PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 14 de janeiro de 2019
Segunda da I semana do tempo comum
Ofício
da féria – I semana
SEGUNDA-FEIRA da
semana I
Verde
– Ofício da féria (Semana I do Saltério).
Missa à escolha
L 1 Hebr 1, 1-6; Sal 96 (97), 1 e 2b. 6 e 7c. 9
Ev Mc 1, 14-20
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – B. Pedro Donders, presbítero – MO
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – I Vésp. de S. Arnaldo Janssen.
Missa à escolha
L 1 Hebr 1, 1-6; Sal 96 (97), 1 e 2b. 6 e 7c. 9
Ev Mc 1, 14-20
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – B. Pedro Donders, presbítero – MO
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – I Vésp. de S. Arnaldo Janssen.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 1, 1-6
«Deus falou-nos por seu Filho»
Início da Epístola aos Hebreus
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 1, 1-6
«Deus falou-nos por seu Filho»
Início da Epístola aos Hebreus
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho, a quem fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo. Sendo o Filho esplendor da sua glória e imagem da sua substância, tudo sustenta com a sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-Se à direita da Majestade no alto dos Céus e ficou tanto acima dos Anjos quanto mais sublime que o deles é o nome que recebeu em herança. Na verdade, a qual dos Anjos disse Deus alguma vez: «Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei»? E ainda: «Eu serei para Ele um Pai e Ele será para Mim um Filho»? E de novo, quando introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: «Adorem-n’O todos os Anjos de Deus».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 96 (97), 1 e 2b.6 e 7c.9 (R. cf. 7c)
Refrão: Adorai o Senhor, todos os seus Anjos. Repete-se
O Senhor é rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas;
a justiça e o direito são a base do seu trono. Refrão
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória,
todos os deuses se prostram diante do Senhor. Refrão
Vós, Senhor, sois o Altíssimo sobre toda a terra,
estais acima de todos os deuses. Refrão
ALELUIA Mc 1, 15
Refrão Aleluia Repete-se
Está próximo o reino de Deus;
arrependei-vos e acreditai no Evangelho Refrão
EVANGELHO Mc 1, 14-20
«Arrependei-vos e acreditai no Evangelho»
Nos dias de semana do Tempo Comum, leremos, em cada ano, os três Evangelhos Sinópticos, em primeiro lugar o de S. Marcos, que ocupará nove semanas. Hoje ouviremos o grande convite à conversão, com que principia este Evangelho. A conversão é o primeiro fruto da Palavra de Deus no coração dos homens e o ponto de partida no caminho que leva a Deus, ou antes, a primeira resposta a Deus que Se dirige a nós.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.
Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Deveremos
agir a cada momento de acordo com o que corretamente pensamos qual seria o agir
de Jesus nesse instante».
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Hebr 1, 1-6: Durante
4 semanas vamos ler a Epístola aos Hebreus, escrito dirigido a cristãos de
origem judaica, acostumados à solene liturgia do templo, para lhes fazer
compreender que o Antigo Testamento era todo ele figura anunciadora de Jesus
Cristo. A leitura de hoje põe frente a frente a Palavra de Deus transmitida por
Cristo e as revelações do Antigo Testamento; e afirma a igualdade de Cristo com
Deus Pai.
Mc
1, 14-20: Nos dias de semana do Tempo Comum, leremos, em cada
ano, os três Evangelhos Sinópticos, em primeiro lugar o de S. Marcos, que
ocupará nove semanas. Hoje ouviremos o grande convite à conversão, com que
principia este Evangelho. A conversão é o primeiro fruto da Palavra de Deus no
coração dos homens e o ponto de partida no caminho que leva a Deus, ou antes, a
primeira resposta a Deus que Se dirige a nós.
_________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
14.00 horas: Funeral
em Nisa
21.00 horas: Oração de
louvor na capela do Calvário.
A VOZ DO PASTOR
NÃO
VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS
Este apelo, em título, é do Papa
Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em abril de 2018. E hoje, a
pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de perto o Catecismo da
Igreja Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma” do Cardeal José
Saraiva Martins, publicado pela Universidade Católica, vou recordar algo sobre
o Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a legitimidade desta prática,
levantando dificuldades “de ordem bíblica, teológica, antropológica,
sociológica e missionária”. Defendem que a pregação dos Apóstolos era dirigida
apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as crianças são incapazes de a
professar, que é um atentado à sua liberdade pois lhes impõe obrigações
religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido numa sociedade
heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e inúmeros
conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma pastoral de
impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do que em
suscitar a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá, por
convicção, por desconhecimento ou por preconceitos.
Se a reflexão teológica católica
sempre se ocupou e ocupa desta problemática, também a reflexão teológica
protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre os protestantes em meados
do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de considerações de ordem
exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças. Pretendia “elaborar
uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo o automatismo no
sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de massas, uma
Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.
