PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 19 de janeiro de 2019
Sábado da I semana do tempo comum
Ofício
da féria – I semana
SÁBADO
da semana I
Santa Maria no Sábado –
MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Hebr 4, 12-16; Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 15
Ev Mc 2, 13-17
* Na Diocese de Viana do Castelo – S. Fabião, papa e mártir – MF
* Na Companhia de Jesus – Bb. Tiago Sales, presbítero e Guilherme Saultemouche, religioso; Tiago Bonnaud, presbítero, e Companheiros; José Imbert e João Nicolau Cordier, presbíteros, mártires – MF
* 2º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
* Na Diocese de Lamego – I Vésp. de S. Sebastião.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Hebr 4, 12-16; Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 15
Ev Mc 2, 13-17
* Na Diocese de Viana do Castelo – S. Fabião, papa e mártir – MF
* Na Companhia de Jesus – Bb. Tiago Sales, presbítero e Guilherme Saultemouche, religioso; Tiago Bonnaud, presbítero, e Companheiros; José Imbert e João Nicolau Cordier, presbíteros, mártires – MF
* 2º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
* Na Diocese de Lamego – I Vésp. de S. Sebastião.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 4, 12-16
«Vamos, cheios de confiança, ao trono da graça»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 4, 12-16
«Vamos, cheios de confiança, ao trono da graça»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: A palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que uma espada de dois gumes: ela penetra até ao ponto de divisão da alma e do espírito, das articulações e medulas, e é capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração. Por isso não há criatura que possa fugir à sua presença: tudo está patente e descoberto aos olhos d’Aquele a quem devemos prestar contas. Tendo nós um sumo sacerdote eminente que atravessou os Céus, Jesus, Filho de Deus, permaneçamos firmes na profissão da nossa fé. Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, exceto no pecado. Vamos, portanto, cheios de confiança, ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio oportuno.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 B (19 B), 8.9.10.15 (R. Jo 6, 63c)
Refrão: As vossas palavras, Senhor,
são espírito e vida. Repete-se
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples. Refrão
Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração;
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos. Refrão
O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são retos. Refrão
Aceitai as palavras da minha boca
e os pensamentos do meu coração
estejam na vossa presença:
Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor. Refrão
ALELUIA Lc 4, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
O Senhor enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres,
a proclamar aos cativos a redenção. Refrão
EVANGELHO Mc 2, 13-17
«Não vim chamar os justos, mas os pecadores»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira-mar. A multidão veio ao seu encontro, e Ele começou a ensinar a todos. Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Encontrando-Se Jesus à mesa em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores estavam também a mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que O seguiam. Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-n’O comer com os pecadores e os publicanos, diziam aos discípulos: «Por que motivo é que Ele come com publicanos e pecadores?». Jesus ouviu e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.
Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« A amizade sem confiança é como uma flor
sem perfume».
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Hebr 4, 12-16 : Concluindo
a referência à “voz do Senhor”, que nos convida a entrar no seu repouso, a
epístola aprofunda o poder e a vitalidade da palavra de Deus, proclamada
outrora pelos profetas e agora escutada diretamente da boca do Filho. E volta,
de novo, a falar do Filho como sumo Sacerdote, compassivo para com as nossas
fraquezas, e que entrou, de uma vez para sempre, nos Céus, onde, junto do Pai,
é nosso Mediador, a Quem nos podemos dirigir cheios de confiança.
Mc
2, 13-17: A missão de Jesus vai-se manifestando nas suas
palavras, nos seus atos, nas suas atitudes. Tudo n’Ele são palavras da Palavra
que Ele próprio é, Ele, o Verbo, a Palavra de Deus. E a sua missão é a de
estabelecer a Aliança entre Deus e os homens; por isso, não receia comer com os
pecadores. Mas, para o compreender, é preciso ter o coração aberto à linguagem
do amor do Pai para com os homens, como Levi o tinha.
_________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
11.00 horas: Funeral
no Cacheiro
16.00 horas: Missa no
Pardo
16.00 horas: Missa em
Monte Claro
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
NÃO
VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS
Este apelo, em título, é do Papa
Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em abril de 2018. E hoje, a
pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de perto o Catecismo da
Igreja Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma” do Cardeal José Saraiva
Martins, publicado pela Universidade Católica, vou recordar algo sobre o
Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a legitimidade desta prática,
levantando dificuldades “de ordem bíblica, teológica, antropológica,
sociológica e missionária”. Defendem que a pregação dos Apóstolos era dirigida
apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as crianças são incapazes de a
professar, que é um atentado à sua liberdade pois lhes impõe obrigações
religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido numa sociedade
heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e inúmeros
conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma pastoral de
impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do que em
suscitar a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá, por
convicção, por desconhecimento ou por preconceitos.
