PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 16 de fevereiro de 2022
Quarta-feira da VI semana do tempo comum
LITURGIA
Quarta-feira
da semana VI
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L1: Tg 1, 19-27; Sal 14 (15), 2-3ab. 3cd-4ab. 5
Ev: Mc 8, 22-26
* Na Ordem Agostiniana – B. Simão de Cássia, presbítero – MO
* Na Ordem de Cister – S. Pedro de Castelnau, monge e mártir – MF
* No Instituto Missionário da Consolata – B. José Allamano, presbítero,
Fundador do Instituto – FESTA
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – I Vésp. de SS. Sete
Fundadores da Ordem dos Servos da Virgem Santa Maria
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 30, 3-4
Sede a rocha do meu refúgio, Senhor,
e a fortaleza da minha salvação.
Para glória do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que prometestes estar presente
nos corações retos e sinceros,
ajudai-nos com a vossa graça
a viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Tg 1, 19-27
«Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes»
Leitura da
Epístola de São Tiago
Caríssimos irmãos: Cada qual seja pronto para ouvir, lento para falar e lento
para se irar, porque a ira do homem não realiza a justiça de Deus. Por isso,
renunciando a toda a imundície e a todos os vestígios de maldade, acolhei
docilmente a palavra que em vós foi plantada e pode salvar as vossas almas.
Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, pois seria enganar-vos a vós
mesmos. Quem ouve a palavra e não a cumpre é como alguém que observa o seu
rosto num espelho e, depois de observar a própria fisionomia, vai-se embora e
logo se esquece como era. Mas aquele que se aplica atentamente a considerar a
lei perfeita, que é a lei da liberdade, e nela persevera, sem ser um ouvinte
que se esquece, mas que efecti¬vamente a cumpre, esse encontrará a felicidade
no seu modo de viver. Se alguém se considera religioso e não refreia a própria
língua engana-se a si mesmo e a sua religião é vã. A religião pura e sem
mancha, aos olhos de Deus, nosso Pai, consiste em visitar os órfãos e as viúvas
nas suas tribulações e conservar-se limpo do contágio do mundo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 14 (15), 2-3ab.3cd-4ab.5 (R. 1b)
Refrão: Quem habitará, Senhor, no vosso
santuário? Repete-se
Ou: Ensinai-nos, Senhor:
quem habitará na vossa casa? Repete-se
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia. Refrão
O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor. Refrão
O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado. Refrão
ALELUIA cf. Ef 1, 17-18
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo
ilumine os olhos do nosso coração,
para conhecermos a esperança a que fomos chamados. Refrão
EVANGELHO Mc 8, 22-26
«O cego ficou restabelecido e via tudo claramente»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram a Betsaida. Trouxeram-Lhe então
um cego, suplicando-Lhe que o tocasse. Jesus tomou o cego pela mão e levou-o
para fora da localidade. Depois deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos
e perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». Ele abriu os olhos e disse: «Vejo as
pessoas, que parecem árvores a andar». Em seguida, Jesus impôs-lhe novamente as
mãos sobre os olhos e ele começou a ver bem: ficou restabelecido e via tudo
claramente. Então Jesus mandou-o para casa e disse-lhe: «Não entres sequer na
povoação».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que estes dons sagrados
nos purifiquem e renovem,
para que, obedecendo sempre à vossa vontade,
alcancemos a recompensa eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24.29
O Senhor deu-lhes o pão do Céu:
comeram e ficaram saciados.
Ou Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu
o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão do Céu,
concedei-nos a graça de buscarmos sempre
aquelas realidades que nos dão a verdadeira vida.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Tg 1, 19-27: A
palavra de Deus proclama-se para ser escutada, escuta-se para ser princípio de
acção na existência dos homens, movidos pelo impulso do Espírito de Deus. Tudo
foi feito pela Palavra de Deus; tudo continuará a ser refeito por essa mesma
palavra, se ela for o princípio da atividade dos homens, a quem Deus confia a
criação inteira.
