terça-feira, 15 de janeiro de 2019










PARÓQUIAS DE NISA



Quarta, 16 de janeiro de 2019











Quarta da I semana do tempo comum
Ofício da féria – I semana








QUARTA-FEIRA da semana I

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Hebr 2, 14-18; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9
Ev Mc 1, 29-39
* Na Diocese da Guarda – Aniversário da tomada de posse e entrada solene de D. Manuel da Rocha Felício.
* Na Ordem Agostiniana – Comemoração dos familiares defuntos dos Irmãos e Irmãs da Ordem.
* Na Ordem Franciscana – SS. Berardo, presbítero, e Companheiros, mártires, da I Ordem, Padroeiros da Província Portuguesa da O.F.M – FESTA; no Convento de Coimbra – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – SS. Berardo, presbítero, e Companheiros, mártires – MO



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.

ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Hebr 2, 14-18
«Devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos,
para ser misericordioso»

Leitura da Epístola aos Hebreus

Uma vez que os filhos dos homens têm o mesmo sangue e a mesma carne, também Jesus participou igualmente da mesma natureza, para destruir, pela sua morte, aquele que tinha poder sobre a morte, isto é, o diabo, e libertar aqueles que estavam a vida inteira sujeitos à servidão, pelo temor da morte. Porque Ele não veio em auxílio dos Anjos, mas dos descendentes de Abraão. Por isso devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos, para ser um sumo sacerdote misericordioso e fiel no serviço de Deus, e assim expiar os pecados do povo. De facto, porque Ele próprio foi provado pelo sofrimento, pode socorrer aqueles que sofrem provação.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 8a)
Refrão: O Senhor recorda a sua aliança para sempre. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Aclamai o nome do Senhor,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas. Refrão

Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face. Refrão

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac. Refrão


ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor.
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão


EVANGELHO Mc 1, 29-39
«Curou muitas pessoas, atormentadas por várias doenças»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.

Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







« Reparar injustiças sem criar justiça, acaba por prejudicar ainda  mais a realidade».

Desmond Tutu




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA: Hebr 2, 14-18: Fazendo-Se homem, Jesus torna-Se participante da natureza e da condição humana, em tudo, menos no pecado. Sofre a morte, como todos os homens, mas sofre-a oferecendo a vida como ato de amor ao Pai e liberta assim os seus irmãos do pecado e da morte eterna. Ele é o sacerdote, o medianeiro, fiel para com Deus, misericordioso para com os homens.

Mc 1, 29-39: Esta passagem relata um dia da vida de Jesus. Vem da assembleia de oração para casa dum discípulo; cura a sogra de Pedro; recebe e cura os doentes que lhe são apresentados ao entardecer; dorme durante a noite; de manhãzinha procura a solidão para falar ao Pai na maior intimidade; parte finalmente, para novas terras a anunciar o Reino. Jesus vai manifestando assim quem é por meio das obras que realiza. Ele é Senhor da morte e da vida, da doença e da saúde. Ele domina os espíritos do mal e tem a palavra da verdade. Mas procura evitar que o povo simples e sempre sensível ao espetacular faça uma ideia errada do Messias e da sua missão; por isso, pede sempre muita discrição em volta dos seus milagres.  _________________

LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA


17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Tolosa




A VOZ DO PASTOR



NÃO VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS


Este apelo, em título, é do Papa Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em abril de 2018. E hoje, a pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de perto o Catecismo da Igreja Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma” do Cardeal José Saraiva Martins, publicado pela Universidade Católica, vou recordar algo sobre o Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a legitimidade desta prática, levantando dificuldades “de ordem bíblica, teológica, antropológica, sociológica e missionária”. Defendem que a pregação dos Apóstolos era dirigida apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as crianças são incapazes de a professar, que é um atentado à sua liberdade pois lhes impõe obrigações religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido numa sociedade heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e inúmeros conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma pastoral de impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do que em suscitar a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá, por convicção, por desconhecimento ou por preconceitos.

Se a reflexão teológica católica sempre se ocupou e ocupa desta problemática, também a reflexão teológica protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre os protestantes em meados do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de considerações de ordem exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças. Pretendia “elaborar uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo o automatismo no sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de massas, uma Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.

