PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 03 de janeiro de 2019
Quinta, 03 de janeiro de 2019
Quinta do tempo de Natal
Ofício
da féria ou da memória
QUINTA-FEIRA
do Tempo do Natal
Santíssimo
Nome de Jesus – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 2, 29 – 3, 6; Sal 97 (98), 1. 3cd-4. 5-6
Ev Jo 1, 29-34
* Na Arquidiocese de Braga – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga (1988).
* Na Ordem Agostiniana – S. Fulgêncio de Ruspas, bispo – MO
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Ciríaco Elias Chavara, presbítero – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Santíssimo Nome de Jesus – MO
* Na Ordem de São Domingos – Santíssimo Nome de Jesus – MF
* Na Companhia de Jesus – Santíssimo Nome de Jesus – SOLENIDADE
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 2, 29 – 3, 6; Sal 97 (98), 1. 3cd-4. 5-6
Ev Jo 1, 29-34
* Na Arquidiocese de Braga – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga (1988).
* Na Ordem Agostiniana – S. Fulgêncio de Ruspas, bispo – MO
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Ciríaco Elias Chavara, presbítero – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Santíssimo Nome de Jesus – MO
* Na Ordem de São Domingos – Santíssimo Nome de Jesus – MF
* Na Companhia de Jesus – Santíssimo Nome de Jesus – SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 117, 26-27
Bendito o que vem em nome do Senhor.
O Senhor fez brilhar sobre nós a sua luz.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que, na vossa sabedoria infinita, quisestes que o vosso Filho nascesse da bem-aventurada Virgem Maria, para que a sua humanidade não ficasse sujeita à herança do pecado, concedei-nos que, participando da nova criação, sejamos libertos dos males antigos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 2, 29 – 3, 6
«Quem permanece n’Ele não peca»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Bendito o que vem em nome do Senhor.
O Senhor fez brilhar sobre nós a sua luz.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que, na vossa sabedoria infinita, quisestes que o vosso Filho nascesse da bem-aventurada Virgem Maria, para que a sua humanidade não ficasse sujeita à herança do pecado, concedei-nos que, participando da nova criação, sejamos libertos dos males antigos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 2, 29 – 3, 6
«Quem permanece n’Ele não peca»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Se sabeis que Deus é justo, compreendereis também que todo aquele que pratica a justiça nasceu d’Ele. Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamarmos filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele. Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se vê o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Jesus Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é. Todo aquele que tem n’Ele esta esperança torna-se puro como Ele é puro. Quem comete o pecado transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. Mas vós sabeis que Jesus Se manifestou para tirar os pecados e n’Ele não existe pecado. Quem permanece n’Ele não peca; quem peca não O vê nem O conhece.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 1.3cd-4.5-6 (R. 3a)
Refrão: Todos os confins da terra
viram a salvação do nosso Deus. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória. Refrão
Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai. Refrão
Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei. Refrão
ALELUIA Jo 1, 14a.12a
Refrão: Aleluia Repete-se
O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Àqueles que O receberam deu-lhes o poder
de se tornarem filhos de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 1, 29-34
«Eis o Cordeiro de Deus»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No dia seguinte ao seu primeiro testemunho, João Baptista viu Jesus, que vinha ao seu encontro, e exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. É d’Ele que eu dizia: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque era antes de mim’. Eu não O conhecia, mas foi para Ele Se manifestar a Israel que eu vim batizar na água». João deu este testemunho, dizendo: «Eu vi o Espírito Santo descer do céu como uma pomba e permanecer sobre Ele. Eu não O conhecia, mas quem me enviou a batizar na água é que me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é que batiza no Espírito Santo’. Ora eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba nestes santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Natal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Ef 2, 4; Rom 8, 3
Deus amou-nos com amor infinito.
Por isso enviou o seu Filho ao mundo
com uma natureza semelhante à do homem pecador.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que, pela participação neste sacramento, vindes ao nosso encontro, fazei-nos sentir os seus frutos de santidade, para que o dom recebido nos disponha a recebê-lo cada vez melhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Dar
testemunho não é o mesmo que comunicar uma autobiografia… não estamos falando
de nós, mas de Jesus Cristo».
