PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 06 de janeiro de 2019
Domingo, 06 de janeiro de 2019
Epifania do Senhor
Ofício
da solenidade
DOMINGO
DA EPIFANIA DO SENHOR
SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. da Epifania.
L 1 Is 60, 1-6; Sal 71 (72), 2. 7-8. 10-11. 12-13
L 2 Ef 3, 2-3a. 5-6
Ev Mt 2, 1-12
* Na Missa deste dia, depois do Evangelho, anunciam-se as festas móveis, segundo a fórmula indicada no princípio deste Directório, p. 4-5 (cf. Missal Romano, p. 1382).
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Festa da Infância Missionária.
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para a Restauração de Igrejas.
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Amândio José Tomás (2002).
* Nas Irmãs Missionárias do Espírito Santo – Aniversário da Fundação (1921).
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. da Epifania.
L 1 Is 60, 1-6; Sal 71 (72), 2. 7-8. 10-11. 12-13
L 2 Ef 3, 2-3a. 5-6
Ev Mt 2, 1-12
* Na Missa deste dia, depois do Evangelho, anunciam-se as festas móveis, segundo a fórmula indicada no princípio deste Directório, p. 4-5 (cf. Missal Romano, p. 1382).
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Festa da Infância Missionária.
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para a Restauração de Igrejas.
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Amândio José Tomás (2002).
* Nas Irmãs Missionárias do Espírito Santo – Aniversário da Fundação (1921).
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Mal
3, 1; 1 Cron 19, 12
Eis que vem o Senhor soberano.
A realeza, o poder e o império estão nas suas mãos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus omnipotente,
que neste dia revelastes o vosso Filho Unigénito
aos gentios guiados por uma estrela,
a nós que já Vos conhecemos pela fé
levai-nos a contemplar face a face a vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 60, 1-6
«Brilha sobre ti a glória do Senhor»
Leitura do Livro de Isaías
Eis que vem o Senhor soberano.
A realeza, o poder e o império estão nas suas mãos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus omnipotente,
que neste dia revelastes o vosso Filho Unigénito
aos gentios guiados por uma estrela,
a nós que já Vos conhecemos pela fé
levai-nos a contemplar face a face a vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 60, 1-6
«Brilha sobre ti a glória do Senhor»
Leitura do Livro de Isaías
Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque chegou a tua luz e brilha sobre ti a glória do Senhor. Vê como a noite cobre a terra e a escuridão os povos. Mas, sobre ti levanta-Se o Senhor e a sua glória te ilumina. As nações caminharão à tua luz e os reis ao esplendor da tua aurora. Olha ao redor e vê: todos se reúnem e vêm ao teu encontro; os teus filhos vão chegar de longe e as tuas filhas são trazidas nos braços. Quando o vires ficarás radiante, palpitará e dilatar-se-á o teu coração, pois a ti afluirão os tesouros do mar, a ti virão ter as riquezas das nações. Invadir-te-á uma multidão de camelos, de dromedários de Madiã e Efá. Virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando as glórias do Senhor.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72), 2.7-8.10-11.12-13 (R. cf. 11)
Refrão: Virão adorar-Vos, Senhor,
todos os povos da terra. Repete-se
Ó Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra. Refrão
Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir. Refrão
Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos. Refrão
LEITURA II Ef 3, 2-3a.5-6
Os gentios recebem a mesma herança prometida
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos:
Certamente já ouvistes falar da graça que Deus me confiou a vosso favor: por
uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo. Nas gerações
passadas, ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens como agora foi
revelado pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas: os gentios
recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da
mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 2, 2
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorar o Senhor. Refrão
EVANGELHO Mt 2, 1-12
«Viemos do Oriente adorar o Rei»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Tinha
Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando chegaram a
Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. «Onde está – perguntaram eles – o rei
dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos
adorá-l’O». Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele,
toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas
do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em
Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo Profeta: ‘Tu, Belém, terra de
Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá, pois
de ti sairá um chefe, que será o Pastor de Israel, meu povo’». Então Herodes
mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o
tempo em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois enviou-os a Belém e
disse-lhes: «Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e, quando O
encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O». Ouvido o rei,
puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à
sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela,
sentiram grande alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe,
e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O. Depois, abrindo os seus tesouros,
ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. E, avisados em sonhos para não
voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor, para os dons da vossa Igreja,
que não Vos oferece ouro, incenso e mirra,
mas Aquele que por estes dons
é manifestado, imolado e oferecido em alimento,
Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Epifania.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Mt 2, 2
Vimos a sua estrela no Oriente
e viemos com presentes adorar o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Iluminai-nos, Senhor,
sempre e em toda a parte com a vossa luz celeste,
para que possamos contemplar com olhar puro
e receber de coração sincero
o mistério em que por vossa graça participámos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«As
coisas pequenas tornam-se grandes quando feitas com amor».
