sábado, 12 de fevereiro de 2022

 



PARÓQUIAS DE NISA

  

Domingo,13 de fevereiro de 2022

  

VI domingo do tempo comum

   

 

LITURGIA

 

 

DOMINGO VI DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L1: Jer 17, 5-8; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
L2: 1 Cor 15, 12. 16-20
Ev: Lc 6, 17. 20-26

* Na Arquidiocese de Braga – Entrada solene de D. José Manuel Garcia Cordeiro.
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações rectos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Jer 17, 5-8
«Maldito quem confia no homem;
bendito quem confia no Senhor»


Leitura do Livro de Jeremias


Eis o que diz o Senhor: «Maldito quem confia no homem e põe na carne toda a sua esperança, afastando o seu coração do Senhor. Será como o cardo na estepe, que nem percebe quando chega a felicidade: habitará na aridez do deserto, terra salobre, onde ninguém habita. Bendito quem confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança. É como a árvore plantada à beira da água, que estende as suas raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos».


Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4.6 (R. Salmo 39, 5a)
Refrão: Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. Repete-se

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite. Refrão

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. R.


LEITURA II 1 Cor 15, 12.16-20
«Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios


Irmãos: Se pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos, porque dizem alguns no meio de vós que não há ressurreição dos mortos? Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, ainda estais nos vossos pecados; e assim, os que morreram em Cristo pereceram também. Se é só para a vida presente que temos posta em Cristo a nossa esperança, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas não. Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.

 
Palavra do Senhor.


ALELUIA Lc 6, 23ab
Refrão: Alegrai-vos e exultai, diz o Senhor,
porque é grande no Céu a vossa recompensa. Repete-se


EVANGELHO Lc 6, 17.20-26
«Bem-aventurados os pobres.
Ai de vós, os ricos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, Jesus desceu do monte, na companhia dos Apóstolos, e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidónia. Erguendo então os olhos para os discípulos, disse: Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação. Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome. Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar. Ai de vós, quando todos os homens vos elogiarem. Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.

Ou Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Jer 17, 5-8, A vida do crente em Deus, e mais ainda do crente em Jesus Cristo, é orientada por uma sabedoria mais do que humana. Já desde o Antigo Testamento que esta sabedoria orientou os membros do povo da Aliança. Guiado, por ela, o homem pode distinguir sempre diante de si dois caminhos: o que lhe é apontado pela luz que vem de Deus e que a Deus conduz, e o que é iluminado só pelas luzes que vêm dos homens e que, por isso, não pode levar mais longe do que o horizonte do mesmo homem. O que segue por este último caminho será maldito, enquanto que o que envereda pelo primeiro será feliz e abençoado.

 

1 Cor 15, 12.16-20: A ressurreição é um artigo da fé cristã, expressamente proclamado no Credo. A ressurreição dos homens é consequência imediata da ressurreição do Senhor. Se Ele ressuscitou, os que n’Ele creem e esperam, os que, por isso, estão em Cristo, também com Ele ressuscitarão. A Eucaristia, como aliás todos os sacramentos, celebra, em última análise, o mistério da Morte do Senhor, que, por ela, passou à vida do Ressuscitado. É este afinal o mistério da Páscoa cristã.

Lc 6, 17.20-26: A perspectiva dos dois caminhos, já apontada no Antigo Testamento, é retomada, e com muito mais clareza, por Jesus. São as célebres “Bem-aventuranças”, que S. Lucas resume em quatro, contrapondo-lhes, em compensação, outras tantas “maldições”. É este um jeito literário, frequente também nos salmos, de expor uma ideia, primeiro afirmativamente, depois negando o ponto de visa oposto. Aqui a ideia resulta clara: o ideal do Reino dos céus não se rege por critérios terrenos. É preciso aceitar os critérios de Deus.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo

10.00 horas: Missa em Arês

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.30 horas: Missa em Montalvão

15.30 horas: Missa em Arneiro

 

 

 

IGREJAS DA ZONA PASTORAL DE NISA:

 

 

 

Capela de Santo António . Nisa


 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

JOVEM, NÃO TE ESQUEÇAS, ELE VIVE E QUER-TE VIVO!...

 

É isso mesmo, jovem. Ele quer-te vivo, bem vivo, vivinho da silva. Se a origem da expressão ‘vivinho da silva’ se deve a um qualquer senhor Silva muito reguila e importante, isso não sei. Se se deve àquela planta invasora a que chamamos silva e à qual roubávamos as amoras em tempos do tempo que já lá vai, também não sei. Se se deve às varinas da Póvoa ou da Figueira a apregoar as vivinhas da costa, confesso que também não sei. Seja como for, as vivinhas da costa não me parece que tenham alguma coisa a ver com isto, a não ser para uma boa sardinhada a escorrer pelo pedaço de broa abaixo e regada com um bom vinho branco, alvarinho de preferência. E que dizer da origem da expressão no senhor Silva? Já disse que não sei, mas vós, jovens, sois muitíssimo mais importantes para nós do que qualquer senhor Silva engravatado e de cartola alta ou de smoking com papillon e pingalim. E isto, claro, sem querer desvalorizar ou minimizar os grandes méritos desse tal senhor Silva, possível candidato a condecorações. Como sabeis, o problema não está em receber condecorações, está em merecê-las. Quanto às silvas, se elas têm o poder de rebentar de novo a desafiar o agricultor que não as consegue destruir, vós tendes uma capacidade de renovação interior muito maior e mais forte, uma força sem igual, basta quererdes. Se vós quiserdes, ninguém vos passará a perna, muito menos vos esticarão o braço a puxar para trás. Essa força leva-vos a viver na alegria e na esperança, dizendo a todos, com a vossa vida de entusiasmo contagiante, que estais verdadeiramente vivos e que até quereis ajudar o mundo a dar uma cambalhota monumental sem partir o seu nariz e o vosso. É por isso que Cristo, neste hoje que é o vosso, confia em vós e vos envia por todo o mundo a anunciar a grande alegria da boa nova que Ele é e nos veio trazer! É por isso que a Igreja, também neste hoje que é o vosso, em nome de Cristo e na esteira de tantas e tantos jovens que ao longo dos tempos abraçaram tal desafio, continua a dizer-vos o mesmo e a confiar em vós, entregando-vos a Cruz de Cristo para que a leveis “pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade” e que anuncieis “a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”.

