quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

 



PARÓQUIAS DE NISA

  

Quinta,17 de fevereiro de 2022

  

Quinta-feira da VI semana do tempo comum

   

 

LITURGIA

 

 

Quinta-feira da semana VI

SS. Sete Fundadores
da Ordem dos Servos da Virgem Santa Maria – MF

Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.

L1: Tg 2, 1-9; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7
Ev: Mc 8, 27-33

* Na Diocese do Funchal – Aniversário da entrada solene e tomada de posse de D. Nuno Brás da Silva Martins.
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – SS. Sete Fundadores dos Servitas da Virgem Santa Maria – SOLENIDADE
* Na Diocese de Viseu – I Vésp. de S. Teotónio.
 

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.

ORAÇÃO COLETA
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações retos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Tg 2, 1-9
«Não escolheu Deus os pobres?
Vós, porém, desprezais o pobre»


Leitura da Epístola de São Tiago

Meus irmãos: A fé em Nosso Senhor Jesus Cristo não deve admitir aceção de pessoas. Pode acontecer que na vossa assembleia entre um homem bem vestido e com anéis de ouro e entre também um pobre e mal vestido. Talvez olheis para o homem bem vestido e lhe digais: «Tu, senta-te aqui em bom lugar»; e ao pobre: «Tu, fica aí de pé»; ou então: «Senta-te aí, abaixo do estrado dos meus pés». Não estareis a estabelecer distinções entre vós e a tornar-vos juízes com maus critérios? Escutai, meus caríssimos irmãos: Não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu àqueles que O amam? Vós, porém, desprezais o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e arrastam aos tribunais? Não são eles que ultrajam o nome sublime que sobre vós foi invocado? Assim, se cumprirdes a lei régia da Escritura: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo», procedeis bem. Mas se fizerdes distinção de pessoas, cometeis pecado, porque a Lei vos acusa como transgressores.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7 (R. cf. 7a)
Refrão: O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz. Repete-se
Ou: O Senhor ouviu o clamor do pobre.
Repete-se

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade. Refrão

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias. Refrão


ALELUIA cf. Jo 6, 63c.68c
Refrão: Aleluia Repete-se
As vossas palavras, Senhor, são Espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna. Refrão


EVANGELHO Mc 8, 27-33
«Tu és o Messias... O Filho do homem tem de sofrer muito»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Baptista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias». Ordenou-lhes então severamente que não falassem d’Ele a ninguém. Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-l’O. Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.

Ou Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Tg 2, 1-9: Por esta passagem se vê que desde os tempos apostólicos existem tensões e dificuldades no seio da comunidade cristã, particularmente a respeito da união entre os ricos e os pobres, entre pessoas mais consideradas e outras tidas como de menos consideração. É tentação bem humana, esta. Mas, à luz da fé cristã, todos os membros da Igreja se hão de considerar e amar, sem aceção de pessoas; é esta a “lei real”, a caridade.

Mc 8, 27-33: A pessoa de Jesus é grande mistério que só a luz de Deus pode desvendar. Foi esta luz que abriu os olhos a Pedro e o levou direito ao essencial: “Tu és o Messias”, o Cristo, o Ungido de Deus. E foi esta revelação que lhe mereceu ser depois enviado por Jesus ao meio dos homens para os reconduzir a Deus, e finalmente lhe mereceu a graça suprema do testemunho até ao sangue, no seguimento do seu Senhor, que, primeiro do que ele, foi imolado na Cruz. Mas quem poderia desde já acreditá-lo? Nem Pedro; para ele, o Messias não poderia vir a sofrer e, muito menos, a ser morto pelos homens. Faltava-lhe ainda longo caminho de fé. Não tinha ainda em vista os caminhos de Deus, mas apenas os dos homens. Faltava-lhe subir do homem até Deus; isso, só a ressurreição o viria a realizar.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.00 horas: Funeral em Nisa

15.00 horas; Funeral em Salavessa

15.00 horas: Missa no lar de Arez

18.00 horas: Missa em Nisa.

 

 

IGREJAS DA ZONA PASTORAL DE MISA:

 

 


Castelo de Amieira do Tejo

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

JOVEM, NÃO TE ESQUEÇAS, ELE VIVE E QUER-TE VIVO!...

 

