sábado, 12 de janeiro de 2019










PARÓQUIAS DE NISA



Domingo, 13 de janeiro de 2019











BATISMO DO SENHOR
Ofício da festa







DOMINGO do Baptismo do Senhor
FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.

L 1 Is 42, 1-4. 6-7; Sal 28 (29), 1-2. 3ac-4. 3b e 9b-10
L 2 Act 10, 34-38
Ev Lc 3, 15-16. 21-22

ou:
L1 Is 40, 1-5. 9-11; Sal 103 (104), 1bc e 2b-3a.3bc-4.24-25.27-28.29-30
L 2 Tit 2, 11-14; 3, 4-7
Ev Lc 3, 15-16. 21-22


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Maurílio Jorge Quintal de Gouveia, Arcebispo Emérito de Évora (1974).
* II Vésp. da festa – Compl. dep. II Vésp. dom.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf Mt 3, 16-17
Depois do Batismo do Senhor, abriram-se os Céus. Sobre Ele desceu o Espírito Santo em figura de pomba e fez-se ouvir a voz do Pai: Este é o meu Filho muito amado, no qual pus as minhas complacências.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que proclamastes solenemente a Cristo como vosso amado Filho
quando era batizado nas águas do rio Jordão
e o Espírito Santo descia sobre Ele,
concedei aos vossos filhos adotivos,
renascidos pela água e pelo Espírito Santo,
a graça de permanecerem sempre no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Ou
Deus omnipotente,
cujo Filho Unigénito Se manifestou aos homens
na realidade da nossa natureza, concedei-nos que,
reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós,
sejamos por Ele interiormente renovados.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 42, 1-4.6-7
«Eis o meu servo, enlevo da minha alma»


Leitura do Livro de Isaías

Diz o Senhor: «Eis o meu servo, a quem Eu protejo, o meu eleito, enlevo da minha alma. Sobre ele fiz repousar o meu espírito, para que leve a justiça às nações. Não gritará, nem levantará a voz, nem se fará ouvir nas praças; não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega: proclamará fielmente a justiça. Não desfalecerá nem desistirá, enquanto não estabelecer a justiça na terra, a doutrina que as ilhas longínquas esperam. Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça; tomei-te pela mão, formei-te e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações, para abrires os olhos aos cegos, tirares do cárcere os prisioneiros e da prisão os que habitam nas trevas».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 28 (29), 1a.2.3ac-4.3b.9b-10 (R. 11b)
Refrão: O Senhor abençoará o seu povo na paz. Repete-se


Tributai ao Senhor, filhos de Deus,
tributai ao Senhor glória e poder.
Tributai ao Senhor a glória do seu nome,
adorai o Senhor com ornamentos sagrados. Refrão

A voz do Senhor ressoa sobre as nuvens,
o Senhor está sobre a vastidão das águas.
A voz do Senhor é poderosa,
a voz do Senhor é majestosa. Refrão

A majestade de Deus faz ecoar o seu trovão
e no seu templo todos clamam: Glória!
Sobre as águas do dilúvio senta-Se o Senhor,
o Senhor senta-Se como Rei eterno. Refrão


LEITURA II Atos 10, 34-38
«Deus ungiu-O com o Espírito Santo»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Na verdade, eu reconheço que Deus não faz aceção de pessoas, mas, em qualquer nação, aquele que O teme e pratica a justiça é-Lhe agradável. Ele enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo, que é o Senhor de todos. Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo demónio, porque Deus estava com Ele».
Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. Mc 9, 6
Refrão: Aleluia. Repete-se

Abriram-se os céus e ouviu-se a voz do Pai:
«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». Refrão


EVANGELHO Lc 3, 15-16.21-22
«Jesus foi batizado e, enquanto orava, abriu-se o céu»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias. João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu batizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu, do qual não sou digno de desatar as correias das sandálias. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo». Quando todo o povo recebeu o batismo, Jesus também foi batizado; e, enquanto orava, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corporal, como uma pomba. E do céu fez-se ouvir uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência».

Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons que a Igreja Vos oferece,
ao celebrar a manifestação de Cristo vosso Filho,
para que a oblação dos vossos fiéis
se transforme naquele sacrifício perfeito
que lavou o mundo de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

PREFÁCIO O Batismo do Senhor

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação
.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Nas águas do rio Jordão, realizastes prodígios admiráveis,
para manifestar o mistério do novo Batismo:
do Céu fizestes ouvir uma voz,
para que o mundo acreditasse
que o vosso Verbo estava no meio dos homens;
pelo Espírito Santo, que desceu em figura de pomba,
consagrastes Cristo vosso Servo com o óleo da alegria,
para que os homens O reconhecessem como o Messias
enviado a anunciar a boa nova aos pobres.
Por isso, com os Anjos e os Santos do Céu,
proclamamos na terra a vossa glória, cantando numa só voz:

Santo, Santo, Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 32.34
Eis Aquele de quem João dizia:
Eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais com este dom sagrado,
ouvi benignamente as nossas súplicas
e concedei-nos a graça de ouvirmos com fé
a palavra do vosso Filho Unigénito
para nos chamarmos e sermos realmente vossos filhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«O sonho da igualdade só cresce no terreno do respeito pelas diferenças».


Augusto Cury




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA: Is 42, 1-4.6-7: No Batismo que recebeu das mãos de João, Jesus manifesta-Se como sendo Aquele que o profeta anunciara: o Servo de Deus, que desce à água no meio dos pecadores para inaugurar a obra da redenção que o Pai Lhe confiara, e, ao mesmo tempo, o Filho bem amado, sobre quem repousa o Espírito de Deus, para que Ele seja portador da Boa Nova da salvação a toda a Terra.

Atos 10, 34-38 :O Espírito Santo desceu sobre Jesus na hora do Batismo e ungiu-O para que Ele pudesse começar o seu ministério e, por Ele, os homens fossem também batizados não só na água, mas na água e no Espírito. A unção que o Espírito Santo confere a Jesus na hora do seu batismo marca-O como “Messias”, isto é, “Ungido”, ou seja “Cristo”, e, faz d’Ele a fonte da unção com que o mesmo Espírito marcará os “cristãos”, os “ungidos”, membros de Cristo, sua Cabeça.

Lc 3, 15-16.21-22: No livro do Génesis (Gn 3 23-24) diz-se que depois do pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva, eles foram expulsos do paraíso terrestre, que se fechou atrás deles. Agora, na hora do batismo de Jesus, o Céu abriu-se para franquear a entrada ao homem novo, que é Jesus, que a voz do Pai declara ser o seu Filho. N’Ele e por Ele a todos os que n’Ele creem, santificados pela graça do Espírito Santo, está agora patente a porta do paraíso.
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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA


09.30: Missa em Amieira do Tejo
10.00: Missa em Arez
10.45 Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.00 horas: Missa em Alpalhão
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa no Arneiro.




A VOZ DO PASTOR



NÃO VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS


Este apelo, em título, é do Papa Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em abril de 2018. E hoje, a pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de perto o Catecismo da Igreja Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma” do Cardeal José Saraiva Martins, publicado pela Universidade Católica, vou recordar algo sobre o Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a legitimidade desta prática, levantando dificuldades “de ordem bíblica, teológica, antropológica, sociológica e missionária”. Defendem que a pregação dos Apóstolos era dirigida apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as crianças são incapazes de a professar, que é um atentado à sua liberdade pois lhes impõe obrigações religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido numa sociedade heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e inúmeros conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma pastoral de impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do que em suscitar a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá, por convicção, por desconhecimento ou por preconceitos.

Se a reflexão teológica católica sempre se ocupou e ocupa desta problemática, também a reflexão teológica protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre os protestantes em meados do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de considerações de ordem exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças. Pretendia “elaborar uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo o automatismo no sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de massas, uma Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.

Mesmo que as intenções fossem aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar Culmann e Flemington, anglicano, acharam que as razões apresentadas para não batizar as crianças eram insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso, combateram-nas, consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das suas Igrejas. Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá, com certeza, pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar, aprofundar e caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.