É certo que a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude - que este mês temos a graça de a ter entre nós! -, em si mesma não vale muito, é madeira, mesmo que madeira especial. Mas tem uma longa e rica história que a vai valorizando cada vez mais, uma história construída desde 1983 ao serviço da provocação do bem por esse mundo fora. Levada pelo entusiasmo de tantas e tantos jovens, ela peregrina com uma missão bem definida: bater à porta do coração de todos, dos de boa e dos de má vontade, a convidá-los, a sugerir-lhes que oiçam bem e sem preconceitos a feliz notícia que ela representa e significa. Ela representa a vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte, mesmo que possa continuar a ser escândalo para uns e loucura para outros. Ela passa pelas nossos lugares e instituições a lembrar a todos a Cruz do Calvário, a Cruz onde o mundo, todos e cada um, fomos redimidos por Cristo. Foi na cruz que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, morrendo para o pecado e ressuscitando para uma vida nova em Cristo Jesus, pelo Batismo, deixando-nos guiar pelo Espírito de Deus em coerência com o Evangelho. Ela chama a atenção de todos para a necessidade de cada um carregar a sua cruz e assumir o único caminho capaz de conduzir à verdadeira Vida, testemunhando ao mundo quão importante é Cristo nascer e crescer em todos e todos diminuírem em presunções e peneiras. Falar da Cruz do Calvário e olhar para ela de forma contemplativa, é centrar a nossa fé e a nossa esperança em Cristo Jesus. Ele morreu na Cruz, sim, mas Ele está vivo, ressuscitou. Como afirma Francisco na Exortação Cristo Vive, “Ele vive e quer-te vivo! Ele está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que tu te afastes, lá está o Ressuscitado, chamando-te e esperando-te para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, pelos rancores, pelos medos, pelas dúvidas ou pelos fracassos, Ele estará presente para te devolver a força e a esperança”. Tal como o Pai disse a Jesus no rio Jordão, também cada um de nós deve fazer ecoar essas mesmas palavras dirigidas a si próprio: “tu és o meu filho muito amado”. E és, jovem, mesmo que, porventura, não acreditasses! Avivar a consciência de que Deus te ama verdadeiramente e te quer vivo e ativo levar-te-á apressadamente “a acender estrelas nas noites de outros jovens”. Sois vós, com o vosso entusiasmo, quem pode ajudar a manter a Igreja sempre jovem, “a não cair na corrupção, a não desistir, a não se orgulhar, a não se converter em seita, a ser mais pobre e testemunhal, a estar próxima dos últimos e dos descartados, a lutar pela justiça, a deixar-se interpelar com humildade”.

E junto à Cruz estava Maria, “o grande modelo para uma Igreja jovem, que deseja seguir Cristo com frescor e docilidade”. A força do seu sim e do desejo de servir foram muito mais fortes do que as suas dúvidas e dificuldades. Sem evasões nem miragens, viveu com os olhos iluminados pelo Espírito Santo, contemplava a vida com fé, guardava tudo no seu coração, com naturalidade quotidiana. Acolheu, protegeu, seguiu Jesus, continua a velar “por nós, seus filhos, que muitas vezes caminhamos na vida cansados, carentes, mas desejosos que a luz da esperança não se apague”. Ao longo da história, no bom uso da sua liberdade e comprometidos com o bem comum, muitos jovens de coração e cara lavada, sem se fecharem no seu mundozinho ou casulo asfixiante, sem forjarem histórias da carochinha ou desculpas de mau pagador, «têm feito brilhar os traços da idade juvenil em toda a sua beleza e, na sua época, foram verdadeiros profetas de mudança” (cf. CV1-49). Esta é a vossa época, o vosso hoje, caros jovens, seja na escola, na universidade, na política, no sindicato, na profissão, na família, na sociedade. Mas sempre abertos ao desenvolvimento e à cidadania globais. O exemplo de tantos e de tantas mostra de quanto sois capazes quando vos abris à cultura do encontro com crentes e não crentes para bem fazer e fazer bem, vendo no rosto de cada um o rosto do próprio Cristo, um irmão, um companheiro de viagem. Não desistais, esta é a vossa vez, a vossa hora, uma hora de esperança para todos!

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 11-02-2022.

 

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