PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 02 de março de 2019
Sábado da VII semana do tempo comum
Ofício da féria - Semana III
SÁBADO da semana VII
Santa Maria no Sábado –
MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha .
L 1 Sir 17, 1-13 (gr. 1-15); Sal 102 (103), 13-14. 15-16. 17ab e18
Ev Mc 10, 13-16
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Inês de Praga (ou de Boémia), virgem, da II Ordem – MF
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha .
L 1 Sir 17, 1-13 (gr. 1-15); Sal 102 (103), 13-14. 15-16. 17ab e18
Ev Mc 10, 13-16
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Inês de Praga (ou de Boémia), virgem, da II Ordem – MF
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 12,
6
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras,
o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Sir 17, 1-13 (gr. 1-15)
«Deus formou o homem à sua imagem»
Leitura do Livro de Ben Sirá
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras,
o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Sir 17, 1-13 (gr. 1-15)
«Deus formou o homem à sua imagem»
Leitura do Livro de Ben Sirá
O Senhor criou o homem da terra e à terra o faz voltar novamente. Concedeu-lhe dias contados e tempo medido e deu-lhe poder sobre tudo o que há na terra. Revestiu-o com a sua própria força e criou-o à sua imagem. Fê-lo temível por todos os seres vivos, para que ele domine sobre os animais e as aves. Deu aos homens discernimento, língua, olhos e ouvidos, e mente para pensar. Dotou-os de razão e inteligência e deu-lhes a conhecer o bem e o mal. Acendeu-lhes nos corações a sua própria luz e manifestou-lhes a grandeza das suas obras, para que louvem o seu santo nome e O glorifiquem pelas suas maravilhas, proclamando a magnificência das suas obras. Concedeu-lhes o dom do entendimento e deu-lhes como herança a lei da vida. Estabeleceu com eles uma aliança eterna e revelou-lhes a justiça dos seus mandamentos. Os olhos dos homens viram a grandeza da sua glória e os ouvidos ouviram a majestade da sua voz. E disse-lhes: «Guardai-vos de toda a injustiça» e a cada um impôs deveres para com o seu próximo. Os caminhos dos homens estão sempre diante do Senhor e não podem esconder-se aos seus olhos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 13-14.15-16.17ab e 18 (R. cf. 17)
Refrão: A misericórdia do Senhor permanece para sempre
sobre aqueles que O temem. Repete-se
Como um pai se compadece dos seus filhos,
assim o Senhor Se compadece dos que O temem.
Ele sabe de que somos formados
e não Se esquece que somos pó da terra. Refrão
Os dias do homem são como o feno:
ele desabrocha como a flor do campo;
mal sopra o vento desaparece
e não mais se conhece o seu lugar. Refrão
A bondade do Senhor permanece para sempre
sobre aqueles que O temem,
sobre aqueles que guardam a sua aliança
e se lembram de cumprir os seus preceitos. Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos
os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Mc 10, 13-16
«Quem não acolher o reino de Deus como uma criança
não entrará nele»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas. Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele». E, abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que celebremos dignamente estes divinos mistérios,
de modo que os dons oferecidos para vossa glória
sejam para nós fonte de eterna salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 9, 2-3
Cantarei todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós.
Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.
Ou cf. Jo 11, 27
Senhor, eu creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo,
o Salvador do mundo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Deus omnipotente,
que este sacramento de salvação
seja para nós penhor seguro de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O melhor contributo
para uma vida de qualidade consiste mais na construção de pontes do que na edificação
de muros»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Mc 10, 13-16 :A
criança é aqui o símbolo daqueles que acolhem a Boa Nova do reino de Deus sem
lhe oporem obstáculos, mas em atitude de obediência e de docilidade. Acolher a
Boa Nova é já entrar no reino de Deus. Foi este espírito de infância
espiritual, disponível, acolhedor, amigo de escutar para aprender a caminhar,
que sempre animou os homens grandes.
Mc 10, 13-16: A criança é aqui o símbolo daqueles que acolhem a Boa Nova do reino de Deus sem lhe oporem obstáculos, mas em atitude de obediência e de docilidade. Acolher a Boa Nova é já entrar no reino de Deus. Foi este espírito de infância espiritual, disponível, acolhedor, amigo de escutar para aprender a caminhar, que sempre animou os homens grandes.
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Senhor Jesus, cremos em Ti, mas precisamos
que nos aumentes a fé e assim possamos ser teus verdadeiros discípulos.