É isso mesmo, jovem. Ele quer-te vivo, bem vivo, vivinho da silva. Se a origem da expressão ‘vivinho da silva’ se deve a um qualquer senhor Silva muito reguila e importante, isso não sei. Se se deve àquela planta invasora a que chamamos silva e à qual roubávamos as amoras em tempos do tempo que já lá vai, também não sei. Se se deve às varinas da Póvoa ou da Figueira a apregoar as vivinhas da costa, confesso que também não sei. Seja como for, as vivinhas da costa não me parece que tenham alguma coisa a ver com isto, a não ser para uma boa sardinhada a escorrer pelo pedaço de broa abaixo e regada com um bom vinho branco, alvarinho de preferência. E que dizer da origem da expressão no senhor Silva? Já disse que não sei, mas vós, jovens, sois muitíssimo mais importantes para nós do que qualquer senhor Silva engravatado e de cartola alta ou de smoking com papillon e pingalim. E isto, claro, sem querer desvalorizar ou minimizar os grandes méritos desse tal senhor Silva, possível candidato a condecorações. Como sabeis, o problema não está em receber condecorações, está em merecê-las. Quanto às silvas, se elas têm o poder de rebentar de novo a desafiar o agricultor que não as consegue destruir, vós tendes uma capacidade de renovação interior muito maior e mais forte, uma força sem igual, basta quererdes. Se vós quiserdes, ninguém vos passará a perna, muito menos vos esticarão o braço a puxar para trás. Essa força leva-vos a viver na alegria e na esperança, dizendo a todos, com a vossa vida de entusiasmo contagiante, que estais verdadeiramente vivos e que até quereis ajudar o mundo a dar uma cambalhota monumental sem partir o seu nariz e o vosso. É por isso que Cristo, neste hoje que é o vosso, confia em vós e vos envia por todo o mundo a anunciar a grande alegria da boa nova que Ele é e nos veio trazer! É por isso que a Igreja, também neste hoje que é o vosso, em nome de Cristo e na esteira de tantas e tantos jovens que ao longo dos tempos abraçaram tal desafio, continua a dizer-vos o mesmo e a confiar em vós, entregando-vos a Cruz de Cristo para que a leveis “pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade” e que anuncieis “a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”.

É certo que a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude - que este mês temos a graça de a ter entre nós! -, em si mesma não vale muito, é madeira, mesmo que madeira especial. Mas tem uma longa e rica história que a vai valorizando cada vez mais, uma história construída desde 1983 ao serviço da provocação do bem por esse mundo fora. Levada pelo entusiasmo de tantas e tantos jovens, ela peregrina com uma missão bem definida: bater à porta do coração de todos, dos de boa e dos de má vontade, a convidá-los, a sugerir-lhes que oiçam bem e sem preconceitos a feliz notícia que ela representa e significa. Ela representa a vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte, mesmo que possa continuar a ser escândalo para uns e loucura para outros. Ela passa pelas nossos lugares e instituições a lembrar a todos a Cruz do Calvário, a Cruz onde o mundo, todos e cada um, fomos redimidos por Cristo. Foi na cruz que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, morrendo para o pecado e ressuscitando para uma vida nova em Cristo Jesus, pelo Batismo, deixando-nos guiar pelo Espírito de Deus em coerência com o Evangelho. Ela chama a atenção de todos para a necessidade de cada um carregar a sua cruz e assumir o único caminho capaz de conduzir à verdadeira Vida, testemunhando ao mundo quão importante é Cristo nascer e crescer em todos e todos diminuírem em presunções e peneiras. Falar da Cruz do Calvário e olhar para ela de forma contemplativa, é centrar a nossa fé e a nossa esperança em Cristo Jesus. Ele morreu na Cruz, sim, mas Ele está vivo, ressuscitou. Como afirma Francisco na Exortação Cristo Vive, “Ele vive e quer-te vivo! Ele está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que tu te afastes, lá está o Ressuscitado, chamando-te e esperando-te para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, pelos rancores, pelos medos, pelas dúvidas ou pelos fracassos, Ele estará presente para te devolver a força e a esperança”. Tal como o Pai disse a Jesus no rio Jordão, também cada um de nós deve fazer ecoar essas mesmas palavras dirigidas a si próprio: “tu és o meu filho muito amado”. E és, jovem, mesmo que, porventura, não acreditasses! Avivar a consciência de que Deus te ama verdadeiramente e te quer vivo e ativo levar-te-á apressadamente “a acender estrelas nas noites de outros jovens”. Sois vós, com o vosso entusiasmo, quem pode ajudar a manter a Igreja sempre jovem, “a não cair na corrupção, a não desistir, a não se orgulhar, a não se converter em seita, a ser mais pobre e testemunhal, a estar próxima dos últimos e dos descartados, a lutar pela justiça, a deixar-se interpelar com humildade”.

E junto à Cruz estava Maria, “o grande modelo para uma Igreja jovem, que deseja seguir Cristo com frescor e docilidade”. A força do seu sim e do desejo de servir foram muito mais fortes do que as suas dúvidas e dificuldades. Sem evasões nem miragens, viveu com os olhos iluminados pelo Espírito Santo, contemplava a vida com fé, guardava tudo no seu coração, com naturalidade quotidiana. Acolheu, protegeu, seguiu Jesus, continua a velar “por nós, seus filhos, que muitas vezes caminhamos na vida cansados, carentes, mas desejosos que a luz da esperança não se apague”. Ao longo da história, no bom uso da sua liberdade e comprometidos com o bem comum, muitos jovens de coração e cara lavada, sem se fecharem no seu mundozinho ou casulo asfixiante, sem forjarem histórias da carochinha ou desculpas de mau pagador, «têm feito brilhar os traços da idade juvenil em toda a sua beleza e, na sua época, foram verdadeiros profetas de mudança” (cf. CV1-49). Esta é a vossa época, o vosso hoje, caros jovens, seja na escola, na universidade, na política, no sindicato, na profissão, na família, na sociedade. Mas sempre abertos ao desenvolvimento e à cidadania globais. O exemplo de tantos e de tantas mostra de quanto sois capazes quando vos abris à cultura do encontro com crentes e não crentes para bem fazer e fazer bem, vendo no rosto de cada um o rosto do próprio Cristo, um irmão, um companheiro de viagem. Não desistais, esta é a vossa vez, a vossa hora, uma hora de esperança para todos!

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 11-02-2022.

 

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