Mc 8, 22-26: A
cura dos cegos realiza à letra a palavra dos profetas, que apresentam tais
prodígios como sinais dos tempos messiânicos. A cura deste cego aparece como
qualquer coisa que se realiza de maneira progressiva e aparentemente difícil.
Talvez o Evangelho, que a apresenta imediatamente antes da confissão de fé de
Pedro, queira referir-se aos esforços de Jesus por abrir os olhos dos
discípulos para que estes compreendam o que Ele lhes faz e lhes diz.
AGENDA DO DIA:
11.00
horas: Funeral em Nisa
15.00
horas; Funeral em Montalvão
17.00
horas Missa em Gáfete
18.00
horas: Missa em Tolosa
18.00
horas: Missa em Nisa.
IGREJAS DA ZONA
PASTORAL DE MISA:
Capela de Nossa Senhora dos Remédios (Montalvã0) |
A VOZ DO PASTOR
JOVEM, NÃO TE ESQUEÇAS, ELE VIVE E QUER-TE VIVO!...
É isso mesmo, jovem. Ele quer-te vivo, bem vivo,
vivinho da silva. Se a origem da expressão ‘vivinho da silva’ se deve a um
qualquer senhor Silva muito reguila e importante, isso não sei. Se se deve
àquela planta invasora a que chamamos silva e à qual roubávamos as amoras em
tempos do tempo que já lá vai, também não sei. Se se deve às varinas da Póvoa
ou da Figueira a apregoar as vivinhas da costa, confesso que também não sei.
Seja como for, as vivinhas da costa não me parece que tenham alguma coisa a ver
com isto, a não ser para uma boa sardinhada a escorrer pelo pedaço de broa
abaixo e regada com um bom vinho branco, alvarinho de preferência. E que dizer
da origem da expressão no senhor Silva? Já disse que não sei, mas vós, jovens,
sois muitíssimo mais importantes para nós do que qualquer senhor Silva
engravatado e de cartola alta ou de smoking com papillon e pingalim. E isto,
claro, sem querer desvalorizar ou minimizar os grandes méritos desse tal senhor
Silva, possível candidato a condecorações. Como sabeis, o problema não está em
receber condecorações, está em merecê-las. Quanto às silvas, se elas têm o
poder de rebentar de novo a desafiar o agricultor que não as consegue destruir,
vós tendes uma capacidade de renovação interior muito maior e mais forte, uma
força sem igual, basta quererdes. Se vós quiserdes, ninguém vos passará a
perna, muito menos vos esticarão o braço a puxar para trás. Essa força leva-vos
a viver na alegria e na esperança, dizendo a todos, com a vossa vida de
entusiasmo contagiante, que estais verdadeiramente vivos e que até quereis
ajudar o mundo a dar uma cambalhota monumental sem partir o seu nariz e o
vosso. É por isso que Cristo, neste hoje que é o vosso, confia em vós e vos
envia por todo o mundo a anunciar a grande alegria da boa nova que Ele é e nos
veio trazer! É por isso que a Igreja, também neste hoje que é o vosso, em nome
de Cristo e na esteira de tantas e tantos jovens que ao longo dos tempos
abraçaram tal desafio, continua a dizer-vos o mesmo e a confiar em vós,
entregando-vos a Cruz de Cristo para que a leveis “pelo mundo fora como um
símbolo do amor de Cristo pela humanidade” e que anuncieis “a todos que só na
morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”.