AGENDA
Todo o dia: Encontro
de Acólitos no Rossio ao Sul do Tejo
09.00 horas: Missa na
Matriz
10.30 horas: Missa em
Monte Claro
15.00 horas: Missa em
Salavessa
16.00 horas: Missa no
Pardo
16.00 horas: Funeral
em Nisa
16.00 horas: Missa no
Pé da Serra
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
A VOZ DO PASTOR
QUARESMA 2019 - SINAIS DE LEITURA
A Páscoa é o mistério central de todo o
Cristianismo. A sua celebração e vivência trouxeram à Igreja um tempo forte de
preparação: é a Quaresma. Há Quaresma porque é necessário preparar a celebração
e a vivência da Páscoa. Sendo a Páscoa o tempo que, por excelência, celebra a
vida cristã iniciada com o Batismo, não se resume a um dia de calendário. É,
sobretudo, uma experiência de fé, um reencontro com Cristo e o Mistério da sua
vida, um encontro com as raízes da fé, um confronto da vida com a vocação cristã,
uma interrogação e resposta sobre o sentido da vida. Entre o que somos
atualmente e aquilo que o Batismo nos define como vida cristã situa-se o
caminho que está em causa no itinerário que vai pela Quaresma até à Pascoa.
Quaresma é, portanto, um tempo fortíssimo da
vida cristã; tempo dos batizados que, para viverem mais profundamente a sua
vocação pascal, se constroem e reconstroem; tempo dos Catecúmenos porque
caminho de preparação para o Batismo; tempo de escuta mais atenta da Palavra de
Deus e da sua inclusão ética na vida quotidiana; tempo de oração mais cuidada e
disponível; tempo forte de conversão e de reconciliação, pessoal e sacramental;
tempo de relações humanas reestruturadas, redefinidas, reprojetadas, pacificadas;
tempo essencial de partilha do que se tem e do que se é; tempo de reencontro
com os valores fundamentais da vida; tempo de purificação de tudo aquilo que,
na vida, se foi instalando como tóxico: desregramentos subtis diversos, estilos
e tipos de relação humana que dividem, a lógica da competitividade a todo o
custo e da lei do mais forte, o clamor da terra violentada, poluída e ferida
por atitudes egoístas e banalizadoras dos seus recursos, a fome que rouba a
liberdade de tantos sob a indiferença de outros, etc…
Quaresma é tempo de conversão para que, ao
chegar à Páscoa, o coração crente da Igreja e de cada batizado possa estar mais
intimamente unido e em harmonia com Cristo Senhor. A Igreja ensina-o e
sublinha-o, as comunidades cristãs já nunca o esquecem. E para que as intenções
não fiquem no abstrato e possam redundar inconsequentes, todos os anos, nos
sinais eclesiais do jejum, da partilha e da oração, encontramos os caminhos
concretos da conversão. São os caminhos em que não podemos deixar crescer obstáculos
e que havemos de cuidar por manter abertos porque sempre mostrarão a capacidade
que o Espírito de Deus tem de fazer maravilhas em cada um de nós.
Para melhor vivermos a Quaresma como tempo
precioso para a nossa fé, poderíamos, este ano, pessoal, familiar ou
comunitariamente, fazer o exercício da leitura da vida a partir destes sinais e
atitudes do jejum, da partilha e da oração. O Jejum, a Esmola ou Partilha e a
Oração não são “mínimos legais” para uma confissão bem feita. São os sinais dos
campos onde é necessário converter a vida para a recentrar em Deus.
Por isso, no caminho da conversão, o Jejum, a
Partilha e a Oração dão origem a três grandes linhas de leitura, avaliação e
reestruturação da vida quotidiana. O “Jejum” pode questionar como tem andado a
nossa relação com a vida, à qual, cristãmente, lhe chamamos “Esperança”. A
“Partilha” pode interrogar como tem sido a nossa relação com os outros, a que,
cristãmente, chamamos “Caridade”. A “Oração” pode avaliar, saborear e fazer
despertar o desejo de perceber como tem sido a nossa relação com Deus, à qual,
cristãmente, chamamos “Fé”.
Esperança, Caridade e Fé, ou seja, relação com
a vida, relação com os outros e a natureza e a relação com Deus tornam-se,
desta forma, a chave de leitura da vida que há de ser levada ao Sacramento da
Reconciliação para fazer a experiência sacramental do Perdão como reconstrução
da pessoa e reaquisição da dignidade de filhos amados de Deus. Passar ao lado
da conversão é passar ao lado da Cruz de Cristo e da Graça do Dom que ela
inaugura.
Exercitando a leitura da nossa identidade
cristã, pessoal e eclesial, nestes três caminhos, caminhos de Esperança,
Caridade e Fé, ou seja, caminhos de Jejum, Partilha e Oração, podemos,
transversalmente, interrogar-nos sobre algumas atitudes que marcam, muitas
vezes quotidianamente, a nossa vida. Existem hoje, de facto, patologias que
provocam o progressivo arrefecimento da nossa relação com a vida, com os outros
e com Deus.