Se a reflexão teológica católica
sempre se ocupou e ocupa desta problemática, também a reflexão teológica
protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre os protestantes em meados
do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de considerações de ordem
exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças. Pretendia “elaborar
uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo o automatismo no
sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de massas, uma
Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.
Mesmo que as intenções fossem
aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar Culmann e Flemington,
anglicano, acharam que as razões apresentadas para não batizar as crianças eram
insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso, combateram-nas,
consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das suas Igrejas.
Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá, com certeza,
pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar, aprofundar e
caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.
De facto, se aprofundarmos esta
questão à luz da Revelação e da Tradição viva da Igreja, verificamos que a
Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o Batismo das crianças como
algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta aos primórdios da Igreja.
“É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento não
se encontram testemunhos, pelo menos explícitos, acerca do batismo das
crianças”. Mas podemos encontrar indícios, como, por exemplo, as palavras de
Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade do preceito missionário (Mc 16,
16), a bondade de Jesus para com os pequeninos (Mc 10, 14), o Batismo da
família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do Carcereiro e de todos os seus (At
16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua família (At 16, 15), o Batismo de
Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o Batismo de Estéfanas e de toda a
sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do século II apresentam essa prática
como normal e não como coisa nova. Santo Ireneu fala da presença “de
recém-nascidos e crianças” batizadas, ao lado de adolescentes, jovens e mais
velhos. A Tradição Apostólica de Hipólito, dos princípios do século III, e que
constitui o ritual mais antigo de que temos conhecimento, prescreve: “Batizai,
em primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que
falem; para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem
os progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que “não se pode
negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que chega à existência”,
seja qual for “o seu estatuto e idade”. E estabelece que se podem batizar as
crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes refere
tal prática como de tradição apostólica: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a
tradição de conferir o Batismo também às crianças”. Santo Agostinho faz eco do
mesmo. Nos séculos III e IV, a Igreja torna-se exigente na preparação dos
adultos para o Batismo, com catecumenatos prolongados e sério empenhamento
moral. As crianças, porém, continuam a ser batizadas sem qualquer hesitação e
sem qualquer tipo de contestação, também com o sentido de purificação e de
ingresso no novo povo de Deus. Pessoas que só foram batizadas em idade adulta,
como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho, reagiam contra estes
atrasos e pediam que não se retardasse o Batismo das crianças. Outros, como
Santo Ambrósio e São João Crisóstomo, insistiam para que o primeiro sacramento
da iniciação cristã fosse administrado também às crianças. O Concílio de
Cartago, em 418, o Concílio de Viena em 1312, o Concílio de Florença em 1431, o
Concílio de Trento em 1546, falam positivamente no porquê e necessidade do
Batismo também das crianças. Paulo VI, referindo-se aos seus antecessores,
declarou que “o Batismo deve ser conferido também às crianças que não podem
ainda ser culpadas de qualquer pecado pessoal, a fim de que elas, nascidas
privadas da graça sobrenatural, renasçam pela água e pelo Espírito Santo para a
vida divina em Jesus Cristo”. O Magistério da Igreja não se tem cansado de
falar de tal temática, entendendo que as crianças não devem ser privadas desta
graça que não supõe méritos humanos, é Dom gratuito de Deus. Sabemos que o
Batismo surge intimamente ligado à pregação da Palavra e à fé e as crianças não
escutam a Palavra nem professam a fé. Mas também sabemos que o Batismo é celebrado
na fé da Igreja. “É a Igreja que batiza na sua própria fé. É a Igreja, comunhão
dos santos, que crê pelas crianças, que, por elas, professa a fé; do mesmo modo
que é a Igreja” e não tanto quem as traz nos braços, “que, propriamente
falando, as conduz à pia batismal, oferecendo-as aí ao Pai e, enquanto mãe
fecunda, as gera espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos pais ou dos
padrinhos que leva a batizar as crianças, as crianças são batizadas na fé da
Igreja. A fé de quem as apresenta tem valor enquanto representa e incarna a fé
e a ação da própria Igreja, e as crianças que não creem por si sós, com um ato
pessoal, creem através destas pessoas que as apresentam mediante a “fé da
Igreja que lhes é comunicada”. Este ensinamento também consta no novo ritual do
Batismo. O ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos para professarem a
fé da Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da Igreja que depende
a eficácia do sacramento.
Sendo o Batismo o sacramento da fé,
a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada
um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E se toda a comunidade eclesial
tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida
no Batismo dos seus membros, também é muito importante a ajuda dos pais.
Importante é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de
fé sólida, capazes e preparados para ajudar a pessoa batizada no seu caminho de
vida cristã (cf. CIgC 1255).
“Não vos esqueçais, batizai as crianças”,
apela o Papa Francisco. O Batismo dá acesso à verdadeira liberdade, é um bem
essencial, assegura à criança a vida nova em Cristo.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
11-01-2019.
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