PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 18 de janeiro de 2019
Sexta da I semana do tempo comum
Ofício
da féria – I semana
SEXTA-FEIRA
da semana I
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Hebr 4, 1-5. 11; Sal 77 (78), 3 e 4bc. 6c-7. 8
Ev Mc 2, 1-12
* Na Ordem de São Domingos – S. Margarida da Hungria, virgem – MO
* 1º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Hebr 4, 1-5. 11; Sal 77 (78), 3 e 4bc. 6c-7. 8
Ev Mc 2, 1-12
* Na Ordem de São Domingos – S. Margarida da Hungria, virgem – MO
* 1º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 4, 1-5.11
«Esforcemo-nos por entrar nesse repouso»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Sobre um trono elevado vi sentado um homem,
que uma multidão de Anjos adora, cantando em coro:
Eis Aquele que reina eternamente.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo;
dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade
e coragem para a cumprir fielmente.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Hebr 4, 1-5.11
«Esforcemo-nos por entrar nesse repouso»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Embora se mantenha a promessa de entrar no repouso de Deus, devemos recear que algum de vós corra o risco de ficar excluído. Também nós recebemos a boa nova, como os nossos pais. Mas a palavra que eles ouviram de nada lhes serviu, por não estarem unidos pela fé àqueles que a ouviram. Na verdade, nós que abraçamos a fé, entramos no repouso de que Deus falou, ao dizer:: «Porque Eu jurei na minha ira: não entrarão no meu repouso». De facto, as obras de Deus estavam concluídas desde a criação do mundo, pois em certa passagem falou assim do sétimo dia: «Ao sétimo dia Deus repousou de todas as suas obras»; e noutro lugar: «Não entrarão no meu repouso». Apressemo-nos, portanto, a entrar nesse repouso, para que ninguém sucumba, imitando aquele exemplo de desobediência.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 77 (78), 3 e 4bc.6c-7.8 (R. cf. 7c)
Refrão: Não esqueçais as obras de Deus. Repete-se
O que ouvimos e aprendemos
e nossos pais nos contaram,
narraremos à geração futura:
o poder do Senhor e as suas maravilhas. Refrão
Ergam-se e transmitam a seus filhos
para que ponham em Deus a sua confiança
e não esqueçam as obras do Senhor,
mas guardem os seus mandamentos. Refrão
Para que não sejam como seus pais,
geração rebelde e obstinada,
que não teve coração reto
nem espírito fiel a Deus. Refrão
ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão
EVANGELHO Mc 2, 1-12
«O Filho doo homem tem na terra o poder de perdoar os pecados»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaum e se soube que Ele estava em casa, juntaram-se tantas pessoas que já não cabiam sequer em frente da porta; e Jesus começou a pregar-lhes a palavra. Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens; e, como não podiam levá-lo até junto d’Ele, devido à multidão, descobriram o tecto, por cima do lugar onde Ele Se encontrava e, feita assim uma abertura, desceram a enxerga em que jazia o paralítico. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados». Estavam ali sentados alguns escribas, que assim discorriam em seus corações: «Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar. Não é só Deus que pode perdoar os pecados?». Jesus, percebendo o que eles estavam a pensar, perguntou-lhes: «Porque pensais assim nos vossos corações? Que é mais fácil? Dizer ao paralítico ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou dizer ‘Levanta-te, toma a tua enxerga e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico – levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa’». O homem levantou-se, tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente, de modo que todos ficaram maravilhados e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação do vosso povo
e fazei que ela santifique a nossa vida
e torne eficaz a nossa oração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 10
Em Vós, Senhor, está a fonte da vida: na vossa luz veremos a luz.
Ou Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso,
que nos alimentais com os vossos sacramentos,
dai-nos a graça de Vos servir com uma vida santa.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Quem não se mexe, não sente as algemas».
Rosa de Luxemburgo
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Hebr
4, 1-5.11: A
passagem do salmo 94 citada na leitura de ontem falava de ‘repouso’, como termo
da caminhada do povo de Deus. Este repouso, que foi para os israelitas do
Antigo Testamento a Terra Prometida, é, para a Igreja do Novo Testamento, a
pátria celeste, onde Jesus entrou pela sua passagem pascal. A leitura
exorta-nos a sermos fiéis à Boa Nova que recebemos, para que não nos aconteça
como aconteceu a muitos do antigo povo de Deus, que, por causa da sua
infidelidade, não chegaram a entrar no repouso da Terra da Promessa.
Mc 2, 1-12: O perdão dos pecados anda sempre
ligado à Boa Nova do Reino de Deus. O perdão dos pecados é a primeira
libertação de que o homem precisa para poder sair do círculo fechado em que o
Mal (o Maligno, diria S. João) o envolve e o angustia. O primeiro efeito do
anúncio da Boa Nova será levar o homem, à luz da Palavra de Deus, a
reconhecer-se pecador, a reconhecer o amor de Deus e a decidir-se a pedir-Lhe
perdão.
_________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
16.00 horas: Funeral em Tolosa
21.00 horas: Reunião de catequistas em Alpalhão.
