PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 13 de janeiro de 2019
BATISMO DO SENHOR
Ofício
da festa
DOMINGO
do Baptismo do Senhor
FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Is 42, 1-4. 6-7; Sal 28 (29), 1-2. 3ac-4. 3b e 9b-10
L 2 Act 10, 34-38
Ev Lc 3, 15-16. 21-22
ou:
L1 Is 40, 1-5. 9-11; Sal 103 (104), 1bc e 2b-3a.3bc-4.24-25.27-28.29-30
L 2 Tit 2, 11-14; 3, 4-7
Ev Lc 3, 15-16. 21-22
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Maurílio Jorge Quintal de Gouveia, Arcebispo Emérito de Évora (1974).
* II Vésp. da festa – Compl. dep. II Vésp. dom.
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Is 42, 1-4. 6-7; Sal 28 (29), 1-2. 3ac-4. 3b e 9b-10
L 2 Act 10, 34-38
Ev Lc 3, 15-16. 21-22
ou:
L1 Is 40, 1-5. 9-11; Sal 103 (104), 1bc e 2b-3a.3bc-4.24-25.27-28.29-30
L 2 Tit 2, 11-14; 3, 4-7
Ev Lc 3, 15-16. 21-22
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Maurílio Jorge Quintal de Gouveia, Arcebispo Emérito de Évora (1974).
* II Vésp. da festa – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf Mt 3,
16-17
Depois do Batismo do Senhor, abriram-se os Céus. Sobre Ele desceu o Espírito Santo em figura de pomba e fez-se ouvir a voz do Pai: Este é o meu Filho muito amado, no qual pus as minhas complacências.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que proclamastes solenemente a Cristo como vosso amado Filho
quando era batizado nas águas do rio Jordão
e o Espírito Santo descia sobre Ele,
concedei aos vossos filhos adotivos,
renascidos pela água e pelo Espírito Santo,
a graça de permanecerem sempre no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ou
Deus omnipotente,
cujo Filho Unigénito Se manifestou aos homens
na realidade da nossa natureza, concedei-nos que,
reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós,
sejamos por Ele interiormente renovados.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 42, 1-4.6-7
«Eis o meu servo, enlevo da minha alma»
Leitura do Livro de Isaías
Depois do Batismo do Senhor, abriram-se os Céus. Sobre Ele desceu o Espírito Santo em figura de pomba e fez-se ouvir a voz do Pai: Este é o meu Filho muito amado, no qual pus as minhas complacências.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que proclamastes solenemente a Cristo como vosso amado Filho
quando era batizado nas águas do rio Jordão
e o Espírito Santo descia sobre Ele,
concedei aos vossos filhos adotivos,
renascidos pela água e pelo Espírito Santo,
a graça de permanecerem sempre no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ou
Deus omnipotente,
cujo Filho Unigénito Se manifestou aos homens
na realidade da nossa natureza, concedei-nos que,
reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós,
sejamos por Ele interiormente renovados.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 42, 1-4.6-7
«Eis o meu servo, enlevo da minha alma»
Leitura do Livro de Isaías
Diz o Senhor: «Eis o meu servo, a quem Eu protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações. Não gritará, nem levantará a voz, nem se fará ouvir nas praças; não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega: proclamará fielmente a justiça. Não desfalecerá nem desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na terra, a doutrina que as ilhas longínquas esperam. Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 28 (29), 1a.2.3ac-4.3b.9b-10 (R. 11b)
Refrão: O Senhor abençoará o seu povo na paz. Repete-se
Tributai ao Senhor, filhos de Deus,
tributai ao Senhor glória e poder.
Tributai ao Senhor a glória do seu nome,
adorai o Senhor com ornamentos sagrados. Refrão
A voz do Senhor ressoa sobre as nuvens,
o Senhor está sobre a vastidão das águas.
A voz do Senhor é poderosa,
a voz do Senhor é majestosa. Refrão
A majestade de Deus faz ecoar o seu trovão
e no seu templo todos clamam: Glória!
Sobre as águas do dilúvio senta-Se o Senhor,
o Senhor senta-Se como Rei eterno. Refrão
LEITURA II Atos 10, 34-38
«Deus ungiu-O com o Espírito Santo»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz aceção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável. Ele enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo, que é o Senhor de todos. Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio, porque Deus estava com Ele».
Palavra
do Senhor.
ALELUIA cf. Mc 9, 6
Refrão: Aleluia. Repete-se
Abriram-se os céus e ouviu-se a voz do Pai:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». Refrão
EVANGELHO Lc 3, 15-16.21-22
«Jesus foi batizado e, enquanto orava, abriu-se o céu»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
ALELUIA cf. Mc 9, 6
Refrão: Aleluia. Repete-se
Abriram-se os céus e ouviu-se a voz do Pai:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». Refrão
EVANGELHO Lc 3, 15-16.21-22
«Jesus foi batizado e, enquanto orava, abriu-se o céu»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias. João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu batizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu, do qual não sou digno de desatar as correias das sandálias. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo». Quando todo o povo recebeu o batismo, Jesus também foi batizado; e, enquanto orava, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corporal, como uma pomba. E do céu fez-se ouvir uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência».