No caminho da Esperança e do Jejum existem
atitudes e patologias do conhecimento e do desejo. S. Máximo diz, por exemplo,
que “Adão foi vítima da sua ignorância”. De facto, às vezes, a ignorância de
Deus conduz o homem por caminhos tortuosos de experiências estranhas e
desumanizadoras. Ainda no caminho da Esperança - a relação com a vida, o jejum
- aparece a patologia ou doença do desejo que está na perversão do prazer. É o
desejo que é para o homem e não o homem que é para o desejo. Se o desejo for só
fruição autodestrói-se.
No caminho da Caridade existem também atitudes
e patologias que pedem cura: a agressividade que, muitas vezes, chega a
redundar em cólera; patologia da liberdade que afirma que o homem é livre mas
que, ao mesmo tempo, o submete a um profuso conjunto de “necessidades” e
obrigações desumanizadoras; a patologia ou doença das funções e capacidades
corporais: para que servem as nossas mãos, para que servem as nossas
capacidades, para que serve o nosso saber, para que serve e a quem aproveita a
nossa mobilidade!?
No caminho da Fé ou da relação com Deus
existem também patologias ou doenças que podemos avaliar de forma nova em tempo
de Quaresma. Existem, por exemplo, as patologias da memória: de quem ou do que
é que nos lembramos!? E o que é que permanentemente esquecemos!? Lembramo-nos
de Deus na aflição e esquecemo-l’O na alegria!? A ignorância, a negligência ou
tibieza, o esquecimento podem ser sinais da doença da memória. A patologia ou
doença da imaginação é outra que marca presença na nossa relação com Deus.
Imaginar é bom. Na vida cristã de igual forma. E a imaginação pode ser sempre
produtora, reprodutora e criadora. Mas mal da imaginação que, ao invés de puxar
pela realidade, produz a sua ilusão e a alienação.
Ler a vida nestas linhas simples de avaliação
leva-nos ao encontro de coisas boas e menos boas. E do lado das menos boas, em
vivência pessoal e comunitária, estão atitudes como azedumes, cóleras,
violências, opiniões infundadas, impiedades, rancores, ódios, calúnias,
tristezas, medos, rivalidades, cobardias, invejas e vaidades, orgulhos egoístas,
hipocrisias, mentiras, infidelidades, avidezes, ingratidões, materialismos,
gula e embriaguez, luxúrias e adultérios, magias e rituais desonestos,
preguiças, presunções, arrogâncias, apego ao poder, insensibilidades,
representação e lisonja, adulação, descaramento e insolência, dissimulação e
ganância. S. João Damasceno diz que a ociosidade está na base de muitas destas
coisas.
O Jejum, a Partilha e a Oração ou, como acima
se dizia, a Esperança, a Caridade e a Fé conduzem-nos por outros caminhos: a
temperança, a integridade, a liberdade, a alegria, a prudência e a vigilância,
a paciência, a humildade, o amor de Deus, dos outros e da natureza. O Ano
Missionário que estamos a viver pede-nos o testemunho disto mesmo.
Quem se preenche de Deus não deixa no seu
coração espaço para o pecado. A Quaresma é este caminho oferecido à Igreja para
poder participar com alegria genuína na Páscoa, Festa da Ressurreição de Jesus
e afirmação do poder da vida sobre todas as mortes.
+++++
Da Renúncia Quaresmal do ano passado
resultaram 39.568,51 euros (trinta e nove mil quinhentos e sessenta e oito
euros e cinquenta e um cêntimos) da qual, conforme anunciámos na altura, 25% se
destinavam ao Fundo Social Diocesano, gerido pela Direção da Cáritas Diocesana,
e 75%, até porque temos entre nós um Pároco daí natural, foi para a
Arquidiocese de Kananga, na República Democrática do Congo, para ajudar naconstrução de um Centro de Acolhimento e Saúde para socorrer
crianças órfãos da guerra ou roubadas às famílias e usadas como soldados.
Este ano, em pleno Ano Missionário, voltaremos
a orientar a Renúncia Quaresmal, em 25% para o Fundo Social Diocesano, gerido
pela Cáritas Diocesana, e, o restante, para as Missões “ad gentes”. Há muitas
expressões de nos sentirmos Igreja em saída, a partilha é uma delas. Como
afirma o Papa Francisco, a missão “ad gentes” continua a revestir-se de grande
urgência. As Comunidades cristãs devem promover um fervor apostólico contagioso
e rico de entusiasmo, capaz de suscitar fascínio pela missão. Todos somos
chamados “a alimentar a alegria da Evangelização”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 01-03-2019.
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