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Is
60, 1-6: Como uma
cidade, construída sobre um monte, atrai o olhar de todos, ao ser iluminada
pelo sol nascente, assim Jerusalém, iluminada pelo Nascimento de Jesus, atrai a
si todos os povos, mergulhados na noite do pecado.
Será, porém, na Igreja, nova Jerusalém, que
Deus reunirá todos os homens, para lhes dar a salvação. Será n’Ela que se
constituirá, definitivamente, a comunidade dos povos. «A luz dos povos é Cristo
– Mas a Sua luz resplandece no rosto da Sua Igreja» (LG. n.° 1). Ela é, na
verdade, o sinal e o instrumento de união com Deus e de unidade de todo o género
humano.
Ef 3, 2-3a.5-6: O universalismo de Isaías era um
pouco limitado; os estrangeiros não estavam em posição de igualdade com os
filhos de Israel. S. Paulo, descrevendo o plano salvífico de Deus, proclama que
todos os homens são chamados, igualmente, a ser herdeiros da Promessa.
Como consequência deste chamamento universal para a Fé, toda a separação, toda a discriminação, introduzidas na humanidade por culturas e civilizações, desaparecem. Todos são chamados a formar o verdadeiro Israel e a constituir um só Corpo – o Corpo Místico de Cristo – restabelecendo-se assim o plano primitivo de Deus acerca da humanidade, que era um projeto de unidade e amor.
Como consequência deste chamamento universal para a Fé, toda a separação, toda a discriminação, introduzidas na humanidade por culturas e civilizações, desaparecem. Todos são chamados a formar o verdadeiro Israel e a constituir um só Corpo – o Corpo Místico de Cristo – restabelecendo-se assim o plano primitivo de Deus acerca da humanidade, que era um projeto de unidade e amor.
Mt 2, 1-12: Frente ao mistério do Nascimento de
Jesus, S. Mateus procura, sobretudo, contemplá-Lo à Luz do primeiro encontro do
mundo pagão com o Salvador, de que os magos são as primícias e os
representantes. Sublinhando, de modo expressivo, a universalidade da Mensagem
cristã, dirigida a todos os homens, mesmo àqueles que, segundo as concepções
estreitas do Judaísmo, viviam fora da Geografia e da História da Salvação, o
evangelista mostra como na visita dos Magos, se realizam as profecias do A. T. Não
deixa também de o impressionar, em contraste com o orgulho e cegueira de
Herodes e dos sábios de Israel, a boa vontade dos Magos, que, atentos aos
sinais dos Tempos, se dispõem a correr a aventura da Fé. ______________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente
porque tu nos amas.
CELEBRAÇÕES MÓVEIS
Na solenidade da Epifania do Senhor, depois das leituras
do Evangelho ou após a oração da comunhão, o diácono ou o sacerdote ou mesmo um
cantor, pode fazer “anúncio das celebrações móveis (cf. Missal Romano, p. 1382).]
Irmãos caríssimos, a glória
do Senhor manifestou-se e manifestar-se-á sempre no meio de nós, até à sua vinda
no fim dos tempos. Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo recordamos e vivemos os
mistérios da salvação.
O centro de todo o ano litúrgico
é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado, que culminará no
Domingo da Páscoa, este ano em 21 de abril.
Em cada domingo, Páscoa
semanal, a santa Igreja torna presente este grande acontecimento, no qual Jesus
Cristo venceu o pecado e a morte.
Da Páscoa derivam os dias
santos: as Cinzas, início da Quaresma, em 06 de março; a Ascensão do Senhor, em
02 de junho; o Pentecostes, em 09 de junho; o primeiro Domingo do Advento, em 1
de dezembro
AGENDA
09.15 horas: Funeral em
Nisa
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em
Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em
Gáfete
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Missa no
Arneiro
15.30 horas: Missa No
Cacheiro
A VOZ DO PASTOR
QUEM SE QUER
UNIR PARA REFILAR?!...
