segunda-feira, 21 de janeiro de 2019













PARÓQUIAS DE NISA



Terça, 22 de janeiro de 2019











Terça da II semana do tempo comum
Ofício da féria ou da memória – I semana





TERÇA-FEIRA da semana II

S. Vicente, diácono e mártir – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha

L 1 Hebr 6, 10-20; Sal 110 (111), 1-2. 4-5. 9 e 10c
Ev Mc 2, 23-28


* Na Diocese do Algarve – S. Vicente, Padroeiro principal – SOLENIDADE
* No Patriarcado de Lisboa – S. Vicente, Padroeiro principal do Patriarcado – SOLENIDADE; aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Cardeal Patriarca (2000).
* Na Congregação Salesiana – B. Laura Vicunha – MF
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Laura Vicunha, virgem, aluna das Filhas de Maria Auxiliadora – MO
* Na Sociedade do Apostolado Católico (Padres Pallotinos) – S. Vicente Pallotti, presbítero, Fundador da Sociedade – SOLENIDADE

* 5º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.




S. VICENTE, diácono e mártir

Nota Histórica
Vicente, diácono da Igreja de Saragoça, morreu mártir em Valência (Espanha) durante a perseguição de Diocleciano, depois de sofrer cruéis tormentos. O seu culto logo se propagou por toda a Igreja.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 65, 4
Toda a terra Vos adore, Senhor,
e entoe hinos ao vosso nome, ó Altíssimo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que governais o céu e a terra,
escutai misericordiosamente as súplicas do vosso povo
e concedei a paz aos nossos dias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Hebr 6, 10-20
«Na esperança tem a nossa alma uma âncora inabalável e segura»


Leitura da Epístola aos Hebreus

Irmãos: Deus não é injusto. Ele não pode esquecer o vosso trabalho e o amor que mostrastes pelo seu nome, colocando-vos ao serviço dos santos, no passado e no presente. Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo, mantendo intacta a sua esperança até ao fim, de modo que não vos torneis tíbios, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela esperança, se tornam herdeiros dos bens prometidos. Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurar, jurou por Si próprio, dizendo: «Eu te cumularei de bênçãos e multiplicarei a tua posteridade». E por ter perseverado pacientemente, Abraão alcançou a realização da promessa. Os homens, de facto, juram por alguém maior que eles e o juramento é uma garantia que põe fim às suas contendas. Por isso Deus, querendo mostrar solenemente aos herdeiros da promessa como era imutável o seu desígnio, comprometeu-Se com juramento. Assim, por dois actos irrevo¬gáveis, nos quais é impossível Deus mentir, nós temos um forte incentivo para nos refugiarmos firmemente na esperança proposta. Nela tem a nossa alma uma âncora inabalável e segura, que penetra para além do véu, onde entrou Jesus como nosso precursor, constituído sumo sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 110 (111), 1-2.4-5.9 e 10c (R. 5b)
Refrão: O Senhor jamais esquecerá a sua aliança. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se


Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
admiráveis para os que nelas meditam. Refrão

Instituiu um memorial das suas maravilhas:
o Senhor é misericordioso e compassivo.
Deu sustento àqueles que O temem
e jamais esquecerá a sua aliança. Refrão

Enviou a redenção ao seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna.
Santo e venerável é o seu nome;
o louvor do Senhor permanece eternamente. Refrão


ALELUIA cf. Ef 1, 17-18
Refrão: Aleluia Refrão
Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
ilumine os olhos do nosso coração,
para conhecermos a esperança a que fomos chamados. Refrão


EVANGELHO Mc 2, 23-28
«O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos, enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas. Disseram-Lhe então os fariseus: «Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido». Respondeu-lhes Jesus: «Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os seus companheiros? Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
a graça de participar dignamente nestes mistérios,
pois todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício
realiza-se a obra da nossa redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 22, 5
Para mim preparais a mesa
e o meu cálice transborda.

Ou 1 Jo 4, 16
Nós conhecemos e acreditámos
no amor de Deus para connosco.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade,
para que vivam unidos num só coração e numa só alma
aqueles que saciastes com o mesmo pão do Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








« O poder só sobe à cabeça quando esta está vazia».







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA: Hebr 6, 10-20: Diante da dureza da vida e das provações a que a sua fé está sujeita, os cristãos não hão de perder a coragem ou cair na apatia ou no desespero; antes, corajosos e firmes, hão de apoiar-se, em todas as circunstâncias, na fidelidade de Deus às suas promessas. Para nos fazer acreditar nelas, Deus até as quis garantir com um juramento. Por isso, da fé nasce a esperança, que é aqui comparada a uma âncora, garantia de segurança inabalável.

Mc 2, 23-28: Não foi fácil, para quem estava acostumado aos hábitos do Antigo Testamento, descobrir a continuidade e, ao mesmo tempo, à novidade da mesma revelação divina no Novo Testamento. A lei do sábado, no Antigo Testamento, e o descanso que lhe estava ligado, tinha um sentido que encontrava em Jesus a sua plenitude. Ele é Senhor do sábado: Ele é a Paz, o encontro do homem com Deus, o repouso em Deus.