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons que a Igreja Vos oferece,
ao celebrar a manifestação de Cristo vosso Filho,
para que a oblação dos vossos fiéis
se transforme naquele sacrifício perfeito
que lavou o mundo de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
PREFÁCIO O Batismo do Senhor
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e
omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Nas águas do rio Jordão, realizastes prodígios admiráveis,
para manifestar o mistério do novo Batismo:
do Céu fizestes ouvir uma voz,
para que o mundo acreditasse
que o vosso Verbo estava no meio dos homens;
pelo Espírito Santo, que desceu em figura de pomba,
consagrastes Cristo vosso Servo com o óleo da alegria,
para que os homens O reconhecessem como o Messias
enviado a anunciar a boa nova aos pobres.
Por isso, com os Anjos e os Santos do Céu,
proclamamos na terra a vossa glória, cantando numa só voz:
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Nas águas do rio Jordão, realizastes prodígios admiráveis,
para manifestar o mistério do novo Batismo:
do Céu fizestes ouvir uma voz,
para que o mundo acreditasse
que o vosso Verbo estava no meio dos homens;
pelo Espírito Santo, que desceu em figura de pomba,
consagrastes Cristo vosso Servo com o óleo da alegria,
para que os homens O reconhecessem como o Messias
enviado a anunciar a boa nova aos pobres.
Por isso, com os Anjos e os Santos do Céu,
proclamamos na terra a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 32.34
Eis Aquele de quem João dizia:
Eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais com este dom sagrado,
ouvi benignamente as nossas súplicas
e concedei-nos a graça de ouvirmos com fé
a palavra do vosso Filho Unigénito
para nos chamarmos e sermos realmente vossos filhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O
sonho da igualdade só cresce no terreno do respeito pelas diferenças».
Augusto Cury
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Is
42, 1-4.6-7: No Batismo que recebeu das mãos de João,
Jesus manifesta-Se como sendo Aquele que o profeta anunciara: o Servo de Deus,
que desce à água no meio dos pecadores para inaugurar a obra da redenção que o
Pai Lhe confiara, e, ao mesmo tempo, o Filho bem amado, sobre quem repousa o
Espírito de Deus, para que Ele seja portador da Boa Nova da salvação a toda a
Terra.
Atos
10, 34-38 :O Espírito Santo desceu sobre Jesus na
hora do Batismo e ungiu-O para que Ele pudesse começar o seu ministério e, por
Ele, os homens fossem também batizados não só na água, mas na água e no
Espírito. A unção que o Espírito Santo confere a Jesus na hora do seu batismo
marca-O como “Messias”, isto é, “Ungido”, ou seja “Cristo”, e, faz d’Ele a
fonte da unção com que o mesmo Espírito marcará os “cristãos”, os “ungidos”,
membros de Cristo, sua Cabeça.
Lc
3, 15-16.21-22: No livro do Génesis (Gn 3 23-24) diz-se
que depois do pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva, eles foram expulsos
do paraíso terrestre, que se fechou atrás deles. Agora, na hora do batismo de
Jesus, o Céu abriu-se para franquear a entrada ao homem novo, que é Jesus, que
a voz do Pai declara ser o seu Filho. N’Ele e por Ele a todos os que n’Ele creem,
santificados pela graça do Espírito Santo, está agora patente a porta do
paraíso.
_________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
09.30: Missa em
Amieira do Tejo
10.00: Missa em Arez
10.45 Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Gáfete
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Missa no
Cacheiro
15.30 horas: Missa no
Arneiro.
A VOZ DO PASTOR
NÃO
VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS
Este
apelo, em título, é do Papa Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em
abril de 2018. E hoje, a pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de
perto o Catecismo da Igreja Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma”
do Cardeal José Saraiva Martins, publicado pela Universidade Católica, vou
recordar algo sobre o Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a
legitimidade desta prática, levantando dificuldades “de ordem bíblica,
teológica, antropológica, sociológica e missionária”. Defendem que a pregação
dos Apóstolos era dirigida apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as
crianças são incapazes de a professar, que é um atentado à sua liberdade pois
lhes impõe obrigações religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido
numa sociedade heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e
inúmeros conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma
pastoral de impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do
que em suscitar a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá,
por convicção, por desconhecimento ou por preconceitos.
Se
a reflexão teológica católica sempre se ocupou e ocupa desta problemática,
também a reflexão teológica protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre
os protestantes em meados do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de
considerações de ordem exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças.
Pretendia “elaborar uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo
o automatismo no sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de
massas, uma Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.
Mesmo
que as intenções fossem aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar
Culmann e Flemington, anglicano, acharam que as razões apresentadas para não
batizar as crianças eram insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso,
combateram-nas, consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das
suas Igrejas. Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá,
com certeza, pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar,
aprofundar e caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.