Hoje é só mesmo
para manter o ritmo semanal junto dos meus amigos leitores. Há dias em que o
tempo não tem tempo e, sobretudo, a musa não inspira para falar de coisas sérias
como convém no meu lugar e na minha missão. Faz greve, a tonta, mas talvez
tenha lá as suas razões: festas a viver, compras a fazer, amigos a visitar,
caça a espantar, canecos a esvaziar, impostos a pagar… Por isso, neste sem
tempo e sem a companhia dessa caturra, é difícil fazer da cabeça uma cabeça
académica, como diria Camilo. Mesmo assim, vou escrevinhar três lérias de
protesto por entre alguns espirros, esse desporto de inverno:
1 - Há por este
país fora, em grande e variado estilo de gostos e forma, uma turba de gente que
a todos nos massacra e sacode. Continua a trabalhar para enfurecer a pacatez
dos portugueses e de outros que tais. Mesmo que tenham o mérito de conseguir
levantar este país, eles são causadores de muitos desgastes psicossomáticos, de
neuroses, enxaquecas e de mais um sem número de patologias e coisas esquisitas
que nos deixam atolambados. Em escolas, universidades, igrejas, fábricas,
estações, apeadeiros do trem, aqui, acolá, mais além, por tantos lugares e em
muitas partes do mundo, eles, com uma impertinência de mosca esfomeada, aí
estão a complicar-nos a vida, a exigir um perfil de muito mais que santo. Sem
dó nem piedade, sem emenda nem pedidos de desculpa, sem que ninguém os
desembraveça, eles continuam a desassossegar as manhãs deste país, deixando
muita gente assanhada com a vida, de semblante avinagrado e a vociferar
palavras que os imberbes não devem ouvir e os de rugas, ouvindo, levam a mão à
boca. Neste tempo em que, por masoquismo, já só podemos dizer macacos me mordam
e já ninguém pode engolir sapos, atirar o pau ao gato, queixar-se dos bicos de
papagaio, pegar o touro pelos cornos e outras coisas mais tidas como crimes de
lesa-bicharada, em que até a porca (com licença!…, diz-se na minha terra) até a
porca (com licença) torce o rabo, como é que pode esta turba continuar a
sobressaltar o povo, estrondosa, inesperada e ruidosamente, deixando-o a
esfregar os olhos e com vontade de fazer justiça por mãos próprias? Atirar-lhes
com um traste, àquela hora e naquelas tremebundas circunstâncias, acho que
seria um esforço hercúleo para tão leve e fraco resultado. Melhor seria, acho
eu, melhor seria ritmar uns gritos com um colete de qualquer cor, lá, em
Lisboa, aos portões daquela casa presentemente cheia de grandes afetos. Aí, sim,
aí até teríamos os mídia, tantos como tantas as abelhas à volta do cortiço. Nem
sei bem em que é que nos poderiam ajudar, mas que aquilo é uma violência lá
isso é. Mesmo que São João diga que chegou a última hora para discernir pela
Verdade (1Jo 2, 18), mesmo que São Paulo grite aos que dormem que é preciso
acordar do sono e deixarem-se de tretas (Ef. 5, 14), mesmo que isso esteja
certo, apetece-me, nesse instante de contrariada obediência, vociferar
altamente e dizer como Jesus em Caná da Galileia: “A minha hora ainda não
chegou” (Jo 2, 4). E interrogo-me como é que é possível haver gente que,
teimosamente, continua a fabricar esses demónios, relógios, relógios
despertadores, sejam eles puxados a corda, a pilhas ou lá por essas tecnologias
malsonantes que fazem zunido nos tímpanos, moem o toutiço, fazem-nos madrugar e
põem-nos a andar!?… Não acham que essa tortura quotidiana se deveria banir em
2019?… Até porque, sabemos todos, deitar tarde e cedo erguer, traz moléstia e
faz envelhecer!…
2 – Há tempos,
numa rotunda de uma das nossas cidades, de manhã, quase sem movimento, fui
interpelado por um Senhor Polícia. Fez-me sinal para encostar, encostei.
