quarta-feira, 23 de janeiro de 2019













PARÓQUIAS DE NISA



Quinta, 24 de janeiro de 2019











Quinta da II semana do tempo comum
Ofício da féria ou da memória – I semana






QUINTA-FEIRA da semana II

S. Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Hebr 7, 25 – 8, 6; Sal 39 (40), 7-8a. 8b-9. 10. 17
Ev Mc 3, 7-12


* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – S. Francisco de Sales – SOLENIDADE
* Na Congregação Salesiana – S. Francisco de Sales, Titular e Padroeiro da Família Salesiana – FESTA
* No Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. Francisco de Sales, Padroeiro do Instituto – FESTA
* 7º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. da Conversão de S. Paulo.




S. FRANCISCO DE SALES, bispo e doutor da Igreja

Nota Histórica
Nasceu na Sabóia no ano 1567. Ordenado sacerdote, trabalhou muito pela restauração da fé católica na sua pátria. Eleito bispo de Genebra, mostrou-se verdadeiro pastor do clero e dos fiéis, instruindo-os com os seus escritos e obras, feito modelo para todos. Morreu em Lião a 28 de Dezembro de 1622, mas foi sepultado definitivamente em Annecy a 24 de Janeiro do ano seguinte.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 3, 15
Eu vos darei pastores segundo o meu coração,
que vos apascentem com sabedoria e prudência.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que, para a salvação das almas, quisestes que São Francisco de Sales se fizesse tudo para todos, concedei-nos que, seguindo o seu exemplo, dêmos testemunho do vosso amor ao serviço dos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Hebr 7, 25 – 8, 6
«Ofereceu sacrifícios, oferecendo-Se a Si mesmo»


Leitura da Epístola aos Hebreus

Irmãos: Jesus pode salvar para sempre aqueles que por seu intermédio se aproximam de Deus, porque vive perpetuamente para interceder por eles. Tal era, na verdade, o sumo sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos Céus. Ele não tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiro pelos seus pecados, depois pelos pecados do povo, porque o fez de uma vez para sempre quando Se ofereceu a Si mesmo. A Lei constitui sumos sacerdotes homens revestidos de fraqueza; mas a palavra do juramento, posterior à Lei, estabeleceu o Filho sumo sacerdote perfeito para sempre. O ponto principal de tudo quanto acabamos de dizer é este: Nós temos um sumo sacerdote que está sentado nos Céus, à direita do trono da divina majestade. Ele é ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, que foi construído pelo Senhor e não pelo homem. Na verdade, todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer oblações e sacrifícios; por isso era necessário que Jesus tivesse também alguma coisa para oferecer. Ora, se Ele estivesse na terra, nem sequer seria sacerdote, porque há outros que oferecem as oblações segundo a Lei. Estes exercem um culto que é apenas imagem e sombra das realidades celestes, conforme foi divinamente revelado a Moisés, quando estava para construir o tabernáculo: «Olha – disse-lhe o Senhor – farás tudo segundo o modelo que te foi mostrado no monte». Mas Jesus obteve um ministério tanto mais elevado, quanto mais perfeita é a aliança de que Ele é mediador, a qual foi estabelecida sobre melhores promessas.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 39 (40), 7-8a.8b-9.10 e 17 (R. 8a e 9a)
Refrão: Eu venho, Senhor,
para fazer a vossa vontade
. Repete-se

Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
então clamei: «Aqui estou». Refrão

«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração». Refrão

Proclamarei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis. Refrão

Alegrem-se e exultem em Vós
todos os que Vos procuram.
Digam sempre: «Grande é o Senhor»
os que desejam a vossa salvação. Refrão


ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se

Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão


EVANGELHO Mc 3, 7-12
«Os espíritos impuros gritavam: ‘Tu és o Filho de Deus’.
Jesus proibia-os severamente que o dessem a conhecer»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus retirou-Se com os seus discípulos a caminho do mar e acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia. Também da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidónia, veio ter com Jesus uma grande multidão, por ouvir contar tudo o que Ele fazia. Disse então aos seus discípulos que Lhe preparassem uma barca, para que a multidão não O apertasse. Como tinha curado muita gente, todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de Lhe tocarem. Os espíritos impuros, quando viam Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício que Vos oferecemos, acendei em nós, Senhor, o fogo do Espírito Santo que abrasava o coração manso e humilde de São Francisco de Sales. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Por esta comunhão do vosso sacramento, concedei-nos, Senhor, que, imitando na terra a caridade e a mansidão de São Francisco de Sales, alcancemos também com ele a glória do Céu. Por Nosso Senhor.








« E quando tudo desmoronar, sabes quem vai ficar do teu lado? Deus!».







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA: Hebr 7, 25 – 8, 6: O sacrifício que Jesus ofereceu na Cruz é único, total e definitivo. Toda a história anterior, com a repetição indefinida de sacrifícios e a substituição constante de sacerdotes, foi um longo período de preparação. Pelo sacrifício de Jesus Cristo, o homem morreu para o pecado e ressuscitou para a vida nova; inaugurou-se então a escatologia, o tempo do fim, os últimos tempos; atingiu-se, em Cristo, a comunhão do homem com Deus.


Mc 3, 7-12: Jesus é procurado sobretudo pelos que mais precisam. É natural. E Ele mostra-Se-lhes como a fonte da vida; por isso, cura os doentes, como sinal de que tinham chegado finalmente os tempos preditos pelos profetas. Mas quer acima de tudo que as pessoas O encontrem na fé, e não vejam n’Ele apenas um simples benfeitor ou uma pessoa que arrasta multidões. A fé há de nascer no coração e não na exaltação momentânea, fruto de emoção.

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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA



16.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa





A VOZ DO PASTOR



DOS 24, 17 TINHAM MAIS DE 80 etc. etc. etc.


Não é de estranhar que as pessoas se mantenham saudáveis e durem mais. A melhor alimentação, os cuidados prestados, a boa resposta aos fármacos, tudo, tudo constitui uma espécie de arjão a escorar a vida por entre as alegrias e as tristezas desta Casa Comum. Casa Comum onde se continua a tagarelar com a mafiosa serpente e a cair na esparrela de querer ser como Deus; onde se continua a teimar e a ensinar que o melhor e muito necessário é trepar ao fruto da árvore proibida; onde os Cains, os fingidos, os corruptos e os agentes do suborno surgem onde menos se espera com a justiça a ter dois pesos e duas medidas; e onde, porque já não há sequer azémolas categóricas como a jumenta de Balaão a fazer arrepiar caminho aos mais renitentes, sim, porque até disso já não há, a torre de Babel continua a crescer, gerando cada vez mais confusão entre nós, os bípedes, sempre insatisfeitos na busca do espetacular, do poder e da riqueza, mesmo que seja fantasiando, roubando, esmagando ou matando. O Senhor, que veio por causa disso e para o que era Seu, embora muitos dos Seus não O tenham reconhecido nem O queiram reconhecer, preveniu-nos disso, e a História confirma-o: quando Deus é abandonado, logo se instala o egoísmo, a indiferença, o desprezo do homem pelo homem com todo o seu cortejo de funestas consequências.

Mas voltemos à vaca das cordas, como se diz e faz em Ponte de Lima, e não fiquem a pensar que estou pessimista. Não, não estou nem sou, estou de bem com Deus, com os outros e com a vida. E se há na seara algum joio, o trigo é muito muito muitíssimo mais. Há muita gente boa e coisas muito bem feitas, há muita gente solidária e a lutar desinteressadamente pelo bem dos outros e pela sua qualidade de vida, há muita gente que sempre soube dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E como dizia o Padre Américo do Gaiato, recordo também que não há rapazes maus, mesmo que tenham comportamentos arrapazados. A ocasião é que faz o ladrão, diz a sabedoria popular, faz o ladrão, faz o corrupto, faz o que suborna, faz o que... e o que...