Mesmo que as intenções fossem
aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar Culmann e Flemington,
anglicano, acharam que as razões apresentadas para não batizar as crianças eram
insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso, combateram-nas,
consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das suas Igrejas.
Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá, com certeza,
pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar, aprofundar e
caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.
De facto, se aprofundarmos esta
questão à luz da Revelação e da Tradição viva da Igreja, verificamos que a
Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o Batismo das crianças como
algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta aos primórdios da Igreja.
“É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento
não se encontram testemunhos, pelo menos explícitos, acerca do batismo das
crianças”. Mas podemos encontrar indícios, como, por exemplo, as palavras de
Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade do preceito missionário (Mc 16,
16), a bondade de Jesus para com os pequeninos (Mc 10, 14), o Batismo da
família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do Carcereiro e de todos os seus (At
16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua família (At 16, 15), o Batismo de
Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o Batismo de Estéfanas e de toda a
sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do século II apresentam essa prática
como normal e não como coisa nova. Santo Ireneu fala da presença “de
recém-nascidos e crianças” batizadas, ao lado de adolescentes, jovens e mais
velhos. A Tradição Apostólica de Hipólito, dos princípios do século III, e que
constitui o ritual mais antigo de que temos conhecimento, prescreve: “Batizai,
em primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que
falem; para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem
os progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que “não se pode
negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que chega à existência”,
seja qual for “o seu estatuto e idade”. E estabelece que se podem batizar as
crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes refere
tal prática como de tradição apostólica: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a
tradição de conferir o Batismo também às crianças”. Santo Agostinho faz eco do
mesmo. Nos séculos III e IV, a Igreja torna-se exigente na preparação dos
adultos para o Batismo, com catecumenatos prolongados e sério empenhamento
moral. As crianças, porém, continuam a ser batizadas sem qualquer hesitação e
sem qualquer tipo de contestação, também com o sentido de purificação e de
ingresso no novo povo de Deus. Pessoas que só foram batizadas em idade adulta,
como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho, reagiam contra estes
atrasos e pediam que não se retardasse o Batismo das crianças. Outros, como
Santo Ambrósio e São João Crisóstomo, insistiam para que o primeiro sacramento
da iniciação cristã fosse administrado também às crianças. O Concílio de
Cartago, em 418, o Concílio de Viena em 1312, o Concílio de Florença em 1431, o
Concílio de Trento em 1546, falam positivamente no porquê e necessidade do
Batismo também das crianças. Paulo VI, referindo-se aos seus antecessores,
declarou que “o Batismo deve ser conferido também às crianças que não podem
ainda ser culpadas de qualquer pecado pessoal, a fim de que elas, nascidas
privadas da graça sobrenatural, renasçam pela água e pelo Espírito Santo para a
vida divina em Jesus Cristo”. O Magistério da Igreja não se tem cansado de
falar de tal temática, entendendo que as crianças não devem ser privadas desta
graça que não supõe méritos humanos, é Dom gratuito de Deus. Sabemos que o
Batismo surge intimamente ligado à pregação da Palavra e à fé e as crianças não
escutam a Palavra nem professam a fé. Mas também sabemos que o Batismo é
celebrado na fé da Igreja. “É a Igreja que batiza na sua própria fé. É a
Igreja, comunhão dos santos, que crê pelas crianças, que, por elas, professa a
fé; do mesmo modo que é a Igreja” e não tanto quem as traz nos braços, “que,
propriamente falando, as conduz à pia batismal, oferecendo-as aí ao Pai e,
enquanto mãe fecunda, as gera espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos
pais ou dos padrinhos que leva a batizar as crianças, as crianças são batizadas
na fé da Igreja. A fé de quem as apresenta tem valor enquanto representa e
incarna a fé e a ação da própria Igreja, e as crianças que não creem por si
sós, com um ato pessoal, creem através destas pessoas que as apresentam
mediante a “fé da Igreja que lhes é comunicada”. Este ensinamento também consta
no novo ritual do Batismo. O ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos
para professarem a fé da Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da
Igreja que depende a eficácia do sacramento.
Sendo o Batismo o sacramento da fé,
a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada
um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E se toda a comunidade eclesial
tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida
no Batismo dos seus membros, também é muito importante a ajuda dos pais.
Importante é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de
fé sólida, capazes e preparados para ajudar a pessoa batizada no seu caminho de
vida cristã (cf. CIgC 1255).
“Não vos esqueçais, batizai as
crianças”, apela o Papa Francisco. O Batismo dá acesso à verdadeira liberdade,
é um bem essencial, assegura à criança a vida nova em Cristo.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
11-01-2019.
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