De
facto, se aprofundarmos esta questão à luz da Revelação e da Tradição viva da
Igreja, verificamos que a Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o
Batismo das crianças como algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta
aos primórdios da Igreja. “É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros
escritos do Novo Testamento não se encontram testemunhos, pelo menos
explícitos, acerca do batismo das crianças”. Mas podemos encontrar indícios,
como, por exemplo, as palavras de Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade
do preceito missionário (Mc 16, 16), a bondade de Jesus para com os pequeninos
(Mc 10, 14), o Batismo da família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do
Carcereiro e de todos os seus (At 16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua
família (At 16, 15), o Batismo de Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o
Batismo de Estéfanas e de toda a sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do
século II apresentam essa prática como normal e não como coisa nova. Santo
Ireneu fala da presença “de recém-nascidos e crianças” batizadas, ao lado de
adolescentes, jovens e mais velhos. A Tradição Apostólica de Hipólito, dos
princípios do século III, e que constitui o ritual mais antigo de que temos
conhecimento, prescreve: “Batizai, em primeiro lugar, as crianças: todos
aqueles que possam falar por si, que falem; para aqueles que, ao contrário, não
podem falar por si mesmos, que falem os progenitores ou alguém de sua família”.
São Cipriano afirma que “não se pode negar a misericórdia e a graça de Deus a
nenhum homem que chega à existência”, seja qual for “o seu estatuto e idade”. E
estabelece que se podem batizar as crianças “logo no segundo ou terceiro dia
após o nascimento”. Orígenes refere tal prática como de tradição apostólica: “A
Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de conferir o Batismo também às
crianças”. Santo Agostinho faz eco do mesmo. Nos séculos III e IV, a Igreja
torna-se exigente na preparação dos adultos para o Batismo, com catecumenatos
prolongados e sério empenhamento moral. As crianças, porém, continuam a ser
batizadas sem qualquer hesitação e sem qualquer tipo de contestação, também com
o sentido de purificação e de ingresso no novo povo de Deus. Pessoas que só
foram batizadas em idade adulta, como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo
Agostinho, reagiam contra estes atrasos e pediam que não se retardasse o
Batismo das crianças. Outros, como Santo Ambrósio e São João Crisóstomo,
insistiam para que o primeiro sacramento da iniciação cristã fosse administrado
também às crianças. O Concílio de Cartago, em 418, o Concílio de Viena em 1312,
o Concílio de Florença em 1431, o Concílio de Trento em 1546, falam
positivamente no porquê e necessidade do Batismo também das crianças. Paulo VI,
referindo-se aos seus antecessores, declarou que “o Batismo deve ser conferido
também às crianças que não podem ainda ser culpadas de qualquer pecado pessoal,
a fim de que elas, nascidas privadas da graça sobrenatural, renasçam pela água
e pelo Espírito Santo para a vida divina em Jesus Cristo”. O Magistério da
Igreja não se tem cansado de falar de tal temática, entendendo que as crianças
não devem ser privadas desta graça que não supõe méritos humanos, é Dom
gratuito de Deus. Sabemos que o Batismo surge intimamente ligado à pregação da
Palavra e à fé e as crianças não escutam a Palavra nem professam a fé. Mas
também sabemos que o Batismo é celebrado na fé da Igreja. “É a Igreja que
batiza na sua própria fé. É a Igreja, comunhão dos santos, que crê pelas
crianças, que, por elas, professa a fé; do mesmo modo que é a Igreja” e não
tanto quem as traz nos braços, “que, propriamente falando, as conduz à pia
batismal, oferecendo-as aí ao Pai e, enquanto mãe fecunda, as gera
espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos pais ou dos padrinhos que leva a
batizar as crianças, as crianças são batizadas na fé da Igreja. A fé de quem as
apresenta tem valor enquanto representa e incarna a fé e a ação da própria
Igreja, e as crianças que não creem por si sós, com um ato pessoal, creem
através destas pessoas que as apresentam mediante a “fé da Igreja que lhes é
comunicada”. Este ensinamento também consta no novo ritual do Batismo. O
ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos para professarem a fé da
Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da Igreja que depende a
eficácia do sacramento.
Sendo
o Batismo o sacramento da fé, a fé tem necessidade da comunidade dos crentes.
Só na fé da Igreja é que cada um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E
se toda a comunidade eclesial tem uma parte de responsabilidade no
desenvolvimento e defesa da graça recebida no Batismo dos seus membros, também
é muito importante a ajuda dos pais. Importante é também o papel do padrinho e
da madrinha, que devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para
ajudar a pessoa batizada no seu caminho de vida cristã (cf. CIgC 1255).
“Não
vos esqueçais, batizai as crianças”, apela o Papa Francisco. O Batismo dá
acesso à verdadeira liberdade, é um bem essencial, assegura à criança a vida
nova em Cristo.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 11-01-2019.
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