PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 07 de março de 2019
Quinta-feira depois das cinzas
Ofício
da féria Semana IV
QUINTA-FEIRA
depois das Cinzas
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Deut 30, 15-20; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Lc 9, 22-25
* Pode celebrar-se a memória de S. Perpétua e S. Felicidade, mártires, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – I Vésp. de S. João de Deus.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Deut 30, 15-20; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Lc 9, 22-25
* Pode celebrar-se a memória de S. Perpétua e S. Felicidade, mártires, como se indica na p. 33, n. 8.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – I Vésp. de S. João de Deus.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 54,
17-20.23
Quando clamei ao Senhor, Ele ouviu a minha voz
e livrou-me dos inimigos.
Confia ao Senhor os teus cuidados
e Ele te salvará.
ORAÇÃO COLECTA
Fazei, Senhor, que a vossa graça inspire sempre as nossas obras e as sustente até ao fim, para que toda a nossa atividade por Vós comece e em Vós acabe. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Deut 30, 15-20
«Ponho hoje diante de vós a bênção e a maldição»
Leitura do Livro do Deuteronómio
Quando clamei ao Senhor, Ele ouviu a minha voz
e livrou-me dos inimigos.
Confia ao Senhor os teus cuidados
e Ele te salvará.
ORAÇÃO COLECTA
Fazei, Senhor, que a vossa graça inspire sempre as nossas obras e as sustente até ao fim, para que toda a nossa atividade por Vós comece e em Vós acabe. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Deut 30, 15-20
«Ponho hoje diante de vós a bênção e a maldição»
Leitura do Livro do Deuteronómio
Moisés falou ao povo, dizendo: «Ponho hoje diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade. Se cumprires os mandamentos do Senhor, teu Deus, que hoje te proponho – amando o Senhor, teu Deus, seguindo os seus caminhos e observando a sua lei, os seus mandamentos e preceitos – viverás e multiplicar-te-ás e o Senhor, teu Deus, te abençoará na terra de que vais tomar posse. Mas se o teu coração se desviar e não quiseres ouvir, se te deixares seduzir para adorar e servir outros deuses, declaro-te hoje que hás de perecer e não prolongarás os teus dias na terra em que vais entrar para dela tomar posse depois de passares o Jordão. Tomo hoje o céu e a terra como testemunhas contra vós: proponho-vos a vida e a morte, a bênção e a maldição. Portanto, escolhe a vida, para que vivas tu e a tua descendência, amando o Senhor, teu Deus, escutando a sua voz e aderindo a Ele. Disto depende a tua vida e a longa permanência na terra que o Senhor jurou dar a teus pais Abraão, Isaac e Jacob».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4.6 (R. Salmo 39, 5a)
Refrão: Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. Repete-se
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite. Refrão
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão
Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Mt 4, 17
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Arrependei-vos, diz o Senhor;
está próximo o reino dos Céus. Refrão
EVANGELHO Lc 9, 22-25
«Quem perder a vida por minha causa, salvá-la-á»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». E, dirigindo-Se a todos, disse: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, tem de perdê-la; mas quem perder a vida por minha causa salvá-la-á. Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou arruinar-se a si próprio?».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei benignamente, Senhor, os dons que apresentamos sobre o altar, para que nos alcancem o perdão e deem glória ao vosso nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 50, 12
Criai em mim, Senhor, um coração puro
e renovai em mim a firmeza de alma.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Deus omnipotente, que este alimento celeste que recebemos seja para nós fonte inesgotável de perdão e de salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«A fé é incompatível
com o orgulho, com a vanglória e com o projeto de ser louvado pelo homens. Para
ter fé é necessária a virtude da humildade»
Carlos
de Foucauld
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Deut
30, 15-20: A Quaresma começa por nos propor a
espiritualidade dos dois caminhos, o da vida e o da morte, o da bênção e o da
maldição. É esta a espiritualidade do Salmo 1 que serve de abertura a todo o
saltério, e que é conhecida dos cristãos desde o princípio da Igreja. A
Quaresma é tempo para se escolher, de novo, o caminho que leva à comunhão com
Deus em Cristo no Espírito Santo.
Lc 9, 22-25: Desde o princípio da Quaresma nos é também proposto o Mistério Pascal de Cristo morto e ressuscitado, mistério que vamos celebrar no Tríduo Pascal. Mas o que a Igreja celebra na liturgia, ela o vive na vida de cada dia, seguindo o Senhor Jesus Cristo, o qual deu a vida por nós para nos levar à glória.
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Senhor Jesus, cremos em Ti, mas precisamos
que nos aumentes a fé e assim possamos ser teus verdadeiros discípulos.
AGENDA
Do dia:
11.00 horas: Funeral
em Nisa
11.00 horas: Missa no Lar
de Amieira do Tejo
17.00 horas: Adoração
ao Santíssimo em Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Reunião
com conselho económico da paróquia de Arez.