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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA



15.00 horas: Atendimento em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
21.00 horas: Reunião do AMIVD





A VOZ DO PASTOR



DOS 24, 17 TINHAM MAIS DE 80 etc. etc. etc.


Não é de estranhar que as pessoas se mantenham saudáveis e durem mais. A melhor alimentação, os cuidados prestados, a boa resposta aos fármacos, tudo, tudo constitui uma espécie de arjão a escorar a vida por entre as alegrias e as tristezas desta Casa Comum. Casa Comum onde se continua a tagarelar com a mafiosa serpente e a cair na esparrela de querer ser como Deus; onde se continua a teimar e a ensinar que o melhor e muito necessário é trepar ao fruto da árvore proibida; onde os Cains, os fingidos, os corruptos e os agentes do suborno surgem onde menos se espera com a justiça a ter dois pesos e duas medidas; e onde, porque já não há sequer azémolas categóricas como a jumenta de Balaão a fazer arrepiar caminho aos mais renitentes, sim, porque até disso já não há, a torre de Babel continua a crescer, gerando cada vez mais confusão entre nós, os bípedes, sempre insatisfeitos na busca do espetacular, do poder e da riqueza, mesmo que seja fantasiando, roubando, esmagando ou matando. O Senhor, que veio por causa disso e para o que era Seu, embora muitos dos Seus não O tenham reconhecido nem O queiram reconhecer, preveniu-nos disso, e a História confirma-o: quando Deus é abandonado, logo se instala o egoísmo, a indiferença, o desprezo do homem pelo homem com todo o seu cortejo de funestas consequências.

Mas voltemos à vaca das cordas, como se diz e faz em Ponte de Lima, e não fiquem a pensar que estou pessimista. Não, não estou nem sou, estou de bem com Deus, com os outros e com a vida. E se há na seara algum joio, o trigo é muito muito muitíssimo mais. Há muita gente boa e coisas muito bem feitas, há muita gente solidária e a lutar desinteressadamente pelo bem dos outros e pela sua qualidade de vida, há muita gente que sempre soube dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E como dizia o Padre Américo do Gaiato, recordo também que não há rapazes maus, mesmo que tenham comportamentos arrapazados. A ocasião é que faz o ladrão, diz a sabedoria popular, faz o ladrão, faz o corrupto, faz o que suborna, faz o que... e o que...

O Salmo 90 diz-nos que a vida das pessoas são setenta anos, se robustos, uns oitenta, mas tal fasquia há muito foi ultrapassada. A prová-lo está, por exemplo, um ilustre Senhor meu amigo, lá para os lados da Sertã, que fez 103 anos no dia 9 do corrente mês. Fez-me um telefonema na véspera do Ano Novo. Eu fiz-lhe outro no dia do seu aniversário. Em ambos os telefonemas, desafiamo-nos para, pelo menos, tomarmos um café juntos, lá pela vila da Sertã, para cavaquearmos um pouco e pormos a conversa em ordem. Há dias, depois de ele ter vindo de junto dos parentes na Cova da Piedade, onde foi festejar o aniversário, lá fui, feliz e de surpresa, cumprir a promessa, mas o homem já não estava no sítio que eu julgava. Após a Eucaristia, onde até lhe cantaram os parabéns, esgueirou-se no seu carro para o café. Fui lá, já de lá tinha zarpado. Fui a sua casa, ficou feliz, não queria acreditar no eu a visitá-lo! Após um caloroso abraço, logo ele puxa pela gola do casaco, escondida debaixo de um outro agasalho, e pede-me para ler o que estava escrito num pin de lapela: “não tenho 103, tenho 18 e 85 de experiência”. Ah, grande homem e sempre bem-disposto!... Como gosta de ler, lá, sobre a mesa junto de outros, deixei-lhe o livro “Dá mais Vida aos meus anos”, de Luigi Guglielmoni e Fausto Negri. Saímos, e lá fomos ao café, na esperança de que o tempo fosse longo, mas, nesta alegria de estar e ouvir com prazer, foi muito curtinho. Na nossa missão de proximidade com as populações, sempre encontramos gente com idade muito avançada. Uma, mais abatida, sim, mas outra, muito reguila, a querer saber e a querer contar, a reclamar tempo para ser ouvida até ao fim. Mas encontrar pessoas como o Senhor Manuel, isso não, não é fácil encontrar, é ave rara e a saber voar alto! Apresenta-se ali para as encruzilhadas da vida, a desafiar os mais novos e apaparicados, direitinho e ativo, sem ilusões, muito devoto de Nossa Senhora dos Remédios e sem vontade de colocar quaisquer entraves à Providência divina, a quem se sente muito reverente e agradecido pela sua vida escorreita, em muita alegria e paz, numa família que o estima, numa sociedade envolvente que o aprecia e lhe agradece toda a colaboração que ainda lhe presta.

