domingo, 13 de fevereiro de 2022

 



PARÓQUIAS DE NISA

  

Segunda,14 de fevereiro de 2022

  

Segunda-feira da VI semana do tempo comum

   

 

LITURGIA

 

 

Segunda-feira da semana VI

S. Cirilo, monge, e S. Metódio, bispo,
Padroeiros da Europa – FESTA

Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.

L1: At 13, 46-49; Sal 116 (117), 1. 2
Ev: Lc 10, 1-9

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – Virgem Santa Maria, Mãe do amor formoso – FESTA
* Nas Dioceses de Cabo Verde – S. Cirilo e S. Metódio – MO

 

S. CIRILO, monge, e S. METÓDIO, bispo

 

Nota Histórica:

Cirilo, natural de Salónica, recebeu uma excelente formação em Constantinopla. Juntamente com seu irmão, Metódio, dirigiu-se para a Morávia, a pregar a fé católica. Ambos prepararam os textos litúrgicos em língua eslava, escritos com letras que depois se chamaram «cirílicas». Chamados a Roma, ali morreu Cirilo a 14 de Fevereiro de 869. Metódio foi então ordenado bispo e partiu para a Panónia onde exerceu intensa atividade evangelizadora. Teve muito que sofrer por causa de pessoas invejosas, mas contou sempre com o apoio dos Pontífices Romanos. Morreu no dia 6 de Abril de 885 em Velehrad (Morávia).

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA
Estes são os homens santos, amigos de Deus,
gloriosos mensageiros da verdade divina.

Na Europa diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que iluminastes os povos eslavos por meio dos santos irmãos Cirilo e Metódio, abri os nossos corações aos ensinamentos da vossa palavra e fazei de nós um povo unânime na confissão da verdadeira fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 13, 46-49
«Voltamo-nos para os pagãos»



Leitura dos Atos dos Apóstolos


Naqueles dias, Paulo e Barnabé disseram aos judeus: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Mas uma vez que a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios, porque assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da terra’». Ao ouvirem isto, os gentios encheram-se de alegria e glorificaram a palavra do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé. Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.

 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 116 (117), 1.2 (cf. R. Mc 16, 15)
Refrão: Ide por todo o mundo
e anunciai o Evangelho.


Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre.


ALELUIA Lc 4, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova,
e aos cativos a redenção. Refrão


EVANGELHO Lc 10, 1-9
«Ide e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’. E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos na festa dos Santos Cirilo e Metódio e fazei que se tornem sinal da nova humanidade, reconciliada no vosso amor. Por Nosso Senhor.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Mc 16, 20
Os discípulos partiram para anunciar o Evangelho com a graça do Senhor, que confirmava com milagres a sua palavra.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus, Pai de todos os povos, que nos fizestes participantes do mesmo pão e do mesmo Espírito e herdeiros do banquete eterno, concedei, por intercessão dos Santos Cirilo e Metódio, que a multidão dos vossos filhos persevere na mesma fé e edifique na concórdia um reino de justiça e de paz. Por Nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Atos 13, 46-49: Jesus é anunciado pelos profetas como luz dos pagãos. Esta missão do Senhor continua viva na Igreja, que O prolonga e na qual é proclamada a Boa Nova do Reino de Deus. Mas há sempre na Igreja quem encarne, de modo particular, em cada tempo e lugar, esta missão, como aconteceu com os dois santos irmãos que hoje celebramos, missionários do Evangelho entre os povos da Europa do leste. Juntamente com a fé, e para lhe servir de veículo, levaram a esses povos elementos importantes de cultura humana, como foi o próprio alfabeto com que, ainda hoje, as línguas desses povos são escritas.

Lc 10, 1-9: O problema, que já existia no tempo de Jesus, ainda hoje continua a existir e continuará até ao fim dos tempos: a seara de Deus precisa de trabalhadores. O que os Santos missionários de outrora fizeram é testemunho do que em cada tempo poderá ser feito, desde que se abra o coração aos apelos do Espírito de Deus.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

 

 

 

IGREJAS DA ZONA PASTORAL DE MISA:

 

 

Igreja d
e Amieira do Tejo

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

JOVEM, NÃO TE ESQUEÇAS, ELE VIVE E QUER-TE VIVO!...

 

