PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 16 de janeiro de 2019
Quarta da I semana do tempo comum
Ofício
da féria – I semana
QUARTA-FEIRA
da semana I
Verde – Ofício da
féria.
Missa à escolha
L 1 Hebr 2, 14-18; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9
Ev Mc 1, 29-39
* Na Diocese da Guarda – Aniversário da tomada de posse e entrada solene de D. Manuel da Rocha Felício.
* Na Ordem Agostiniana – Comemoração dos familiares defuntos dos Irmãos e Irmãs da Ordem.
* Na Ordem Franciscana – SS. Berardo, presbítero, e Companheiros, mártires, da I Ordem, Padroeiros da Província Portuguesa da O.F.M – FESTA; no Convento de Coimbra – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – SS. Berardo, presbítero, e Companheiros, mártires – MO
Missa à escolha
L 1 Hebr 2, 14-18; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9
Ev Mc 1, 29-39
* Na Diocese da Guarda – Aniversário da tomada de posse e entrada solene de D. Manuel da Rocha Felício.
* Na Ordem Agostiniana – Comemoração dos familiares defuntos dos Irmãos e Irmãs da Ordem.
* Na Ordem Franciscana – SS. Berardo, presbítero, e Companheiros, mártires, da I Ordem, Padroeiros da Província Portuguesa da O.F.M – FESTA; no Convento de Coimbra – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – SS. Berardo, presbítero, e Companheiros, mártires – MO
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 2, 14-18
«Devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos,
para ser misericordioso»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 2, 14-18
«Devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos,
para ser misericordioso»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Uma vez que os filhos dos homens têm o mesmo sangue e a mesma carne, também Jesus participou igualmente da mesma natureza, para destruir, pela sua morte, aquele que tinha poder sobre a morte, isto é, o diabo, e libertar aqueles que estavam a vida inteira sujeitos à servidão, pelo temor da morte. Porque Ele não veio em auxílio dos Anjos, mas dos descendentes de Abraão. Por isso devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos, para ser um sumo sacerdote misericordioso e fiel no serviço de Deus, e assim expiar os pecados do povo. De facto, porque Ele próprio foi provado pelo sofrimento, pode socorrer aqueles que sofrem provação.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 8a)
Refrão: O Senhor recorda a sua aliança para sempre. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Aclamai o nome do Senhor,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas. Refrão
Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face. Refrão
Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão
Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac. Refrão
ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor.
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão
EVANGELHO Mc 1, 29-39
«Curou muitas pessoas, atormentadas por várias doenças»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.
Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Reparar injustiças sem criar justiça,
acaba por prejudicar ainda mais a
realidade».
Desmond Tutu
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Hebr 2, 14-18: Fazendo-Se
homem, Jesus torna-Se participante da natureza e da condição humana, em tudo,
menos no pecado. Sofre a morte, como todos os homens, mas sofre-a oferecendo a
vida como ato de amor ao Pai e liberta assim os seus irmãos do pecado e da
morte eterna. Ele é o sacerdote, o medianeiro, fiel para com Deus,
misericordioso para com os homens.
Mc
1, 29-39: Esta passagem relata um dia da vida de Jesus. Vem da
assembleia de oração para casa dum discípulo; cura a sogra de Pedro; recebe e
cura os doentes que lhe são apresentados ao entardecer; dorme durante a noite;
de manhãzinha procura a solidão para falar ao Pai na maior intimidade; parte
finalmente, para novas terras a anunciar o Reino. Jesus vai manifestando assim
quem é por meio das obras que realiza. Ele é Senhor da morte e da vida, da
doença e da saúde. Ele domina os espíritos do mal e tem a palavra da verdade.
Mas procura evitar que o povo simples e sempre sensível ao espetacular faça uma
ideia errada do Messias e da sua missão; por isso, pede sempre muita discrição
em volta dos seus milagres. _________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em
Tolosa
A VOZ DO PASTOR
NÃO
VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS
Este apelo, em título, é do Papa
Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em abril de 2018. E hoje, a
pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de perto o Catecismo da Igreja
Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma” do Cardeal José Saraiva
Martins, publicado pela Universidade Católica, vou recordar algo sobre o
Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a legitimidade desta prática,
levantando dificuldades “de ordem bíblica, teológica, antropológica,
sociológica e missionária”. Defendem que a pregação dos Apóstolos era dirigida
apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as crianças são incapazes de a
professar, que é um atentado à sua liberdade pois lhes impõe obrigações
religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido numa sociedade
heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e inúmeros
conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma pastoral de
impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do que em
suscitar a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá, por
convicção, por desconhecimento ou por preconceitos.
Se a reflexão teológica católica
sempre se ocupou e ocupa desta problemática, também a reflexão teológica
protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre os protestantes em meados
do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de considerações de ordem
exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças. Pretendia “elaborar
uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo o automatismo no
sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de massas, uma
Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.