O Salmo 90 diz-nos que a vida das pessoas são setenta anos, se robustos, uns oitenta, mas tal fasquia há muito foi ultrapassada. A prová-lo está, por exemplo, um ilustre Senhor meu amigo, lá para os lados da Sertã, que fez 103 anos no dia 9 do corrente mês. Fez-me um telefonema na véspera do Ano Novo. Eu fiz-lhe outro no dia do seu aniversário. Em ambos os telefonemas, desafiamo-nos para, pelo menos, tomarmos um café juntos, lá pela vila da Sertã, para cavaquearmos um pouco e pormos a conversa em ordem. Há dias, depois de ele ter vindo de junto dos parentes na Cova da Piedade, onde foi festejar o aniversário, lá fui, feliz e de surpresa, cumprir a promessa, mas o homem já não estava no sítio que eu julgava. Após a Eucaristia, onde até lhe cantaram os parabéns, esgueirou-se no seu carro para o café. Fui lá, já de lá tinha zarpado. Fui a sua casa, ficou feliz, não queria acreditar no eu a visitá-lo! Após um caloroso abraço, logo ele puxa pela gola do casaco, escondida debaixo de um outro agasalho, e pede-me para ler o que estava escrito num pin de lapela: “não tenho 103, tenho 18 e 85 de experiência”. Ah, grande homem e sempre bem-disposto!... Como gosta de ler, lá, sobre a mesa junto de outros, deixei-lhe o livro “Dá mais Vida aos meus anos”, de Luigi Guglielmoni e Fausto Negri. Saímos, e lá fomos ao café, na esperança de que o tempo fosse longo, mas, nesta alegria de estar e ouvir com prazer, foi muito curtinho. Na nossa missão de proximidade com as populações, sempre encontramos gente com idade muito avançada. Uma, mais abatida, sim, mas outra, muito reguila, a querer saber e a querer contar, a reclamar tempo para ser ouvida até ao fim. Mas encontrar pessoas como o Senhor Manuel, isso não, não é fácil encontrar, é ave rara e a saber voar alto! Apresenta-se ali para as encruzilhadas da vida, a desafiar os mais novos e apaparicados, direitinho e ativo, sem ilusões, muito devoto de Nossa Senhora dos Remédios e sem vontade de colocar quaisquer entraves à Providência divina, a quem se sente muito reverente e agradecido pela sua vida escorreita, em muita alegria e paz, numa família que o estima, numa sociedade envolvente que o aprecia e lhe agradece toda a colaboração que ainda lhe presta.

Em 2017, em Termas de Monfortinho, fui ajudar à festa de um casal que fazia oitenta e dois anos de matrimónio, ele com 103, ela com 101, dois amores na alegria e dinâmica do amor, um orgulho de familiares e vizinhos. Despedi-me sensibilizado e afortunado. Foi bonito e admirável, foi lição de vida, por vidas sacrificadas e lutadoras, mas sempre amorosas e agradecidas.

E falar disto porquê e para quê? Porque, há dias, numa das listas concorrentes aos Órgãos Sociais da Irmandade de uma Santa Casa da Misericórdia desta Diocese - a Diocese tem quarenta Misericórdias -, entre vinte e quatro pessoas constantes dessa lista concorrente, dezassete tinham mais de oitenta anos, dois destes, oitenta e sete; seis, mais de setenta; o mais novo contava sessenta e seis anos. Uma maravilha, dirão os promotores da estratégia nacional para o envelhecimento ativo e saudável. Uma preocupação quanto ao futuro da instituição, dirão os que já deram o corpo ao manifesto e sabem quantas cambalhotas e insónias aquele serviço lhes fez dar. Bué da fixe, dirão aqueles que não se querem comprometer com nada e jogam sorrateiramente no relvado da má-língua.

