PARÓQUIAS DE NISA
Terça,15 de fevereiro de 2022
Terça-feira da VI semana do tempo comum
LITURGIA
Terça-feira
da semana VI
Verde – Ofício da
féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L1: Tg 1, 12-18; Sal 93 (94), 12-13a. 14-15. 18-19
Ev: Mc 8, 14-21
* Na Companhia de Jesus – S. Cláudio La Colombière, presbítero – MO
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – S. Cláudio La Colombière,
presbítero – MO
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações retos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Tg 1, 12-18
«Deus não tenta ninguém»
Leitura da
Epístola de São Tiago
Feliz o homem que suporta com paciência a provação, porque, vencida a prova,
receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que O amam. Ninguém
diga, ao ser tentado: «É Deus que me tenta». Porque Deus não pode ser tentado
pelo mal, nem tenta ninguém. Cada um é tentado pelos seus maus desejos, que o
arrastam e seduzem. Depois, os maus desejos concebem e geram o pecado e o
pecado, uma vez consumado, gera a morte. Não vos deixeis enganar, caríssimos
irmãos. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das
luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. Foi Ele que nos gerou
pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 93 (94), 12-13a.14-15.18-19 (R. 12a)
Refrão: Feliz o homem a quem Vós
ensinais, Senhor. Repete-se
Feliz o homem
a quem Vós ensinais, Senhor,
e instruís na vossa lei,
para lhe dar a paz nos dias de angústia. Refrão
O Senhor não rejeita o seu povo
nem abandona a sua herança.
Mas há-de julgar com justiça
e hão-de segui-la todos os corações rectos. Refrão
Quando digo: «Os meus pés vacilam»,
a vossa bondade, Senhor, me sustenta.
Quando se multiplicam as angústias do meu coração,
as vossas consolações reconfortam a minha alma. Refrão
ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra,
diz o Senhor:
meu Pai O amará e faremos nele a nossa morada. Refrão
EVANGELHO Mc 8, 14-21
«Tende cuidado com o fermento dos
fariseus
e o fermento de Herodes»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, os discípulos esqueceram-se de arranjar comida e só tinham
consigo um pão no barco. Então Jesus recomendou-lhes: «Tende cuidado com o
fermento dos fariseus e o fermento de Herodes». Eles discutiam entre si,
dizendo: «Fala assim porque não temos pão». Mas Jesus ouviu-os e disse-lhes:
«Porque estais a discutir que não tendes pão? Ainda não entendeis nem
compreendeis? Tendes o coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, ouvidos e
não ouvis? Não vos lembrais quantos cestos de bocados recolhestes, quando Eu
parti os cinco pães para as cinco mil pessoas?». Eles responderam: «Doze». «E
quantos cestos de bocados recolhestes, quando reparti sete pães para as quatro
mil pessoas?». Eles responderam: «Sete». Disse-lhes então Jesus: «Não entendeis
ainda?».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.
Ou Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Tg 1, 12-18: A
vida do homem sobre a terra é uma provação contínua; sentimo-lo na experiência
de cada dia. A essas provações chamamos também tentação, e são-no, venham elas
donde vierem. Em todas as coisas somos provados, experimentados, tentados, mas
o Senhor não nos colocou diante dos seus dons para cairmos na tentação. Se
esses dons acabam, por vezes, por serem ocasião de tentação, é devido ao nosso
coração ambicioso, egoísta, onde “os maus desejos concebem e dão à luz o
pecado”. Por isso, pedimos: “Não nos deixeis cair em tentação”.
Mc 8, 14-21: O
Senhor adverte os seus discípulos de que devem ir além da religião formalista
dos fariseus e das preocupações materialistas e políticas para poderem
compreender, à luz da fé, os seus milagres. Há coisas mais importantes do que o
pão para a boca, e valores que estão antes das cautelas diplomáticas de
Herodes. A pessoa de Jesus é suficiente para inspirar toda a confiança aos seus
discípulos.
AGENDA DO DIA:
10.00
horas: Reunião arciprestal em Ponte de Sor
16.00
horas: Funeral no Arneiro
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Nisa.
IGREJAS DA ZONA
PASTORAL DE MISA:
Igreja paroquial de Tolosa |
A VOZ DO PASTOR
JOVEM, NÃO TE ESQUEÇAS, ELE VIVE E QUER-TE VIVO!...
É isso mesmo, jovem. Ele quer-te vivo, bem vivo,
vivinho da silva. Se a origem da expressão ‘vivinho da silva’ se deve a um
qualquer senhor Silva muito reguila e importante, isso não sei. Se se deve àquela
planta invasora a que chamamos silva e à qual roubávamos as amoras em tempos do
tempo que já lá vai, também não sei. Se se deve às varinas da Póvoa ou da
Figueira a apregoar as vivinhas da costa, confesso que também não sei. Seja
como for, as vivinhas da costa não me parece que tenham alguma coisa a ver com
isto, a não ser para uma boa sardinhada a escorrer pelo pedaço de broa abaixo e
regada com um bom vinho branco, alvarinho de preferência. E que dizer da origem
da expressão no senhor Silva? Já disse que não sei, mas vós, jovens, sois
muitíssimo mais importantes para nós do que qualquer senhor Silva engravatado e
de cartola alta ou de smoking com papillon e pingalim. E isto, claro, sem
querer desvalorizar ou minimizar os grandes méritos desse tal senhor Silva,
possível candidato a condecorações. Como sabeis, o problema não está em receber
condecorações, está em merecê-las. Quanto às silvas, se elas têm o poder de
rebentar de novo a desafiar o agricultor que não as consegue destruir, vós
tendes uma capacidade de renovação interior muito maior e mais forte, uma força
sem igual, basta quererdes. Se vós quiserdes, ninguém vos passará a perna,
muito menos vos esticarão o braço a puxar para trás. Essa força leva-vos a
viver na alegria e na esperança, dizendo a todos, com a vossa vida de
entusiasmo contagiante, que estais verdadeiramente vivos e que até quereis
ajudar o mundo a dar uma cambalhota monumental sem partir o seu nariz e o
vosso. É por isso que Cristo, neste hoje que é o vosso, confia em vós e vos envia
por todo o mundo a anunciar a grande alegria da boa nova que Ele é e nos veio
trazer! É por isso que a Igreja, também neste hoje que é o vosso, em nome de
Cristo e na esteira de tantas e tantos jovens que ao longo dos tempos abraçaram
tal desafio, continua a dizer-vos o mesmo e a confiar em vós, entregando-vos a
Cruz de Cristo para que a leveis “pelo mundo fora como um símbolo do amor de
Cristo pela humanidade” e que anuncieis “a todos que só na morte e ressurreição
de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”.