John Stott
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita, situa
o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: 1
Jo 2, 29 – 3, 6: Aquilo
que há de determinar a nossa maneira de viver neste mundo é a consciência de
que somos filhos adotivos de Deus, à imitação e na continuidade de Jesus, o
Filho de Deus por natureza, e a esperança de estarmos a caminhar para o dia da
completa manifestação desta realidade, que, por enquanto, anda oculta a nossos
olhos, mas já presente no coração.
Jo 1, 29-34: João Baptista apresenta Jesus aos
homens, indicando-O como o “Cordeiro que tira o pecado do mundo”. Deste modo,
Jesus é manifestado desde já como o Salvador, que vem para dar a vida por nós e
assim nos levar consigo para o Pai. “Cordeiro” é palavra pascal; as festas do Natal
encaminham-nos desde já para a Páscoa.
______________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
09.30 horas: Funeral
em Nisa
11.00 horas: Missa no
Lar da Amieira
14.30 horas: Funeral
em Nisa
17.00 horas: Adoração
ao Santíssimo em Nisa
16.00 horas: Missa em
Nisa – Espírito Santo.
A VOZ DO PASTOR
«A BOA POLÍTICA ESTÁ AO
SERVIÇO DA PAZ»
Mensagem do Papa Francisco
para a celebração do Dia Mundial da Paz
1º de janeiro de 2019
1. «A paz esteja nesta
casa!»
Jesus,
ao enviar em missão os seus discípulos, disse-lhes: «Em qualquer casa em que
entrardes, dizei primeiro: “A paz esteja nesta casa!” E, se lá houver um homem
de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós» (Lc 10,
5-6).
Oferecer
a paz está no coração da missão dos discípulos de Cristo. E esta oferta é feita
a todos os homens e mulheres que, no meio dos dramas e violências da história
humana, esperam na paz.[1] A «casa», de que
fala Jesus, é cada família, cada comunidade, cada país, cada continente, na sua
singularidade e história; antes de mais nada, é cada pessoa, sem distinção nem
discriminação alguma. E é também a nossa «casa comum»: o planeta onde Deus nos
colocou a morar e do qual somos chamados a cuidar com solicitude.
Eis,
pois, os meus votos no início do novo ano: «A paz esteja nesta casa!»
2. O desafio da boa
política
A
paz parece-se com a esperança de que fala o poeta Carlos Péguy;[2] é como uma
flor frágil, que procura desabrochar por entre as pedras da violência. Como
sabemos, a busca do poder a todo o custo leva a abusos e injustiças. A política
é um meio fundamental para construir a cidadania e as obras do homem, mas,
quando aqueles que a exercem não a vivem como serviço à coletividade humana,
pode tornar-se instrumento de opressão, marginalização e até destruição.
«Se
alguém quiser ser o primeiro – diz Jesus – há de ser o último de todos e o
servo de todos» (Mc 9, 35). Como assinalava o Papa São Paulo VI, «tomar a sério
a política, nos seus diversos níveis – local, regional, nacional e mundial – é afirmar
o dever do homem, de todos os homens, de reconhecerem a realidade concreta e o
valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, para procurarem
realizar juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade».[3]
Com
efeito, a função e a responsabilidade política constituem um desafio permanente
para todos aqueles que recebem o mandato de servir o seu país, proteger as
pessoas que habitam nele e trabalhar para criar as condições dum futuro digno e
justo. Se for implementada no respeito fundamental pela vida, a liberdade e a
dignidade das pessoas, a política pode tornar-se verdadeiramente uma forma
eminente de caridade.
3.