É isso mesmo, jovem. Ele quer-te vivo, bem vivo, vivinho da silva. Se a origem da expressão ‘vivinho da silva’ se deve a um qualquer senhor Silva muito reguila e importante, isso não sei. Se se deve àquela planta invasora a que chamamos silva e à qual roubávamos as amoras em tempos do tempo que já lá vai, também não sei. Se se deve às varinas da Póvoa ou da Figueira a apregoar as vivinhas da costa, confesso que também não sei. Seja como for, as vivinhas da costa não me parece que tenham alguma coisa a ver com isto, a não ser para uma boa sardinhada a escorrer pelo pedaço de broa abaixo e regada com um bom vinho branco, alvarinho de preferência. E que dizer da origem da expressão no senhor Silva? Já disse que não sei, mas vós, jovens, sois muitíssimo mais importantes para nós do que qualquer senhor Silva engravatado e de cartola alta ou de smoking com papillon e pingalim. E isto, claro, sem querer desvalorizar ou minimizar os grandes méritos desse tal senhor Silva, possível candidato a condecorações. Como sabeis, o problema não está em receber condecorações, está em merecê-las. Quanto às silvas, se elas têm o poder de rebentar de novo a desafiar o agricultor que não as consegue destruir, vós tendes uma capacidade de renovação interior muito maior e mais forte, uma força sem igual, basta quererdes. Se vós quiserdes, ninguém vos passará a perna, muito menos vos esticarão o braço a puxar para trás. Essa força leva-vos a viver na alegria e na esperança, dizendo a todos, com a vossa vida de entusiasmo contagiante, que estais verdadeiramente vivos e que até quereis ajudar o mundo a dar uma cambalhota monumental sem partir o seu nariz e o vosso. É por isso que Cristo, neste hoje que é o vosso, confia em vós e vos envia por todo o mundo a anunciar a grande alegria da boa nova que Ele é e nos veio trazer! É por isso que a Igreja, também neste hoje que é o vosso, em nome de Cristo e na esteira de tantas e tantos jovens que ao longo dos tempos abraçaram tal desafio, continua a dizer-vos o mesmo e a confiar em vós, entregando-vos a Cruz de Cristo para que a leveis “pelo mundo fora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade” e que anuncieis “a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”.

É certo que a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude - que este mês temos a graça de a ter entre nós! -, em si mesma não vale muito, é madeira, mesmo que madeira especial. Mas tem uma longa e rica história que a vai valorizando cada vez mais, uma história construída desde 1983 ao serviço da provocação do bem por esse mundo fora. Levada pelo entusiasmo de tantas e tantos jovens, ela peregrina com uma missão bem definida: bater à porta do coração de todos, dos de boa e dos de má vontade, a convidá-los, a sugerir-lhes que oiçam bem e sem preconceitos a feliz notícia que ela representa e significa. Ela representa a vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte, mesmo que possa continuar a ser escândalo para uns e loucura para outros. Ela passa pelas nossos lugares e instituições a lembrar a todos a Cruz do Calvário, a Cruz onde o mundo, todos e cada um, fomos redimidos por Cristo. Foi na cruz que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, morrendo para o pecado e ressuscitando para uma vida nova em Cristo Jesus, pelo Batismo, deixando-nos guiar pelo Espírito de Deus em coerência com o Evangelho. Ela chama a atenção de todos para a necessidade de cada um carregar a sua cruz e assumir o único caminho capaz de conduzir à verdadeira Vida, testemunhando ao mundo quão importante é Cristo nascer e crescer em todos e todos diminuírem em presunções e peneiras. Falar da Cruz do Calvário e olhar para ela de forma contemplativa, é centrar a nossa fé e a nossa esperança em Cristo Jesus. Ele morreu na Cruz, sim, mas Ele está vivo, ressuscitou. Como afirma Francisco na Exortação Cristo Vive, “Ele vive e quer-te vivo! Ele está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que tu te afastes, lá está o Ressuscitado, chamando-te e esperando-te para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, pelos rancores, pelos medos, pelas dúvidas ou pelos fracassos, Ele estará presente para te devolver a força e a esperança”. Tal como o Pai disse a Jesus no rio Jordão, também cada um de nós deve fazer ecoar essas mesmas palavras dirigidas a si próprio: “tu és o meu filho muito amado”. E és, jovem, mesmo que, porventura, não acreditasses! Avivar a consciência de que Deus te ama verdadeiramente e te quer vivo e ativo levar-te-á apressadamente “a acender estrelas nas noites de outros jovens”. Sois vós, com o vosso entusiasmo, quem pode ajudar a manter a Igreja sempre jovem, “a não cair na corrupção, a não desistir, a não se orgulhar, a não se converter em seita, a ser mais pobre e testemunhal, a estar próxima dos últimos e dos descartados, a lutar pela justiça, a deixar-se interpelar com humildade”.

E junto à Cruz estava Maria, “o grande modelo para uma Igreja jovem, que deseja seguir Cristo com frescor e docilidade”. A força do seu sim e do desejo de servir foram muito mais fortes do que as suas dúvidas e dificuldades. Sem evasões nem miragens, viveu com os olhos iluminados pelo Espírito Santo, contemplava a vida com fé, guardava tudo no seu coração, com naturalidade quotidiana. Acolheu, protegeu, seguiu Jesus, continua a velar “por nós, seus filhos, que muitas vezes caminhamos na vida cansados, carentes, mas desejosos que a luz da esperança não se apague”. Ao longo da história, no bom uso da sua liberdade e comprometidos com o bem comum, muitos jovens de coração e cara lavada, sem se fecharem no seu mundozinho ou casulo asfixiante, sem forjarem histórias da carochinha ou desculpas de mau pagador, «têm feito brilhar os traços da idade juvenil em toda a sua beleza e, na sua época, foram verdadeiros profetas de mudança” (cf. CV1-49). Esta é a vossa época, o vosso hoje, caros jovens, seja na escola, na universidade, na política, no sindicato, na profissão, na família, na sociedade. Mas sempre abertos ao desenvolvimento e à cidadania globais. O exemplo de tantos e de tantas mostra de quanto sois capazes quando vos abris à cultura do encontro com crentes e não crentes para bem fazer e fazer bem, vendo no rosto de cada um o rosto do próprio Cristo, um irmão, um companheiro de viagem. Não desistais, esta é a vossa vez, a vossa hora, uma hora de esperança para todos!

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 11-02-2022.

 

 

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