igreja sempre jovem, “a não cair na corrupção, a não desistir, a não se orgulhar, a não se converter em seita, a ser mais pobre e testemunhal, a estar próxima dos últimos e dos descartados, a lutar pela justiça, a deixar-se interpelar com humildade”.

E junto à Cruz estava Maria, “o grande modelo para uma Igreja jovem, que deseja seguir Cristo com frescor e docilidade”. A força do seu sim e do desejo de servir foram muito mais fortes do que as suas dúvidas e dificuldades. Sem evasões nem miragens, viveu com os olhos iluminados pelo Espírito Santo, contemplava a vida com fé, guardava tudo no seu coração, com naturalidade quotidiana. Acolheu, protegeu, seguiu Jesus, continua a velar “por nós, seus filhos, que muitas vezes caminhamos na vida cansados, carentes, mas desejosos que a luz da esperança não se apague”. Ao longo da história, no bom uso da sua liberdade e comprometidos com o bem comum, muitos jovens de coração e cara lavada, sem se fecharem no seu mundozinho ou casulo asfixiante, sem forjarem histórias da carochinha ou desculpas de mau pagador, «têm feito brilhar os traços da idade juvenil em toda a sua beleza e, na sua época, foram verdadeiros profetas de mudança” (cf. CV1-49). Esta é a vossa época, o vosso hoje, caros jovens, seja na escola, na universidade, na política, no sindicato, na profissão, na família, na sociedade. Mas sempre abertos ao desenvolvimento e à cidadania globais. O exemplo de tantos e de tantas mostra de quanto sois capazes quando vos abris à cultura do encontro com crentes e não crentes para bem fazer e fazer bem, vendo no rosto de cada um o rosto do próprio Cristo, um irmão, um companheiro de viagem. Não desistais, esta é a vossa vez, a vossa hora, uma hora de esperança para todos!

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 11-02-2022.

 

 

 

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