Tudo isto teria a sua graça, sim, se não tivesse acontecido, penso eu, por artimanha de alguém muito convencido da vitória, o que não aconteceu! Mesmo que tenha sido por isso, também o é pelas circunstâncias deste interior envelhecido, sem gente, sem jovens e a esvair-se em direção ao vazio, sempre na esperança de que o último, confiante no calcitrin, apague a luz, desande a taramela do postigo, feche a porta e deixe a chave na caixa do correio. É verdade que, de quando em vez, rasgam-se nos céus uns momentos de inflamado entusiasmo sobre a necessidade de reverter a situação. Salta de lá um punhado de gente importante e sábia no falar, de mangas arregaçadas e sapatos envernizados, a dizer que agora é que vai ser. Sabemos, porém, que não vai ser nada: tudo como dantes no quartel de Abrantes. Podem existir as melhores intenções, podem até ter aquela visibilidade divertida de sachola nas mãos sob o olhar esticado e sorridente de grande comitiva de agrossilvicultores da mais alta ciência e luzidia sociedade no sector, como convém. Não adiantará muito! Tal como no pinhal do Rei Lavrador, também aqui os “sobreiros” irão secar: falta água, falta húmus, faltam partículas minerais, falta persistência, falta confiança, faltam braços para o trabalho, já quase tudo falta neste jardim de amores fingidos e paixões desencontradas! As autoridades locais, por mais que se esfolem, como, aliás, o vão fazendo, já pouco ou nada conseguirão fazer sozinhas, com a população restante. Só um sério e nacional investimento político, económico e estrutural, fruto da melhor vontade e das melhores ideias e iniciativas, será capaz de repor tanta população quanta baste para o normal funcionamento do mínimo exigível à qualidade de vida de quem aguarda pacientemente melhores dias, que, mesmo assim, se demorarem muito, só na eternidade serão possíveis!

Fala-se na necessidade da implementação de projetos e empresas. E bem! Mas quem vai investir sabendo que não há mão-de-obra para movimentar tais empresas e projetos? Fala-se no desenvolvimento dos produtos endógenos, com qualidade. E bem! Mas quem os vai desenvolver e produzir se não há quem trabalhe? Fala-se na implementação do turismo porque a paisagem é única, o artesanato é interessante, o património é ímpar, a culinária é boa e os locais a visitar são importantes. E bem! Mas… quê dê se os monumentos estão sem cuidados e fechados, se os restaurantes e afins estão quase todos encerrados ao fim de semana, se os promotores do turismo não encontram dinâmicas atrativas e capazes ao nível local? E dir-me-ão: e por que cargas d’água os restaurantes hão de estar abertos ao fim de semana, para quê dinamizar eventos, implementar projetos e criar empresas se aquém não há gente que o justifique e alimente? E dir-lhes-ei: porque a gente d’além sabe que, aquém, os monumentos, os restaurantes e os cafés estão fechados, que não há nada que seduza a vir e estar um pouco, que não há projetos nem empresas nem emprego… Fala-se em... e em... E bem, é conveniente falar, embora o falar e o escrever seja sempre muito mais fácil! Mas como concretizar se... e se... e se? Tive um professor que, quando o seu saber já não tinha grande pano para as mangas, logo arrematava com um trio de etc. etc. etc. que ele, sob o júbilo da catraiada irreverente, prenunciava adecétera adecétera adecétera.

Sempre pensei que os ingleses eram mais polidos no debate de ideias, no ouvir e no falar. Mas não é assim, acho que não são exemplo para ninguém, mesmo que aquilo seja só para inglês ver. No entanto, enquanto eles gritam como desalmados naquele amontoado e frenético parlamento a exigir que, mesmo após o brexit, possam continuar a ter sol na eira e chuva no nabal, nós, enquanto o naufrágio acontece, não deixemos de, pelo menos, de viver felizes ao som do violino, não o do telhado, mas o daquela história épica, de romance e drama, etc. etc. etc....

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 18-01-2019.




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