Mesmo que as intenções fossem aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar Culmann e Flemington, anglicano, acharam que as razões apresentadas para não batizar as crianças eram insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso, combateram-nas, consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das suas Igrejas. Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá, com certeza, pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar, aprofundar e caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.

De facto, se aprofundarmos esta questão à luz da Revelação e da Tradição viva da Igreja, verificamos que a Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o Batismo das crianças como algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta aos primórdios da Igreja. “É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento não se encontram testemunhos, pelo menos explícitos, acerca do batismo das crianças”. Mas podemos encontrar indícios, como, por exemplo, as palavras de Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade do preceito missionário (Mc 16, 16), a bondade de Jesus para com os pequeninos (Mc 10, 14), o Batismo da família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do Carcereiro e de todos os seus (At 16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua família (At 16, 15), o Batismo de Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o Batismo de Estéfanas e de toda a sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do século II apresentam essa prática como normal e não como coisa nova. Santo Ireneu fala da presença “de recém-nascidos e crianças” batizadas, ao lado de adolescentes, jovens e mais velhos. A Tradição Apostólica de Hipólito, dos princípios do século III, e que constitui o ritual mais antigo de que temos conhecimento, prescreve: “Batizai, em primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que falem; para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem os progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que “não se pode negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que chega à existência”, seja qual for “o seu estatuto e idade”. E estabelece que se podem batizar as crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes refere tal prática como de tradição apostólica: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de conferir o Batismo também às crianças”. Santo Agostinho faz eco do mesmo. Nos séculos III e IV, a Igreja torna-se exigente na preparação dos adultos para o Batismo, com catecumenatos prolongados e sério empenhamento moral. As crianças, porém, continuam a ser batizadas sem qualquer hesitação e sem qualquer tipo de contestação, também com o sentido de purificação e de ingresso no novo povo de Deus. Pessoas que só foram batizadas em idade adulta, como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho, reagiam contra estes atrasos e pediam que não se retardasse o Batismo das crianças. Outros, como Santo Ambrósio e São João Crisóstomo, insistiam para que o primeiro sacramento da iniciação cristã fosse administrado também às crianças. O Concílio de Cartago, em 418, o Concílio de Viena em 1312, o Concílio de Florença em 1431, o Concílio de Trento em 1546, falam positivamente no porquê e necessidade do Batismo também das crianças. Paulo VI, referindo-se aos seus antecessores, declarou que “o Batismo deve ser conferido também às crianças que não podem ainda ser culpadas de qualquer pecado pessoal, a fim de que elas, nascidas privadas da graça sobrenatural, renasçam pela água e pelo Espírito Santo para a vida divina em Jesus Cristo”. O Magistério da Igreja não se tem cansado de falar de tal temática, entendendo que as crianças não devem ser privadas desta graça que não supõe méritos humanos, é Dom gratuito de Deus. Sabemos que o Batismo surge intimamente ligado à pregação da Palavra e à fé e as crianças não escutam a Palavra nem professam a fé. Mas também sabemos que o Batismo é celebrado na fé da Igreja. “É a Igreja que batiza na sua própria fé. É a Igreja, comunhão dos santos, que crê pelas crianças, que, por elas, professa a fé; do mesmo modo que é a Igreja” e não tanto quem as traz nos braços, “que, propriamente falando, as conduz à pia batismal, oferecendo-as aí ao Pai e, enquanto mãe fecunda, as gera espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos pais ou dos padrinhos que leva a batizar as crianças, as crianças são batizadas na fé da Igreja. A fé de quem as apresenta tem valor enquanto representa e incarna a fé e a ação da própria Igreja, e as crianças que não creem por si sós, com um ato pessoal, creem através destas pessoas que as apresentam mediante a “fé da Igreja que lhes é comunicada”. Este ensinamento também consta no novo ritual do Batismo. O ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos para professarem a fé da Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da Igreja que depende a eficácia do sacramento.

Sendo o Batismo o sacramento da fé, a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E se toda a comunidade eclesial tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida no Batismo dos seus membros, também é muito importante a ajuda dos pais. Importante é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar a pessoa batizada no seu caminho de vida cristã (cf. CIgC 1255).

“Não vos esqueçais, batizai as crianças”, apela o Papa Francisco. O Batismo dá acesso à verdadeira liberdade, é um bem essencial, assegura à criança a vida nova em Cristo.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 11-01-2019.





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