Mesmo que as intenções fossem
aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar Culmann e Flemington,
anglicano, acharam que as razões apresentadas para não batizar as crianças eram
insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso, combateram-nas,
consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das suas Igrejas.
Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá, com certeza,
pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar, aprofundar e
caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.
De facto, se aprofundarmos esta
questão à luz da Revelação e da Tradição viva da Igreja, verificamos que a
Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o Batismo das crianças como
algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta aos primórdios da Igreja.
“É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento
não se encontram testemunhos, pelo menos explícitos, acerca do batismo das
crianças”. Mas podemos encontrar indícios, como, por exemplo, as palavras de
Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade do preceito missionário (Mc 16,
16), a bondade de Jesus para com os pequeninos (Mc 10, 14), o Batismo da
família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do Carcereiro e de todos os seus (At
16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua família (At 16, 15), o Batismo de
Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o Batismo de Estéfanas e de toda a
sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do século II apresentam essa prática
como normal e não como coisa nova. Santo Ireneu fala da presença “de recém-nascidos
e crianças” batizadas, ao lado de adolescentes, jovens e mais velhos. A
Tradição Apostólica de Hipólito, dos princípios do século III, e que constitui
o ritual mais antigo de que temos conhecimento, prescreve: “Batizai, em
primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que falem;
para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem os
progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que “não se pode
negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que chega à existência”,
seja qual for “o seu estatuto e idade”. E estabelece que se podem batizar as
crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes refere
tal prática como de tradição apostólica: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição
de conferir o Batismo também às crianças”. Santo Agostinho faz eco do mesmo.
Nos séculos III e IV, a Igreja torna-se exigente na preparação dos adultos para
o Batismo, com catecumenatos prolongados e sério empenhamento moral. As
crianças, porém, continuam a ser batizadas sem qualquer hesitação e sem
qualquer tipo de contestação, também com o sentido de purificação e de ingresso
no novo povo de Deus. Pessoas que só foram batizadas em idade adulta, como São
Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho, reagiam contra estes atrasos e
pediam que não se retardasse o Batismo das crianças. Outros, como Santo
Ambrósio e São João Crisóstomo, insistiam para que o primeiro sacramento da
iniciação cristã fosse administrado também às crianças. O Concílio de Cartago,
em 418, o Concílio de Viena em 1312, o Concílio de Florença em 1431, o Concílio
de Trento em 1546, falam positivamente no porquê e necessidade do Batismo
também das crianças. Paulo VI, referindo-se aos seus antecessores, declarou que
“o Batismo deve ser conferido também às crianças que não podem ainda ser
culpadas de qualquer pecado pessoal, a fim de que elas, nascidas privadas da
graça sobrenatural, renasçam pela água e pelo Espírito Santo para a vida divina
em Jesus Cristo”. O Magistério da Igreja não se tem cansado de falar de tal
temática, entendendo que as crianças não devem ser privadas desta graça que não
supõe méritos humanos, é Dom gratuito de Deus. Sabemos que o Batismo surge
intimamente ligado à pregação da Palavra e à fé e as crianças não escutam a
Palavra nem professam a fé. Mas também sabemos que o Batismo é celebrado na fé
da Igreja. “É a Igreja que batiza na sua própria fé. É a Igreja, comunhão dos
santos, que crê pelas crianças, que, por elas, professa a fé; do mesmo modo que
é a Igreja” e não tanto quem as traz nos braços, “que, propriamente falando, as
conduz à pia batismal, oferecendo-as aí ao Pai e, enquanto mãe fecunda, as gera
espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos pais ou dos padrinhos que leva a
batizar as crianças, as crianças são batizadas na fé da Igreja. A fé de quem as
apresenta tem valor enquanto representa e incarna a fé e a ação da própria
Igreja, e as crianças que não creem por si sós, com um ato pessoal, creem
através destas pessoas que as apresentam mediante a “fé da Igreja que lhes é
comunicada”. Este ensinamento também consta no novo ritual do Batismo. O
ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos para professarem a fé da
Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da Igreja que depende a
eficácia do sacramento.
Sendo o Batismo o sacramento da fé,
a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada
um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E se toda a comunidade eclesial
tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida
no Batismo dos seus membros, também é muito importante a ajuda dos pais.
Importante é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de
fé sólida, capazes e preparados para ajudar a pessoa batizada no seu caminho de
vida cristã (cf. CIgC 1255).
“Não vos esqueçais, batizai as
crianças”, apela o Papa Francisco. O Batismo dá acesso à verdadeira liberdade,
é um bem essencial, assegura à criança a vida nova em Cristo.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 11-01-2019.
Sem comentários:
Enviar um comentário