Caridade e virtudes humanas para uma política ao serviço dos direitos humanos e
da paz
O
Papa Bento XVI recordava que «todo o cristão é chamado a esta caridade,
conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na
pólis. (…) Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma
valência superior à do empenho simplesmente secular e político. (…) A ação do
homem sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui
para a edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde
caminha a história da família humana».[4] Trata-se de um
programa no qual se podem reconhecer todos os políticos, de qualquer afiliação
cultural ou religiosa, que desejam trabalhar juntos para o bem da família
humana, praticando as virtudes humanas que subjazem a uma boa ação política: a
justiça, a equidade, o respeito mútuo, a sinceridade, a honestidade, a
fidelidade.
A
propósito, vale a pena recordar as «bem-aventuranças do político», propostas
por uma testemunha fiel do Evangelho, o Cardeal vietnamita Francisco Xavier Nguyen
Van Thuan, falecido em 2002:
Bem-aventurado
o político que tem uma alta noção e uma profunda consciência do seu papel.
Bem-aventurado
o político de cuja pessoa irradia a credibilidade.
Bem-aventurado
o político que trabalha para o bem comum e não para os próprios interesses.
Bem-aventurado
o político que permanece fielmente coerente.
Bem-aventurado
o político que realiza a unidade.
Bem-aventurado
o político que está comprometido na realização duma mudança radical.
Bem-aventurado
o político que sabe escutar.
Bem-aventurado
o político que não tem medo.[5]
Cada
renovação nos cargos eletivos, cada período eleitoral, cada etapa da vida
pública constitui uma oportunidade para voltar à fonte e às referências que
inspiram a justiça e o direito. Duma coisa temos a certeza: a boa política está
ao serviço da paz; respeita e promove os direitos humanos fundamentais, que são
igualmente deveres recíprocos, para que se teça um vínculo de confiança e
gratidão entre as gerações do presente e as futuras.
4. Os vícios da
política
A
par das virtudes, não faltam infelizmente os vícios, mesmo na política, devidos
quer à inépcia pessoal quer às distorções no meio ambiente e nas instituições.
Para todos, está claro que os vícios da vida política tiram credibilidade aos
sistemas dentro dos quais ela se realiza, bem como à autoridade, às decisões e
à ação das pessoas que se lhe dedicam. Estes vícios, que enfraquecem o ideal
duma vida democrática autêntica, são a vergonha da vida pública e colocam em
perigo a paz social: a corrupção – nas suas múltiplas formas de apropriação
indevida dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas –, a negação do
direito, a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento
ilegal, a justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da
«razão de Estado», a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o
racismo, a recusa a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos
naturais em razão do lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao
exílio.
5.
A boa política promove a participação dos jovens e a confiança no outro
Quando
o exercício do poder político visa apenas salvaguardar os interesses de certos
indivíduos privilegiados, o futuro fica comprometido e os jovens podem ser
tentados pela desconfiança, por se verem condenados a permanecer à margem da
sociedade, sem possibilidades de participar num projeto para o futuro. Pelo
contrário, quando a política se traduz, concretamente, no encorajamento dos
talentos juvenis e das vocações que requerem a sua realização, a paz propaga-se
nas consciências e nos rostos. Torna-se uma confiança dinâmica, que significa
«fio-me de ti e creio contigo» na possibilidade de trabalharmos juntos pelo bem
comum. Por isso, a política é a favor da paz, se se expressa no reconhecimento
dos carismas e capacidades de cada pessoa. «Que há de mais belo que uma mão
estendida? Esta foi querida por Deus para dar e receber. Deus não a quis para
matar (cf. Gn 4, 1-16) ou fazer sofrer, mas para cuidar e ajudar a viver.
Juntamente com o coração e a inteligência, pode, também a mão, tornar-se um
instrumento de diálogo».[6]
Cada
um pode contribuir com a própria pedra para a construção da casa comum. A vida
política autêntica, que se funda no direito e num diálogo leal entre os
sujeitos, renova-se com a convicção de que cada mulher, cada homem e cada
geração encerram em si uma promessa que pode irradiar novas energias
relacionais, intelectuais, culturais e espirituais. Uma tal confiança nunca é
fácil de viver, porque as relações humanas são complexas. Nestes tempos, em
particular, vivemos num clima de desconfiança que está enraizada no medo do
outro ou do forasteiro, na ansiedade pela perda das próprias vantagens, e
manifesta-se também, infelizmente, a nível político mediante atitudes de
fechamento ou nacionalismos que colocam em questão aquela fraternidade de que o
nosso mundo globalizado tanto precisa. Hoje, mais do que nunca, as nossas
sociedades necessitam de «artesãos da paz» que possam ser autênticos
mensageiros e testemunhas de Deus Pai, que quer o bem e a felicidade da família
humana.
