PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 17 de janeiro de 2019
Quinta da I semana do tempo comum
Ofício
da féria – I semana
QUINTA-FEIRA
da semana I
S. Antão, abade
– MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Hebr[a1] 3, 7-14; Sal 94 (95) (95), 6-7. 8-9. 10-11
Ev Mc 1, 40-45
* Na Diocese de Leiria-Fátima – Aniversário da restauração da Diocese (1918).
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Hebr[a1] 3, 7-14; Sal 94 (95) (95), 6-7. 8-9. 10-11
Ev Mc 1, 40-45
* Na Diocese de Leiria-Fátima – Aniversário da restauração da Diocese (1918).
S. ANTÃO, abade
Nota
Histórica
Este insigne pai do monaquismo nasceu no
Egipto cerca do ano 250. Depois da morte de seus pais, distribuiu os seus
haveres pelos pobres e retirou-se para o deserto, onde começou a sua vida de
penitente. Teve numerosos discípulos e trabalhou em defesa da Igreja, animando
os confessores na perseguição de Diocleciano e apoiando S. Atanásio na luta
contra os arianos. Morreu no ano 356.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 91,
13-14
O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano:
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que destes a Santo Antão a graça de viver uma vida heróica na solidão do deserto, concedei-nos, por sua intercessão, que, renunciando a nós mesmos, Vos amemos sempre sobre todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano:
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que destes a Santo Antão a graça de viver uma vida heróica na solidão do deserto, concedei-nos, por sua intercessão, que, renunciando a nós mesmos, Vos amemos sempre sobre todas as coisas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 3, 7-14
«Exortai-vos uns aos outros,
enquanto dura o tempo que se chama ‘hoje’»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Como diz o Espírito Santo, «Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não endureçais os vossos corações, como no tempo da provação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais Me tentaram e provocaram, apesar de terem visto as minhas obras, durante quarenta anos. Por isso Me indignei contra essa geração e disse: É um povo de coração transviado, que não conhece os meus caminhos. Por isso jurei na minha ira: não entrarão no meu repouso». Tende cuidado, irmãos, que nenhum de vós tenha um coração mau e incrédulo, que o afaste do Deus vivo. Exortai-vos uns aos outros todos os dias, enquanto dura o tempo que se chama ‘hoje’, para que nenhum de vós se endureça, seduzido pelo pecado. Porque todos nós nos tornamos participantes de Cristo, desde que mantenhamos firme até ao fim a confiança inicial.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 94 (95 ), 6-7.8-9.10-11 (R. cf. 8ab)
Refrão: Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Repete-se
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
Pois Ele é o nosso Deus
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão
Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:
«Não endureçais os vossos corações,
como em Meriba, como no dia de Massa no deserto,
onde vossos pais Me tentaram e provocaram,
apesar de terem visto as minhas obras. Refrão
Durante quarenta anos essa geração Me desgostou
e Eu disse: É um povo de coração transviado,
que não conheceu os meus caminhos.
Por isso jurei na minha ira:
Não entrarão no meu repouso». Refrão
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Evangelho
ferial
ALELUIA
cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo. Refrão
EVANGELHO Mc 1, 40-45
«A lepra deixou-o e ele ficou limpo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo. Refrão
EVANGELHO Mc 1, 40-45
«A lepra deixou-o e ele ficou limpo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
Palavra da salvação.