É certo que a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude
- que este mês temos a graça de a ter entre nós! -, em si mesma não vale muito,
é madeira, mesmo que madeira especial. Mas tem uma longa e rica história que a
vai valorizando cada vez mais, uma história construída desde 1983 ao serviço da
provocação do bem por esse mundo fora. Levada pelo entusiasmo de tantas e
tantos jovens, ela peregrina com uma missão bem definida: bater à porta do
coração de todos, dos de boa e dos de má vontade, a convidá-los, a sugerir-lhes
que oiçam bem e sem preconceitos a feliz notícia que ela representa e
significa. Ela representa a vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte,
mesmo que possa continuar a ser escândalo para uns e loucura para outros. Ela passa
pelas nossos lugares e instituições a lembrar a todos a Cruz do Calvário, a
Cruz onde o mundo, todos e cada um, fomos redimidos por Cristo. Foi na cruz que
o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, morrendo para o pecado e
ressuscitando para uma vida nova em Cristo Jesus, pelo Batismo, deixando-nos
guiar pelo Espírito de Deus em coerência com o Evangelho. Ela chama a atenção
de todos para a necessidade de cada um carregar a sua cruz e assumir o único
caminho capaz de conduzir à verdadeira Vida, testemunhando ao mundo quão
importante é Cristo nascer e crescer em todos e todos diminuírem em presunções
e peneiras. Falar da Cruz do Calvário e olhar para ela de forma contemplativa,
é centrar a nossa fé e a nossa esperança em Cristo Jesus. Ele morreu na Cruz,
sim, mas Ele está vivo, ressuscitou. Como afirma Francisco na Exortação Cristo
Vive, “Ele vive e quer-te vivo! Ele está em ti, está contigo e jamais te deixa.
Por mais que tu te afastes, lá está o Ressuscitado, chamando-te e esperando-te
para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, pelos rancores,
pelos medos, pelas dúvidas ou pelos fracassos, Ele estará presente para te
devolver a força e a esperança”. Tal como o Pai disse a Jesus no rio Jordão,
também cada um de nós deve fazer ecoar essas mesmas palavras dirigidas a si
próprio: “tu és o meu filho muito amado”. E és, jovem, mesmo que, porventura,
não acreditasses! Avivar a consciência de que Deus te ama verdadeiramente e te
quer vivo e ativo levar-te-á apressadamente “a acender estrelas nas noites de
outros jovens”. Sois vós, com o vosso entusiasmo, quem pode ajudar a manter a
Igreja sempre jovem, “a não cair na corrupção, a não desistir, a não se
orgulhar, a não se converter em seita, a ser mais pobre e testemunhal, a estar
próxima dos últimos e dos descartados, a lutar pela justiça, a deixar-se
interpelar com humildade”.
E junto à Cruz estava Maria, “o grande modelo para uma
Igreja jovem, que deseja seguir Cristo com frescor e docilidade”. A força do
seu sim e do desejo de servir foram muito mais fortes do que as suas dúvidas e
dificuldades. Sem evasões nem miragens, viveu com os olhos iluminados pelo
Espírito Santo, contemplava a vida com fé, guardava tudo no seu coração, com
naturalidade quotidiana. Acolheu, protegeu, seguiu Jesus, continua a velar “por
nós, seus filhos, que muitas vezes caminhamos na vida cansados, carentes, mas
desejosos que a luz da esperança não se apague”. Ao longo da história, no bom
uso da sua liberdade e comprometidos com o bem comum, muitos jovens de coração
e cara lavada, sem se fecharem no seu mundozinho ou casulo asfixiante, sem
forjarem histórias da carochinha ou desculpas de mau pagador, «têm feito
brilhar os traços da idade juvenil em toda a sua beleza e, na sua época, foram
verdadeiros profetas de mudança” (cf. CV1-49). Esta é a vossa época, o vosso
hoje, caros jovens, seja na escola, na universidade, na política, no sindicato,
na profissão, na família, na sociedade. Mas sempre abertos ao desenvolvimento e
à cidadania globais. O exemplo de tantos e de tantas mostra de quanto sois
capazes quando vos abris à cultura do encontro com crentes e não crentes para
bem fazer e fazer bem, vendo no rosto de cada um o rosto do próprio Cristo, um
irmão, um companheiro de viagem. Não desistais, esta é a vossa vez, a vossa
hora, uma hora de esperança para todos!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 11-02-2022.
Sem comentários:
Enviar um comentário