É certo que a Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude
- que este mês temos a graça de a ter entre nós! -, em si mesma não vale muito,
é madeira, mesmo que madeira especial. Mas tem uma longa e rica história que a
vai valorizando cada vez mais, uma história construída desde 1983 ao serviço da
provocação do bem por esse mundo fora. Levada pelo entusiasmo de tantas e
tantos jovens, ela peregrina com uma missão bem definida: bater à porta do
coração de todos, dos de boa e dos de má vontade, a convidá-los, a sugerir-lhes
que oiçam bem e sem preconceitos a feliz notícia que ela representa e
significa. Ela representa a vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte,
mesmo que possa continuar a ser escândalo para uns e loucura para outros. Ela
passa pelas nossos lugares e instituições a lembrar a todos a Cruz do Calvário,
a Cruz onde o mundo, todos e cada um, fomos redimidos por Cristo. Foi na cruz
que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, morrendo para o pecado e
ressuscitando para uma vida nova em Cristo Jesus, pelo Batismo, deixando-nos
guiar pelo Espírito de Deus em coerência com o Evangelho. Ela chama a atenção
de todos para a necessidade de cada um carregar a sua cruz e assumir o único
caminho capaz de conduzir à verdadeira Vida, testemunhando ao mundo quão
importante é Cristo nascer e crescer em todos e todos diminuírem em presunções
e peneiras. Falar da Cruz do Calvário e olhar para ela de forma contemplativa,
é centrar a nossa fé e a nossa esperança em Cristo Jesus. Ele morreu na Cruz,
sim, mas Ele está vivo, ressuscitou. Como afirma Francisco na Exortação Cristo
Vive, “Ele vive e quer-te vivo! Ele está em ti, está contigo e jamais te deixa.
Por mais que tu te afastes, lá está o Ressuscitado, chamando-te e esperando-te
para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, pelos rancores,
pelos medos, pelas dúvidas ou pelos fracassos, Ele estará presente para te
devolver a força e a esperança”. Tal como o Pai disse a Jesus no rio Jordão,
também cada um de nós deve fazer ecoar essas mesmas palavras dirigidas a si
próprio: “tu és o meu filho muito amado”. E és, jovem, mesmo que, porventura,
não acreditasses! Avivar a consciência de que Deus te ama verdadeiramente e te
quer vivo e ativo levar-te-á apressadamente “a acender estrelas nas noites de
outros jovens”. Sois vós, com o vosso entusiasmo, quem pode ajudar a manter a
Igreja sempre jovem, “a não cair na corrupção, a não desistir, a não se
orgulhar, a não se converter em seita, a ser mais pobre e testemunhal, a estar
próxima dos últimos e dos descartados, a lutar pela justiça, a deixar-se
interpelar com humildade”.
E junto à Cruz estava Maria, “o grande modelo para uma Igreja jovem, que deseja seguir Cristo com frescor e docilidade”. A força do seu sim e do desejo de servir foram muito mais fortes do que as suas dúvidas e dificuldades. Sem evasões nem miragens, viveu com os olhos iluminados pelo Espírito Santo, contemplava a vida com fé, guardava tudo no seu coração, com naturalidade quotidiana. Acolheu, protegeu, seguiu Jesus, continua a velar “por nós, seus filhos, que muitas vezes caminhamos na vida cansados, carentes, mas desejosos que a luz da esperança não se apague”. Ao longo da história, no bom uso da sua liberdade e comprometidos com o bem comum, muitos jovens de coração e cara lavada, sem se fecharem no seu mundozinho ou casulo asfixiante, sem forjarem histórias da carochinha ou desculpas de mau pagador, «têm feito brilhar os traços da idade juvenil em toda a sua beleza e, na sua época, foram verdadeiros profetas de mudança” (cf. CV1-49). Esta é a vossa época, o vosso hoje, caros jovens, seja na escola, na universidade, na política, no sindicato, na profissão, na família, na sociedade. Mas sempre abertos ao desenvolvimento e à cidadania globais. O exemplo de tantos e de tantas mostra de quanto sois capazes quando vos abris à cultura do encontro com crentes e não crentes para bem fazer e fazer bem, vendo no rosto de cada um o rosto do próprio Cristo, um irmão, um companheiro de viagem. Não desistais, esta é a vossa vez, a vossa hora, uma hora de esperança para todos!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 11-02-2022.
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