domingo, 6 de janeiro de 2019










PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 07 de janeiro de 2019










Tempo depois da Epifania
Ofício da II semana







SEGUNDA-FEIRA depois da Epifania

S. Raimundo de Penaforte, presbítero – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória (Semana II do Saltério).
Missa da féria ou da memória, pf. da Epifania ou do Natal.

L 1 1 Jo 3, 22 – 4, 6; Sal 2, 7-8. 10-11
Ev Mt 4, 12-17. 23-25


* Na Ordem de São Domingos – S. Raimundo de Penaforte, presbítero – MO
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Lindalva Justo de Oliveira, virgem e mártir – MO




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Um dia sagrado brilhou para nós.
Vinde, ó povos, adorar o Senhor,
porque uma grande luz desceu sobre a terra.


ORAÇÃO COLECTA
Iluminai, Senhor, os nossos corações com o esplendor da vossa divindade, para que, através das trevas deste mundo, caminhemos com segurança para a pátria da luz eterna. Por Nosso Senhor.


LEITURA I 1 Jo 3, 22 - 4, 6
«Examinai os espíritos, para ver se são de Deus»


Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos: Nós recebemos de Deus tudo o que Lhe pedirmos, porque cumprimos os seus mandamentos e fazemos o que Lhe é agradável. É este o seu mandamento: acreditar no nome de seu Filho, Jesus Cristo, e amar-nos uns aos outros, como Ele nos mandou. Quem observa os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele. E sabemos que permanece em nós pelo Espírito que nos concedeu. Caríssimos, não deis crédito a qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, porque surgiram no mundo muitos falsos profetas. Nisto conhecereis o espírito de Deus: todo o espírito que confessa a Jesus Cristo feito homem é de Deus; e todo o espírito que não confessa a Jesus não é de Deus. Este é o espírito do Anticristo, do qual ouvistes dizer que havia de vir e agora já está no mundo. Vós, meus filhos, sois de Deus e já os vencestes, porque Aquele que está no meio de vós é maior do que aquele que está no mundo. Eles são do mundo; por isso falam a linguagem do mundo e o mundo escuta-os. Nós somos de Deus e quem conhece a Deus escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta. Nisto distinguimos o espírito da verdade e o espírito do erro.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 2, 7-8.10-11 (R. 8a)
Refrão: Eu te darei os povos em herança. Repete-se


Vou proclamar o decreto do Senhor.
Ele disse-me: ‘Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.
Pede-me e te darei as nações em herança
e os confins da terra para teu domínio’. Refrão

Agora, ó reis, tomai sentido,
atendei, vós que julgais a terra.
Servi o Senhor com temor,
aclamai-O com reverência. Refrão


ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus proclamava o Evangelho do reino
e curava todas as doenças entre o povo. Refrão



EVANGELHO Mt 4, 12-17.23-25
«Está próximo o reino dos Céus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista fora preso, retirou-Se para a Galileia. Deixou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, terra à beira-mar, no território de Zabulão e Neftali. Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Terra de Zabulão e terra de Neftali, estrada do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios: o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam na sombria região da morte uma luz se levantou». Desde então, Jesus começou a pregar: «Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus». Depois percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. A sua fama propagou-se por toda a Síria: traziam-Lhe todos os que estavam doentes, atingidos de diversos males e sofrimentos, possessos, epiléticos e paralíticos, e Jesus curava-os. Seguiram-n’O grandes multidões, que tinham vindo da Galileia e da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e de Além-Jordão.
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, a oblação que trazemos ao vosso altar, nesta admirável permuta de dons, de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes, mereçamos receber-Vos a Vós mesmo. Por Nosso Senhor.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 14
Nós vimos a sua glória,
a glória do Filho Unigénito do Pai,
cheio de graça e de verdade.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que a nossa vida seja constantemente fortalecida pela comunhão nos vossos santos mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








«No coração de cada ser humano há um cantinho íntimo onde Deus convive a sós com o homem».

ÓSCAR ROMERO



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA: 1 Jo 3, 22 - 4, 6: O mistério da Encarnação do Filho de Deus é tão extraordinário, que os homens têm muita dificuldade em o aceitar. Por isso, desde o princípio, houve quem o deturpasse, por fazerem mais fé no seu próprio pensar do que no Espírito de Deus que lho manifestava. É este Espírito Santo, que nos ilumina sobre o mistério de Jesus e nos leva a confessar que Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus.