De facto, se aprofundarmos esta questão à luz da Revelação e da Tradição viva da Igreja, verificamos que a Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o Batismo das crianças como algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta aos primórdios da Igreja. “É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento não se encontram testemunhos, pelo menos explícitos, acerca do batismo das crianças”. Mas podemos encontrar indícios, como, por exemplo, as palavras de Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade do preceito missionário (Mc 16, 16), a bondade de Jesus para com os pequeninos (Mc 10, 14), o Batismo da família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do Carcereiro e de todos os seus (At 16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua família (At 16, 15), o Batismo de Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o Batismo de Estéfanas e de toda a sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do século II apresentam essa prática como normal e não como coisa nova. Santo Ireneu fala da presença “de recém-nascidos e crianças” batizadas, ao lado de adolescentes, jovens e mais velhos. A Tradição Apostólica de Hipólito, dos princípios do século III, e que constitui o ritual mais antigo de que temos conhecimento, prescreve: “Batizai, em primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que falem; para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem os progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que “não se pode negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que chega à existência”, seja qual for “o seu estatuto e idade”. E estabelece que se podem batizar as crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes refere tal prática como de tradição apostólica: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de conferir o Batismo também às crianças”. Santo Agostinho faz eco do mesmo. Nos séculos III e IV, a Igreja torna-se exigente na preparação dos adultos para o Batismo, com catecumenatos prolongados e sério empenhamento moral. As crianças, porém, continuam a ser batizadas sem qualquer hesitação e sem qualquer tipo de contestação, também com o sentido de purificação e de ingresso no novo povo de Deus. Pessoas que só foram batizadas em idade adulta, como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho, reagiam contra estes atrasos e pediam que não se retardasse o Batismo das crianças. Outros, como Santo Ambrósio e São João Crisóstomo, insistiam para que o primeiro sacramento da iniciação cristã fosse administrado também às crianças. O Concílio de Cartago, em 418, o Concílio de Viena em 1312, o Concílio de Florença em 1431, o Concílio de Trento em 1546, falam positivamente no porquê e necessidade do Batismo também das crianças. Paulo VI, referindo-se aos seus antecessores, declarou que “o Batismo deve ser conferido também às crianças que não podem ainda ser culpadas de qualquer pecado pessoal, a fim de que elas, nascidas privadas da graça sobrenatural, renasçam pela água e pelo Espírito Santo para a vida divina em Jesus Cristo”. O Magistério da Igreja não se tem cansado de falar de tal temática, entendendo que as crianças não devem ser privadas desta graça que não supõe méritos humanos, é Dom gratuito de Deus. Sabemos que o Batismo surge intimamente ligado à pregação da Palavra e à fé e as crianças não escutam a Palavra nem professam a fé. Mas também sabemos que o Batismo é celebrado na fé da Igreja. “É a Igreja que batiza na sua própria fé. É a Igreja, comunhão dos santos, que crê pelas crianças, que, por elas, professa a fé; do mesmo modo que é a Igreja” e não tanto quem as traz nos braços, “que, propriamente falando, as conduz à pia batismal, oferecendo-as aí ao Pai e, enquanto mãe fecunda, as gera espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos pais ou dos padrinhos que leva a batizar as crianças, as crianças são batizadas na fé da Igreja. A fé de quem as apresenta tem valor enquanto representa e incarna a fé e a ação da própria Igreja, e as crianças que não creem por si sós, com um ato pessoal, creem através destas pessoas que as apresentam mediante a “fé da Igreja que lhes é comunicada”. Este ensinamento também consta no novo ritual do Batismo. O ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos para professarem a fé da Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da Igreja que depende a eficácia do sacramento.

Sendo o Batismo o sacramento da fé, a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E se toda a comunidade eclesial tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida no Batismo dos seus membros, também é muito importante a ajuda dos pais. Importante é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar a pessoa batizada no seu caminho de vida cristã (cf. CIgC 1255).

“Não vos esqueçais, batizai as crianças”, apela o Papa Francisco. O Batismo dá acesso à verdadeira liberdade, é um bem essencial, assegura à criança a vida nova em Cristo.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 11-01-2019.





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