Em 2017, em Termas de Monfortinho, fui ajudar à festa de um casal que fazia oitenta e dois anos de matrimónio, ele com 103, ela com 101, dois amores na alegria e dinâmica do amor, um orgulho de familiares e vizinhos. Despedi-me sensibilizado e afortunado. Foi bonito e admirável, foi lição de vida, por vidas sacrificadas e lutadoras, mas sempre amorosas e agradecidas.

E falar disto porquê e para quê? Porque, há dias, numa das listas concorrentes aos Órgãos Sociais da Irmandade de uma Santa Casa da Misericórdia desta Diocese - a Diocese tem quarenta Misericórdias -, entre vinte e quatro pessoas constantes dessa lista concorrente, dezassete tinham mais de oitenta anos, dois destes, oitenta e sete; seis, mais de setenta; o mais novo contava sessenta e seis anos. Uma maravilha, dirão os promotores da estratégia nacional para o envelhecimento ativo e saudável. Uma preocupação quanto ao futuro da instituição, dirão os que já deram o corpo ao manifesto e sabem quantas cambalhotas e insónias aquele serviço lhes fez dar. Bué da fixe, dirão aqueles que não se querem comprometer com nada e jogam sorrateiramente no relvado da má-língua.

Tudo isto teria a sua graça, sim, se não tivesse acontecido, penso eu, por artimanha de alguém muito convencido da vitória, o que não aconteceu! Mesmo que tenha sido por isso, também o é pelas circunstâncias deste interior envelhecido, sem gente, sem jovens e a esvair-se em direção ao vazio, sempre na esperança de que o último, confiante no calcitrin, apague a luz, desande a taramela do postigo, feche a porta e deixe a chave na caixa do correio. É verdade que, de quando em vez, rasgam-se nos céus uns momentos de inflamado entusiasmo sobre a necessidade de reverter a situação. Salta de lá um punhado de gente importante e sábia no falar, de mangas arregaçadas e sapatos envernizados, a dizer que agora é que vai ser. Sabemos, porém, que não vai ser nada: tudo como dantes no quartel de Abrantes. Podem existir as melhores intenções, podem até ter aquela visibilidade divertida de sachola nas mãos sob o olhar esticado e sorridente de grande comitiva de agrossilvicultores da mais alta ciência e luzidia sociedade no sector, como convém. Não adiantará muito! Tal como no pinhal do Rei Lavrador, também aqui os “sobreiros” irão secar: falta água, falta húmus, faltam partículas minerais, falta persistência, falta confiança, faltam braços para o trabalho, já quase tudo falta neste jardim de amores fingidos e paixões desencontradas! As autoridades locais, por mais que se esfolem, como, aliás, o vão fazendo, já pouco ou nada conseguirão fazer sozinhas, com a população restante. Só um sério e nacional investimento político, económico e estrutural, fruto da melhor vontade e das melhores ideias e iniciativas, será capaz de repor tanta população quanta baste para o normal funcionamento do mínimo exigível à qualidade de vida de quem aguarda pacientemente melhores dias, que, mesmo assim, se demorarem muito, só na eternidade serão possíveis!
Fala-se na necessidade da implementação de projetos e empresas. E bem! Mas quem vai investir sabendo que não há mão-de-obra para movimentar tais empresas e projetos? Fala-se no desenvolvimento dos produtos endógenos, com qualidade. E bem! Mas quem os vai desenvolver e produzir se não há quem trabalhe? Fala-se na implementação do turismo porque a paisagem é única, o artesanato é interessante, o património é ímpar, a culinária é boa e os locais a visitar são importantes. E bem! Mas… quê dê se os monumentos estão sem cuidados e fechados, se os restaurantes e afins estão quase todos encerrados ao fim de semana, se os promotores do turismo não encontram dinâmicas atrativas e capazes ao nível local? E dir-me-ão: e por que cargas d’água os restaurantes hão de estar abertos ao fim de semana, para quê dinamizar eventos, implementar projetos e criar empresas se aquém não há gente que o justifique e alimente? E dir-lhes-ei: porque a gente d’além sabe que, aquém, os monumentos, os restaurantes e os cafés estão fechados, que não há nada que seduza a vir e estar um pouco, que não há projetos nem empresas nem emprego… Fala-se em... e em... E bem, é conveniente falar, embora o falar e o escrever seja sempre muito mais fácil! Mas como concretizar se... e se... e se? Tive um professor que, quando o seu saber já não tinha grande pano para as mangas, logo arrematava com um trio de etc. etc. etc. que ele, sob o júbilo da catraiada irreverente, prenunciava adecétera adecétera adecétera.

Sempre pensei que os ingleses eram mais polidos no debate de ideias, no ouvir e no falar. Mas não é assim, acho que não são exemplo para ninguém, mesmo que aquilo seja só para inglês ver. No entanto, enquanto eles gritam como desalmados naquele amontoado e frenético parlamento a exigir que, mesmo após o brexit, possam continuar a ter sol na eira e chuva no nabal, nós, enquanto o naufrágio acontece, não deixemos de, pelo menos, de viver felizes ao som do violino, não o do telhado, mas o daquela história épica, de romance e drama, etc. etc. etc....


Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-01-2019.




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