Mt 4, 12-17.23-25: A manifestação do reino de Deus começou a realizar-se na pessoa de Jesus. Pela sua pregação e pelas obras que fazia, Ele manifestava já que esse reino tinha chegado ao meio dos homens. Neste reino entra-se pela resposta de fé à palavra de Jesus, resposta que exige humildade, conversão, vida toda iluminada pela luz que Ele nos trouxe e que d’Ele para nós irradia.
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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.




AGENDA


21.00 horas: Oração de louvor no Calvário.




A VOZ DO PASTOR





QUEM SE QUER UNIR PARA REFILAR?!...

Hoje é só mesmo para manter o ritmo semanal junto dos meus amigos leitores. Há dias em que o tempo não tem tempo e, sobretudo, a musa não inspira para falar de coisas sérias como convém no meu lugar e na minha missão. Faz greve, a tonta, mas talvez tenha lá as suas razões: festas a viver, compras a fazer, amigos a visitar, caça a espantar, canecos a esvaziar, impostos a pagar… Por isso, neste sem tempo e sem a companhia dessa caturra, é difícil fazer da cabeça uma cabeça académica, como diria Camilo. Mesmo assim, vou escrevinhar três lérias de protesto por entre alguns espirros, esse desporto de inverno:

1 - Há por este país fora, em grande e variado estilo de gostos e forma, uma turba de gente que a todos nos massacra e sacode. Continua a trabalhar para enfurecer a pacatez dos portugueses e de outros que tais. Mesmo que tenham o mérito de conseguir levantar este país, eles são causadores de muitos desgastes psicossomáticos, de neuroses, enxaquecas e de mais um sem número de patologias e coisas esquisitas que nos deixam atolambados. Em escolas, universidades, igrejas, fábricas, estações, apeadeiros do trem, aqui, acolá, mais além, por tantos lugares e em muitas partes do mundo, eles, com uma impertinência de mosca esfomeada, aí estão a complicar-nos a vida, a exigir um perfil de muito mais que santo. Sem dó nem piedade, sem emenda nem pedidos de desculpa, sem que ninguém os desembraveça, eles continuam a desassossegar as manhãs deste país, deixando muita gente assanhada com a vida, de semblante avinagrado e a vociferar palavras que os imberbes não devem ouvir e os de rugas, ouvindo, levam a mão à boca. Neste tempo em que, por masoquismo, já só podemos dizer macacos me mordam e já ninguém pode engolir sapos, atirar o pau ao gato, queixar-se dos bicos de papagaio, pegar o touro pelos cornos e outras coisas mais tidas como crimes de lesa-bicharada, em que até a porca (com licença!…, diz-se na minha terra) até a porca (com licença) torce o rabo, como é que pode esta turba continuar a sobressaltar o povo, estrondosa, inesperada e ruidosamente, deixando-o a esfregar os olhos e com vontade de fazer justiça por mãos próprias? Atirar-lhes com um traste, àquela hora e naquelas tremebundas circunstâncias, acho que seria um esforço hercúleo para tão leve e fraco resultado. Melhor seria, acho eu, melhor seria ritmar uns gritos com um colete de qualquer cor, lá, em Lisboa, aos portões daquela casa presentemente cheia de grandes afetos. Aí, sim, aí até teríamos os mídia, tantos como tantas as abelhas à volta do cortiço. Nem sei bem em que é que nos poderiam ajudar, mas que aquilo é uma violência lá isso é. Mesmo que São João diga que chegou a última hora para discernir pela Verdade (1Jo 2, 18), mesmo que São Paulo grite aos que dormem que é preciso acordar do sono e deixarem-se de tretas (Ef. 5, 14), mesmo que isso esteja certo, apetece-me, nesse instante de contrariada obediência, vociferar altamente e dizer como Jesus em Caná da Galileia: “A minha hora ainda não chegou” (Jo 2, 4). E interrogo-me como é que é possível haver gente que, teimosamente, continua a fabricar esses demónios, relógios, relógios despertadores, sejam eles puxados a corda, a pilhas ou lá por essas tecnologias malsonantes que fazem zunido nos tímpanos, moem o toutiço, fazem-nos madrugar e põem-nos a andar!?… Não acham que essa tortura quotidiana se deveria banir em 2019?… Até porque, sabemos todos, deitar tarde e cedo erguer, traz moléstia e faz envelhecer!…