Pediu-me os documentos, apresentei-lhe os documentos. Examinando-os e dando
volta ao carro, impeticou comigo, delicadamente: “O Senhor António viu quantas
faixas tem esta rotunda e em que faixa vinha?”. Respondi: “Por acaso não,
Senhor Polícia, vinha tão distraído em conversa com os meus botões que nem
reparei”. “Não reparou, não viu? Como é possível não ter visto, Senhor
António?” insistiu ele. Ouvi, guardei uns instantes de silêncio... e reafirmei:
“Acredite, Senhor Polícia, peço desculpa, não vi. E esta coisa de não ver, é
fácil de acontecer. O Senhor Polícia também tem os meus documentos na mão, leu
o meu nome e já por duas vezes me chamou António e eu não sou António”. E
olhando de novo e rápido, insiste: “Então não é António?”. “Não, Senhor
Polícia, sou Antonino”. Olhou de novo, fixou-se mais atentamente no documento e
sorriu. E foi assim, com um sorriso de ambos, que terminou este quiproquó
rodoviário. Trocamos afavelmente os “bons dias”. Ele lá ficou a olhar se alguém
rodava torto na rotunda, eu endireitei-me em direção ao meu destino!
Mas por que será
que, aqui, no facebook, tanta gente me lê mal e chama nomes? Na Bíblia, sim,
várias pessoas há que mudaram de nome. Isso significava que iriam assumir uma
função especial, ou mudar de vida, de posição, de destino. Também, desde o
século IV, há membros da vida consagrada que mudam de nome, para significar que
abandonam o homem velho e aderem a uma vida nova em Cristo, e daquela forma.
Jesus mudou o nome a Pedro, o primeiro Papa (cf. Jo 1, 42), mas parece que só a
partir do século VI, com João I que tinha o nome de Minerva, um deus pagão, é
que isso entrou na praxe. Entre nós, não só, mas o mais frequente, é os
aficionados mudarem o nome aos árbitros de futebol quando eles estão no
desempenho da sua especial e nobre missão de apitar!... A mim, embora precise
de metanoia, de mudar de vida todos os dias, e não seja árbitro, também me
mudam o nome. Chamam-me António, Antoninho, Antônio, Antónino e sei lá mais o
quê... Interrogo-me, mas vou ficando feliz por não me chamarem coisa pior!…
3 – Por último,
acho também que devemos exigir uma indemnização. Como sabem, os fazedores do
acordo ortográfico deram-nos autoridade para, estando quase ou mesmo em jejum
sobre essas matérias, sabendo pouco ou nada disso, deram-nos autoridade para
escrever desse jeito e fazer valer a nossa douta opinião a convencer os
portugueses a que também escrevam menos bem. É o que acontece. Muitos amigos do
facebook provam-no à saciedade. De cada cavadela, mesmo à superfície, sai
minhoca engravatada! E porque ninguém dá a mão à palmatória ou o braço a
torcer, esse acordo ou desacordo, mesmo que se proteste, já não volta atrás, a
“ciência” não deixa. Sobretudo por isso, e para não ser inutilmente teimoso,
para não estar continuamente a contrariar o meu MacBookPro e não ter de
declarar, em cada escrito, que sigo a ortografia antiga, já aderi, há muito
muito tempo, à nova escrita, mas sempre com aquela atitude indigesta de
maria-vai-com-as-outras!...
Macacos me
mordam se não fiquei com vontade de pedir uma indemnização pelos traumas
causados no meu antigamente, sem psicólogos por perto nem afetos que se vissem!
Lembram-se, com certeza, os mais velhos, que, quando, na escola primária, se
davam essas calinadas que agora são virtudes, quando alguém escrevia como agora
está na moda, logo surgia a temida palmatória a exigir se esticasse a mão para
umas quantas e pesadas reguadas!... Aí, sim, não se dava só a mão à palmatória,
sentia-se o braço a torcer e as lágrimas a saltitar!... E se tais mimos não
privilegiavam as duas mãos, ninguém manifestava a mínima vontade de cumprir o
Evangelho, ninguém, ninguém oferecia a mão esquerda a quem tinha zurzido na
direita (cf. Mt 5, 39). Mesmo à distância no tempo - isto não deve prescrever
-, não será que, com fundamentada esperança, devamos bater o pé e exigir uma
indemnização!?...
Se tiver
vontade, ria-se e comece o ano de bom humor...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 04-01-2019.
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