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Evangelho
próprio
ALELUIA Jo 8, 31b-32
Refrão: Aleluia. Repete-se
Se permanecerdes na minha palavra,
sereis verdadeiramente meus discípulos
e conhecereis a verdade, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Mt 19, 16-26
«Se queres ser perfeito, vende o que tens»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um jovem, que Lhe perguntou: «Mestre, que hei-de fazer de bom para ter a vida eterna?». Jesus respondeu-lhe: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos». Ele perguntou: «Que mandamentos?». Jesus respondeu-lhe: «Não matarás, não cometerás adultério; não furtarás; não levantarás falso testemunho; honra pai e mãe; ama o teu próximo como a ti mesmo». Disse-lhe o jovem: «Tudo isso tenho eu guardado. Que me falta ainda?». Jesus respondeu-lhe: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus. Depois vem e segue-Me». Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido, porque tinha muitos bens. Jesus disse então aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?». Jesus olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons que colocamos sobre o vosso altar
na festa de Santo Antão e fazei que, libertos das coisas da
terra, encontremos em Vós a nossa única riqueza. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 19, 21
Se queres ser perfeito, diz o Senhor,
vai vender tudo o que tens, dá aos pobres e segue-Me.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que destes a Santo Antão a vitória sobre o poder das trevas, fazei que também nós, fortalecidos com este sacramento de salvação, possamos vencer todas as ciladas do inimigo. Por Nosso Senhor.
« O mundo não será destruído pelos que
fazem o mal mas por aqueles que não fazem nada».
Albert Einstein
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Hebr 3, 7-14: A
leitura parte agora do salmo 94. Aí se fala do ‘Hoje’ em que se pode ouvir a
voz do Senhor. Outrora, no “hoje” do deserto, o povo de Deus não ouviu a sua
palavra e, por isso, eles não chegaram à Terra Prometida, não entraram no
‘repouso’ de Deus. Agora, nós, enquanto ainda é “Hoje”, somos convidados a
escutar a voz de Deus para não deixarmos endurecer o coração mas sermos fiéis
até ao fim, e podermos entrar na nova terra prometida, a glória celeste.
Mc
1, 40-45: Jesus é a fonte da vida. Ele, “por quem todas as
coisas foram feitas”, é também Aquele que restaura todas as destruições, fruto
dos males de que o homem sofre e de que a lepra é sinal bem significativo.
Jesus, no entanto, não quer que as suas obras sejam espectáculo, mas sinais da
presença do reino de Deus e ocasiões de fé: por isso, não dispensa os que foram
curados de se apresentarem aos sacerdotes, conforme a lei ordenava.
_________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
16.00 horas: Missa na
Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Adoração
ao Santíssimo
A VOZ DO PASTOR
NÃO
VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS
Este apelo, em título, é do Papa
Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em abril de 2018. E hoje, a
pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de perto o Catecismo da
Igreja Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma” do Cardeal José
Saraiva Martins, publicado pela Universidade Católica, vou recordar algo sobre
o Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a legitimidade desta prática,
levantando dificuldades “de ordem bíblica, teológica, antropológica,
sociológica e missionária”. Defendem que a pregação dos Apóstolos era dirigida
apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as crianças são incapazes de a
professar, que é um atentado à sua liberdade pois lhes impõe obrigações
religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido numa sociedade
heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e inúmeros
conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma pastoral de
impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do que em suscitar
a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá, por convicção, por
desconhecimento ou por preconceitos.
Se a reflexão teológica católica
sempre se ocupou e ocupa desta problemática, também a reflexão teológica
protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre os protestantes em meados
do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de considerações de ordem
exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças. Pretendia “elaborar
uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo o automatismo no
sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de massas, uma
Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.
Mesmo que as intenções fossem
aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar Culmann e Flemington, anglicano,
acharam que as razões apresentadas para não batizar as crianças eram
insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso, combateram-nas,
consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das suas Igrejas.
Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá, com certeza,
pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar, aprofundar e
caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.
De facto, se aprofundarmos esta
questão à luz da Revelação e da Tradição viva da Igreja, verificamos que a
Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o Batismo das crianças como
algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta aos primórdios da Igreja.