2 – Há tempos, numa rotunda de uma das nossas cidades, de manhã, quase sem movimento, fui interpelado por um Senhor Polícia. Fez-me sinal para encostar, encostei. Pediu-me os documentos, apresentei-lhe os documentos. Examinando-os e dando volta ao carro, impeticou comigo, delicadamente: “O Senhor António viu quantas faixas tem esta rotunda e em que faixa vinha?”. Respondi: “Por acaso não, Senhor Polícia, vinha tão distraído em conversa com os meus botões que nem reparei”. “Não reparou, não viu? Como é possível não ter visto, Senhor António?” insistiu ele. Ouvi, guardei uns instantes de silêncio... e reafirmei: “Acredite, Senhor Polícia, peço desculpa, não vi. E esta coisa de não ver, é fácil de acontecer. O Senhor Polícia também tem os meus documentos na mão, leu o meu nome e já por duas vezes me chamou António e eu não sou António”. E olhando de novo e rápido, insiste: “Então não é António?”. “Não, Senhor Polícia, sou Antonino”. Olhou de novo, fixou-se mais atentamente no documento e sorriu. E foi assim, com um sorriso de ambos, que terminou este quiproquó rodoviário. Trocamos afavelmente os “bons dias”. Ele lá ficou a olhar se alguém rodava torto na rotunda, eu endireitei-me em direção ao meu destino!
Mas por que será que, aqui, no facebook, tanta gente me lê mal e chama nomes? Na Bíblia, sim, várias pessoas há que mudaram de nome. Isso significava que iriam assumir uma função especial, ou mudar de vida, de posição, de destino. Também, desde o século IV, há membros da vida consagrada que mudam de nome, para significar que abandonam o homem velho e aderem a uma vida nova em Cristo, e daquela forma. Jesus mudou o nome a Pedro, o primeiro Papa (cf. Jo 1, 42), mas parece que só a partir do século VI, com João I que tinha o nome de Minerva, um deus pagão, é que isso entrou na praxe. Entre nós, não só, mas o mais frequente, é os aficionados mudarem o nome aos árbitros de futebol quando eles estão no desempenho da sua especial e nobre missão de apitar!... A mim, embora precise de metanoia, de mudar de vida todos os dias, e não seja árbitro, também me mudam o nome. Chamam-me António, Antoninho, Antônio, Antónino e sei lá mais o quê... Interrogo-me, mas vou ficando feliz por não me chamarem coisa pior!…

3 – Por último, acho também que devemos exigir uma indemnização. Como sabem, os fazedores do acordo ortográfico deram-nos autoridade para, estando quase ou mesmo em jejum sobre essas matérias, sabendo pouco ou nada disso, deram-nos autoridade para escrever desse jeito e fazer valer a nossa douta opinião a convencer os portugueses a que também escrevam menos bem. É o que acontece. Muitos amigos do facebook provam-no à saciedade. De cada cavadela, mesmo à superfície, sai minhoca engravatada! E porque ninguém dá a mão à palmatória ou o braço a torcer, esse acordo ou desacordo, mesmo que se proteste, já não volta atrás, a “ciência” não deixa. Sobretudo por isso, e para não ser inutilmente teimoso, para não estar continuamente a contrariar o meu MacBookPro e não ter de declarar, em cada escrito, que sigo a ortografia antiga, já aderi, há muito muito tempo, à nova escrita, mas sempre com aquela atitude indigesta de maria-vai-com-as-outras!...
Macacos me mordam se não fiquei com vontade de pedir uma indemnização pelos traumas causados no meu antigamente, sem psicólogos por perto nem afetos que se vissem! Lembram-se, com certeza, os mais velhos, que, quando, na escola primária, se davam essas calinadas que agora são virtudes, quando alguém escrevia como agora está na moda, logo surgia a temida palmatória a exigir se esticasse a mão para umas quantas e pesadas reguadas!... Aí, sim, não se dava só a mão à palmatória, sentia-se o braço a torcer e as lágrimas a saltitar!... E se tais mimos não privilegiavam as duas mãos, ninguém manifestava a mínima vontade de cumprir o Evangelho, ninguém, ninguém oferecia a mão esquerda a quem tinha zurzido na direita (cf. Mt 5, 39). Mesmo à distância no tempo - isto não deve prescrever -, não será que, com fundamentada esperança, devamos bater o pé e exigir uma indemnização!?...
Se tiver vontade, ria-se e comece o ano de bom humor...

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 04-01-2019.

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