Da semana (em Nisa):
-
Domingo, segunda e terça, às 17.00 horas: adoração ao Santíssimo na Igreja do
Espírito Santo
-
Quarta-feira de cinzas, às 18.00 horas, Missa na Igreja Matriz. Esse dia será
de Jejum e abstinência
- Quinta, às 17.00 horas: Adoração ao
Santíssimo
- Sexta-feira o Calvário estará aberto
das 09.00 horas até às 17.00 horas. Às 17,15 horas de sexta, reza-se a via
sacra na Igreja do Espírito Santo. Nos dias de quaresma deve respeitar-se a
abstinência nos dias de sexta-feira.
- As confissões gerais serão para todos
no dia 5 de abril, às 21.00 horas na Igreja Matriz. Mas, sempre que possível,
todos os dias, antes da Missa das 18.00 horas haverá sempre um padre disponível
para atender de confissão.
- Neste domingo, e nos próximos dias,
estão abertas inscrições para empregos da procissão dos Passos a realizar no
dia 24.
A VOZ DO PASTOR
QUARESMA 2019 - SINAIS DE LEITURA
A Páscoa é o mistério central de todo o Cristianismo. A sua
celebração e vivência trouxeram à Igreja um tempo forte de preparação: é a
Quaresma. Há Quaresma porque é necessário preparar a celebração e a vivência da
Páscoa. Sendo a Páscoa o tempo que, por excelência, celebra a vida cristã
iniciada com o Batismo, não se resume a um dia de calendário. É, sobretudo, uma
experiência de fé, um reencontro com Cristo e o Mistério da sua vida, um
encontro com as raízes da fé, um confronto da vida com a vocação cristã, uma
interrogação e resposta sobre o sentido da vida. Entre o que somos atualmente e
aquilo que o Batismo nos define como vida cristã situa-se o caminho que está em
causa no itinerário que vai pela Quaresma até à Pascoa.
Quaresma é, portanto, um tempo fortíssimo da vida cristã; tempo
dos batizados que, para viverem mais profundamente a sua vocação pascal, se
constroem e reconstroem; tempo dos Catecúmenos porque caminho de preparação
para o Batismo; tempo de escuta mais atenta da Palavra de Deus e da sua
inclusão ética na vida quotidiana; tempo de oração mais cuidada e disponível;
tempo forte de conversão e de reconciliação, pessoal e sacramental; tempo de
relações humanas reestruturadas, redefinidas, reprojetadas, pacificadas; tempo
essencial de partilha do que se tem e do que se é; tempo de reencontro com os
valores fundamentais da vida; tempo de purificação de tudo aquilo que, na vida,
se foi instalando como tóxico: desregramentos subtis diversos, estilos e tipos
de relação humana que dividem, a lógica da competitividade a todo o custo e da
lei do mais forte, o clamor da terra violentada, poluída e ferida por atitudes
egoístas e banalizadoras dos seus recursos, a fome que rouba a liberdade de
tantos sob a indiferença de outros, etc…
Quaresma é tempo de conversão para que, ao chegar à Páscoa, o
coração crente da Igreja e de cada batizado possa estar mais intimamente unido
e em harmonia com Cristo Senhor. A Igreja ensina-o e sublinha-o, as comunidades
cristãs já nunca o esquecem. E para que as intenções não fiquem no abstrato e
possam redundar inconsequentes, todos os anos, nos sinais eclesiais do jejum,
da partilha e da oração, encontramos os caminhos concretos da conversão. São os
caminhos em que não podemos deixar crescer obstáculos e que havemos de cuidar
por manter abertos porque sempre mostrarão a capacidade que o Espírito de Deus
tem de fazer maravilhas em cada um de nós.
Para melhor vivermos a Quaresma como tempo precioso para a nossa
fé, poderíamos, este ano, pessoal, familiar ou comunitariamente, fazer o
exercício da leitura da vida a partir destes sinais e atitudes do jejum, da
partilha e da oração. O Jejum, a Esmola ou Partilha e a Oração não são “mínimos
legais” para uma confissão bem feita. São os sinais dos campos onde é
necessário converter a vida para a recentrar em Deus.
Por isso, no caminho da conversão, o Jejum, a Partilha e a
Oração dão origem a três grandes linhas de leitura, avaliação e reestruturação
da vida quotidiana. O “Jejum” pode questionar como tem andado a nossa relação
com a vida, à qual, cristãmente, lhe chamamos “Esperança”. A “Partilha” pode
interrogar como tem sido a nossa relação com os outros, a que, cristãmente,
chamamos “Caridade”. A “Oração” pode avaliar, saborear e fazer despertar o
desejo de perceber como tem sido a nossa relação com Deus, à qual, cristãmente,
chamamos “Fé”.
Esperança, Caridade e Fé, ou seja, relação com a vida, relação
com os outros e a natureza e a relação com Deus tornam-se, desta forma, a chave
de leitura da vida que há de ser levada ao Sacramento da Reconciliação para
fazer a experiência sacramental do Perdão como reconstrução da pessoa e
reaquisição da dignidade de filhos amados de Deus. Passar ao lado da conversão
é passar ao lado da Cruz de Cristo e da Graça do Dom que ela inaugura.