“É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento
não se encontram testemunhos, pelo menos explícitos, acerca do batismo das
crianças”. Mas podemos encontrar indícios, como, por exemplo, as palavras de
Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade do preceito missionário (Mc 16,
16), a bondade de Jesus para com os pequeninos (Mc 10, 14), o Batismo da
família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do Carcereiro e de todos os seus (At
16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua família (At 16, 15), o Batismo de
Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o Batismo de Estéfanas e de toda a
sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do século II apresentam essa prática
como normal e não como coisa nova. Santo Ireneu fala da presença “de
recém-nascidos e crianças” batizadas, ao lado de adolescentes, jovens e mais
velhos. A Tradição Apostólica de Hipólito, dos princípios do século III, e que
constitui o ritual mais antigo de que temos conhecimento, prescreve: “Batizai,
em primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que
falem; para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem
os progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que “não se pode
negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que chega à existência”,
seja qual for “o seu estatuto e idade”. E estabelece que se podem batizar as
crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes refere
tal prática como de tradição apostólica: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a
tradição de conferir o Batismo também às crianças”. Santo Agostinho faz eco do
mesmo. Nos séculos III e IV, a Igreja torna-se exigente na preparação dos
adultos para o Batismo, com catecumenatos prolongados e sério empenhamento
moral. As crianças, porém, continuam a ser batizadas sem qualquer hesitação e
sem qualquer tipo de contestação, também com o sentido de purificação e de
ingresso no novo povo de Deus. Pessoas que só foram batizadas em idade adulta,
como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho, reagiam contra estes
atrasos e pediam que não se retardasse o Batismo das crianças. Outros, como
Santo Ambrósio e São João Crisóstomo, insistiam para que o primeiro sacramento
da iniciação cristã fosse administrado também às crianças. O Concílio de
Cartago, em 418, o Concílio de Viena em 1312, o Concílio de Florença em 1431, o
Concílio de Trento em 1546, falam positivamente no porquê e necessidade do
Batismo também das crianças. Paulo VI, referindo-se aos seus antecessores,
declarou que “o Batismo deve ser conferido também às crianças que não podem
ainda ser culpadas de qualquer pecado pessoal, a fim de que elas, nascidas
privadas da graça sobrenatural, renasçam pela água e pelo Espírito Santo para a
vida divina em Jesus Cristo”. O Magistério da Igreja não se tem cansado de
falar de tal temática, entendendo que as crianças não devem ser privadas desta
graça que não supõe méritos humanos, é Dom gratuito de Deus. Sabemos que o
Batismo surge intimamente ligado à pregação da Palavra e à fé e as crianças não
escutam a Palavra nem professam a fé. Mas também sabemos que o Batismo é
celebrado na fé da Igreja. “É a Igreja que batiza na sua própria fé. É a
Igreja, comunhão dos santos, que crê pelas crianças, que, por elas, professa a
fé; do mesmo modo que é a Igreja” e não tanto quem as traz nos braços, “que,
propriamente falando, as conduz à pia batismal, oferecendo-as aí ao Pai e,
enquanto mãe fecunda, as gera espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos
pais ou dos padrinhos que leva a batizar as crianças, as crianças são batizadas
na fé da Igreja. A fé de quem as apresenta tem valor enquanto representa e
incarna a fé e a ação da própria Igreja, e as crianças que não creem por si
sós, com um ato pessoal, creem através destas pessoas que as apresentam
mediante a “fé da Igreja que lhes é comunicada”. Este ensinamento também consta
no novo ritual do Batismo. O ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos
para professarem a fé da Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da
Igreja que depende a eficácia do sacramento.
Sendo o Batismo o sacramento da fé,
a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada
um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E se toda a comunidade eclesial
tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida
no Batismo dos seus membros, também é muito importante a ajuda dos pais.
Importante é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de
fé sólida, capazes e preparados para ajudar a pessoa batizada no seu caminho de
vida cristã (cf. CIgC 1255).
“Não vos esqueçais, batizai as
crianças”, apela o Papa Francisco. O Batismo dá acesso à verdadeira liberdade,
é um bem essencial, assegura à criança a vida nova em Cristo.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
11-01-2019.
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