16.00 horas: Funeral em Tolosa
21.00 horas: Reunião de catequistas em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
NÃO
VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS
Este apelo, em título, é do Papa
Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em abril de 2018. E hoje, a
pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de perto o Catecismo da
Igreja Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma” do Cardeal José
Saraiva Martins, publicado pela Universidade Católica, vou recordar algo sobre
o Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a legitimidade desta prática,
levantando dificuldades “de ordem bíblica, teológica, antropológica,
sociológica e missionária”. Defendem que a pregação dos Apóstolos era dirigida
apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as crianças são incapazes de a
professar, que é um atentado à sua liberdade pois lhes impõe obrigações
religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido numa sociedade
heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e inúmeros
conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma pastoral de
impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do que em suscitar
a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá, por convicção, por
desconhecimento ou por preconceitos.
Se a reflexão teológica católica
sempre se ocupou e ocupa desta problemática, também a reflexão teológica
protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre os protestantes em meados
do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de considerações de ordem
exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças. Pretendia “elaborar
uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo o automatismo no
sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de massas, uma
Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.
Mesmo que as intenções fossem
aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar Culmann e Flemington, anglicano,
acharam que as razões apresentadas para não batizar as crianças eram
insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso, combateram-nas,
consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das suas Igrejas.
Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá, com certeza,
pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar, aprofundar e
caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.
De facto, se aprofundarmos esta
questão à luz da Revelação e da Tradição viva da Igreja, verificamos que a
Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o Batismo das crianças como
algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta aos primórdios da Igreja.
“É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento
não se encontram testemunhos, pelo menos explícitos, acerca do batismo das
crianças”. Mas podemos encontrar indícios, como, por exemplo, as palavras de
Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade do preceito missionário (Mc 16,
16), a bondade de Jesus para com os pequeninos (Mc 10, 14), o Batismo da
família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do Carcereiro e de todos os seus (At
16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua família (At 16, 15), o Batismo de
Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o Batismo de Estéfanas e de toda a
sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do século II apresentam essa prática
como normal e não como coisa nova. Santo Ireneu fala da presença “de
recém-nascidos e crianças” batizadas, ao lado de adolescentes, jovens e mais
velhos. A Tradição Apostólica de Hipólito, dos princípios do século III, e que
constitui o ritual mais antigo de que temos conhecimento, prescreve: “Batizai,
em primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que
falem; para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem
os progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que “não se pode
negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que chega à existência”,
seja qual for “o seu estatuto e idade”. E estabelece que se podem batizar as
crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes refere
tal prática como de tradição apostólica: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a
tradição de conferir o Batismo também às crianças”. Santo Agostinho faz eco do
mesmo. Nos séculos III e IV, a Igreja torna-se exigente na preparação dos
adultos para o Batismo, com catecumenatos prolongados e sério empenhamento
moral. As crianças, porém, continuam a ser batizadas sem qualquer hesitação e
sem qualquer tipo de contestação, também com o sentido de purificação e de
ingresso no novo povo de Deus. Pessoas que só foram batizadas em idade adulta,
como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho, reagiam contra estes
atrasos e pediam que não se retardasse o Batismo das crianças. Outros, como
Santo Ambrósio e São João Crisóstomo, insistiam para que o primeiro sacramento
da iniciação cristã fosse administrado também às crianças. O Concílio de
Cartago, em 418, o Concílio de Viena em 1312, o Concílio de Florença em 1431, o
Concílio de Trento em 1546, falam positivamente no porquê e necessidade do
Batismo também das crianças. Paulo VI, referindo-se aos seus antecessores,
declarou que “o Batismo deve ser conferido também às crianças que não podem
ainda ser culpadas de qualquer pecado pessoal, a fim de que elas, nascidas
privadas da graça sobrenatural, renasçam pela água e pelo Espírito Santo para a
vida divina em Jesus Cristo”. O Magistério da Igreja não se tem cansado de
falar de tal temática, entendendo que as crianças não devem ser privadas desta
graça que não supõe méritos humanos, é Dom gratuito de Deus. Sabemos que o
Batismo surge intimamente ligado à pregação da Palavra e à fé e as crianças não
escutam a Palavra nem professam a fé. Mas também sabemos que o Batismo é
celebrado na fé da Igreja. “É a Igreja que batiza na sua própria fé. É a
Igreja, comunhão dos santos, que crê pelas crianças, que, por elas, professa a
fé; do mesmo modo que é a Igreja” e não tanto quem as traz nos braços, “que,
propriamente falando, as conduz à pia batismal, oferecendo-as aí ao Pai e,
enquanto mãe fecunda, as gera espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos
pais ou dos padrinhos que leva a batizar as crianças, as crianças são batizadas
na fé da Igreja. A fé de quem as apresenta tem valor enquanto representa e
incarna a fé e a ação da própria Igreja, e as crianças que não creem por si
sós, com um ato pessoal, creem através destas pessoas que as apresentam
mediante a “fé da Igreja que lhes é comunicada”. Este ensinamento também consta
no novo ritual do Batismo. O ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos
para professarem a fé da Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da
Igreja que depende a eficácia do sacramento.
Sendo o Batismo o sacramento da fé,
a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada
um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E se toda a comunidade eclesial
tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida
no Batismo dos seus membros, também é muito importante a ajuda dos pais.
Importante é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de
fé sólida, capazes e preparados para ajudar a pessoa batizada no seu caminho de
vida cristã (cf. CIgC 1255).
“Não vos esqueçais, batizai as
crianças”, apela o Papa Francisco. O Batismo dá acesso à verdadeira liberdade,
é um bem essencial, assegura à criança a vida nova em Cristo.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
11-01-2019.
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