Exercitando a leitura da nossa identidade cristã, pessoal e
eclesial, nestes três caminhos, caminhos de Esperança, Caridade e Fé, ou seja,
caminhos de Jejum, Partilha e Oração, podemos, transversalmente, interrogar-nos
sobre algumas atitudes que marcam, muitas vezes quotidianamente, a nossa vida.
Existem hoje, de facto, patologias que provocam o progressivo arrefecimento da
nossa relação com a vida, com os outros e com Deus.
No caminho da Esperança e do Jejum existem atitudes e patologias
do conhecimento e do desejo. S. Máximo diz, por exemplo, que “Adão foi vítima
da sua ignorância”. De facto, às vezes, a ignorância de Deus conduz o homem por
caminhos tortuosos de experiências estranhas e desumanizadoras. Ainda no caminho
da Esperança - a relação com a vida, o jejum - aparece a patologia ou doença do
desejo que está na perversão do prazer. É o desejo que é para o homem e não o
homem que é para o desejo. Se o desejo for só fruição autodestrói-se.
No caminho da Caridade existem também atitudes e patologias que
pedem cura: a agressividade que, muitas vezes, chega a redundar em cólera;
patologia da liberdade que afirma que o homem é livre mas que, ao mesmo tempo,
o submete a um profuso conjunto de “necessidades” e obrigações desumanizadoras;
a patologia ou doença das funções e capacidades corporais: para que servem as
nossas mãos, para que servem as nossas capacidades, para que serve o nosso
saber, para que serve e a quem aproveita a nossa mobilidade!?
No caminho da Fé ou da relação com Deus existem também
patologias ou doenças que podemos avaliar de forma nova em tempo de Quaresma.
Existem, por exemplo, as patologias da memória: de quem ou do que é que nos
lembramos!? E o que é que permanentemente esquecemos!? Lembramo-nos de Deus na
aflição e esquecemo-l’O na alegria!? A ignorância, a negligência ou tibieza, o
esquecimento podem ser sinais da doença da memória. A patologia ou doença da
imaginação é outra que marca presença na nossa relação com Deus. Imaginar é bom.
Na vida cristã de igual forma. E a imaginação pode ser sempre produtora,
reprodutora e criadora. Mas mal da imaginação que, ao invés de puxar pela
realidade, produz a sua ilusão e a alienação.
Ler a vida nestas linhas simples de avaliação leva-nos ao encontro
de coisas boas e menos boas. E do lado das menos boas, em vivência pessoal e
comunitária, estão atitudes como azedumes, cóleras, violências, opiniões
infundadas, impiedades, rancores, ódios, calúnias, tristezas, medos,
rivalidades, cobardias, invejas e vaidades, orgulhos egoístas, hipocrisias,
mentiras, infidelidades, avidezes, ingratidões, materialismos, gula e
embriaguez, luxúrias e adultérios, magias e rituais desonestos, preguiças,
presunções, arrogâncias, apego ao poder, insensibilidades, representação e
lisonja, adulação, descaramento e insolência, dissimulação e ganância. S. João
Damasceno diz que a ociosidade está na base de muitas destas coisas.
O Jejum, a Partilha e a Oração ou, como acima se dizia, a
Esperança, a Caridade e a Fé conduzem-nos por outros caminhos: a temperança, a
integridade, a liberdade, a alegria, a prudência e a vigilância, a paciência, a
humildade, o amor de Deus, dos outros e da natureza. O Ano Missionário que
estamos a viver pede-nos o testemunho disto mesmo.
Quem se preenche de Deus não deixa no seu coração espaço para o
pecado. A Quaresma é este caminho oferecido à Igreja para poder participar com
alegria genuína na Páscoa, Festa da Ressurreição de Jesus e afirmação do poder
da vida sobre todas as mortes.
+++++
Da Renúncia Quaresmal do ano passado resultaram 39.568,51 euros
(trinta e nove mil quinhentos e sessenta e oito euros e cinquenta e um
cêntimos) da qual, conforme anunciámos na altura, 25% se destinavam ao Fundo
Social Diocesano, gerido pela Direção da Cáritas Diocesana, e 75%, até porque
temos entre nós um Pároco daí natural, foi para a Arquidiocese de Kananga, na
República Democrática do Congo, para ajudar na construção
de um Centro de Acolhimento e Saúde para socorrer crianças órfãos da guerra ou
roubadas às famílias e usadas como soldados.
Este ano, em pleno Ano Missionário, voltaremos a orientar a
Renúncia Quaresmal, em 25% para o Fundo Social Diocesano, gerido pela Cáritas
Diocesana, e, o restante, para as Missões “ad gentes”. Há muitas expressões de nos
sentirmos Igreja em saída, a partilha é uma delas. Como afirma o Papa
Francisco, a missão “ad gentes” continua a revestir-se de grande urgência. As
Comunidades cristãs devem promover um fervor apostólico contagioso e rico de
entusiasmo, capaz de suscitar fascínio pela missão. Todos somos chamados “a
alimentar a alegria da Evangelização”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 01-03-2019.
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