6. Não à guerra nem à
estratégia do medo
Cem
anos depois do fim da I Guerra Mundial, ao recordarmos os jovens mortos durante
aqueles combates e as populações civis dilaceradas, experimentamos – hoje,
ainda mais que ontem – a terrível lição das guerras fratricidas, isto é, que a
paz não pode jamais reduzir-se ao mero equilíbrio das forças e do medo. Manter
o outro sob ameaça significa reduzi-lo ao estado de objeto e negar a sua
dignidade. Por esta razão, reiteramos que a escalada em termos de intimidação,
bem como a proliferação descontrolada das armas são contrárias à moral e à busca
duma verdadeira concórdia. O terror exercido sobre as pessoas mais vulneráveis
contribui para o exílio de populações inteiras à procura duma terra de paz. Não
são sustentáveis os discursos políticos que tendem a acusar os migrantes de
todos os males e a privar os pobres da esperança. Ao contrário, deve-se
reafirmar que a paz se baseia no respeito por toda a pessoa, independentemente
da sua história, no respeito pelo direito e o bem comum, pela criação que nos
foi confiada e pela riqueza moral transmitida pelas gerações passadas.
O
nosso pensamento detém-se, ainda e de modo particular, nas crianças que vivem
nas zonas atuais de conflito e em todos aqueles que se esforçam por que a sua
vida e os seus direitos sejam protegidos. No mundo, uma em cada seis crianças
sofre com a violência da guerra ou pelas suas consequências, quando não é
requisitada para se tornar, ela própria, soldado ou refém dos grupos armados. O
testemunho daqueles que trabalham para defender a dignidade e o respeito das
crianças é extremamente precioso para o futuro da humanidade.
7. Um grande projeto de
paz
Celebra-se,
nestes dias, o septuagésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, adotada após a II Guerra Mundial. A este respeito, recordemos a
observação do Papa São João XXIII: «Quando numa pessoa surge a consciência dos
próprios direitos, nela nascerá forçosamente a consciência do dever: no titular
de direitos, o dever de reclamar esses direitos, como expressão da sua
dignidade; nos demais, o dever de reconhecer e respeitar tais direitos».[7]
Com
efeito, a paz é fruto dum grande projeto político, que se baseia na
responsabilidade mútua e na interdependência dos seres humanos. Mas é também um
desafio que requer ser abraçado dia após dia. A paz é uma conversão do coração
e da alma, sendo fácil reconhecer três dimensões indissociáveis desta paz
interior e comunitária:
-
a paz consigo mesmo, rejeitando a intransigência, a ira e a impaciência e –
como aconselhava São Francisco de Sales – cultivando «um pouco de doçura para
consigo mesmo», a fim de oferecer «um pouco de doçura aos outros»;
-
a paz com o outro: o familiar, o amigo, o estrangeiro, o pobre, o
atribulado..., tendo a ousadia do encontro, para ouvir a mensagem que traz
consigo;
-
a paz com a criação, descobrindo a grandeza do dom de Deus e a parte de
responsabilidade que compete a cada um de nós, como habitante deste mundo,
cidadão e ator do futuro.
A
política da paz, que conhece bem as fragilidades humanas e delas se ocupa, pode
sempre inspirar-se ao espírito do Magnificat que Maria, Mãe de Cristo Salvador
e Rainha da Paz, canta em nome de todos os homens: A «misericórdia [do
Todo-Poderoso] estende-se de geração em geração sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos
de seus tronos e exaltou os humildes (...), lembrado da sua misericórdia, como
tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre» (Lc
1, 50-55).
Vaticano,
8 de dezembro de 2018.
Franciscus
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